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Patologia 01 genetica

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Prévia do material em texto

Processos patológicos 
gerais
Flávio Chame Barreto
www.flaviocbarreto.bio.br
Doenças genéticas
Gene
é a unidade de transmissibilidade genética que responde pela 
hereditariedade de um caráter 
Gene é um pedaço de uma molécula 
helicoidal chamada ácido 
desoxirribonucléico (DNA).
Os genes ditam as propriedades 
inerentes a uma espécie.
Os produtos da maioria dos genes são 
as proteínas específicas.
Gene
A quase totalidade de um organismo é composta por proteínas ou por produtos 
originados por uma proteína.
Relembrando:
No DNA AcomTeCe com G
E no RNA A com U.
Etapas do fluxo informacional
DNA
O DNA na célula possui duas funções básicas:
1- Transferir as informações genéticas durante a duplicação celular (Replicação). 
2- Servir de molde para a produção das proteínas específicas daquele organismo (síntese de 
proteínas). 
1 – Replicação: 
(Clonagem do material genético ao gerar uma nova célula 
garantindo a continuidade da espécie)
Transcrição
2- Síntese de proteína 
(produção e manutenção 
das estruturas do organismo) Tradução
Gene
(codifica uma 
proteína)
Gene
(codifica uma 
proteína)
Gene
(codifica uma 
proteína)
Gene
(codifica uma 
proteína)
Gene
(codifica uma 
proteína)
Ligações 
fosfodiéster
Síntese de proteínas - uma função do DNA 
-O DNA carrega as informações para a fabricação de todas as proteínas da célula que 
implementam as funções do organismo vivo e determinam suas características.
Uma proteína é feita de uma longa cadeia de aminoácidos unidos. 
Uma proteína pode ser:
1- uma enzima que realiza as reações químicas (como as enzimas 
digestivas); 
2- uma proteína estrutural que é o material de construção (colágeno 
e queratina das unhas);
3- uma proteína de transporte (a hemoglobina, que carrega o 
oxigênio no sangue);
4- uma proteína de contração que faz os músculos se comprimirem 
(como a actina e a miosina);
5- uma proteína de armazenamento que se fixa nas substâncias 
(como a ferritina, que armazena ferro no baço);
6- um hormônio que é um mensageiro químico entre as células 
(insulina, estrogênio, testosterona, cortisona, etc.);
7- uma proteína protetora como os anticorpos do sistema 
imunológico ou as proteínas de coagulação do sangue;
8- uma toxina (como veneno de abelha e de cobra).
enzima
hemoglobina,
anticorpos 
Hormônio 
testosterona
Filamento 
de actina
Síntese de proteínas - uma função do DNA 
-O DNA carrega as informações para a fabricação de todas as proteínas da célula que implementam as 
funções do organismo vivo e determinam suas características.
Uma proteína é feita de uma longa cadeia de aminoácidos.
Curiosidade:
O fio de seda da teia de aranha é uma 
proteína denominada genericamente por 
fibroína, composta predominantemente de:
glicina, alanina, serina e tirosina, 
Síntese de proteínas - uma função do DNA 
-O DNA carrega as informações para a fabricação de todas as proteínas da célula.
A ordem dos nucleotídeos (cada trinca de bases) dentro de um gene determina a ordem dos 
aminoácidos específicos que devem ser unidos para formar uma proteína.
A seqüência dos aminoácidos é 
codificada no DNA, onde cada gene
se codifica para uma proteína. 
A seqüência do gene é reproduzida em uma fita 
de RNAm que servirá como um molde (invertido) 
para produzir a proteína específica. 
(Relembrando que como o RNA não 
possui a base Timina, a Adenina do DNA 
pareia com Uracila na fita de RNAm)
Padrões de herança
A
a
cor
Alelos
Gene *
(codifica uma 
outra proteína)
Gene *
(que codifica 
uma proteína 
que dá a cor)
Gene *
(que codifica 
uma outra 
proteína
ou
Locus
(localização do Gene)
* Modelo esquemático com genes hipotéticos
Gene *
(que codifica 
uma proteína 
que dá a cor)
AAlelo Alelo a
A
Predomina a 
proteína expressada 
pelo gene
a a
A A
A
A
a a
a a
aa
A A
A A
A a
A a
A
A
a
a
a
a a
A A A
A a
Predominará o fenótipo 
expressado pela proteína 
codificada pelo gene A na 
proporção:
100% A_
...
Predominará o fenótipo 
expressado pela proteína 
codificada pelo gene A na 
proporção:
75% A_ (3/4) e 25% aa (1/4)
Distúrbios autossômicos e herança genética
A maioria dos animais e plantas existem 2 categorias de cromossomos:
1- Cromossomos sexuais 
2 – Autossomos
As células humanas possuem 22 pares de cromossomos homólogos 
autossômicos mais 2 cromossomos sexuais, perfazendo um total de 46 
cromossomos no total.
Nas mulheres há 2 cromossomos “X” e nos homens um “X” e um “Y”.
Distúrbios autossômicos recessivos
Na herança autossômica 
recessiva, as duas cópias do alelo 
da doença são necessárias para 
um indivíduo ser suscetível à 
expressão do fenótipo (aa). 
Os pais de um indivíduo afetado 
quando não são afetados, são 
portadores dos genes. 
A proporção de homens afetados 
deve ser igual à proporção de 
mulheres afetadas em uma dada 
população. 
O albinismo é uma doença onde não ocorre 
produção de pigmentos devido a um problema na 
síntese de melanina, um pigmento que além de 
absorver radiação ultravioleta, protegendo o 
organismo, também dá as diferentes tonalidades 
do cabelo, pele e olhos. 
A forma mais comum de albinismo se dá quando 
não há produção da enzima tirosinase que 
cataliza a oxidação do aminoácido tirosina no 
pigmento melanina.
Sem a melanina, não há pigmentação e nem 
proteção contra os raios ultravioleta.
Aa Aa
aa
Aa
A_
aa
A_
Distúrbios autossômicos recessivos
talassemia
A talassemia ou anemia falciforme é um distúrbio autossômico recessivo onde os 
eritrócitos ficam deficientes na síntese de hemoglobinas. Assim, os eritrócitos 
deficientes somente têm a membrana e pouquíssima hemoglobina no seu interior.
Segundo dados de um informe epidemiológico do SUS sobre a anemia falciforme, 25% dos 
doentes não atingem os quatro anos de idade e quase 80% deles não completam 30 anos.
O diagnóstico destes casos e o acompanhamento clínico dos pacientes reduzem os óbitos 
deste grupo em até 80%
Aa Aa
aa
Aa Aa Aa Aa
A_AA Aa Aa
Distúrbios autossômicos recessivos
Principais manifestações: 
Hepáticas e gastrointestinais: irritabilidade, letargia, vômitos, dificuldade de alimentação, 
baixo ganho de peso, hepatomegalia, esplenomegalia, ascite, cirrose hepática. 
Neurológicas: retardo mental, problemas de fala e coordenação motora. 
Endócrinas: disfunção ovariana com amenorréia
Oculares: catarata. 
Infecciosas: a galactose inibe a atividade anti-bacteriana dos leucócitos e isso aumenta a 
freqüência de mortes neonatais por infecção por E. coli. 
Galactosemia
Doença genética recessiva rara do metabolismo 
da galactose. 
Defeito em uma das enzimas responsáveis pela 
conversão da galactose em glicose e, 
dependendo da enzima defeituosa, a doença se 
manifesta de maneira diferente. 
Gene descoberto em 1956. 
Distúrbios autossômicos dominantes
A herança autossômica dominante é freqüentemente chamada herança vertical 
devido a transmissão dos pais para a descendência. 
Através de uma população, a proporção de homens afetados deve ser igual à 
proporção de mulheres afetadas. 
A transmissão homem para homem pode ser observada. 
Em uma herança autossômica dominante, 
apenas uma cópia de um alelo da doença é 
necessário para um indivíduo ser suscetível 
para expressar o fenótipo (A_). 
Com cada gravidez, existe uma em duas 
(50%) de mudança na prole irá herdar o alelo 
doente. 
Todos os indivíduos afetados terão pelo 
menos um pai afetado.Aa aa
Aaaa aa aa Aa
AaAa Aaaa
Distúrbios autossômicos dominantes
É produzida por um gene autossômico 
dominante de penetrância completa, de 
modo que todos os portadores do gene 
apresentam a doença. 
Cerca de 10% dos casos são transmitidos, 
pois um dos genitores é afetado; 
Os 90% restantes são produzidos por 
mutação nova.
Praticamente todos os indivíduos 
acondroplásticos são heterozigotos (Aa); 
Acondroplasia 
Mas se conhecem uns poucos homozigotos (AA), gravemente afetados, 
resultantes de casamentos entre dois heterozigotos (Aa), e que faleceram 
precocemente. 
O gene da acondroplasia é, portanto, letal em homozigose (AA).
Distúrbios autossômicos dominantes
- É uma forma de nanismo produzida por um distúrbio 
do crescimento, devido a uma deficiência da ossificação 
endocondral.
- Os pacientes apresentam baixa estatura desde o 
nascimento, por terem os membros curtos, mas o tronco 
e coluna vertebral têm tamanho quase normal. 
Acondroplasia 
-A cabeça parece grande (megacefalia relativa); 
- A fronte é proeminente, a ponte nasal baixa e o nariz tem forma de botão, com 
narinas e pontas antevertidas. 
- O tronco apresenta lordose lombar acentuada; o ventre e as nádegas são 
proeminentes. 
- Nas crianças há excesso de pele nos membros, o que se evidencia pela 
formação de pregas cutâneas exageradas.
- A acondroplasia tem freqüência de 1 afetado por 10.000 nascidos vivos.
Distúrbios autossômicos dominantes
Em 1993, após uma busca de dez anos, os cientistas encontraram o gene que 
causa a doença de Huntington. 
É uma doença degenerativa autossômica dominante cujos sintomas são 
causados pela perda marcante de células em uma parte do cérebro 
denominada gânglios da base. 
Este dano afeta a capacidade cognitiva (pensamento, julgamento, memória), 
movimentos e equilíbrio emocional. 
Os sintomas aparecem gradualmente, em geral nos meados da vida, entre as 
idades de 30 e 50 anos. Entretanto, a doença pode atingir desde crianças 
pequenas até idosos. 
Na maior parte dos casos, as pessoas podem manter sua independência por 
vários anos após o aparecimento dos primeiros sintomas da doença. 
Doença de Huntington
Distúrbios autossômicos dominantes
É uma patologia com herança autossômica dominante de alta penetrância (cerca 
de 100% aos 65 anos). 
Trata-se de entidade rara com prevalência de 1/36.000 pessoas. 
As principais manifestações são: hemangioblastomas de sistema nervoso central 
(SNC) e retina, carcinoma renal, cistos renais, feocromocitoma, tumores císticos e 
sólidos de pâncreas, cistoadenoma de epidídimo e tumores de saco endolinfático.
Doença de von Hippel – Lindau
Distrofia miotônica 
É uma doença autossômica dominante caracterizada por uma incapacidade de 
relaxamento muscular.
Provavelmente é causada pela ausência de uma enzima que participa no 
processo de despolimerização do citosqueleto em determinados tecidos 
musculares
Cromossomos sexuais e herança ligada ao sexo
A maioria dos animais e plantas apresentam dimorfismo sexual.
Existem 2 categorias de cromossomos: os sexuais e os autossomos
As células humanas possuem 22 pares de cromossomos homólogos autossômicos 
mais 2 cromossomos sexuais, perfazendo um total de 46 cromossomos no total.
Nas mulheres há 2 cromossomos “X” e nos homens um “X” e um “Y”.
X
Y
Região diferencial do “X”
Região homóloga
(onde ocorre o pareamento)
Região diferencial do “Y”
Região homóloga 
(onde ocorre o pareamento)
Na meiose dos homens, o “X” e o “Y” se pareiam 
apenas em uma região homóloga muito curta . 
O restante não é pareado.
Logo, entre o “X” e o “Y” existe uma grande região 
diferencial não homóloga que contém genes 
exclusivos para o “X” ou para o “Y”. 
Distúrbios dominantes ligados ao X
Este tipo de herança segue o mesmo padrão da dominante autossômica 
destacando-se que a sua expressão é determinada por um ou ambos 
cromossomos X. 
Exemplos de doenças com herança dominante ligada ao X é o raquitismo 
hipofosfatêmico e uma síndrome X-frágil. 
XaY XAXa
XAXa X
aXaXaXaX
AY XaY
XaY XaYXAXa XAXa
Distúrbios dominantes ligados ao X
Síndrome do X Frágil
A expressão "X-Frágil" deve-se a uma anomalia 
causada por uma mutação no gene FMR1 
localizado no cromossoma X.
O gene FMR1 apresenta nos indivíduos 
saudáveis, de 6 a 50 cópias repetidas da trinca 
de bases CGG.
Nos indivíduos afetados SFX apresentam mais de 200 cópias, fazendo com que não 
ocorra a síntese da proteína FMRP e sua falta desencadeia problemas, principalmente, 
a nível intelectual e cognitivo.
Esta doença é mais freqüente nos homens do que nas mulheres (1 em cada 4000 
homens para 1 em 6000 mulheres), porque as mulheres, tendo dois cromossomas X, 
apresentam duas cópias do gene FMR1. 
Nas mulheres, o aumento do número de cópias CGG anormal geralmente presente em 
apenas um dos cromossomas X, pode ser compensado pelo funcionamento do outro 
gene normal contido no par. Tal compensação não ocorre no sexo masculino que 
possui apenas um X.
Distúrbios dominantes ligados ao X
Síndrome do X Frágil 
Pessoas afetadas gozam de boa saúde e sua aparência 
pode ser semelhante à de outras pessoas, entretanto, 
algumas características físicas são freqüentes e em 
geral se tornam mais evidentes após a puberdade:
-Face alongada, orelhas grandes e em abano e 
mandíbula proeminente 
-Macrorquidia (testículos aumentados), principalmente 
no adulto. 
-Hipotonia muscular, comprometimento do tecido 
conjuntivo 
-Pés planos, hiperextensibilidade das articulações, 
escoliose e prega palmar única 
-Palato alto e estrabismo 
-Prolapso da válvula mitral
Distúrbios dominantes ligados ao X
raquitismo hipofosfatêmico
Distúrbio que afeta a mineralização da matriz óssea ou osteóide em ossos ainda 
em crescimento em um processo que envolve tanto a placa de crescimento 
epifisial, quanto o osso cortical e trabecular devido a perda de fósforo.
A depleção de fósforo é devido a expressão de uma enzima que causa fosfatúria 
intensa 
Sua incidência é rara ocorrendo em 1:20.000 nascimentos
Distúrbios recessivos ligados ao X
Como na herança 
autossômica recessiva, duas 
cópias do alelo doente no 
cromossomo X são 
necessárias para uma mulher 
ser afetada com uma doença 
recessiva ligada ao X. 
As mulheres podem ser portadoras sem serem afetadas, devido a apenas terem uma 
cópia do alelo doente. 
Para uma mulher portadora, cada gravidez existe apenas uma em duas (50%) de 
chance de seus filhos herdarem o alelo doente e uma em duas (50%) de chance de 
suas filhas serem portadoras não afetadas. 
Os exemplos de doenças herdadas ligadas ao X incluem a distrofia muscular de 
Duchene e a hemofilia A. 
XAY XAXa
XAXa XaY
XAXa XAXa
XAXA
XAY XAY
XAY XAXA
Como os homens são hemizigotos para os 
genes ligados ao X (possuem apenas um 
cromossomo X). Qualquer homem com um 
alelo doente recessivo ligado ao X é afetado. 
Distúrbios recessivos ligados ao X - Distrofia muscular de Duchenne
É uma doença genética de herança recessiva, ligada ao cromossomo X, que pode ser também 
caracterizada como sendo uma distrofinopatia. caracterizando-se, no começo, pela atrofia dos membros 
inferiores e pélvicos, com isso, nota-se que a criança passa a ter dificuldades na locomoção até mesmo no 
que se refere a atividades quotidianas, como levantar-se, correr, subir escadas, entre outras, apresentando 
quedas freqüentes. 
Com o progredir da doença ocorre comprometimento dos músculos dos membros superiores e o grau 
de atrofia muscular e sua extensão aumentam.
O gene responsável está localizado no braço curto do cromossomo X, (regiãoXp21) e foi identificado em 
1986 assim como a proteína que ele produz, a distrofina, cuja ausência acarreta as alterações 
musculares. 
Como na mulher existem dois cromossomos X, se um deles tiver o gene defeituoso, o outro cromossomo X 
garantirá o bom funcionamento dos músculos. Assim sendo, a mulher pode ser portadora sem desenvolver 
a doença. Portanto a distrofia muscular de Duchenne afeta apenas o sexo masculino porque nele só há 
um cromossomo X. 
Sabe-se que cerca de 2/3 de todos os casos são herdados da mãe, e 
que nos 1/3 restantes dos casos, ocorre uma mutação nova na 
criança com distrofia, sem que o gene tenha sido herdado.
Distúrbios recessivos ligados ao X – Hemofilia A
A hemofilia A é uma doença hemorrágica grave decorrente da deficiência de fator 
VIII (FVIII) da coagulação, herdada através do gene localizado na porção 2.8 do 
cromossomo X. 
É classificada como grave quando os níveis plasmáticos do FVIII são menores que 
1%. 
Sua prevalência é de 1/20.000 indivíduos, quase que exclusivamente do sexo 
masculino, sendo rara sua apresentação em mulheres.
Em muitos casos, os pacientes hemofílicos vêem-se diante de situações em que 
necessitam de infusões freqüentes de fator de coagulação.
Além dos sinais clínicos, o diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue que 
mede a dosagem do nível dos fatores VIII e IX de coagulação sangüínea. 
Sintomas
Nos quadros graves e moderados, os sangramentos repetem-se espontaneamente, sendo em geral, 
hemorragias intramusculares e intra-articulares que desgastam primeiro as cartilagens e depois 
provocam lesões ósseas. 
Os principais sintomas são dor forte, aumento da temperatura e restrição de movimentos e as 
articulações mais comprometidas costumam ser joelho, tornozelo e cotovelo. 
Os episódios de sangramento podem ocorrer logo no primeiro ano de vida do paciente sob a forma de 
equimoses (manchas roxas), que se tornam mais evidentes quando a criança começa a andar e a cair. 
Nos quadros leves, o sangramento ocorre em situações como cirurgias, extração de dentes e traumas. 
Distúrbios recessivos ligados ao X – Daltonismo
Daltonismo é caracterizado pela dificuldade em identificar e reconhecer diferentes cores e matizes. É um 
distúrbio raro, sendo mais comum o tipo onde os indivíduos apresentam incapacidade de distinguir as 
cores vermelho e verde
A daltônica ( Xd Xd ) transmite o gene do daltonismo para seu filho ( Xd Y), pois ela só transmite o X. 
O daltônico ( Xd Y ) não transmite o gene do daltonismo para o seu filho ( XD Y), pois ele só transmite o Y. 
Para uma mulher nascer daltônica, seu pai, tem que ser daltônico ( Xd Y), pois ele só transmite o X para 
suas filhas. 
Para um homem nascer daltônico, sua mãe, tem que ser daltônica ( Xd Xd ), pois ela só transmite o X para 
seus filhos. 
Porem se ela for portadora ( XD Xd ) e seu marido for normal ( XD Y ) a chance de terem um filho com 
daltonismo é de 50%. 
MULHERES MULHERES HOMENS HOMENS 
Genótipo Fenótipo Genótipo Fenótipo 
XD XD Normal XD Y Normal 
XD Xd Normal porem 
portadora 
Xd Y Daltônico 
Xd Xd Daltônica 
Distúrbios ligados ao Y
Hipertricose auricular é uma herança ligada ao cromossomo Y
Apenas o pai transmite para o seu filho homem
Indivíduos apresentam longos pêlos nas orelhas.
XX XYA
XYA
XYA
XX XX XX
XX
Mutação
Genótipo:
Genótipo é o conjunto de genes 
contidos no DNA de um organismo.
Fenótipo:
Fenótipo são as propriedades visíveis, 
conferidas pelas proteínas expressadas 
pelos genes de um organismo.
OBSERVAÇÃO:
Este é um esquema hipotético apenas para ilustrar 
como ocorre a produção de diferentes proteínas a 
partir de um genótipo fictício.
Tipos de mutações espontâneas
1.1 - Substituição ou 
troca de pares de bases 
– (Mutação gênica)
1- Mutação gênica
Tipos de mutações espontâneas
1.1- Substituição ou troca de pares de bases (Mutação gênica)
Tipos de mutações espontâneas
Tipos de mutações espontâneas
1- Exemplo da 
resultante de uma 
mutação gênica.
Tipos de mutações espontâneas
1.2- Alteração na fase de leitura (Mutação gênica)
1- Mutação gênica
Tipos de mutações espontâneas
2.1- Deleção de uma região do DNA 
(mutação estrutural)
2.2- Inserção de novos pares de bases 
em uma região (mutação estrutural)
Deleção ou 
Deficiência
Inversão
Translocação
2- Mutações estruturais
Tipos de mutações induzidas
1- Análogos de bases 
(possuem estrutura semelhante às bases purínicas ou 
pirimídicas)
2-Agentes químicos que reagem com o DNA. 
2.1 - ácido nitroso (HNO2) causa a desaminação da 
Adenina e/ou da Citosina
(retirada da amina primária – NH2
ou da amina secundária – NH)
2.2 - hidroxilamina (NH2OH) reage com a Citosina.
Tipos de mutações induzidas
3- Agentes alquilantes
A alquilação é a transferência de um grupo alquila (metil ou metila, etil ou etila, pentil 
etc) de uma molécula para outra. 
O etil-metanosulfonato adiciona um grupo metil nas Guaninas que são exisadas pela 
DNAse.
4- Radiação
A radiação por definição é o transporte de energia de um ponto a outro no espaço por 
meio de ondas eletromagnéticas, mecânicas ou por partículas sub-atômicas.
4.1- A radiação ultra violeta (UV) é a radiação 
eletromagnética com um comprimento de onda menor 
que a da luz visível e maior que a dos raios X. 
O nome significa além do violeta que é a cor visível 
com comprimento de onda mais curto.
A radiação UV pode formar dímeros de pirimidinas 
(C,T), ou seja, duas pirimidinas adjacentes ligam-se. 
Por exemplo, Citosina com Timina; Citosina com 
Citosina; Timina com Timina. 
As bases purínicas (A,G) e pirimídicas (C,T) dos ácidos 
nucléicos absorvem fortemente a radiação UV e 
acabam se ligando, e geralmente a DNA-polimerase 
acaba inserindo um nucleotídeo incorreto. 
Radical metil
Tipos de mutações induzidas
4.2 – A radiação Ionizante é um tipo de radiação capaz de arrancar elétrons de átomos ou moléculas 
(por exemplo, raios X, Gama, Alfa, Beta e Nêutrons), logo, libera radicais livres que atacam o DNA, 
rompendo a fita
Mutações cromossômicas numéricas
Heteroploidia
Qualquer número diferente 
de 46 cromossomos 
(humanos).
1- Euploidia
Alterações em que há perda ou acréscimo de lotes de cromossomos 
completos (genomas). 
Surgem quando os cromossomos se duplicam e a célula não se 
divide. 
Geralmente apresentam um múltiplo ou submúltiplo exato do número 
haplóide de cromossomos.
- haploidia possuem número de cromossomos = n
- triploidia possuem número de cromossomos = 3n
- tetraploidia possuem número de cromossomos = 4n
Exemplo: O trigo do gênero tricum apresenta variedades diplóides (2n), 
tetraplóides (4n) e hexaplóides (6n) 
2- Aneuploidia
São alterações em que há perda ou acréscimo de um ou mais 
cromossomos da célula. 
Surgem devido a erros na distribuição dos cromossomos durante as 
divisões celulares (meiose ou mitose).
As células resultantes da divisão anormal ficam com excesso ou falta de 
cromossomos. 
Qualquer outro número de cromossomos presente nas células humanas 
causa distúrbios.
- nulissomia possuem número de cromossomos = 2n -2
-monossomia possuem número de cromossomos = 2n -1
-trissomia possuem número de cromossomos = 2n +1
-tetrassomia possuem número de cromossomos = 2n + 2
Mosaicismo
Mutações cromossômicas numéricas
Aneuploidias:
Embora uma trissomia possa ocorrer 
com qualquer cromossoma, os tipos 
mais comuns (em humanos ) são: 
Trissomia 21 ( Síndrome de Down) 
Trissomia 18 ( Síndrome de Edward ) 
Trissomia 13 ( Síndrome de Patau ) 
Trissomia 8 ( Síndrome de Warkany ) 
Síndrome de Downou trissomia 21
É uma aneuploidia causada pela presença de 
um cromossomo 21 extra total ou 
parcialmente.
Recebe o nome em homenagem a John 
Langdon Down , médico britânico que 
descreveu a doença em 1866 . 
A trissomia no cromossomo 21 geralmente 
ocorre durante a meiose 2 materna, quando 
durante a fase da metáfase 2, não ocorre a 
disjunção das cromátides de um dos 
cromossomos 21 que estão pareados na 
linha equatorial. 
Então durante a anáfase 2, ambas cromátides 
irão juntas para o mesmo pólo da célula que 
ao se dividir na telófase 2, forma uma célula 
com uma cromátide a mais e outra com uma 
cromátide a menos.
Durante a fecundação este conjunto 
cromossômico materno com 1 cromátide 
excedente se une com o material genético 
paterno ocorrendo a trissomia (cromossomo 
com 3 cromátides).
Síndrome de Down ou trissomia 21
Geralmente a síndrome de Down está associada a 
algumas dificuldades de habilidade cognitiva e 
desenvolvimento físico, assim como de aparência 
facial, sendo geralmente identificada no nascimento. 
Portadores de síndrome de Down podem ter uma 
habilidade cognitiva abaixo da média, geralmente 
variando de retardo mental leve a moderado. 
Um pequeno número de afetados possui retardo mental 
profundo. 
A incidência da síndrome de Down é estimada em 1 a 
cada 800 ou 1000 nascimentos. 
Muitas das características comuns da síndrome de Down 
também estão presentes em pessoas com um padrão 
cromossômico normal. 
Elas incluem a prega palmar transversa (uma única 
prega, ao invés de duas), olhos com formas 
diferenciadas devido às pregas nas pálpebras, 
membros pequenos, baixo tônus muscular e língua 
protrusa. 
Síndrome de Down ou trissomia 21
Os afetados pela síndrome de Down possuem maior risco de sofrer defeitos 
cardíacos congênitos, doença do refluxo gastroesofágico , otites recorrentes, 
apnéia de sono obstrutiva e disfunções da glândula tireóide. 
Indivíduos com síndrome de Down podem ter algumas ou todas as seguintes 
características físicas: 
- fissuras palpebrais oblíquas, 
- hipotonia muscular , 
- a flat nasal bridge, 
- uma prega palmar transversal única (prega simiesca), 
- uma língua protrusa (devido à pequena cavidade oral), 
- pescoço e dedos curto, 
- pontos brancos nas íris conhecidos como manchas de Brushfield , 
- flexibilidade excessiva nas articulações, 
- defeitos cardíacos congênitos , 
- espaço excessivo entre o hálux e o segundo dedo do pé. 
Síndrome de Edwards ou trissomia 18
É uma aneuploidia resultante de trissomia regular sem 
mosaicismo do cromossoma 18 . 
As características principais da doença são: atraso mental, 
atraso do crescimento e, por vezes, malformação grave do 
coração . 
O crânio é excessivamente alongado na região occipital 
e o pavilhão das orelhas apresenta poucos sulcos. 
A boca é pequena e o pescoço normalmente muito curto. 
Há uma grande distância intermamilar e o dedo indicador 
é maior que os outros e flexionado sobre o dedo médio. 
Os pés têm as plantas arqueadas e as unhas costumam 
ser hipoplásticas.
Síndrome de Edwards ou trissomia 18
Esta sintomatologia tem uma incidência de 1/8000 recém-
nascidos, a maioria dos casos do sexo feminino, mas 
calcula-se que 95% dos casos de trissomia 18 resultem em 
abortos espontâneos durante a gravidez. 
A esperança de vida para as crianças com síndrome de 
Edwards é baixa, mas já foram registrados casos de 
adolescentes com 15 anos portadores da síndrome. 
Toda mulher, independente da idade, tem risco de ter um erro 
cromossômico em seu feto. 
A maioria dos pacientes com a trissomia do cromossomo 18 
apresenta trissomia regular sem mosaicismo, isto é, 
cariótipo 47, (XX + 18 ou XY, +18). 
Entre os restantes, cerca de metade é constituído por casos 
de mosaicismo e outro tanto por situações mais complexas, 
como aneuploidias duplas, translocações. 
Estudos recentes demonstram que, na maior parte dos casos 
(85%), o erro ocorre na disjunção cromossômica da 
meiose materna, e somente 15% da meiose paterna. 
O primeiro caso de trissomia 18 foi descrito por Edwards, 
no ano de 1960, daí o nome Síndrome de Edwards. 
Síndrome de Edwards ou trissomia 18
Os portadores da Síndrome de Edwards demonstram algum comprometimento do sistema nervoso 
central, sendo os mais freqüentes: alteração do padrão dos giros cerebrais, alterações morfológicas 
cerebelares, anomalias do corpo caloso e hidrocefalia. 
Os pacientes apresentam, normalmente, atrofia cerebral de graus variados, demonstrada na tomografia 
axial computadorizada de crânio. 
Pode ser diagnosticada ao nascimento, ou mesmo algum tempo depois, a partir de aspectos dismórficos, 
os quais podem variar ligeiramente, mas que constituem um quadro sintomático anatômico comum: 
-Hipertonia (característica típica); 
-Estatura baixa; 
-Cabeça pequena, alongada e estreita; 
-Zona occipital muito saliente; 
-Pescoço curto; 
-Orelhas baixas e mal formadas; 
-Defeitos oculares; 
-Palato alto e estreito, por vezes fendido; 
-Lábio leporino; 
-Maxilares recuados; 
-Esterno curto; 
-Pés virados para fora e com calcanhar saliente; 
-Unhas geralmente hipoplásticas; 
-Acentuada má formação cardíaca; 
-Anomalias renais (rim em ferradura) 
-Anomalias do aparelho reprodutor. 
-Rugas presentes na palma da mão e do pé, ficando arqueadas nos dedos; 
-Mão cerrada segundo uma forma característica 
(2º e 5º dedos sobrepostos aos 3º e 4º dedos); 
Síndrome de Patau ou trissomia 13
Reconhecida em 1960 por Klaus Patau observando um caso 
de malformações múltiplas em um neonato, sendo
trissômico para o cromossomo 13. 
Tem como causa a não disjunção dos cromossomos durante 
a anáfase 1 da meiose , gerando gametas com 24 
cromátides. 
Ocorre na maioria das vezes com mulheres com idade 
avançada 35 anos acima.
A trissomia no cromossomo 13 geralmente ocorre durante a 
meiose 2 materna, quando durante a fase da metáfase 2, 
não ocorre a disjunção das cromátides de um dos 
cromossomos 13 que estão pareados na linha equatorial. 
Então durante a anáfase 2, ambas cromátides irão juntas 
para o mesmo pólo da célula que ao se dividir na telófase 2, 
forma uma célula com uma cromátide a mais e outra com 
uma cromátide a menos.
Durante a fecundação este conjunto cromossômico materno 
com 1 cromátide excedente se une com o material genético 
paterno ocorrendo a trissomia (cromossomo com 3 
cromátides).
Síndrome de Patau ou trissomia 13
O fenótipo inclui malformações graves do sistema nervoso 
central e um retardamento mental acentuado está presente. 
Em geral há defeitos cardíacos congênitos e defeitos 
urigenitais incluindo criptorquidia nos meninos, útero 
bicornado e ovários hipoplásticos nas meninas gerando 
inviabilidade, e rins policísticos. 
Com freqüência encontram-se fendas labial e palato 
fendido, os punhos cerrados e as plantas arqueadas. 
A fronte é oblíqua, há hipertelorismo ocular e microftalmia 
bilateral, podendo chegar a anoftalmia, coloboma da íris, 
olhos são pequenos extremamente afastados ou ausentes. 
As orelhas são malformadas e baixamente implantadas. 
As mãos e pés podem mostrar quinto dedo ( polidactilia ) 
sobrepondo-se ao terceiro e quarto, como na trissomia do 18.
anoftalmia,
Síndrome de Warkany ou trissomia 8
A síndrome de Warkany ou trissomia 8 se caracteriza pelo 
comprometimento do desenvolvimento das estruturas mentais, 
conformação facial relativamente comum entre os portadores, 
rótulas (articulação dos joelhos) ausentes ou displásicas, 
contrações espasmódicas, 
sulcos nas plantas dos pés e nas palmas das mãos o que 
provoca a posturadistintiva anormal do dedo do pé, 
anomalia vertebral, 
pelvis estreito, 
anomalias ureteral-renal, 
ou outras anomalias. 
Apenas 15% dos indivíduos com esta síndrome apresentam 
trissomia do 8 verdadeira, sendo que 85% apresentam 
mosaicismo para o cromossomo 8. 
Forte prevalência pelo sexo masculino (5:1). 
Não existem diferenças fenotípicas entre indivíduos com 
trissomia verdadeira ou mosaicismo. 
Síndrome de Turner (monossomia do X0)
É uma síndrome que é identificada no momento do 
nascimento, ou antes da puberdade por suas características 
fenotípicas distintivas.
A constituição cromossômica mais freqüente é 45, X sem um 
segundo cromossoma sexual, X ou Y . 
A Síndrome de Turner é uma condição que afeta apenas 
meninas, e é um distúrbio cromossômico de causa desconhecida. 
A idade dos pais das meninas com Síndrome de Turner não 
parece ter qualquer importância e não foram identificados fatores 
hereditários. 
O diagnóstico pode ser feito em qualquer idade; cerca de 30% das 
crianças são diagnosticadas ao nascimento e outras 25,5% 
durante a período médio da infância . Para muitas, entretanto, o 
diagnóstico pode ser feito somente na adolescência . 
Ao nascimento, geralmente têm um comprimento menor e 
pesam menos que as outras. Durante os primeiros anos de suas 
vidas, elas crescem quase tão rápido quanto suas 
contemporâneas, porém, com o tempo, a diferença na altura 
torna-se mais aparente e a diferença é particularmente notável 
quando as outras meninas entram na puberdade e apresentam 
rápidos aumentos de estatura. 
Geralmente são, em média, 20 cm mais baixas.
Síndrome de Turner (monossomia do X0)
As meninas com Turner, antes do nascimento, possuem um número 
normal de folículos ovulares em seus ovários. 
Entretanto, estes folículos desaparecem rapidamente e as 
meninas com Turner geralmente não mais os possuem ao 
nascimento. 
O ritmo de desaparecimento varia para cada menina e até 20% das 
meninas com Turner ainda podem possuir óvulos em seus ovários no 
início da puberdade. 
Quando ocorre ausência dos folículos ovulares, também há uma 
ausência dos hormônios sexuais femininos, as quais são 
importantes para o desenvolvimento dos caracteres sexuais 
secundários (pêlos pubianos, desenvolvimento dos seios, etc.). 
Conseqüentemente, muitas meninas com Turner podem ter 
desenvolvimento incompleto das características sexuais 
secundárias. 
A maioria das meninas com Turner não menstrua e apenas podem 
ter filhos em raros casos. 
Síndrome de Turner (monossomia do X0)
Ao nascimento, entre um terço e metade das meninas com Turner 
apresentará inchaços com aspecto de um coxim no dorso das 
mãos e pés. Isto normalmente desaparece após um certo tempo, 
porém pode reaparecer durante a puberdade. 
Algumas podem ter um palato (céu da boca) estreito e elevado e 
um maxilar inferior menor, o que pode levar à dificuldade na 
alimentação como um refluxo. 
Problemas dentários ocasionalmente podem ocorrer numa época 
posterior. 
As unhas freqüentemente se dobram em relação aos dedos e 
artelhos de um modo característico, e têm uma tendência a 
"enganchar" nas meias. 
Muitas apresentam um número maior que o habitual de manchas 
escuras , freqüentemente na face. 
Outro aspecto mais raro da Síndrome de Turner é o pescoço com 
um septo lateral. Este é uma pequena dobra de pele de cada lado 
do pescoço dando a impressão que o pescoço é curto. 
Síndrome de Klinefelter (trissossomia nos cromossomas sexuais)
A Síndrome de Klinefelter foi descrita pela primeira vez 
por Harry Klinefelter , e é a causa mais freqüente de 
hipogonadismo e infertilidade em indivíduos do sexo 
masculino. 
As vítimas da Síndrome de Klinefelter, pessoas do 
sexo masculino, têm um cromossomo X adicional 
(47,XXY).
Apresentam estatura elevada, algum desenvolvimento 
do tecido mamário e testículos pequenos. 
É de esperar que indivíduos com a síndrome de 
Klinefelter tenham uma esperança média de vida normal, 
no entanto há a referir um aumento considerável de 
acidentes vasculares cerebrais (6 vezes superior à 
população geral). 
O atraso da linguagem (51%), o atraso motor (27%) e 
problemas escolares (44%) complicam o 
desenvolvimento destas crianças e em alguns estudos 
estão descritos comportamentos anti-sociais e 
psiquiátricos. 
Outros apontam para uma boa adaptação social e no 
trabalho. 
Outra complicação é o déficit auditivo.
Síndrome de Klinefelter (trissossomia do cromossoma sexual)
Esta síndrome raramente é diagnosticada no recém-nascido face à ausência de 
sinais específicos. 
O diagnóstico precoce permite a intervenção antecipada, seja ela psicológica ou 
farmacológica. 
O rastreio de problemas visuais e auditivos, assim como a avaliação do 
desenvolvimento, devem ser realizados periodicamente. 
Muitas vezes detecta-se a anomalia apenas quando problemas 
comportamentais, desenvolvimento pubertal anómalo ou infertilidade 
aparecem. 
A puberdade apresenta problemas particulares secundários aos problemas 
genitais já referidos, sugerindo tratamento com testosterona.. 
Esta anomalia genética está associada à idade materna avançada. 
Num casal com um filho com a síndrome de Klinefelter, o risco de recorrência é 
igual ou inferior a 1%. 
O estudo familiar é habitualmente desnecessário, salvo em raras situações. 
Nem sempre a infertilidade é a regra e caso se encontrem indivíduos férteis, 
deve ser oferecido o diagnóstico pré-natal a fim de excluir alterações 
cromossómicas uma vez que existe um risco acrescido das mesmas.
Variantes da Síndrome de Klinefelter
Existem outras variações menos comuns como: 
- 48, XXYY; (Euploidia)
- 48, XXXY; (Euploidia)
- 49, XXXXY; (Aneuploidia)
- e mosaico XY/XXY. 
-Todas são consideradas variantes da Síndrome de Klinefelter. 
Como têm um cromossomo Y, estes indivíduos apresentam 
fenótipo masculino, porém se detecta um grau de 
deficiência metal e maiores anormalidades físicas a cada 
cromossomo X adicional.
Os pacientes apresentam fenótipo masculino, ginecomastia, 
microrquidia, azoospermia, e níveis elevados de hormônio 
folículo estimulante(FSH).
A ginecomastia apesar de ser um importante sinal, não é 
obrigatória, aparecendo em somente 25 a 35% dos casos. 
Outros sinais associados são: 
-estatura elevada, membros superiores alongados 
desrespeitando a simetria corporal, 
- pênis e testículos pequenos, moles e indolores e sinais 
de feminilização nos pelos pubianos e na voz.
-azoospermia total ou uma oligoospermia. 
- Alguns pacientes podem apresentar fenótipo normal.
Síndrome XYY
A síndrome XYY é uma aneuploidia dos cromossomos 
sexuais, onde um humano do sexo masculino recebe um 
cromossomo Y extra em cada célula , ficando assim com um 
cariótipo 47,XYY . 
A síndrome XYY também é designada como trissomia XYY , 
aneuploidia 47,XYY ou síndrome do super-macho . 
A maioria dos Homens com XYY são fenotipicamente 
normais com crescimento ligeiramente acelerado na 
Infância 
Homens com estatura muito elevada 
Antigamente associada a comportamento anti-social, porém 
são relatados problemas comportamentais como distração, 
Hiperatividade e crises de fúria na infância e início da 
adolescência, sendo que o comportamento agressivo 
usualmente não é problema e eles aprendem a controlar a raiva 
à medida que crescem. 
Verificou-se, porém, que, entre criminosos, a freqüência desta 
síndrome chega a 3%. 
Os homens afetados não apresentam anormalidades 
específicas, a não ser estatura acima da média da população.
Ocorrência 1/1.000 nascimentos do sexo masculino. 
Síndrome XXX ou poli-X
SÍNDROME XXX e XXXX ou poli-X47, XXX (Aneuploidia) ou 48, XXXX (Euploidia)
– Características:
Mulheres com genitália normal e leve retardamento 
mental
Geralmente há deficiência de crescimento pré-natal, 
baixa estatura .
Ocorrência 1/1000 nascimentos do sexo feminino
Síndrome cri du chat 
Progenitores com translocações 
equilibradas são perfeitamente 
normais porque nenhum material 
genético foi perdido, assim 
sendo, provavelmente não saberão 
que são portadores até que 
tenham uma criança afetada com 
na família.
Pode ser uma monossomia 
parcial do cromossomo 5 devido 
a quebra do braço curto do 
cromossoma 5 (5p-) ou do 
cromossomo 4, sendo este último, 
mais raro do que o anterior. 
Geralmente produz um fenótipo 
anormal com baixo peso de 
nascimento, desenvolvimento 
anormal, coloboma da íris e 
aspecto facial anormal. 
Esta Síndrome na maioria das vezes não é herdada pelos pais, somente em 20% dos casos. 
Esses casos são causados por translocação equilibrada nos cromossomas de um dos pais (material 
genético de um cromossoma que se uniu a outro). 
Síndrome cri du chat 
É chamado de Síndrome do cri du chat (choro do gato), 
por causa da semelhança do choro da criança com um 
miado de gato. 
As crianças afetadas têm retardo mental, são 
microcefálicas, têm um aspecto facial característico 
com hipertelorismo marcante (pelos) e têm padrões 
dérmicos característicos.
Essa síndrome pode ocorrer na prole de um portador de 
translocação que formou um gameta não balanceado 
com uma deficiência. 
Na mesma família, podem ser encontrados pacientes 
com a correspondente duplicação.
Síndrome Wolf-Hirschhorn
É uma anomalia genética que se caracteriza por um 
grupo de manifestações clínicas, comprometendo o 
desenvolvimento e crescimento. 
A doença afeta a qualidade de vida do paciente e pode 
ser uma ameaça para ele, levando à morte no primeiro 
ano. 
Foi descrita pela primeira vez por Wolff em 1965 e mais 
tarde por Hirschhorn. 
As manifestações são o resultado de uma deleção 
parcial do braço curto de um cromossomo 4. 
A incidência é rara (1:50.000), sendo o sexo feminino 
mais afetado (2:1).
Tem na literatura cerca de 100 casos descritos até 1981. 
As características clínicas são muito variadas: 
-Atraso no desenvolvimento geral 
- Hipoplasia do cerebelo e nervo olfatório 
- Agenesia de estruturas cerebrais, 
- Hipotonia, convulsões, baixo peso e estatura (abaixo 
de 3% da média).
- Aspecto facial característico com hipertelorismo, nariz 
grande e largo.
- Micrognatia e outras anormalidades craniofaciais.
Síndrome Wolf-Hirschhorn
Alterações oculares são freqüentes, como coloboma da íris, estrabismo divergente, estenose lacrimal , 
fendas palpebrais e sobrancelhas altas e arqueadas. 
Existem algumas características ósseas como cifose, escoliose, displasia ou deslocamento do quadril, 
desenvolvimentos anormais de hálux e polegares, hipoplasia uterina, hérnias, hidronefrose, rins 
policísticos e aumento da distância entre os mamilos. 
Defeitos cardíacos congênitos podem ser encontradas como a comunicação inter-atrial e comunicação 
interventricular.
A etiologia está relacionada com a supressão do braço curto de um cromossomo 4 (região 4p). 
Esta supressão pode ocorrer durante a formação dos gametas paternos, no desenvolvimento dos embriões 
nas primeiras mitoses e também pode ser herdado dos pais que portam uma translocação equilibrada. 
As manifestações clínicas da doença pode ser notada desde os primeiros anos de vida.
A expectativa de vida é considerada curta, principalmente devido a complicações cardio-respiratória.
Síndrome Prader Willi
Esta síndrome descrita em 1956 é de origem genética 
localizada no cromossomo 15, ocorrendo na fecundação 
uma microdeleção neste cromossomo.
Causa obesidade, deficiencia mental e hipogonadismo e 
afeta meninos e meninas em um complexo quadro de 
sintomas, durante todas suas vidas, estes variando em 
presença e intensidade de indivíduo para indivíduo. 
Um diagnóstico precoce, antes da manifestação dos 
sintomas, principalmente a obesidade, tem trazido uma 
melhora na qualidade de vida dos portadores nos últimos 
anos. 
Mas ainda em caso de diagnósticos tardio, uma série de 
cuidados pode ser iniciados, retornando na qualidade de 
vida dos portadores. 
Bebês com Síndrome de Prader Willi apresentam 
dificuldade de sugar, choro fraco e são muito pouco 
ativos, dormindo a maior parte do tempo. 
Raramente conseguem ser amamentados. 
Seu desenvolvimento neuro-motor é lento, tardam a 
sentar, engatinhar e caminhar. 
Síndrome Prader Willi
Os principais sintomas são: 
-Hiperfagia - constante sensação de fome e interesse com 
comida, que pode surgir entre os 2 e 5 anos de idade e levar 
a obesidade ainda na infância. 
Hipotonia - atraso nas fases típicas do desenvolvimento 
psicomotor quando bebês. Mais tarde fraco tônus muscular, 
dificuldades com alguns movimentos, equilíbrio, escrita, uso 
de instrumentos, lentidão. 
Dificuldades de aprendizagem e fala. 
Instabilidade emocional e imaturidade nas trocas sociais. 
Alterações hormonais - atraso no desenvolvimento sexual. 
Baixa estatura. 
Diminuição da sensibilidade à dor. 
Mãos e pés pequenos, pele mais clara que os pais. 
Boca pequena com o lábio superior fino e inclinado para 
baixo nos cantos da boca. 
Fronte estreita, olhos amendoados e estrabismo.

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