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Av 1 - Auditoria e Custos Logísticos
WEB AULA 1
Unidade 1 – Conceitos e Classificação de Custos Logísticos
 
Antes de entrarmos no assunto específico de custos, devemos salientar que o gerenciamento logístico emprega e controla os recursos necessários para cumprir a sua missão. O emprego destes recursos gera custos que irão compor o custo final dos produtos. Portanto e extremamente importante realizar uma boa apuração de custos de todo o processo, para se encontrar oportunidades de melhorias. Tem se mostrado mais adequado para apurar custos no sistema logístico o sistema de custeio por atividades chamado de ABC (Activity Based Costing). Mais adiante vamos apresentar o funcioamento do sistema.
 Quando tratamos do tema custos temos que relembrar alguns conceitos básicos de custos que normalmente são ensinados nos cursos de administraçao, economia, contabilidade.
Inicialmente temos que gestão da cadeia logística, (do inglês: Supply Chain Management), é também conhecida como gerenciamento da cadeia de suprimentos (Brasil), gestão da cadeia de fornecimento (Portugal). A gestão da cadeia de suprimentos se refere à integração de todas as atividades associadas com a transformação e o fluxo de bens e serviços, desde as empresas fornecedoras de matéria-prima até o usuário final, incluindo o fluxo de informação necessário para o sucesso (BALLOU et al. 2000). Todo este processo gera custos que devem ser conhecidos para tomada de decisões, pois envolvem todos os gastos para executar as exigências logísticas. Detalhando melhor os processos logísticos podemos chegar aos sub processos e estes em atividades e por fim tarefas. Quando mapearmos numa empresa todo este conjunto de processos e atividades, facilitará o conhecimento dos seus custos. O mapeamento clássico dos processos logísticos deve identificar processos e atividades relacionadas com a logística de distribuição em relação aos clientes, logística de planta e logística de abastecimento de mercadorias/insumos dos fornecedores.
O conjunto de atividades deste ciclo envolve custos significativos. No Brasil segundo (FARIA; COSTA, 2012) os custos logísticos para a indústria representam 21,5% e do comércio 26,9%. Se comparados com a Europa na indústria representa 10,4% e comércio 8,9%. Temos ai uma diferença significativa em parte explicada pelas distâncias geográficas e também por ineficiências. Quando mensuramos o custo da logística em relação ao PIB, identificamos que na China os custos da logística em relação ao PIB representam 14,5%, México 14,4%, Japão 10,1%. Quando verificamos uma avaliação dos custos logísticos em relação ao faturamento no Brasil segundo (FARIA; COSTA, 2012), representa em média na indústria 19%, sendo que  margem liquida de lucro de 8%.  Qualquer redução nos custos logísticos tem reflexo imediato na melhoria dos resultados das empresas. Salientamos que dependendo do setor isto poderá variar de forma significativa. O segmento de petróleo é um segmento que tem elevados custos logísticos podendo representar mais de 40% do seu valor agregado.
As dimensões geográficas dos países e sua infraestrutura de transportes podem ser criticas para os custos da logística. Tanto a iniciativa privada como o poder público tem papel fundamental na redução dos custos logísticos. O Brasil tem compensado diferenças regionais de custos logísticos com incentivos fiscais e investimentos em infraestrutura. Um exemplo clássico de incentivos fiscais para compensar diferenças logísticas é o Polo Industrial de Manaus (PIM). Para atrair empresas para a região amazônica, que tem diferenças competitivas desfavoráveis da ordem de cerca de 50% o governo federal adotou uma política de incentivos fiscais para a região. Isto proporcionou condições para atrair cerca de 500 empresas com faturamento anual de 73 bilhões de reais em 2012. A renúncia fiscal para compensar as diferenças logísticas é da ordem de 20 bilhões de reais anuais. Em razão destes significativos valores dos custos logísticos na economia, fica evidente a necessidade do aprimoramento da gestão dos custos logísticos no Brasil.
Neste escopo um sistema adequado de custos para demonstração de forma detalhada é fundamental. O custo logístico total dever ser conhecido por todas as empresas e constitui um desafio para qualquer sistema de informações contábil. Neste texto iremos abordar definições dos principais custos logísticos da cadeia de suprimento que podem ser classificados em: custos de armazenagem e movimentação, custos de transportes, custo de embalagens, custo de manutenção do inventário, custo da tecnologia da informação, custos tributários, custos decorrentes de lotes e nível de serviço.
Verificando a Figura 1, abaixo, elaborado pelo Instituto de logística e Supply Chain podemos identificar as diferenças de custos logísticos no Brasil quando comparados com os Estados Unidos. Também podemos visualizar os grandes grupos de custos logísticos e seus principais elementos de custos. É uma outra forma de representar os custos logísticos assemelhada com a classificação  apresentada por outros autores. Podemos verificar que os grandes vilões da logística são os transportes e estocagem. Quando comparamos com paises desenvolvidos é que constatamos quanto o Brasil pode avançar neste tema em termos gerenciais e a infraestrutura, de rodovias, portos, aeroportos e ferrovias.
Fonte: Adaptado de Lima (2013)
 Após as considerações iniciais de custos logísticos vamos apresentar conceitos gerais de custos para melhor compreensão do tema.
 
 
1. CONCEITOS GERAIS DE CUSTOS
Contabilidade de custos é uma disciplina técnica que apresenta conhecimentos que servem para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos e serviços aos usuários da contabilidade que podem ser administradores, investidores, fornecedores etc.
A Contabilidade de Custos surgiu da necessidade de ter um maior controle sobre os valores dos estoques de materiais e produtos da indústria e, também, de obter melhores informações para decisões. Alguns conceitos são fundamentais serem conhecidos para saber como funciona a contabilização de custos. Existe uma grande dúvida do que deve ser ensinado aos alunos de graduação e pós-graduação no tema de custos. Alguns adentram no campo da contabilidade que entendemos ser um campo restrito aos contadores, pois além de gerarem informações gerencias devem atender aspectos legais e tributários na contabilização. Para os níveis do processo decisório o importante é conhecermos os conceitos que facilitem o entendimento das informações geradas pela contabilidade. Adentrando um pouco no ramo da contabilidade, de acordo com Fagundes (2013), pode-se dizer que a contabilidade de custos:
[...] nasceu da contabilidade financeira, quando da necessidade de avaliar estoques na indústria, mais especificamente com o início da Revolução industrial. Anteriormente a esse período, os produtos era fabricados por artesãos que, via de regra, não constituíam pessoas jurídicas e pouco preocupavam-se com o cálculo de custos.
Nessa época, a contabilidade era aplicada principalmente, na apuração do resultado do exercício em atividades do setor comercial. Com crescimento das atividades industriais, surge a necessidade da apuração de custos para formação de estoques. Para os comerciantes conhecerem o resultado do exercício somavam as receitas e subtraíam o custo da mercadoria vendida, gerando o lucro bruto. Do lucro bruto eram deduzidas as demais despesas e, assim, encontravam o lucro ou prejuízo do período. O esquema básico de apuração dos resultados de uma empresa está apresentado abaixo:
	Vendas
(-) custo das mercadorias vendidas
(=) lucro bruto
(-) despesas administrativas
(-) despesas comerciais
(-) despesas financeiras
(=) lucro/prejuízo
Portanto na atividade comercial o custo da mercadoria vendida era fácil de ser identificado, uma vez que sua composição resulta do valor pago pela mercadoria, mais tributos não compensáveis, fretes pagos e seguros. No caso de haver variação de estoques, aplica-se a fórmulaenvolvendo, estoque inicial, compras e estoque final para se encontrar o CMV (custo de Mercadorias vendidas).
CMV = Estoque inicial + Compras – Estoque final.
Já no setor industrial a dinâmica de apuração de custo dos produtos torna-se mais complexa considerando-se que, para gerar o produto final para venda, a indústria transforma matéria-prima envolvendo a mão-de-obra para a sua transformação e o consumo, uma infinidade de outros custos (água, energia entre outros). Nessa situação, no qual vários insumos são consumidos para elaboração de um novo produto, não é tão simples o cálculo de custos.  Essa complexa relação e envolvimento de diferentes insumos para a confecção do produto final, resulta em uma complexidade maior ainda na apuração dos custos. Surge assim pela necessidade, a contabilidade de custos, inicialmente, segundo Fagundes (2013) “[...] com a finalidade de mensurar os estoques produzidos e determinar o resultado do exercício”.
A partir da revolução industrial a contabilidade de custos passou por uma grande transformação, gerando informações, tanto para controle, bem como para o planejamento e tomada de decisão. De acordo com Fagundes (2013),
A contabilidade de custos aparece pela primeira vez como técnica independente e sistemática nos Estados Unidos, envolvendo a produção industrial, sobretudo estudando as outras despesas gerais, custos indiretos de fabricação, problemas de mão-de-obra e repercussões no custo industrial.
Após esse período a contabilidade de custos ganha um enfoque global do processo produtivo, passando a discutir as maiores dificuldades para a contabilidade de custos, as despesas indiretas de fabricação, mais conhecidas como CIF – Custos Indiretos de Fabricação.
Segundo Fagundes (2013),
O sistema de custos busca identificar os gastos com a produção (Custos totais), para que com base nestes dados possam ser realizadas classificações, análises, avaliações, controles e planejamentos, consequentemente, transforma-se num importante instrumento de gestão, como fonte primária e básica para a tomada de decisão.
 
2.  CONCEITOS APLICADOS A APURAÇÃO DE CUSTOS
Para estudarmos sistemas de apuração de Custo é  importante conhecer os termos usuais da área. Na seqüência serão apresentados alguns conceitos entendidos como fundamentais para compreensão mínima do assunto custos logísticos.
2.1 Gasto
Sacrifício financeiro com que a entidade arca para obtenção de um produto ou serviço qualquer. Sacrifício este representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). É o ato primeiro, antevêem a despesa, ao custo, a imobilização etc. Esse conceito é amplo e se aplica a todas as variações monetárias (saídas) ocorridas na entidade, sendo aplicável também a aquisições a prazo. Assim, temos gasto com a compra de matéria-prima, gastos com mão-de-obra, tanto na produção como na distribuição, gastos com honorários da diretoria, gastos na compra de um bem imobilizado etc. Só existe o gasto no ato da passagem para a propriedade da empresa do bem ou serviço. Ele efetiva-se no momento em que existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento (redução do saldo do caixa, do banco etc.).
Gasto é o compromisso financeiro assumido por uma empresa na aquisição de bens e serviços, o que sempre resultará em uma variação patrimonial seja ela qualitativa no início e/ou quantitativa em seguida.
O gasto, por sua natureza, pode ser definido como gasto de investimento, quando o bem ou o serviço for utilizado em vários processos produtivos (imobilizado, estoques etc.), e como gasto de consumo, quando o bem ou serviço forem consumidos no momento da realização da produção ou do serviço na empresa. Dependendo da destinação do gasto de consumo, ele poderá converter-se em custo ou despesa. O mesmo acontece com o gasto de investimento: à medida que o investimento for sendo consumido ele poderá transformar-se em custo ou despesa, dependendo do objeto onde estará sendo aplicado.
2.2 Custos e Despesas
Diferenciar despesas e custos é muito importante para podermos entender os sistemas de custos. Os custos incorporam-se diretamente aos produtos (estoques), já as despesas estão atreladas diretamente ao resultado do exercício. Fagundes afirma que, para o enfoque gerencial a diferenciação entre custos e despesas não é relevante. Para o autor,
Os contadores de custos devem dispensar a mesma atenção aos custos e as despesas. Custo é um gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. São insumos de bens de capitais ou serviços efetuados para execução de determinados objetos. (FAGUNDES, 2013).
Tomando como exemplo, a matéria-prima é considerada um gasto quando adquirida, se transformando em investimento na sequencia e durante o período de estocagem, sem que surgisse nenhum custo associado a ela. Já a energia elétrica utilizada na fabricação de um bem qualquer é gasto (na hora de seu consumo) que passa imediatamente para custo, sem transitar pela fase de investimento. Fagundes (2013) salienta que a máquina provocou um gasto na sua entrada, “tornando investimento e de forma gradativa é transformada em custo que é chamada de depreciação, a medida que é utilizada no processo de produção de utilidades” (FAGUNDES, 2013).
Portanto temos que custo de fabricação é o valor dos insumos usados na fabricação dos produtos da empresa. Exemplos de insumos são: materiais, trabalho humano, energia elétrica, máquinas e equipamentos, entre outros.
CUSTO DE FABRICAÇAO= MATERIA PRIMA (MP) + MAO DE OBRA DIRETA (MOD) + CIF (CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇAO)
O custo da matéria prima relaciona-se com os principais integrantes do produto que podem ser separados em unidades físicas específicas. Mão de obra direta são gastos com trabalhadores em atividades de elaboração dos produtos. Custos indiretos de fabricação são custos que não podem ser apropriados de forma direta. Temos como exemplo: gastos com mão de obra indireta, depreciação, energia elétrica, telefone dentre outros.
2.3 Despesa
Bem ou serviços consumidos diretamente para a obtenção de receitas, ou seja, é um gasto que ocorre fora do processo produtivo. As despesas possuem a característica de reduzir o patrimônio estando associadas a sacrifícios no processo de geração de receitas de receitas. Um exemplo típico é a comissão do vendedor: um gasto essencial para gerar a venda (receita) que se torna imediatamente uma despesa.
Outra situação típica é o equipamento usado na fabricação de produtos: representa um gasto que se transforma em investimento e, posteriormente, se transforma novamente em custo. O mesmo equipamento utilizado na venda de um produto feito é classificado como uma despesa. Kroetz (2013) cita, como exemplo o, computador utilizado pela secretária do diretor financeiro,
[...] que foi transformada em investimento, tem uma parcela reconhecida como despesa (depreciação), sem transitar pelo custo. Logo, todas as despesas são ou foram gastos, porém, alguns gastos muitas vezes não se transformam em despesas (KROETZ, 2013, p.11).
Então primeiro tem-se o gasto, posteriormente a despesa que pode ser classificada diretamente do resultado do exercício ou como um custo que transformar-se-á em custo de produção, que poderá em alguns casos transformar-se em estoques, para posteriormente ser considerado na apuração dos resultados em determinado exercício.
A Figura 2 representa quais as principais transformações de um gasto dentro do ciclo empresarial. O gasto pode ser um bem ou serviço. Existem serviços que são prestados diretamente a produção. Como exemplo o conserto terceirizado de uma maquina da linha de produção Outros bens e serviços podem ser consumidos para obtenção da receita, ou seja, consumidos em fases posteriores da produção. Neste caso são classificados como despesas. A grande dificuldade gerencial dos negócios atualmente é a classificação dos gastos em fixos e variáveis, pois o conhecimento dos custos fixos é fundamental na gestão de qualquer negócio. Nestecaso temos duas classificações para serem realizadas: dos custos e das despesas. O outro grande dilema na estruturação dos custos e despesas das empresas é a separação entre custos e despesas diretos e indiretos, pois os diretos podem ser apropriados de forma objetiva ao objeto que está sendo custeado. Nos custos e despesas indiretas é onde temos a grande dificuldade de apropriação. Qualquer erro nesta separação poderá induzir a decisões equivocadas.
2.4 Investimento
Como visto, investimento pode ser considerado é um gasto ativado devido a sua vida útil ou em função de benefícios que possam ocorrer e períodos futuros. Desta forma, são chamados investimentos, todos os esforços para a aquisição de bens e/ou serviços armazenados no ativo da empresa para serem amortizados por ocasião de sua venda, consumo ou decorrente da desvalorização.
De acordo com Fagundes (2013) investimentos podem ocorrer de diversas formar e em variados períodos de ativação:
A matéria prima é um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante, a máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente, as ações adquiridas de outras empresas são gastos classificados como investimentos circulantes ou permanentes, dependendo da intenção que levou a sociedade à aquisição (FAGUNDES, 2013).
 
2.5 Desembolso
Compensação monetária resultante da compra de bens ou serviço, podendo ocorrer antes, durante ou após o evento e utilização da compra, portanto defasada ou não do gasto. É a saída financeira efetiva da empresa, que pode ser em dinheiro ou através de operações bancárias.
 
2.6 Perda
De acordo com Kroetz (2013), existe a perda normal e a anormal. São consideradas perdas normais à atividade todo processo produtivo que gera restos decorrentes da atividade desenvolvida, devendo, portanto, englobar o custo do produto fabricado. São consideradas perdas anormais aquelas provenientes de erros de produção ou humanos, de acidentes, de obsolescência etc. As perdas anormais são contabilizadas como e incidem diretamente no resultado do exercício, portanto, não compõem os custos dos produtos, simplesmente afetam o resultado do período. Segundo Kroetz (2013), a perda é bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária e “não se confunde com a despesa (muito menos com o custo), exatamente pela sua característica de anormalidade, não é um sacrifício feito com intenção de obtenção de receita”.
 
2.7 Receita
É todo o elemento, produto da venda de bens ou serviços, somado ao ativo sob forma monetária liquida ou a receber. A receita se realiza no momento em que a venda de bens e direitos é efetivada com a transferência da sua propriedade para terceiros que, por sua vez, efetua o pagamento em dinheiro ou assumindo compromisso de pagamento futuro em prazo estabelecido.
Kroetz (2013) afirma que, em segmentos de negócios onde o ciclo de produção é relativamente longo – como, por exemplo, a construção de um navio em um estaleiro – o reconhecimento da receita na operação deve ocorrer de forma gradativa,  proporcionalmente ao avanço do ciclo de produção do bem, na medida em que as etapas vão sendo cumpridas. Temos ainda outros conceitos de custos que devem ser conhecidos.
GANHO => Resultado líquido favorável resultante de transações ou eventos não relacionados as operações normais da entidade.
LUCRO/PREJUÍZO => Diferença positiva e/ou negativa entre receita e despesa/custo, ganhos e perdas.
CUSTEIO => Método para apropriação dos custos, diretos e indiretos, aos produtos.
CUSTEAR => Coletar, acumular, organizar, analisar, interpretar e informar custos e dados de custos, com o objetivo de auxiliar a gerência da empresa.
 
2.8 Custo Gerencial
A todos os custos e despesas devemos dar importância igual. A separação conceitual entre custos e despesas não tem relevância para fins gerenciais. Temos um conceito mais moderno chamado de Custo Gerencial que é o valor dos insumos (bens e serviços) utilizados pela empresa. Portanto os custos gerenciais englobam os custos de fabricação e as despesas. O mais importante é termos a classificação de quais são fixos ou variáveis ou de apropriação direta ou indireta. Assim, o custo gerencial pode ser representado pelos seguintes elementos:
CUSTOS GERENCIAIS = MATERIA PRIMA+MAO DE OBRA DIRETA+CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇAO+DESPESAS.
3. CLASSIFICAÇAO DE CUSTOS
As classificações de custos mais utilizadas são em função: da variabilidade, facilidade de alocação e pela facilidade de eliminação. Primeiramente vamos diferenciar o que são custos totais e custos unitários. Custo total é o montante despendido no período para se fabricarem todos os produtos enquanto que o custo unitário é o custo para se fabricar uma unidade do produto. Quanto a variabilidade podemos dividir os custos em custos fixos e custos variáveis. Veja o comportamento do custo fixo na Figura 5 e custo variável Figura 6. O custo fixo não varia no tempo em função da quantidade produzida.
Custos fixos são aqueles que independem do nível de atividade da empresa no curto prazo, ou seja, não variam de acordo com o volume de produção, como salários do gerente por exemplo. Custos variáveis estão relacionados com a produção, ou seja, variam de acordo com o volume de atividade da empresa. O custo variável se altera de acordo com o volume de produção. Para ter maior lucratividade as empresas devem utilizar ao máximo os custos fixos para diminuição do seu custo unitária e buscar eficiência nos custos variáveis.
Quanto a alocação os custos podem ser diretos e indiretos. Custos diretos são aqueles facilmente relacionados com as unidades de alocação de custos (produtos, processos, setores, clientes, etc... Custos indiretos são aqueles que não podem ser facilmente atribuídos as unidades, necessitando de alocações para isto. A problemática da alocação dos custos indiretos aos produtos e analise dos mesmos dá origem  que vamos chamar de métodos de custeio.
Quanto a relevância no processo de tomada de decisões, os custos podem ser relevantes e custos não relevantes. Num processo de decisão podemos ter custos que precisam ser considerados de forma mais atenta. Existem custos que não alteram a decisão se forem considerados, sendo que em alguns casos são difíceis de serem apurados.
Temos outros conceitos que podem ser inseridos, como custos evitáveis, custos fixos e os custos não evitáveis, custo de oportunidade, custos desembolsados e custos de transformação. As definições destes tipos de custos podem ser consultadas em (BORNIA, 2009, p. 22 a 23).
Vistos nesta parte inicial conceitos gerais de custos. Vamos a seguir trazer conceitos mais específicos do nosso curso que são os custos logísticos.
 
4. CUSTOS LOGÍSTICOS
Inicialmente temos que os custos logísticos têm importantes implicações nas diferentes estratégias logísticas. A cadeia de suprimento tem grande potencial para melhoria do resultado final dos negócios bem como na redução dos custos dos serviços públicos. Uma boa medida para avaliar resultados de uma  política de custos  no setor  privado é a utilização do indicador financeiro chamado de  Retorno sobre o Investimento(ROI). O ROI pode ser calculado: Lucro/vendas x vendas/ capital empregado, ou seja, calculamos inicialmente a lucratividade para multiplicar pelo numero de vezes que nosso capital empregado girou, ou seja, o seu nível de utilização.
Vejamos que temos um enorme potencial de melhoria dos resultados com o bom gerenciamento da cadeia de suprimento. Podemos ter uma modelagem da gestão da cadeia de suprimento, que otimize  os custo de fabricação e  distribuição bem como uma melhoria nos diversos tipos de estoque(estoque de produtos, dinheiro em caixa e contas e receber, conta de credores e ativos fixos).
Para entender melhor este tema convidamos você, caro aluno, a assistir à Vídeo-aula 2
Aula 2 - Sem Libras:
ROI e gestão da cadeia de suprimento, valor econômico adicionado)
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Aula 2 - Com Libras
Normalmente podemos agrupar os custos logísticos como: custos de armazenagem e movimentação, custos de transportes, custo de embalagens, custo de manutenção do inventário, custo da tecnologia da informação e da comunicação (TIC), custos tributários, custos decorrentes de lotes e nível de serviço. Existem outras classificações que são utilizadas para atender objetivos específicos.
Descrevendo sobre os principais sub-processos da cadeia logística que envolve o maior volume de custos temos inicialmente o sub-processo armazenagem que constitui a ligação entre o fornecedor, produção e o cliente. Devido à diversidade de produtos e a exigência por parte dos clientes de serem atendidos, de acordo com suas expectativas e necessidades, não há como manter uma regularidade entre a produção e a demanda. Existe uma formação de estoques que exigem armazenagem. O processo de armazenagem proporciona a manutenção de um equilíbrio entre a produção e o cliente, visando atender as necessidades previstas e imprevistas.
A armazenagem envolve insumos e produtos em fabricação e acabados. A realização desta atividade invariavelmente considera questões relativas ao espaço físico de armazenagem que envolve custos de embalagem e as estruturas para a movimentação e alocação dos estoques.
A armazenagem é a administração do espaço necessário para manter os estoques. Envolve questões relativas à localização, dimensionamento da área, arranjo físico, equipamentos para movimentação e sistemas de armazenagem. O manuseio tem como função estabelecer o fluxo de movimentação de materiais. As decisões operacionais de movimentação estão relacionadas a questões como área, arranjo físico, equipamentos utilizados, tipos de operações, rotas de movimentação e tempo. A movimentação de materiais só deve ocorrer quando necessária e, o layout deve proporcionar o melhor fluxo, a fim de evitar movimentos desnecessários (CERIOLI; STREHER, 2013).
Todo o processo de armazenagem gera custos para a empresa por meio das diversas atividades que envolvem este processo, tais como o recebimento, alocação e acondicionamento, processo de pedido e embarque, classificação e etiquetagem, e os custos que envolvem a estrutura de manutenção do espaço, equipamento como limpeza e segurança. Esses custos podem ser considerados, dependendo da forma como os estoques estão sendo acondicionados, em fixos ou variáveis:
Custos fixos: Ligados diretamente a armazenagem própria e envolvem basicamente aluguel de espaço físico de armazenagem. Podem ser reduzidos com a otimização na utilização do layout do espaço, minimizando movimentos desnecessários, elevando a rotatividade do estoque, reduzindo mão-de-obra e níveis de estoque.
Custos variáveis: Ocorrem geralmente quando os serviços de armazenagem são terceirizados para operadores logísticos. De acordo com Cerioli e Streher (2013), uma estratégia logística muito adotada atualmente é a utilização dos CDs (Centros de Distribuição), alocando o estoque em vários pontos da cadeia de suprimento.
O componente mais importante dos custos logísticos é o transporte que pode ocorrer em varias modalidades: rodoviário, ferroviário, aquaviário, dutoviário, aéreo. Podemos ter ainda a intermodalidade, ou seja, a combinação de várias modalidades. Como exemplo no Amazonas, se utiliza a combinação do aquaviário pelos rios com rodoviário. Na exportação de parte da soja de Mato Grosso utiliza-se a modalidade rodoviário combinado com aquaviário pelos rios da Amazônia e por fim marítimo na exportação para a Europa bem como na importação de insumos agrícolas. Temos também dutoviário que destina-se principalmente ao transporte de líquidos e gases em grandes volumes e materiais que podem ficar suspensos como petróleo bruto e derivados. Os direitos de acesso, construção, requisitos para controle das estações e capacidade de bombeamento fazem com que o transporte dutoviário apresente o custo fixo mais elevado. Em contrapartida, o seu custo variável é o mais baixo, nenhum custo com mão de obra de grande importância. Isso faz com que seja o segundo modal com mais baixo custo, ficando atrás apenas do modo de transporte aquaviário.
Existem exemplos típicos no Brasil como transportes do gás da Bolívia para o Brasil e transporte de gás natural da bacia do urucu para Manaus para abastecer as usinas geradoras de energia elétrica. O sistema aquaviário é utilizado para o transporte de granéis e líquidos, produtos químicos, areia, carvão, cereais e bens de alto valor em contêineres. Seu custo fixo é médio em navios e equipamentos e custo variável baixo com capacidade para transportar grandes quantidades. É o modal que apresenta o mais baixo custo.
A multimodalidade pode ser definida como a integração entre modais, com o uso de equipamentos, como contêineres e carretas. Já a intermodalidade caracteriza-se pela integração da cadeia de transporte, com o uso de um mesmo contêiner, um único prestador de serviço e documento único. A integração pode ocorrer entre vários modais: aéreo-rodoviário, ferroviário-rodoviário, aquaviário-ferroviário, aquaviário-rodoviário ou ainda mais de dois modais. A utilização de mais de um modal agrega vantagens a cada modal, caracterizados pelo nível de serviço e custo. Combinados, permitem uma entrega porta a porta a um menor custo e um tempo relativamente baixo, buscando equilíbrio entre preço e serviço. O setor público dever ser um grande direcionar de investimentos para integração das diversas modalidades de transportes.
A Figura 7 abaixo que demonstra como está distribuída a movimentação de cargas no Brasil e o custo por cada modalidade.
	
	Veja no vídeo abaixo, um exemplo de como investimentos em logística podem diminuir custos.
<https://www.youtube.com/watch?v=oSwDl53DYRE >.
Outro componente de custo importante é o custo das embalagens dos produtos, indispensáveis, tanto no dia-a-dia das pessoas como e consequentemente, no ciclo produtivo das empresas. As embalagens facilitam o manuseio, a movimentação e a armazenagem de produtos além de protegê-los, por estes e outros motivos, elas se fazem presentes em todos os produtos “com formas e funções variadas, sempre acompanhando a evolução das novas tecnologias e novos insumos, que as tornam cada vez mais eficientes” (CERIOLI; STREHER, 2013).
Dentro dos sistemas logísticos, as embalagens possuem um impacto significativo sobre o custo e a produtividade. Seus custos mais notáveis estão na execução de operações automatizadas ou manuais de embalagem e na necessidade subsequente de descartar a própria embalagem, operações estas conhecidas como logística reversa. As embalagens devem atender eficiência de manuseio dos produtos protegendo-os contra avarias. Atualmente a preocupação dos produtores de embalagem pauta-se em buscar as tecnologias emergentes de fabricação e materiais com menores implicações ambientais. De acordo com Cerioli e Streher (2013):
O custo da embalagem afeta todas as atividades de logística desde o controle de estoque até a forma como são transportadas para que cheguem ao seu destino final em bom estado de conservação que seria o consumidor final.
Ainda temos custos logísticos importantes derivados de custos de manutenção dos inventários. O nível de inventário de ativos tangíveis (estoque) que deve ser mantido por uma empresa, dependerá de uma série de variáveis, como nível de serviço prestado e a política adotada pela empresa. Os estoques podem estar na empresa, em trânsito, ou sob propriedade da empresa, mas de posse de terceiros.
O valor dos estoques – sejam eles em transito ou de propriedade da empresa mas de posse de terceiros – é formado por custos variáveis como o valor das mercadorias, frete e seguro, e por custos fixos que são incorporados aos produtos durante o processo logístico de transformação.
Estes custos influenciam diretamente o custo logístico, representado pelo custo de manutenção de estoque, que consideram, além do custo de transporte e armazenagem:
Custo de oportunidade dos estoques: referentes ao eventualretorno financeiro que a empresa poderia aferir se utilizasse este capital em outros investimentos. Este conceito tem levado as empresas a otimizar o gerenciamento do seu capital de giro, reduzindo continuamente os níveis de estoque, com o intuito de maximizar seus retornos financeiros.
Custo de serviço de inventário: envolve os custos com impostos e seguros, sendo que o seguro é calculado sobre o valor dos estoques, em função do risco a que o produto está exposto.
Custo de espaço para armazenagem: É representado por custos variáveis relativos ao custo que a empresa tem com o espaço destinado a armazenagem dos produtos em estoque e variam de acordo com o nível de estoque.
Custos de riscos de estoques: Relativos à eventuais perdas, avarias, deterioração ou obsolescência nas atividades de transporte e armazenagem. Estas perdas são consideradas irrecuperáveis para a empresa.
A soma de todos estes custos forma o Custo Total de Manutenção de Inventário.
Nos custos logísticos temos que considerar também os custos da tecnologia da informação e comunicação (TIC). Atualmente não se concebe uma gestão da cadeia de suprimento sem suporte de uma rede de informática com sistema de gerenciamento. Esta estrutura envolve custos de manutenção do sistema, custo de comunicação, customização de sistemas, equipe de apoio e outros custos inerentes atividade.
Temos ainda como relevantes dentro da estrutura logística os custos tributários, que envolve no Brasil um complexo elenco de taxas e impostos inerentes às atividades ou sobre as propriedades de veículos e bens imóveis. Para a gestão destes tributos as empresas devem ter uma estrutura para atender um enorme conjunto de despesas acessórias exigidas pelo fisco federal, estadual, e municipal.
Temos no conjunto de custos logísticos os chamados de custos decorrentes de lotes que está associada a atividade de setup e ainda custos decorrentes do nível de serviços que está associado ao que deseja de resposta nos serviços oferecidos. Todo serviço com elevada qualidade pode ter seu custo associado a isto.
Custo logístico total = custo logístico de abastecimento+custos logísticos internos+custos de distribuição.
Todos estes custos podem ser associados aos diversos processos logísticos de abastecimento, planta e distribuição. Para uma boa gestão da cadeia logística é necessário que se apure todos os custos de forma individual para cada atividade para que no final tenhamos o custo logístico total. O custo logístico total pode ser representado da seguinte forma:
 
	Convite para discussão no Fórum:
Caro aluno! Chegamos ao fim do 1º módulo. Pelo conteúdo ministrado podemos concluir que a gestão da cadeia de suprimento envolve um volume significativo de recursos dentro das empresas. Temos determinados segmentos, que tem maior volume de recursos envolvidos. O tipo de atividade determina o custo logístico, bem como a extensão territorial do país, infraestrutura logística e a qualidade da gestão das empresas. A redução dos custos usando a auditoria logística como instrumento pode ser fundamental para a melhoria dos resultados financeiros de qualquer empresa, bem como para melhorar a competitividade de qualquer país.
Nesse momento quero propor um exercício de reflexão. Com base no que você assistiu nas vídeo-aulas e estudou nos textos, ficou claro que o custo logístico do Brasil é elevado. Faça uma reflexão no seu ambiente de trabalho, seja ele privado ou público e socialize seu depoimento no ambiente deste fórum sobre as seguintes questões:
1) Quais gargalos logísticos poderiam ser eliminados ou melhorados,  no ambiente analisado?
2) O poder público deveria  realizar algum investimento no seu estado ou município para diminuir o custo logístico do ambiente analisado?
3) Agora façamos uma analise do entraves logísticos existentes no Brasil. Você tem algum caso especifico de gargalo logístico da sua região  que gostaria de comentar?
4) Na gestão dos estoques e armazenagem gostaria de comentar alguma experiência que conhece ou que tenha participado?
5) O que pode ser realizado no Brasil para diminuir o custo logístico hoje estimado em 10% do PIB?
Wa 2 - Auditoria e Custos Logísticos
WEB AULA 1
Unidade 2 – Método de Custeio e Auditoria Logística
1. MÉTODOS DE CUSTEIO
Já vimos que existem várias formas de classificar os custos de uma empresa. Por outro lado existem vários métodos de custeamento que podem ajudar na analise dos custos de uma cadeia de suprimento. Já vimos que é importante a contribuição da gestão da cadeia de suprimento nos resultados das empresas. Para isto devemos utilizar métodos eficientes de apuração para que tenhamos boas informações no processo de tomada de decisões. Pode-se apresentar os custos logísticos de várias maneiras. O propósito de tal variedade e para melhorar a qualidade das informações e assim contribuir para o processo decisório.
Os principais sistemas de custeamento aplicados nas empresas sejam publicas ou privadas são: Custeio por absorção integral, Custeio variável, Custeio por absorção ideal, Custeio baseado em atividades (ABC), Método da unidade de esforço de produção.
 
1.1  Método de custeio integral
Todos os custos fixos e variáveis são distribuídos aos produtos. Este método é mais utilizado para avaliar estoque e para atender as exigências da contabilidade financeira. Quanto for utilizado é importante fazer uma boa identificação dos custos fixos e variáveis. Em alguns casos este método pode ser utilizado para gerar informações gerenciais.
 
1.2  Método de custeio variável
Também chamado de custeio direto, apenas os custos variáveis são apropriados diretamente aos produtos. Os custos fixos são considerados apenas no período. Neste método é relevante a separação de custos dos custos fixos dos variáveis. Quando é importante termos conhecimento de forma separada os custos fixos este método de custeio torna-se importante. Como já cometamos anteriormente os custos fixos são os grandes vilões de qualquer empresa.
 
1.3  O método de custeio o por absorção ideal
Utiliza a mesma sistemática do sistema de absorção integral, porém com uma diferença, em que os custos não usados de forma eficiente, ou seja, os desperdícios não são distribuídos aos produtos. Este sistema pode ser utilizado quando desejarmos implantar numa empresa um processo de melhoria continua.
Temos uma variação do sistema de custeio por absorção que é a utilização da apropriação de custos por centro de custos antes de ser atribuído aos produtos. Isto aumenta a capacidade de analise dos custos das empresas para fins gerenciais. 
1.4  Método do esforço de produção
Trabalha apenas com os custos de transformação, que são os custos de mão de mão de obra direta e custos indiretos de fabricação (CIF). Para melhor entender este método sugerimos que leiam o capitulo 8 do livro (BORNIA, 2009, p. 137-162).
Por fim temos o método de Custeio por atividade (ABC), que está associado a geração de informações para melhoria dos processos. Como o próprio nome sugere o sistema atribui custos as atividades da empresa, pois pressupõe que as atividades consomem recursos, gerando custos, sendo que os produtos usam tais atividades. Este sistema está associado à melhoria dos processos e redução dos desperdícios. Por isto é que vários autores consideram este método adequado para apurar os custos da cadeia de suprimento.
O custo com base em atividades vem ganhando terreno, porque a maneira tradicional de alocar custos indiretos, rateando-se pelos produtos com base em bases de rateio vem causando erros gerenciais em determinadas situações. O sistema decompõe o negocio em grandes processos como fabricação, armazenagem e distribuição e posteriormente cada processo em atividades. Para cada atividade tem um gerador de custo. Por exemplo, a atividade de armazenagem pode ter seus custos distribuídos pelo volume de uma caixa, o transporte pelo peso. O sistema baseado em atividades possibilita que estrutura de custos de um negócio seja examinada sob uma nova perspectiva,permitindo que as anomalias sejam resolvidas e as fontes de desperdício ressaltadas. Assim facilita a melhoria do desempenho financeiro da empresa com isto contribuindo para melhor ROI.
Salientamos que medidas financeiras são insuficientes para tomar decisões logísticas racionais. Ë necessário ter um portfolio de mensuração equilibrado que leve em conta as necessidades dos diversos segmentos envolvidos no negócio. Basicamente mede-se satisfação de acionistas e sócios, considerando as estratégias, processos e capacidades, ou seja, devemos ter uma medição de desempenho financeiro, satisfação de acionistas e clientes internos e externos, desempenho dos processos e capacidades de inovação e aprendizado.
 
2. MÉTODO DE CUSTEIO ABC
Existe um sentimento geral que o método de custeio ABC é o mais adequado para apuração dos custos logísticos. O Custeio Baseado em Atividades, conhecido como ABC (Activity-Based Costing), é uma metodologia de custeio que procura eliminar distorções do rateio dos custos indiretos. O sistema é uma ferramenta que permite melhor visualização dos custos logísticos através da análise das atividades executadas dentro da empresa em todo ciclo logístico e suas respectivas relações com os produtos. Assim será possível identificar distorções de custos que possam contribuir para diminuição do custo total da empresa.
De acordo com Laurindo et al (2013, p. 55-64),
O ABC não é mais um sistema de acumulação de custos para fins contábeis, ou seja, não apura o custo de produtos e serviços para a elaboração de balanços e demonstração de resultados; é, antes de tudo, um novo método de custo, que busca “rastrear” os gastos de uma empresa para analisar e monitorar as diversas rotas de consumo dos recursos “diretamente identificáveis” com suas atividades mais relevantes, e destas para os produtos e serviços.
O sistema é adequado à gestão logística, pois facilita a análise estratégica de custos relacionada com as atividades que mais impactam o consumo de recursos de toda cadeia de suprimento. Assim como o sistema tradicional de custeio, o ABC é um sistema que processa a alocação em duas etapas: na primeira estabelece a forma como os recursos consumidos são alocados nos centros de atividades e, na segunda, dirige a alocação/distribuição dos centros de atividades aos objetos de custos. O método baseia-se, portanto, no princípio de que são as atividades desenvolvidas nas empresas que causam os custos, ao consumir os recursos, e que são os objetos de custos que consomem as atividades. No caso específico aplica-se as atividades do sistema de gestão da cadeia de suprimento. O mapeamento das atividades para implantação do ABC é indispensável, uma vez que este prevê uma alocação de custos que passa pelas atividades até chegar aos objetos de custos. Os objetos de custos são o ponto final e a razão para o qual os custos são apropriados e o trabalho é desenvolvido em uma empresa seja qual for o objeto, desde um cliente, um canal de distribuição ou qualquer serviço que se deseja custear, para as mais diversas finalidades.
Os custos diretos são naturalmente alocáveis aos objetos de custos sem a necessidade de transitar pelas atividades. Entretanto, Bornia e Goulart (2013), ressaltam a existência de outros custos, considerados pelos autores como indiretos, quando a alocação direta não se faz possível. Dessa forma, segundo os autores, estes custos são alocados às atividades, para uma posterior alocação aos objetos de custos. Nessas alocações, segundo Bornia e Goulart (2000, p. 46.), “[...] o custeio baseado em atividades utiliza os direcionadores de custos e procura retratar o que provoca os custos no processo de elaboração dos produtos”.
Existem dois grupos de direcionadores de custos: os direcionadores de recursos e os direcionadores de atividades. Como direcionadores de recursos, têm-se aqueles que identificam os gastos de recursos pelas atividades; e como direcionadores de atividades, têm-se aqueles associados aos gastos das atividades pelos objetos de custos.
Para escolher os direcionadores que identificam o consumo dos recursos pelas atividades e o consumo destas pelos objetos de custos, devem-se considerar alguns fatores como principalmente a facilidade na obtenção e se existe correlação entre os direcionadores e os recursos consumidos.
Para entender como funciona o sistema ABC verifiquem a Figura 9 abaixo apresentada:
 
Abaixo apresentamos de forma mais detalhada as diversas fases do sistema ABC. A Figura 10 representa o esquema geral do custeio ABC e as Figuras 11 e 12 representam os dois estágios de apuração dos custos: alocação dos custos as atividades e, o segundo quadro, a alocação dos custos aos produtos. Cabe salientar que no nosso caso especifico em que estamos tratando de custos logísticos, as atividades são as dos principais processos de gestão da cadeia de suprimento.
Figura 10 - Esquema Básico do Sistema ABC
 
 
Figura 11 - Sistema ABC – fase 1
 
Figura 12 - Sistema ABC fase 2
 
3. AUDITORIA LOGÍSTICA
A auditoria consiste em verificar a qualidade de uma função ou de um serviço dentro de uma empresa. Segundo (VIEIRA; ROUX, 2012) a auditoria é um exame metódico visando determinar se as atividades e resultados atendem os requisitos estabelecidos e se estes foram implementados, permitindo que sejam atingidos os objetivos. Toda empresa tem uma visão de negócios que será atingida através da realização dos objetivos estabelecidos. Uma auditoria pode ser classificada quanto ao campo de atuação, quanto à forma de realização e quanto ao objetivo do trabalho (BAPTISTA, 2009). As auditorias podem ser espontâneas ou impostas por algumas circunstâncias. Podemos classifica-las de várias formas.
Quanto ao campo de atuação, subdividem-se em:
I) Auditoria governamental, que é voltada para o acompanhamento das decisões e resultados dos órgãos e entidades que integram direta ou indiretamente a administração das três esferas do governo: o legislativo, o executivo e o judiciário. Realizam-se auditorias constantes no desempenho na arrecadação de tributos segundo padrões internacionais e na execução da despesa publica.
II) Auditoria privada, voltada para as entidades do mercado que visam lucros.
No que se refere à forma de realização, subdividem-se em:
I) Interna- que é realizada por auditores internos com vínculo à entidade auditada. Tem um sentido mais amplo, não se limitando apenas às informações contábeis e preocupando-se também com aspectos operacionais, principalmente de resultados.
II) Externa- é realizada por profissionais qualificados que não estão ligados a empresa auditada, isto é, não são empregados, buscando uma opinião independente e livre de possíveis vícios que os empregados da empresa. Esta opinião é embasada em normas técnicas, visando emitir um parecer sobre a adequação ou não das demonstrações contábeis. Também pode ser realizada auditoria dos processos de trabalho para verificação dos resultados.
Quanto aos objetivos de trabalho a auditoria pode ser realizada nos registros contábeis e financeiros como também podem ser verificados aspectos operacionais de otimização de recursos, que se destina à avaliação do desempenho e da eficácia das operações, dos sistemas de informação da organização e dos métodos de administração.
A auditoria poderá ser em profundidade, alcançando um amplo escopo, avaliando os aspectos das demonstrações contábeis ou financeiras, o exame de conformidade com as normas técnicas e exame de economia, eficiência e eficácia na administração dos recursos públicos ou privados. Assim pode-se verificar que a auditoria interna se constitui como importante fator para a tomada de decisões, para melhoria do desempenho das empresas sejam elas públicas ou privadas. A auditoria interna fornece análises, perspectivas e recomendações em qualquer atividade, supervisionando a eficácia e a eficiência dos sistemas. Constitui um meio de medir a eficiência dos recursos humanos, materiais, financeiros e informacionais utilizados nas empresas. Deste modo, os responsáveispela parte gerencial da empresa podem validar, consolidar ou alterar as suas estratégias. Dentro desta linha mais ampla, com ênfase nos resultados operacionais é que a auditoria logística pode atuar, devido à importância do processo logístico nos resultados das empresas sejam elas públicas e privadas. Vimos que a melhoria dos resultados de uma organização passa pelo bom desempenho dos custos logísticos e pelo bom gerenciamento dos estoques e outros ativos.
	
4. A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA NO PROCESSO PRODUTIVO
De acordo com Souza et al. (apud BAPTISTA, 2009) o desenvolvimento da logística está diretamente ligado aos progressos das atividades militares e de suas decorrentes necessidades. O autor cita fatos históricos para justificar sua colocação, como segue em destaque:
O exército persa foi o primeiro a utilizar uma organização logística na expedição de Xerxes no combate contra os gregos em 481 a.C., na qual foram utilizados mais de 3000 navios de transporte para sustentar o exército. Entretanto, levando em consideração o conceito atual utilizado em administração, a origem da palavra decorre do termo militar de origem francesa logistique, que define a logística como a aplicação prática da arte de mover exércitos. (SOUZA et al. apud BATISTA, 2009, p. 10)
Mesmo tendo a logística desenvolvido, em muitos aspectos e situações nas décadas anteriores, Ballou (2000 apud BAPTISTA, 2009), ressalta que foi somente após a Segunda Guerra Mundial, que ela passou a ganhar relevância no meio empresarial, devido a diversos fatores, como a alteração nos hábitos dos consumidores, o forte aumento da demanda, o aumento da concorrência global pressionando a busca pela diminuição dos custos na indústria e, por fim, a influência da logística militar.
Ballou (2000 apud BAPTISTA, 2009, p. 10) afirma que da década de 50 até meados da década de 60, “o principal enfoque da logística foi a distribuição física dos materiais e produtos, preocupação oriunda da inadequação dos instrumentos para a realização desta.” Na sequencia, com o aumento desenfreado do consumo, as industrias de bens manufaturados se expandiram resultando em crescente dificuldade de acesso às matérias-primas de elevado valor agregado, acrescendo-se a este fato, segundo Ballou (2000 apud BAPTISTA, 2009, p. 10), as crises do petróleo na década de 70, “que acabaram por encarecer o custo de transporte das mesmas. Isto resultou em mais uma preocupação para o setor industrial: a gestão dos suprimentos.” A logística empresarial acabou se tornando uma importante área da administração que passou por diversas fases. A primeira fase foi chamada de gestão funcional, onde ocorreu uma transição gradual da administração de processos individuais de toda a cadeia de suprimento, dentre eles o transporte, as compras, a armazenagem, o controle de estoques, a programação da produção e o atendimento ao cliente, para uma integração da administração, que convergiam para duas áreas: a gestão de materiais e a distribuição física. Isto foi possível pelo avanço da informática que auxiliaram na gestão de materiais.
Em seguida houve uma integração interna com mudança na gestão dos fluxos internos de materiais, com uma maior sinergia no ciclo de materiais que envolvem as atividades de compra, transformação e a distribuição do produto acabado. Toda esta dinâmica que acontece dentro da empresa é identificada pelo termo logística integrada. Segundo Batista (2009), este desenvolvimento só foi possível devido ao desenvolvimento da Tecnologia da Informação (TI) e de princípios, filosofias e ferramentas de gestão como o Material Requirement Planning (MRP) o JIT (Just-In-Time).
A última fase do desenvolvimento da logística foi com integração externa (década de 90) com a necessidade de se buscar a eficiência logística sob uma ótica ampla que transcende as fronteiras internas através da relação com fornecedores, distribuidores, prestadores terceirizados de serviço e clientes. Esta nova concepção é conhecida atualmente como SCM (Supply Chain Management) ou Gestão da Cadeia de Suprimentos.
No decorrer do século XX, a logística foi sofrendo mudanças na sua conceituação e consequentemente na sua importância no decorrer dos fluxos produtivos. O velho conceito de um fluxo simples de matérias-primas e produtos acabados foi aos poucos ganhando novos fatores e incorporando, já na década de 90, a importância do fluxo de bens e serviços. (BAPTISTA, 2009, p.12)
Mazzali (2008) apud BAPTISTA (2009) traz a Uma definição atualizada de logística é dada pelo Council of Supply Chain Management Professionals que a define como:
um processo de planejamento, implementação e controle do fluxo e armazenagem de bens, serviços e informações, desde o ponto no qual começa a produção do produto até o ponto no qual este é consumido. (MAZZALI, 2008 apud BAPTISTA, 2009, p. 12).
Desta forma, para que a empresa possa atender aos requisitos de tempo, qualidade e custos esperados pelos clientes, bem como no bom desempenho e inserção da empresa produtora no mercado, é que ela obtenha um eficiente planejamento e desenvolvimento de sua logística de produção.
Nos tempos atuais temos um grande desafio para a logística que é acompanhar os desafios do comércio eletrônico, que está exigindo eficiência nas entregas de forma pulverizada em grande espaço territorial.
5. AVALIAÇÃO DA LOGÍSTICA DE UMA EMPRESA POR MEIO DE UMA AUDITORIA
Markham (2003 apud Baptista, 2009) afirma que, frequentemente as empresas cuidam dos componentes do processo logístico como uma gama de funções discretas. Geralmente os responsáveis pelas várias fases que envolvem o ciclo logístico de materiais (compras, estoques, transporte, entrada de pedidos e planejamento de produção) definiam seus próprios objetivos e orçamentos de forma distinta e desconectada. Segundo Markham (2003 apud BAPTISTA (2009, p. 13),
[...] essa falta de coordenação causou muitos conflitos e queda nos resultados das empresas, contribuindo para necessidade de uma mudança no gerenciamento isolado dos elementos da logística para o gerenciamento integral do processo [...], [alinhados aos objetivos gerais das organizações].
Apesar disso, a sistematização dos processos logísticos exigiu um amplo controle das atividades visando manter os diversos elementos da logística alinhados e efetivos aos objetivos gerais. Neste momento é que se fez necessária a auditoria logística para realização desta tarefa de verificação do alinhamento para o processo de tomada de decisões. Assim auditoria logística passou a ser exame periódico das condições das atividades logísticas e do desenvolvimento da estratégia logística, fazendo parte das atividades de gestão. Por meio desta, foi possível ter uma visualização ampla e crítica da gestão de toda a cadeia de suprimento, possibilitando a identificação dos pontos fracos da empresa no mercado, os níveis de desempenho insuficientes, ineficiências no atendimento do cliente e, em síntese, qualquer falha importante no processo.
A auditoria logística é capaz de agilizar os fluxos físicos em todo o ciclo processo, decorrente da exploração das previsões de negócios e de sua carteira de encomendas de curto prazo com o intuito de programar a produção, armazenagem e da entrega das encomendas. Neste caso o trabalho da auditoria consiste em analisar e avaliar a amplitude e a eficácia dos planos de contingência previstos para a empresa bem como os processos que envolvem a atualização desses planos, a qualidade das coberturas de segurança e também a qualidade dos sistemas de informação, responsáveis pela conexão dos fluxos físicos. Numa visão mais ampliada a auditoria logística poderá analisar o sistema para verificar a possibilidade de reduzir os custos do processo logístico implantado na empresa, bem como permitir aos responsáveis pelo processo escolher as operações a serem feitas de forma segura. Para isso, segundo Baptista (2009), a auditoria precisa avaliar a qualidade das ferramentas e das previsões comerciais que viabilizam os fluxos físicos, bem como o ajustamento dosmeios de armazenamento e a flexibilidade dos contratos de transporte.
Já numa visão de longo prazo, Baptista (2009) afirma que a auditoria logística poderá verificar se...
[...] o sistema logístico está bem estruturado e conhecido pelas pessoas responsáveis pela logística na empresa, o que obriga a verificar se as operações relacionadas à entrega do produto pelo cliente estão dentro das expectativas dos clientes no que tange aos meios de transportes preferidos, acondicionamento do produto e data das entregas. (BAPTISTA, 2009, p. 13-14).
Também a auditoria mais profunda deverá analisar se existe individualização dos custos das operações logísticas no sistema contábil da empresa para checar com o sistema logístico dos seus concorrentes, bem como a possibilidade de verificação dos custos da empresa quanto aos fornecedores para suprir os seus serviços.
Para que a verificação desses componentes seja algo contínuo dentro da empresa, a auditoria deve estruturar dentro do processo logístico uma base de dados confiáveis e regulares no que se refere ao grau de satisfação dos seus clientes, tendo o conhecimento das reclamações bem como a realização de uma análise sobre causas e soluções, de modo a facilitar ações corretivas. Também a auditoria logística dever estruturar um acompanhamento e análise dos custos da logística e uma aferição dos serviços prestados pelos responsáveis na gestão dos fluxos físicos.
Uma forma bastante eficaz de avaliar os dados levantados na empresa são os indicadores de desempenho que permitem mensurar a performance de uma empresa e direcionar todos os indivíduos da empresa, independentemente do nível hierárquico, para as mesmas metas e estratégias.Entenda mais sobre o tema assistindo as vídeo aula abaixo.
6. PROCESSO DE AUDITORIA LOGÍSTICA
Todo processo de auditoria dever ter base referências. A pergunta que se faz: que referências deve-se utilizar para realizar auditorias logísticas? Em paises como EUA e França utilizam como referência, as boas práticas adotadas em armazenagem, projeto, fabricação, distribuição, bem como normas de organismos governamentais e as ferramentas e normas desenvolvidas pelas próprias empresas.
Dentre outras verificações as auditorias podem analisar princípios que fundamentaram um projeto de centro logístico, medidas de segurança, nível de integração de toda cadeia logística da empresa, normas de funcionamento, software de gerenciamento, sinalização, sistema de comunicação, gerenciamento dos orçamentos. Por último uma das grandes analises nos processos de auditorias é a verificação do alinhamento da medição dos indicadores, com a estratégia da empresa e se existe conhecimento do que realmente deve ser medido, ou seja, indicadores-chave da empresa que possam refletir o necessário desempenho da empresa perante o seu mercado. 
 Deve existir sempre um bom de método de avaliação de desempenho, com bons indicadores, pois são os pilares para a sustentação dos modelos de excelência em logística. O correto gerenciamento da logística é reconhecidamente um fator critico para os bons resultados de uma empresa. Dentro os benefícios do bom gerenciamento destacam-se:
I) Melhor qualidade dos serviços com redução nas falhas do serviço, o que é fundamental para a fidelização dos clientes no longo prazo.
II) Diminuição  no tempo do ciclo dos pedidos, o que auxilia os fornecedores a ofertarem a quantidade certa de produtos no mercado além de promover reduções drásticas nos níveis de estoque.
III) Aumento da produtividade, acarretando redução dos custos e, por conseguinte, um melhoramento dos preços no futuro, beneficiando diretamente o cliente e colaborando na conquista de novos mercados.
Deste modo, a auditoria logística colabora para que a empresa atinja níveis de excelência e conheça toda a sua estrutura e permitindo saber das suas potencialidades e fraquezas, para traçar planos de melhorias e estratégias diversificadas.
 
7. PRINCIPAIS ATIVIDADES DE AUDITORIA  LOGÍSTICA
Num processo de auditoria como já vimos anteriormente pode-se verificar determinados pontos em cada fase. As atividades de auditoria a seguir apresentadas foram estruturadas por (VIEIRA; ROUX, 2012). A primeira atividade foi chamada de auditoria de projeto que é realizada durante a implantação de toda estrutura de gestão logística, pois um projeto sem uma boa avaliação pode trazer sérios problemas para a gestão no futuro.  É muito comum empresas investirem em edificações e equipamentos sem saber exatamente quais atividades serão desenvolvidas. Portanto deve-se acompanhar todas as fases do projeto bem como sua implantação.
Outra atividade de extrema relevância na gestão logística é o nível de integração interna e externa. O processo de auditoria deve ter uma atividade de verificação de determinados pontos de integração. Nesta integração deve-se atender toda gestão dos estoques, não apenas o estoque interno do centro de distribuição bem como os estoques anteriores e posteriores da cadeia.
Considerando que as empresas hoje devem ter boa responsabilidade social e ambiental, um item que não dever deixar de ser verificado é a segurança. Quando estamos falando em segurança vale para o nível interno e externo da empresa. A segurança deve abranger aspectos físicos das construções e uso de equipamentos, bem como quanto aos itens armazenados e transportados, pois existem determinados insumos e mercadorias que oferecem risco na movimentação e armazenamento aos que manuseiam, bem como a sociedade do seu entorno. Um item a segurança não auditado pode comprometer o desempenho das empresas por anos.
Devemos nas auditorias também verificar as operações logísticas. Deve-se analisar a organização do trabalho, organograma da gestão logística, gestão dos inventários, rastreabilidade dos produtos interna e externa, adequação dos equipamentos as operações para verificar se são suficientes e atualizados às exigências do mercado. Equipamentos inadequados e desatualizados podem representar riscos ao bom desempenho das organizações com isto podendo comprometer seu resultado.
Nos tempos atuais é fundamental e existência de uma boa estrutura de rede de comunicação interna e externa para funcionamento dos sistemas de gestão. Portanto os auditores devem verificar se esta estrutura é adequada bem como se o software de gestão atende às necessidade da empresa, bem como sua segurança. Os softwares não são apenas de gestão como também os de automação das atividades.
 Um bom sistema deve atender toda cadeia de suprimento deste a demanda inicial dos bens e serviços até o final da vida útil do bem ou do encerramento do contrato de prestação de serviço. Este sistema dever ter bom nível de integração interna e externa.
Outra atividade fundamental no processo de auditoria é a verificação se existe a definição de indicadores de gestão para a cadeia de suprimento, bem como a sua utilização no processo decisório. O conjunto de indicadores deve ser adequado aos objetivos gerais da empresa. Na gestão logística devemos ter indicadores que acompanhem as atividades essenciais, produtividade, qualidade, falhas de processo, segurança, funcionamento dos processos internos, inovação, satisfação dos clientes internos e externos, bem como indicadores de desempenho financeiro principalmente de custos. O software deve fornecer de forma rápida e consistente a grande maioria destes indicadores para que numa periodicidade adequada possam ser avaliados.
 É fundamental numa empresa para a boa gestão logística, ter um bom sistema comunicação, bem como sistema de identificação automática dos insumos e mercadorias. Hoje temos o Código de barras e etiquetas eletrônicas que ajudam neste processo. Nas auditorias deve-se verificar estes itens nas empresas, pois são essenciais ao bom funcionamento da gestão logística.
A atividade logística para ser reconhecida, deve ter um orçamento detalhado para ser observado e adequadamente gerenciado. Normalmente os orçamentos da logística estão misturados ao orçamento geral que não permite uma auditoria do seudesempenho. Uma atividade logística só será madura, quando for considerada como um centro de agregação de valor, tal como o processo de produção e outras funções administrativas.
Outro ponto que deve entrar nas auditorias logísticas é avaliação das ações de melhoria da empresa. Quem não inova ou não está em constante aprimoramento e não progride. A gestão da cadeia de suprimento mesmo tendo uma boa performace, com bons indicadores de produtividade e qualidade, é necessário um constante aprimoramento. Não ter procedimentos de progresso as empresas correm o risco de concentrarem suas atividades no cotidiano ou apenas apagando incêndios das ineficiências. Em muitos casos as empresas estão sendo corroídas de forma lenta no seu desempenho, que poderá provocar no futuro um problema mais complexo ou uma perda de competitividade irreversível. Portanto as auditorias logísticas devem conter avaliações destes processos de melhorias. Por exemplo, podem ser observados no seu setor aspectos: de atualização dos conhecimentos técnicos, participação de eventos, participação em comunidades de boas práticas e visitas a outras empresas para conhecer melhorias inovadoras. Devemos ainda avaliar se as empresas aplicam a técnica do benchmarking e se realizam treinamento de funcionários, bem como a existência de um plano de melhoria continua com centro de novas idéias e avaliação dos ganhos de produtividade e qualidade.
	Convite para discussão no Fórum:
Caro aluno, chegamos ao fim de nossa disciplina. Espero que tenham gostado do conteúdo e que ele seja útil para a sua vida profissional. Para fecharmos nosso encontro quero propor um último desafio para aprimorar seu conhecimento. Com base nas leituras e experiência profissional de cada um de vocês, responda  e comente as questões abaixo:.
1) Você conhece ou vivenciou algum processo de auditoria logística na empresa que trabalha ou de empresa que você conhece que tenha contribuído para o aprimoramento da gestão?
2) Após a leitura dos textos  considera relevante a auditoria logística para a melhoria a gestão no processo logístico?
3) Ao final deste curso tem algum tema  relevante que gostaria de compartilhar com o grupo sobre o assunto auditoria e custos logísticos que entende que deveria ter sido abordado?

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