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Questionário Psicopatologia cap 17, 18 e 19

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Referência
Dalgalarrondo, P. (2008). Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre: ArtMed.
Capítulo 17:
Descreva e estabeleça a diferença entre vontade, instinto, pulsão, desejo, necessidade e motivação.
Vontade é uma dimensão complexa da vida mental, relacionada intimamente com as esferas instintiva, afetiva e intelectiva. Instinto é um modo relativamente organizado, fixo e complexo de resposta comportamental de determinada espécie que por meio dela pode sobreviver em seu ambiente natural. Pulsão é definida como um conjunto de elementos inatos, inconscientes, de origem parcialmente biológica e parcialmente psicológica, que movem o sujeito em direção a vida ou a morte. Desejo é um querer, um anseio, um apetite, de natureza consciente ou inconsciente, que visa sempre algo, que busca sempre sua satisfação. Necessidades são fixas e inatas, independentes da cultura e da história individual. A partir da motivação, busca-se estudar os fatos que energizam e moldam os comportamentos.
Defina ato volitivo e caracterize as etapas do processo volitivo
É traduzido pelas expressões típicas do “eu quero” e “eu não quero”. Caracteriza, a vontade humana, sensu strictu. Fase de intenção ou propósito; Fase de deliberação; Fase de decisão propriamente dita; Fase se execução.
Qual a relação entre certas estruturas cerebrais e processos psicológicos envolvidos em julgamentos e comportamentos morais?
O homo sapiens foi equipado através da evolução com capacidades como distinguir uma ação intencional e uma acidental ou o valor atribuído a uma ação (protetora ou destrutiva) sobre alguém próximo ou distante. Seriam elementos universais ancorados no cérebro.
Estabeleça a diferença entre os atos impulsivo e compulsivo. Quais os tipos de compulsões e atos impulsivos patológicos?
O ato compulsivo difere do ato impulsivo por ser reconhecido pelo indivíduo como indesejável e inadequado, assim como pela tentativa de refreá-lo ou adiá-lo. Automutilação; Frangofilia; Piromania;
Quando o investigador deve avaliar os impulsos suicidas?
Sempre que o examinador encontrar o paciente deprimido, cronicamente ansioso e hostil, desmoralizado, sem perspectivas, deve investigar detivamente os impulsos suicidas.
Cite e caracterize os diferentes tipos de alterações da psicomotricidade.
Agitação psicomotora implica aceleração e exaltação de toda atividade motora do individuo; Lentificação psicomotora reflete a lentificação de toda atividade psíquica, toda motivação voluntaria torna-se lenta, difícil e pesada. Inibição psicomotora é um estado acentuado e profundo de lentificação psicomotora, com ausência de respostas motoras adequadas sem que haja paralisias ou déficit motor primário. Já o estupor é a perda de toda atividade espontânea, que atinge o individuo globalmente, na vigência de um nível de consciência aparentemente preservado e de capacidade sensório motora para reagir ao ambiente. Catalepsia é um exagero do tônus postural, com grande redução da mobilidade passiva dos vários segmentos corporais e com hipertonia muscular global do tipo plástico. Na flexibilidade cerácea, o individuo ou uma parte do seu corpo é colocado pelo examinador em determinada posição e assim permanece como se fosse um homem cera, moldável por outra pessoa. Cataplexia é a perda abrupta do tônus muscular, geralmente acompanhada de queda. Estereotipias motoras são repetições automáticas e uniformes de determinado ato motor complexo, indicando marcante perda de controle voluntario sobre a esfera motora. O maneirismo é um tipo de estereotipia caracterizada por movimentos bizarros e repetitivos. Os tiques são atos coordenados, repetitivos, resultantes de contrações súbitas. Na conversão há o surgimento abrupto de sintomas físicos (paralisias, cegueira) de origem psicogênica. A conversão motora ocorre geralmente em situação estressante de ameaça ou conflito intrapsíquico significativo pro individuo.
Quais são as principais alterações motoras associadas ao uso de psicofármacos?
Parkisionismo medicamentoso, Distonia aguda, Acatisia, Sindrome do coelho, Discinesia tardia, Distonia tardia e Acatasia tardia e Tourette tardia.
Capítulo 18:
Quais são os elementos constitutivos do pensamento segundo a tradição aristotélica?
De acordo com Aristóteles, o pensamento se constitui em conceito, juízo e raciocínio, com diferentes dimensões no processo do pensar, delimitadas como curso, forma e conteúdo do pensamento. 
Como ocorre o processo do pensamento?
O pensamento se processa pela distinção de três aspectos ou momentos do pensamento. Pelo curso do pensamento: é o modo como o pensamento flui, sua velocidade ao longo do seu tempo
Quais são as possíveis alterações dos elementos constitutivos do pensamento?
Alterações dos conceitos, alterações dos juízos e alterações do raciocínio e do estilo de pensar.
Cite e caracterize as principais alterações do curso do pensamento.
 Pensamento magico: é o tipo de pensamento que fere frontalmente os princípios da logica formal, bem como os indicativos e imperativos da realidade. O pensamento magico segue os designios dos desejos, das fantasias e dos temores, conscientes e inconscientes, do sujeito, adequando a realidade ao pensamento, e não o contrario. 
Pensamento dereístico: é um tipo que se opõe marcadamente ao pensamento realista, ao qual se submete à logica e a realidade.
Pensamento concreto: não ocorre a distinção entre a dimensão abstrata e simbólica e dimensão concreta e imediata dos fatos. O individuo não consegue entender ou utilizar metáforas.
Pensamento inibido: ocorre a inibição do raciocínio, com diminuição da velocidade e do numero de conceitos, juízos e representações utilizados no processos de pensar. Tornando o pensamento bem lento, rarefeito e pouco produtivo a medida que o tempo flui.
Pensamento vago: é caracterizado pela imprecisão. O paciente expõe um paciente muito ambíguo, podendo mesmo parecer obscuro.
Pensamento prolixo: o paciente não consegue chegar a qualquer conclusão sobre o tema de que está tratando, senão após muito tempo e esforço.
Pensamento deficitário: é de estrutura pobre e rudimentar. O individuo tende ao raciocínio concreto; os conceitos são escassos e utilizados em sentido mais literal que abstrato ou metafórico.
Pensamento demencial: também é de estrutura pobre, mas em certos pontos, o pensamento demencial pode revelar elaborações mais ou menos sofisticadas, embora de forma geral seja imperfeito, irregular, sem unidade ou congruência.
Pensamento confusional: Há marcante dificuldade em estabelecer vínculos entre conceitos e juízos devido a alterações de consciência, de atenção e de memória imediata, impedindo a formação adequada do raciocínio e lançando o individuo em estado de perplexidade e impotência.
Pensamento desagregado: trata-se de pensamento radicalmente incoerente, no qual os conceitos e os juízos não se articulam minimamente de forma logica.
Pensamento obsessivo: são ideias ou representações que, apesar de terem conteúdo absurdo ou repulsivo para o individuo, se impõe a consciente de modo persistente e incontrolável.
Quais são as principais alterações da forma ou estrutura do pensamento?
São fuga de ideias, dissociação e incoerência do pensamento, afrouxamento das associações, descarrilhamento e desagregação do pensamento.
Quais os principais conteúdos que preenchem os sintomas psicopatológicos? Por que eles são frequentes na psicopatologia?
As razões pelas quais tais conteúdos e não outros são os mais prevalentes é certamente complexos. A importância desses conteúdos tem haver com a constituição social e histórica do indivíduo, com o universo cultural no qual ele se insere, assim como com a estrutura psicológica e neuropsicológica dos homo sapiens. 
A observação clínica indica que os principais conteúdos que preenchem os sintomas psicopatológicos são: persecutórios, depreciativos, religiosos, sexuais, de poder, riqueza, prestígio ou grandeza; de ruína ou culpa; conteúdos hipocondríacos.
Capítulo 19:Qual a diferença entre erro simples e delírio? Exemplifique.
Segundo a escola psicopatológica de Jaspers (1979), os erros são psicologicamente compreensíveis, pois admite-se que possam surgir e persistir em virtude de ignorância, fanatismo religioso ou político, enquanto delírio tem como característica principal a incompreensibilidade. Nessa concepção, não se pode compreender psicologicamente.
O que são ideias prevalentes ou sobrevaloradas?
São ideias que, por conta da importância afetiva que tem para o indivíduo, adquirem predominância enorme sobre os demais pensamentos, conservando-se obstinadamente em sua mente: “não consigo pensar em outra coisa” é um exemplo de queixa típico de quem experimenta essas ideias.
Defina delírio segundo a concepção de Jaspers. Como pode ser identificado clinicamente (indícios externos do delírio)?
As ideias delirantes, ou delírios, são juízos patologicamente falsos. Dessa forma, o delírio é um erro do ajuizar que tem origem na doença mental. Sua base é mórbida, pois é motivado por fatores patológicos. Ideias delirantes típicas são observadas na prática clínica, por exemplo: “Tenho certeza de que meus pais querem me envenenar” “As pessoas que trabalham em minha empresa fizeram um plano para acabar comigo, primeiro me desmoralizando pra depois me prender e me torturar” ou “eu sou a nova divindade que tem poderes para acabar com o sofrimento do mundo na hora que quiser”; “implantaram um chip no meu cérebro que comanda meus pensamentos”.
Quais as dimensões do delírio?
Grau de convicção; Extensão; Bizarrice ou implausibilidade; Desogarnização; Pressão ou preocupação; Resposta afetiva ou afeto negativo; Comportamento desviante.
Estabeleça a diferença entre delírio primário e secundário.
O delírio secundário difere-se do primário por não se originar de alteração primária do pensamento, do ajuizar, mas de alterações profundas em outras áreas da atividade mental (afetividade, consciência), que indiretamente fazem com que se produzam juízos falsos. É fruto de condições psicologicamente rastreáveis e compreensíveis.
Classifique os delírios de acordo com sua estrutura.
Delírios simples: são ideias que se desenvolvem entorno de um só conteúdo, de um tema único, geralmente de um único tipo (apenas um tema religioso, persecutório, etc). 
Delírios complexos (pluritemáticos): são aqueles que englobam vários temas ao mesmo tempo, com múltiplas facetas, envolvendo conteúdos de perseguição, místico-religioso, de ciúme.
Delírios não-sistematizados: são delírios sem concatenação consistente. Os conteúdos e os detalhes dos delírios variam de momento para momento e costumam ser encontrados em indivíduos com baixo nível intelectual, deficientes mentais ou em pacientes com quadros demenciais.
Delírios sistematizados: são bem organizados, com historias ricas, consistentes, e bem concatenadas, que mante, ao longo do tempo, os mesmos conteúdos, com riquezas de detalhes. Ocorrem mais me indivíduos intelectualmente desenvolvidos e nos chamados transtornos delirantes. 
Caracterize o processo sequencial no desenvolvimento do delírio conforme os pressupostos de Klaus Konrad.
Trema: este termo vem do jargão do teatro; trata-se da atenção e da expectativa do ator logo antes de entrar em cena. Corresponde ao humor delirantes de Jaspers. No processo temporal do surgimento do delírio, é a fase que precede imediatamente o surgimento das ideias delirantes. 
Apofania: significa “tornar-se manifesto”. A tensão acumulada agora se desdobra e m delírio. Nessa fase, ocorrem experiencias delirantes descritas como percepção delirante, falsos reconhecimentos e desconhecimentos delirantes, difusão e sonorização do pensamento e vivencias corporais delirantes. 
Fase apocalíptica: corresponde a certa desorganização do sujeito após a primeira revelação do delírio inicial. Tal fase é acompanhada de vivencias ameaçadoras de fim do mundo, de perda da sensação de que há alguma continuidade de sentido no mundo. 
Consolidação: depois de certo tempo do início do processo psicótico, de idas e vindas, de desorganização e organização, ocorre certa estabilização. O delírio tende a cristalizar-se, há certa elaboração intelectual em torno dele, com a fixação de elementos a partir da personalidade do sujeito, o que pode incluir também defesas neuróticas.
Fase de resíduo: trata-se da fase final do processo psicótico-delirante. A perda do impulso e da afetividade manifesta. O sujeito não pode mais confiar e relacionar-se calorosamente com os outros; busca passiva ou ativamente certo isolamento. 
Quais os mecanismos constitutivos ou formadores do delírio? Caracterize-os.
Interpretação: delírio interpretativo; intuição: delírio intuitivo; imaginação: delírio imaginativo; afetividade: delírio catatimico; memoria: delírio mnêmico; alteração da consciência: delírio onírico; alterações sensoperceptivas: delírio alucinatório.
Quais os mecanismos de estabilização/manutenção do delírio?
A inercia em mudar as próprias ideias, a pobreza na comunicação interpessoal, o comportamento agressivo, e novas interpretações delirantes a fim de tentar manter sua autoestima. 
Classifique os delírios de acordo com seus conteúdos.
Delírios de perseguição, delírio de referencia, delírio de relação, delírio de influencia, delírio místico, delírio de ciúme, delírio de conteúdo depressivo, delírio de ruina, delírio de culpa e auto acusação, delírio de negação de órgãos, delírio hipocondríaco, delírio de reinvindicação, delírio de invenção, delírio de reforma, delírio cenestopatico, delírio de infestação, delírio fantástico. 
Quais as possíveis causas e teorias etiológicas do delírio? 
Há hipóteses causais em modelos psicanalíticos, existenciais cognitivos e neuropsicológicos.
Como estabelecer um diagnóstico diferencial entre:
Delírio e alucinação
Quando sensorial, considera-se como alucinação. Quando ideativa ou de caráter mais interpretativa, como delírio. 
Mitomania e ideias delirantes
Na mitomania, o sujeito tem a tendência patológica a mentir e criar mitos, de modo mais ou menos voluntario e consciente. 
Pseudologia fantástica e ideias delirantes.
As pessoas com pseudologia fantástica tem uma enorme ânsia pela estima dos outros, uma tendência a vida imaginativa muito intensa e, em contraposição, o sentido de realidade relativamente frágil.

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