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Manejo e Conservação do Solo (todas as matérias da disciplina)

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Introdução da matéria:
Formas de utilização dos recursos naturais
Recursos renováveis: não se esgotam com grande facilidade, devido à rápida velocidade de renovação e capacidade de manutenção, ex recursos biológicos, hídricos e fontes de energia alternativa.
Recursos não-renováveis: esgotam-se a uma velocidade superior à da sua renovação, ex: carvão mineral, petróleo, gás natural.
Classificação dos recursos naturais – atendendo à sua natureza:
Minerais: materiais que constituem a crosta terrestre: metálicos e não metálicos;
	Concentração de rochas e minerais da crosta terrestre que pode ser explorada
	Consequência da extração de recursos minerais: poluição aquática, poluição atmosférica, poluição dos solos, alteração da paisagem.
Biológicos: materiais e energia que o homem pode obter a partir de outros seres vivos;
	Agropecuários: animais e plantas que fornecem alimentos e matérias-primas;
	Florestais: produtos da floresta;
	Marinhos: animais marinhos e algas que fornecem alimentos e matérias-primas.
	Consequências: destruição dos habitats naturais das espécies; poluição da água e do solo; super-exploração e/ou extinção de espécies.
Hídricos: quantidade de água superficial e subterrânea que está à disposição do ser humano;
	97% da água é salgada, nos mares e oceanos
3% é doce
77% (dos 3%) estão nas geleiras, 22% são águas subterrâneas
Águas superficiais:
67% nos lagos, 0,4% nos rios, 39% solo e atmosfera
	Água – recurso limitado
		A água, apesar de ser considerada um recurso natural renovável, pode vir a ser considerada um recurso limitado.
		Porque a sua qualidade está ameaçada pelas atividades humanas: esgotos domésticos, resíduos de fertilizantes e de pesticidas e poluição industrial.
		À medida que a população aumenta, as regiões que hoje possuem recursos hídricos poderão sofrer estresse hídrico, isto é, falta de água doce.
Energéticos: enblogam qualquer fonte de energia (ex combustíveis fósseis, energia nuclear, energias alternativas)
	São recursos de onde se pode obter energia.
	A energia pode ser definida como a capacidade para produzir trabalho.
	Combustíveis fósseis
		Transformação da matéria orgânica oriunda de organismos em decomposição.
		Carvão, petróleo, gás natural.
		Extração: continentes, oceanos.
		Tipos: renováveis e não renováveis.
Consequências do uso dos combustíveis fósseis: derramamento de combustíveis nos oceanos, impactos ambientais oriundos da exploração, mudanças climáticas.
		Efeito Estufa: 
Gases que promovem o efeito estufa: contribuição proporcional dos principais gases do efeito estufa estimada desde a era pré-industrial até o presente. GEE: CO2 (56%), CH4 (16%), O3 (12%), CFCs (11%), N2O (5%). (Dados IPCC 2007).
Energia Nuclear
	Tem a finalidade de aproveitar a energia nuclear, convertendo o calor emitido nas reações nucleares de átomos de urânio e tório em energia elétrica.
Energias Renováveis: são uma alternativa aos combustíveis fósseis porque constituem uma forma de energia inesgotável à escala da vida humana.
Causas da degradação dos solos
Degradação do solo: alteração das propriedades do solo que acarrete efeitos negativos sobre uma ou várias funções do solo, à saúde humana ou ao meio ambiente.
Agentes causadores: homem, animais, água e vento.
Principais processos de degradação do solo:
	Erosão: principal processo de degradação;
		Desprendimento e espalhamento (salpicamento), transporte e deposição das partículas do solo (em locais mais baixos, em bacias de deposição), em razão da precipitação.
	Redução da matéria orgânica;
		Matéria orgânica: natureza química e de origem muito complexa, constituído por material adicionado, seus produtos de transformação, células microbianas, metabólitos microbianos, produtos da sua interação com os componentes inorgânicos do solo e materiais recalcitrantes.
		
	Compactação;
		Afetada pelas intervenções antrópicas;
		Causada pelo uso intensivo de máquinas agrícolas, diminui a quantidade de poros do solo reduzindo o volume total do solo, acarretando o aumento da densidade. (solo não compactado: 60% de porosidade, solo compactado: 35% porosidade).
	Queimadas e desmatamento;
		Desmatamento: a retirada da vegetação natural favorece o desgaste acelerado do solo;
		Queimadas: provoca a extinção dos nutrientes que compõem o solo.
	Desertificação: fenômeno que corresponde ao empobrecimento e diminuição da umidade em solos arenosos, localizados em regiões de clima subúmido, árido e semiárido. Segundo a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, a desertificação é “a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas”.
	Impermeabilização: redução de áreas permeáveis (de infiltração hídrica, principalmente pluvial);
	Deslizamentos de terra.
Preservação do meio ambiente e sustentabilidade
Importância da utilização sustentável dos recursos naturais: o desenvolvimento sustentável procura satisfazer as necessidades das populações atuais, sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades.
Princípio do desenvolvimento sustentável: consiste na compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico (José Afonso da Silva).
Contempla as dimensões humana, física, econômica, política, cultural e social em harmonia com a proteção ambiental, buscando atender aos anseios do presente, sem comprometer a capacidade e o meio ambiente das gerações futuras (Terence Trennepohl).
Atributos físicos e químicos do solo e a susceptibilidade à erosão 
Processos de formação do solo
Fatores ativos que incentivam na formação dos solos:
	Clima: temperatura, água, ventos etc.
	Organismos: microrganismos, plantas, animais etc.
	Material de origem;
	Tempo;
	Relevo, topografia.
Processos:
	Adição: aporte (subsídio) de material do exterior do perfil ou do horizonte do solo;
	Perda ou remoção: material é removido para fora do perfil (lixiviação, erosão);
	Translocação: material passa de um horizonte para outro, sem abandonar o perfil (argila, matéria orgânica, compostos solúveis, íons);
	Transformação: mudança de natureza química ou mineralógica (quartzo);
	Processos formadores de solo (adição, perdas, translocação, transformação)
					+
			Condições bioclimáticas
					+
		Material de origem e posição na paisagem
					=	
	Feições do solo (aparência do solo; perfil do solo, horizontes do solo)
Conceito de solo, horizontes e perfil do solo
Solo: depende do profissional que o utiliza ou estuda. Segundo o dicionário: porção da superfície da terra, terreno, chão, parte inconsolidada do manto de intemperismo e que contém matéria orgânica e vida bacteriana, que possibilitam o desenvolvimento das plantas.
Horizontes: diferenciação de cor, textura e composição química das diferentes camadas do solo;
Perfil do solo: corte do terreno, no qual observamos a sucessão dos horizontes;
	O perfil do solo completo e desenvolvido apresenta 5 tipos de horizontes: O, A, E, B e C.
		O: constituição orgânica, originadas em condições de drenagem livre;
H: constituição orgânica sob condições de prolongada estagnação de água;
A: horizonte mineral superficial escurecido pela incorporação da matéria orgânica;
B: horizonte mineral subsuperficial formado sob E, A ou O, onde ocorre a maior expressão dos processos pedogenéticos (máximo desenvolvimento de estrutura, cores mais vermelhas);
C: horizonte ou camada de sedimentos ou saprolito (material de rocha que não apresenta resistência à escavação com pá);
R: camada mineral de material consolidado que não pode ser cortado com uma pá, mesmo quando úmido.
Classes de processos formações de solo:	
Podzolização: ocorre translação de material do horizonte A para o B.
		Quando solos com horizontes Bt e B Podzol encontram-se em relevo movimentado, tendem a ser facilmente erodíveis:
			Horizontes superficiais(A) com material mais arenoso e menos estruturado;
			Solo com horizonte B textural: diferença de textura entre horizontes A e B dificulta a infiltração de água e favorece a erosão.
	Latolização ou ferratilização: origina solos ricos em caulinita ou óxidos de Fe e Al;
		Perfil geralmente profundo e homogêneo, coloração uniforme;
		Gradiente textural se existir é pequeno;
		Solos resultantes: latossolos (ou vermelho, ou amarelo) e nitossolos.
	Calcificação ou carbonatação: translocação (redistribuição) de CaCo3 no perfil do solo;
		Limitações: deficiência de água e principalmente má distribuição de chuvas;
		Ocorrências no Brasil: regiões menos úmidas do Polígono das Secas, sendo pouco expressivos geograficamente.
	Hidromorfismo ou gleização: ambiente saturado por água, origina solos acinzentados, azulados e esverdeados;
		Ambiente de redução, desaparece o O2;
		Condições aeróbicas: decomposição microbiológica;
		Condições anaeróbicas: ?.
	Halomorfismo ou salinização: acumulação de sais solúveis no perfil;
		A salinização pode ocorrer por:
			Solubilização de depósitos de sais próximos a superfície: os sais penetram no perfil;
			Evaporação da água na estação seca: os sais migram para a superfície;
			Irrigação: os sais penetram no perfil (água rica em sais); os sais migram para a superfície (manejo inadequado).
Inserção do solo na paisagem
O solo é um importante recurso natural que suporta a flora e a fauna, as atividades agropastoris, o armazenamento de água e as edificações do homem.
A paisagem é a imagem da ação combinada dos fatores de formação do solo, tais como o relevo, os organismos, o material de origem, o clima e o tempo.
O conhecimento da distribuição dos solos na paisagem é de extrema importância:
	- no levantamento dos solos
	- nos estudos de gênese dos solos
	- planejamento do uso racional destes recursos naturais.
Constituição e propriedades do solo
Composição típica do solo: minerais, água, ar, matéria orgânica e seres vivos.
Matéria orgânica do solo
Matéria orgânica do solo: é todo resíduo orgânico (com carbono na sua estrutura) que vai formar a matéria orgânica do solo.
Qual a relação entre a matéria orgânica do solo e a degradação do solo ou entre matéria orgânica do solo e erosão?
O que é um solo degradado ou erodido?
	Solo sem vegetação;
	Solo sem microrganismos;
	Solo sem umidade;
	Solo sem nutrientes;
	Solo sem estrutura;
	Solo sem matéria orgânica.
Todo processo de recuperação de áreas degradadas, passam obrigatoriamente pela adição de alguma fonte de matéria orgânica para o solo.
Vegetação: penetração das raízes, reações químicas, material para decomposição, agregação das partículas do solo;
Microrganismos: processam os resíduos e os transformam em matéria orgânica;
Animais: resíduos orgânicos, revolvimento dos solos (os que vivem no solo: minhoca);
Homem: manejo, correção e degradação dos solos.
Fotossíntese: incorporação da matéria orgânica no solo:
CO2 + H2O = C6H12O6 + O2
		Matéria inorgânica		matéria orgânica
Como a matéria orgânica entra e sai do solo?
	Respiração das plantas, respiração do solo, fotossíntese, resíduos vegetais, erosão, raízes.
Ciclos biogeoquímicos: 
Fatores determinantes da matéria orgânica do solo: condições biológicas, vegetação e resíduos, clima e manejo.
Húmus: resíduo final do processo de decomposição biológica dos resíduos orgânicos, possui coloração bruno-escura a preta.
Importância da matéria orgânica no solo:
Química: contém os nutrientes essenciais para a vida vegetal;
Física: favorece aeração do solo e a retenção de umidade (reduzem a evaporação), controla a erosão (desagregam argilas em solos compactados, dão coesão a solos arenosos);
Biológica: é o substrato que os microrganismos utilizam como alimento.
Responsável por uma adequada estrutura do solo;
Aumenta a porosidade do solo;
Melhora relação água-ar, reduzindo erosão por água-ar;
Quimicamente fonte natural de nitrogênio, fósforo e enxofre.
O início da erosão hídrica
	Incidência das precipitações no solo: o impacto direto das gotas de chuva desagregam as partículas do solo (erosão por salpicamento);
	As partículas são transportadas por ação do escoamento da água pluvial;
	E por fim a deposição: acúmulo de sedimento ao longo do declive.
Efeitos da cobertura sobre a erosão hídrica: redução do impacto da gota, desestruturação dos agregados e salpicamento das partículas de solo.
Composição sólida mineral
Classificação:
Origem;
Minerais primários:
	Remanescentes da rocha de origem;
	Mais resistentes ao intemperismo químico (permanecem mais tempo no solo);
	Podem fragmentar-se pelo intemperismo físico.
Minerais secundários:
	Oriundos da decomposição e/ou recomposição da rocha mãe;
	Mais suscetíveis a alterações químicas;
	Resultam da síntese de produtos liberados pelo intemperismo;
	Minerais com grande atividade físico-química.
Tamanho;
Areia, silte ou argila: depende da granulometria da partícula.
Composição.
Areia e silte: baixa atividade química;
Argila: alta atividade química, cargas elétricas na superfície, alta afinidade pela água.
CTC - Capacidade de troca catiônica: é a soma total de cátions trocáveis de um solo pode adsorver (aderir), a um pH específico. Junto com a fotossíntese, é um fenômeno vital para a vida na terra.
	Maior teor de argila e matéria orgânica, mais posições para reter cátions. QUANTO MAIS ARGILA, MAIOR A CTC (maior retenção de nutrientes no solo).
OBS.: Se as partículas minerais do solo não tiverem cargas, todos os elementos essenciais seriam lixiviados (infiltrados) e não haveria “atração magnética” entre as cargas dos elementos e cargas do solo.
Textura, porosidade, consistência 
Textura: classes texturais: % de argila, silte e areia de um solo.
	Solos de textura arenosa (solos leves):
		Possuem teores de areia superior a 70% e de argila inferior a 15%;
		Permeáveis;
		Leves;
		Suscetíveis a erosão;
		Baixa capacidade de retenção de água.
Alta infiltração de água no solo e consequentemente elevadas perdas por percolação, causando a lixiviação dos nutrientes.
		Baixo teor de matéria orgânica;
			Necessita de reposição de matéria orgânica.
Porosidade: refere-se aos espaços vazios existentes no solo variando suas dimensões entre macro e microporos;
	Solos argilosos apresentam grande quantidade de microporos e poucos macroporos;
	Solos arenosos apresentam grande quantidade de macroporos.
Consistência: a coesão é a atração das partículas entre si e a adesão é a atração das partículas por um outro corpo;
	O comportamento da coesão e da adesão num solo, sob diferentes condições de umidade, recebe o nome de consistência.
	Os agregados são mantidos unidos por diferentes graus de adesão;
	A consistência pode ser determinada em diferentes condições de umidade.
Coesão: atração entre partículas de mesma natureza (S-S) devido a:
	Atração eletrostática entre superfícies;
	Atração molecular (Van der Walls);
	Materiais coloidais.
Adesão: atração entre partículas de natureza distinta (L-S) devido a:
	Tensão superficial d’água (há necessidade de ar).
A consistência depende de:
...
SLIDE 3 – Erosão
Erosão de solo é um problema global
1/3 das terras aráveis do planeta foram perdidas desde 1950;
Cerca de 80% das terras aráveis sofrem erosão moderada a severa, enquanto 10% sofrem erosão leve a moderada;
Terras cultiváveis convencionalmente são as mais suscetíveis a erosão, devido ao preparo convencional do solo;
A maior parte da Ásia, África e América do Sul (30-40 t/ha/ano) e a menor parte nos Estados Unidos e Europa (17t/ha/ano);
Taxas de erosão podem exceder 100t/ha/ano em pastagens severamente degradadas.
Pimentel et al (1995).
Erosão: principal causa do comprometimento da sustentabilidade na agricultura.
= Desagregação + transporte + deposição
Definição: é o processo de desagregação e remoção de partículas do solo ou fragmentos e partículas de rocha, pela ação combinada da gravidade com a água, vento,gelo e organismos (plantas e animais).
Seus efeitos nos recursos naturais: degradação do solo, baixa produtividade, poluição dos mananciais e assoreamento dos rios.
Agentes erosivos: gravidade + água, vento, gelo, organismos (animais e plantas).
Efeitos da erosão: degradação do solo, baixa produtividade, poluição dos mananciais, assoreamento dos rios.
Tipos de erosão:
Erosão Geológica (natural): se manifesta como uma ocorrência normal dos processos de modificação da crosta terrestre. É reconhecível somente com o decorrer de longos períodos de atividade;
Esses processos demorados são considerados benéficos, pois, com eles, foram pela ação da erosão e das geleiras, formadas inúmeras colinas suaves, planícies extensas e vales férteis.
Erosão Hídrica: causada pela água;
Pelo impacto da chuva: desprendimento das partículas e carreamento pelas águas pluviais;
Laminar: arrasta primeiro as partículas mais leves do solo; a remoção de camadas delgadas de solo sobre toda área é a forma menos notada de erosão. Em dias de chuva as enxurradas tornam-se barrentas. A erosão laminar arrasta primeiro as partículas mais leves do solo, e considerando que a parte mais ativa do solo de maior valor, é a integrada pelas menores partículas, pode-se julgar os seus efeitos sobre a fertilidade do solo;
Sulcos: resulta de pequenas irregularidades na declividade do terreno que faz a enxurrada, concentrando-se em alguns pontos do terreno, atinja volume e velocidades suficientes para formar riscos mais ou menos profundos.
Voçorocas: é a forma mais avançada da erosão, ocasionada por grandes concentrações de enxurradas que passam, ano após ano, no mesmo sulco, que vai se ampliando pelo deslocamento de grandes massas de solo e formando grandes cavidades em extensão e profundidade. A voçoroca é a visão impressionante do efeito da enxurrada descontrolada sobre a terra.
Outras...
Erosão eólica: ocasionada pelos ventos, ocorre em geral em regiões planas e de pouca chuva, onde a vegetação natural é escassa e sopram ventos fortes. Constitui problema sério quando a vegetação natural é removida ou reduzida.
Condições de ocorrência:
Solo solto, seco e com granulações finas;
Superfície lisa, cobertura vegetal rala ou inexistente;
Grandes laçantes sem nenhuma obstrução para o vento;
Ventos suficientemente fortes para iniciar o movimento das partículas de solo.
Erosão glacial: causada pelo gelo;
Erosão causada pelas águas do mar: erosão marinha ou abrasão marinha.
Fatores que influenciam a erosão:
Forças ativas:
Características da chuva: a água da chuva exerce sua função erosiva sobre o solo pelo impacto das gotas, que caem com velocidade e energia variáveis, dependendo do seu diâmetro e pelo escorrimento da enxurrada;
Intensidade: quando maior a intensidade da chuva, maior a perda por erosão;
Duração: complemento da intensidade. Quando inicia uma chuva de intensidade uniforme, a água se infiltra por um período mais ou menos longo. Depois, começa a enxurrada, que vai aumentando de volume em proporções cada vez menores até alcançar uma quantidade estável;
Frequência: se o intervalo entre as chuvas for curto e o teor de umidade for alto, assim as enxurradas serão mais volumosas mesmo com chuvas de menor intensidade. Quando os intervalos são maiores, o solo está seco e não deverá haver enxurradas.
Declividade e comprimento do declive do terreno: o tamanho e a quantidade do material em suspensão arrastado pela água dependem da velocidade com que ela escorre, e essa velocidade é uma resultante do comprimento da rampa e do grau de declividade do terreno;
Capacidade que tem o solo de absorver água:
Infiltração: a velocidade de infiltração também é afetada pela variação da textura do perfil (granulometria); a umidade e o grau de agregação do solo é um dos fatores que também afetam a infiltração.
Cobertura vegetal: defesa natural de um terreno contra a erosão. Protege diretamente contra:
Impacto das chuvas;
Dispersão da água, interceptando-a e evaporando-a antes que atinja o solo
Canais no solo pelas raízes das plantas;
Adição de matéria orgânica aumentando a capacidade de retenção de água;
Diminuição da velocidade de escoamento.
Forças passivas:
Resistência que exerce o solo à ação da água;
Natureza do solo: as propriedades físicas, principalmente estrutura, textura, permeabilidade e densidade, assim como as características químicas e biológicas do solo exercem diferentes influências na erosão.
Textura (tamanho das partículas): é um dos fatores que influem na maior ou menor quantidade de solo arrastado pela erosão.
Solo arenoso: com espaços porosos grandes, durante uma chuva de pouca intensidade pode absorver toda a água, porque tem baixa ligação entre partículas. Enxurradas são capazes de arrastar grande quantidade de solo;
Solo argiloso: penetração reduzida, mas a coesão é maior, o que faz aumentar a resistência à erosão.
Estrutura: como se arranjam as partículas do solo (...).
Densidade da cobertura vegetal.
Mecanismo de erosão:
O processo começa quando as gotas de chuva caem na superfície do solo e destroem os agregados, seguindo com as etapas:
As partículas se solta;
O material é desprendido e transportado;
Esse material é depositado.
SLIDE 7 – CERRADO
(...)
Solos do cerrado:
Argissolos:
Solos desenvolvidos que apresentam horizonte B textural;
Argila de atividade baixa (CTC<27 cmolc/kg de argila);
Suscetíveis a erosão.
Latossolos:
Horizonte B latossólico;
São solos fortemente intemperizados e profundos;
Perfil uniforme, pequeno escurecimento mais visível no horizonte superficial (presença de matéria orgânica).
Características químicas e físicas dos solos do Cerrado:
Características dos solos e uso agrícola:
Características negativas de solos tropicais:
Ácidos;
Correção: calagem.
Baixa CTC;
Correção: adição de matéria orgânica. Práticas: plantio direto, adubação verde, adição direta de matéria orgânica, etc.
Baixo teor de matéria orgânica;
Procurar medidas que reduzam a decomposição da matéria orgânica;
Evitar revolvimento do solo;
Plantio direto;
Adubação verde.
Suscetíveis à erosão;
Pobres em P.
Características positivas de solos tropicais:
Solos profundos;
Solos bem drenados (latossolos);
Fisicamente muito bons (latossolos).
Slide 8 – Controle da erosão
Tipos de erosão: salpicamento, larminar, em sulcos, voçoroca, ...
Controle da erosão:
Cobertura de solo: Qual a função da vegetação no controle da erosão?
Reduzir escoamento superficial;
Proteção contra erosão laminar;
Infiltração da água;
Reduz o impacto da gota da chuva, e o consequente arraste das partículas do solo.
Como escolher as espécies?
Fatores edáficos: ligados ao solo:
pH: espécies que toleram e não toleram acidez;
fertilidade: espécies rústicas e exigentes;
drenagem: tolerância ao encharcamento;
matéria orgânica: umidade para pegamento de muda;
porosidade: disponibilidade de água e tolerância à seca.
Fatores climáticos: são os fatores mais importantes a serem considerados, pois alguns desses fatores não podem ser reproduzidos, ex: tolerância ao calor, à seca, à geada, etc.
Fatores ambientais.
Longevidade das espécies (ciclo de vida):
Depende do objetivo (temporário ou definitivo), ex.: espécies anuais, bianuais, perenes.
Capacidade de produção de biomassa:
Verificar o nível de matéria orgânica presente no solo;
Verificar o nível de recobrimento necessário;
Verificar a profundidade do sistema radicular.
 Crescimento e efeito paisagístico:
Tipo de vegetação requerida para o local (rasteira, exótica, nativa, etc).
Fixação de nitrogênio:
Leguminosas;
Verificar o nível de fertilidade do local;
Nível de matéria orgânica.
Palatabilidade para a fauna:
Frutos, grãos, folhas, sementes, etc.
Dormência de sementes:
Verificar a presença de dormência, vigor, resistência, etc.
Biodiversidade:
Utilizar o máximo de espécies possíveis;
Diferentes famílias (leguminosas, gramíneas, etc);
Porte alto, porte baixo.
Efeitos negativos das plantas: 
Espécies com capacidade de reduzirumidade do solo (plantas com crescimento rápido) ex.: eucalipto;
Peso das árvores podem provocar deslizamentos;
Vento em copa de árvores = deslizamentos
Raízes podem danificar superfícies cimentadas;
Plantas com raízes superficiais x desagregação do solo;
Plantas com folhas grandes x gotas grandes.
Efeitos positivos das plantas:
Diferentes espécies com capacidade de adaptação em diferentes ambientes/condições;	
Áreas degradadas, encostas, áreas com erosão;
Redução no transporte de sedimentos superficiais;
Sistema radicular agrega partículas;
Caules constituem barreiras físicas ao movimento da água.
Raízes aumentam a infiltração de água no solo;
Plantas interceptam as gotas das chuvas;
Reduz erosão laminar;
Pode efetuar cobertura total do solo (plantas rasteiras).
Características desejáveis das espécies vegetais para áreas impactadas:
Vai depender da finalidade da ação!:
Promover estabilidade em taludes;
Boa capacidade de crescimento e desenvolvimento em áreas impactadas;
Capacidade de controlar erosão;
Capacidade de proteção de margens de rios, lagos e reservatórios;
Proteção de nascentes.
Espécies vegetais recomendadas para áreas impactadas:
Leguminosas:
Capacidade de fixar nitrogênio;
Sistema radicular pivotante;
Águas degradadas: fazer consorciação;
Com outras espécies, principalmente gramíneas.
Gramíneas:
Manejo e conservação do solo.
SLIDE 9 – TÉCNICAS DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO
Práticas Vegetativas:
Plantio em nível: plantio no qual se segue diversos níveis de cotas altimétricas ao longo do comprimento da rampa;
Ficam dispostas perpendicularmente à inclinação do terreno = diminui a velocidade das águas superficiais.
Retenção de elementos solúveis no solo;
Aumenta a infiltração da água.
= reduz a erosão.
Plantio direto: plantio sem revolvimento do solo (sem aração), plantio sobre palhada da cultura anterior; técnica eficiente no controle da erosão; consiste em manter a palha e os demais restos vegetais de cultura anteriores na superfície do solo, garantindo cobertura e proteção do mesmo.
Benefícios:
Maior retenção de água no solo;
Maior infiltração de água no solo = reduz a erosão e perdas de nutrientes;
Evita assoreamento de rios;
Enriquece o solo por manter matéria orgânica na superfície do solo por mais tempo;
Menor compactação do solo;
Economia de combustíveis (diesel) e menor número de operações;
Diminui os custos de produção e o impacto ambiental.
OBS.: Plantio Convencional:
Acelera a decomposição da matéria orgânica;
Maior suscetibilidade à erosão, etc.
Rotação de culturas: alternação anualmente de espécies vegetais numa mesma área agrícola.
As espécies escolhidas devem ter ao mesmo tempo, propósito comercial e de recuperação do solo.
Principais vantagens:
Proporciona a produção diversificada de alimentos;
Melhora as características físicas, químicas e biológicas do solo;
Auxilia no controle de plantas daninhas, doenças e pragas.
Cultivo em faixas: intercala as culturas entre faixas de vegetação = reduz perda de solo em até 75%.
Florestamento e reflorestamento: utilizadas em terras de baixa capacidade produtiva e suscetíveis à erosão;
Solos muito inclinados;
Utilizadas em regiões de relevo acidentado, no topo dos morros.
Florestamento: criar uma floresta;
Reflorestamento: criar uma floresta, mas para um fim econômico.
Pastagens;
Adubação verde;
Adubação orgânica;
Cobertura morta;
Consórcios (Integração Lavoura Pecuária Florestal – ILPF).
SLIDE 10 – DECLIVIDADE E COMPRIMENTO DE RAMPA
Práticas Mecânicas:
Terraceamento: construção de uma estrutura transversal ao sentido do maior declive do terreno;
Apresenta estrutura composta de um dique e um canal;
Tem por finalidade:
Reter e infiltrar, nos terraços em nível;
Escoar lentamente para áreas adjacentes, nos terraços em desnível ou com gradiente, as águas pluviais.
Função do terraço: reduzir o comprimento da rampa, área contínua por onde há escoamento das águas pluviais, e com isso diminuir a velocidade de escoamento da água superficial;
Contribui para a recarga de aquíferos.
Relevo (declividade e comprimento de rampa);
Intervenções mecânicas:
Definição de declividade do terreno;
Determinação da declividade do terreno;
Entender os princípios e as funções das curvas de nível;
Estudar os princípios de terraceamento.
SLIDE 11 – TERRACEAMENTO
Dimensionamento do espaçamento entre os terraços
A primeira etapa do dimensionamento é a definição do espaçamento;
Espaçamento: distância entre um terraço e outro. Pode ser referido de duas maneiras: EV (espaçamento vertical) e EH (espaçamento horizontal).
EV entre dois terraços corresponde à diferença de nível entre eles – significa quantos metros se desce no terreno de um terraço até o outro;
EH representa, em linha reta (medido na horizontal) quantos metros separam os terraços. Pode ser também definido como a distância entre dois planos verticais que passam por dois terraços.
Cálculo do espaçamento vertical:
EV = espaçamento vertical entre os terraços (m);
Kt = índice de erosão (tabelado);
D = declividade;
u = fator do solo (tabelado);
m = fator de preparo do solo e manejo de restos culturais (tabelado).
Cálculo do espaçamento horizontal:
EH = espaçamento horizontal entre terraços (m);
EV = espaçamento vertical (m);
D = declividade (%).
O espaçamento horizontal mínimo entre terraços, para que os mesmos sejam viáveis de implantação e permitam um trabalho mais eficiente das máquinas agrícolas, deve ser em torno de 12 metros. Espaçamentos menores tornam-se anti-econômicos e dificultam a construção dos terraços bem como os cultivos mecâninos.
Passos para dimensionamento dos terraços:
Determinar a declividade do terreno (no campo);
Definir a base de terraço (base larga, base média, base estreita, em patamar);
Tipos de terraços recomendados em função da declividade do terreno
	Declividade (%)
	Tipo de terraço recomendado
	2-8
	Base larga
	8-12
	Base média
	12-18
	Base estreita
	18-50
	Em patamar
Definir o tipo de terraço (com ou sem gradiente);
	Tipo de terraço
	Vantagens
	Desvantagens
	Em nível
	Armazenam água no solo
	Maior risco de rompimento;
	
	Não necessitam de locais para escoamento do excesso de água
	Exigência de limpeza mais frequente.
	Com gradiente
	Menor risco de rompimento
	Desvio da água caída sobre a gleba;
	
	
	Necessidade de locais apropriados para escoamento da água;
	
	
	Maior dificuldade de locação.
Se for com gradiente: definir a declividade do terraço.
Valores de declividade recomendados (%) para três grupos de solos, ao longo de terraços locados com gradiente progressivo.
	Comprimento do terraço (m)
	Grupos de solos
	
	Nitossolos Vermelhos
	Arenosos
	Argissolos
	0 -100
	0,00
	0,05
	0,10
	100-200
	0,05
	0,12
	0,20
	200-300
	0,10
	0,20
	0,30
	300-400
	0,15
	0,26
	0,40
	400-500
	0,20
	0,35
	0,50
	500-600
	0,25
	0,42
	0,60
	600-700
	0,30
	0,50
	-
	700-800
	0,35
	-
	-
Calcular espaçamento entre terraços (EV, EH).
Valor de k
Estabeleceram-se 4 grupos de solos, com base no índice Kt de Bertoni et. al. (1978):
	Grupo de Solo
	Índice Kt
	A 
	1,25
	B
	1,10
	C
	0,90
	D
	0,75
Valor de u = tipo de cultura.
Grupo de culturas e seus respectivos índices de uso da terra:
	Grupo
	Culturas
	Índice U
	1
	Feijão, mandioca e mamona
	0,50
	2
	Amendoim, algodão, arroz, alho, cebola, girassol e fumo
	0,75
	3
	Soja, batatinha, melancia, abóbora, melão e leguminosas para adubação verde
	1,00
	4
	Milho, sorgo, cana-de-açúcar, trigo, aveia, centeio, cevada, outras culturas de inverno e frutíferas de ciclo curto
	1,25
	5
	Banana, café, citros e frutíferas permanentes
	1,50
	6
	Pastagens e/ou capineiras
	1,75
	7
	Reflorestamento, cacau e seringueira
	2,00
Valor de m = tipo de preparo/manejo do solo.
Grupo de preparo de solo e manejo dos restos culturais com seus respectivos índices(m).
	Grupo
	Preparo primário
	Preparo secundário
	Restos culturais
	Índice m
	1
	Grade pesada ou enxada rotativa
	Grade niveladora
	Incorporados ou queimados
	0,50
	2
	Arado de discos ou aivecas
	Grade niveladora
	Incorporados ou queimados
	0,75
	3
	Grade leve
	Grade niveladora
	Parcialmente incorporado com ou sem rotação de culturas
	1,00
	4
	Arado escarificador
	Grade niveladora
	Parcialmente incorporado com ou sem rotação de culturas 
	1,50
	5
	Sem preparo
	Plantio direto
	Superfície do terreno
	2,00
SLIDE 12 – PLANEJAMENTO DA CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA
Princípios básicos da conservação
Não importa o tamanho da área = considerar tipos de solo, de acordo com as suas necessidades e capacidades (SITUAÇÃO LOCAL);
Disponibilidade de máquinas e equipamentos;
Disponibilidade de recursos financeiros;
Preferência do agricultor;
Habilidades do produtor;
Vontade de experimentar novos métodos;
Inclinação do terreno.
A aplicação eficiente das medidas conservacionistas requer a presença do técnico no campo.
Características do técnico:
Deve ser experiente em avaliar o solo sob o ponto de vista da conservação do solo e da água;
Saber elaborar um planejamento e aplica-lo às diferentes parcelas de uma fazenda.
Existem muitos métodos conservacionistas.
Não existem práticas eficientes para resolver todos os problemas ou todas as combinações de problemas conservacionistas.
É necessário pesquisar constantemente em busca de soluções mais baratas e mais eficientes.
Eficiência dos métodos de conservação dos solos depende do conhecimento técnico existem diversas alternativas para cada situação.
Alternativas para trabalhos com conservação dos solos:
Práticas edáficas: utilizar o solo de acordo com a sua capacidade;
Controle do fogo;
Adubação verde;
Adubação química;
Adubação orgânica;
Calagem.
Práticas vegetativas: utilizar diferentes espécies de acordo com suas características benéficas;
Florestamento e reflorestamento;
Plantas de cobertura;
Cobertura morta;
Rotação de culturas;
Formação e manejo de pastagem;
Cultura em faixa;
Faixa de bordadura;
Quebra vento e bosque sombreador;
Cordão vegetativo permanente;
Manejo do mato e alternância de capinas.
Práticas mecânicas: intervenção mecânica no solo.
Preparo do solo e plantio em nível;
Sulcos e camalhões em pastagens;
Terraceamento;
Drenagem.
Instrução Normativa IEMA nº 17/2006:
“Institui Termo de Referência com o objetivo de estabelecer critérios técnicos básicos e oferecer orientação para elaboração de Planos de Recuperação de Áreas Degradadas PRAD, visando a restauração de ecossistemas”.
Diagnóstico da área;
Recomposição topográfica;
Manejo do solo e da vegetação;
Seleção de espécies;
Manutenção e monitoramento.
PARA EFEITO MAIS IMEDIATO = PRÁTICAS MECÂNICAS!
Técnicas de recuperação:
Reabilitação: quando é muito difícil voltar à condição original;
Restauração: quando não é tão difícil voltar à condição original.
Regeneração natural: áreas com menor perturbação;
Banco de sementes, banco de plântulas, chuva de sementes e rebrota;
Importância de organismos dispersores, como as aves;
ISOLAR A ÁREA E MANEJAR.
Nucleação: implantação de sistemas que atraem animais, estágio + perturbado;
Implantar poleiros ou “ilhas diversidade” (árvores isoladas ou em grupos) de espécies que atraem animais (dispersores de sementes);
Números:
3 a 5 poleiros/ha;
10 núcleos/ha;
Controle de gramíneas: roçada manual/3 anos.
Transporte de galharia, solos e serapilheira de fragmentos próximos conservados;
Processo mais lento.
Plantio de sementes (semeadura direta): para áreas de difícil acesso onde qualquer intervenção no solo pode ser problemática;
Baixa eficiência: recuperação de 10 a 15% do total semeado;
Baixo custo;
Germinação acima de 60% do total semeado quando recobertas por fina camada de solo;
Indução espécies pioneiras e enriquecimento de espécies não pioneiras.
Enriquecimento: áreas mais povoadas (fragmentos florestais) diversificar o nº de espécies, sem definição de alinhamento;
Baixa sustentabilidade limita a sustentabilidade de fragmentos;
Reintroduzir em remanescentes degradados de floresta, sob as copas das árvores, espécies que foram extintas ou estão em risco de extinção.
Adensamento: áreas com poucos indivíduos; preenchimento dos espaços vazios;
Presença de indivíduos espaçados que não conseguem recobrir o solo nem garantir o processo de regeneração natural;
Preencher espaços ente indivíduos remanescentes com o plantio de espécies iniciais.
Plantio total: definição de espaçamento e requisitos (não se aplica totalmente em áreas muito inclinadas).
Preenchimento e diversidade;
Preenchimento: rápido crescimento e boa cobertura;
Diversidade: todas as demais.
Espaçamento: 3x2m: sugerido pelo Pacto para Restauração da Mata Atlântica;
Proporciona espaço suficiente para se obter o crescimento máximo com melhor qualidade e menor custo.
Arranjo: considerar a forma com que as espécies ocorrem naturalmente.
Número total de mudas por hectare: 1667 mudas/ha + 20% replantio;
Leguminosas arbustivas: 10kg/ha;
Controle de gramíneas: roçada manual por 2 anos;
Espécies de preenchimento propiciem, na fase inicial, um sombreamento para as de diversidade. Ex: quincôncio e regular.
Procedimentos de manutenção:
Evitar competição e densidade das invasoras e/ou oportunistas;
Roçada manual seletiva, controle de formigas cortadeiras, coroamento e capina manual ou química seletiva;
Até que se verifique a auto-sustentação (retorno de elementos da fauna e recrutamento de indivíduos arbóreos);
Manutenção: procedimento caro;
Grande falha da maioria dos projetos;
Falta de conhecimento de auto-sustentação a longo prazo;
Estagnação da sucessão?;
Adaptação dos padrões de florestas plantadas?.
OBS.: O MAIS DIFÍCIL E O MAIS CARO É A MANUTENÇÃO!
Ex.: controle de formigas, gramíneas, etc.
- Sapé e samambaia nativa = indica solo ácido!
SLIDE 13 – RECUPERAÇÃO DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS
Principais metas:
Readequação de estradas rurais;
Construção de barraginhas de captação e infiltração de águas pluviais;
Construção de terraços em nível;
Cercamento e plantio de espécies nativas em APPs;
Educação ambiental.
Programa Produtor de Água:
Foco: Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) voltada à proteção dos recursos hídricos no Brasil.
ANA: apoia, orienta e certifica projetos que visem a redução da erosão e do assoreamento de mananciais no meio rural

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