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Orquiectomia em Equinos e Bovinos

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Orquiectomia em Equinos
Introdução
Remoção cirúrgica das gonadas e de alguns de seus anexos.
É o procedimento mais comum e é a maior causa de processos em veterinários nos EUA.
A redução da taxa de complicações envolve o conhecimento da anatomia e fisiologia e principalmente boas práticas de assepsia. 
× Suínos: tem haver com o consumo e qualidade de carne ou descarte da produção (cachaço). Cirurgia realizada em torno de 10-15 dias nos leitões.
× Ruminantes: coberturas indesejáveis, melhora sabor da carne e ganho de peso e facilitar manejo. Castração é feita após o desmame. 
× Equideos: reduzir coberturas indesejáveis (principalmente em animais criptorquidicos), reduzir agressividade e para o tratamento de neoplasias, hérnias inguinais e inflamações (orquites). Também é feita pra enquadradar o animal em padrões esportivos ou para melhorar a aptidão do animal ao trabalho. Os equinos são castrados em torno de 18-24 meses, burros entre 30 a 60 dias. Os equinos para abate a castração é feita de 12 a 18 meses. 
Anatomia
O anel inguinal interno é formado pelo músculo oblíquo abdominal interno e transverso do abdômen e o anel inguinal externo é formado pelo musculo obliquo abdominal externo. Se deve sempre palpar o anel inguinal interno através da palpação retal para avaliar se pode ou não ocorrer a evisceração de alça intestinal.
O musculo cremaster é uma das fontes de sangramento dos equinos
No equino a túnica vaginal é muito espessa, por isso a técnica fechada não é recomentada. Normalmente só se faz a técnica aberta ou a aberta modificada, onde se sutura a túnica vaginal após a castração. 
Castração de Ruminantes
Jejum em bovinos de 72h de sólidos e 24-48 horas de jejum hídrico. A anestesia local com lidocaína 2%. Decúbito lateral ou em tronco de contenção. Contenção química com Xylazina 0.1-0.2mg/kg IM ou Detomidina 0.03-0.06mg/kg IV. 
A xylazina derruba o animal de maneira quase momentânea, enquanto a Detomidina demora entre 20-40min para fazer efeito. Assim, usando a detomidina você tem um tempo bom para paramentar, organizar a mesa e começar o procedimento. 
A técnica não cirúrgica leva a isquemia do testículo levando a atrofia e necrose são o burdizzo e as bandas de borracha. 
× Burdizzo
O brudizzo faz o rompimento das estruturas sem romper a pele devendo ser feito em dois pontos para garantir que funcionou.
- Complicação: aplicação no pênis, necrose na pele devido a uma má regulação do equipamento ou o animal continuar a ejacular espermatozoides. 
× Bandas de Borracha
Comum em pequenos ruminantes e na castração de bezerros. As bancas de borracha levam a necrose tecidual e queda do testículo, com pele e tudo.
Orquiectomia Cirúrgica
× Contenção: animal em decúbito ou no tronco.
× Anestesia 
- Local: intratesticular e na pele a 1cm da rafe mediana com lidocaína a 2%. 
- Sedação: 
	Medicação 
	Xylazina
	Demetomidina
	Equinos
	0.5-1mg/kg IV
	0.004-0.020 mg/kg IV
	Bovino 
	0.1-0.2mg/kg IM
	0.03-0.06mg/kg IV
× Métodos de Ligadura
São utilizados fios absorvíveis Catgut no caso dos equinos e vycril no caso de pequenos ruminantes. 
A técnica com o emasculador é utilizada no lugar das ligaduras e é feito sobre a artéria e veia testicular e ducto deferente, mantendo o emasculador aderido por uns 4 minutos para que haja certeza da hemostasia.
A ligadura deve ser feito primeiramente um nó duplo seguido de 2 nós simples.
× Posicionamento e preparação do equino
- Em pé : sedação com bloqueio local
- Em decúbito: anestesia geral 
 -- Geral: Utilização do Eter Gliceril Guaiacol (EGG) que é um relaxante muscular de ação central o que leva a imobilização do animal, mas não deprime o SNC do animal e não altera a consciência do paciente. Dose do EGG é de 100mg/kg para indução e 10mg/kg/h para manutenção da anestesia. O decúbito lateral deve ser sempre esquerdo devido a presença do ceco. 
 -- Local: sem ela não consegue fazer a castração pois o EGG não altera a consciência do animal. Deve ser feita intratesticular e a na pele, a 1cm da rafe mediana. 
× Técnica Cirúrgica
Técnica Aberta
Utilizada para bovinos e suínos. Pode ser usada em Equinos, mas a professora não gosta.
Se deve pressionar o testículo contra a pele e fazer a incisão de pele e subcutâneo paralela e a 1cm da rafe. Logo após se abre a túnica vaginal e se rompe o ligamento próprio do epidídimo para expor o testículo. Uma vez que o testículo é completamente exposto é feito 2 ligaduras utilizando o mesmo fio e com 1 cm de distancias entre elas, fazendo uma “boneca” para que a ligadura não escorregue. A ligadura é feita primeiramente com um nó duplo, seguido de 2 nós simples. Caso se utilize o emasculador ele deve ser deixado de 2-5 min. 
Técnica Fechada Modificada
Utilizada em Equinos. A única diferença entre esta técnica e aberta é que, uma vez que o a túnica vaginal é incisada ela é pinçada. Uma vez retirado o testículo se faz a o fechamento da túnica vaginal através da transfixação. 
Essa técnica diminui o sangramento pois faz a ligadura do cremaster e diminui o risco de evisceração, uma vez que a túnica vaginal é fechada.
Em ambas as técnicas não se deve suturar a pele pois isso aumenta a chance de formação de edema. Se deve aplicar tintura de iodo a 2% e um repelente para evitar a proliferação de larvas.
× Complicações
Figura 1: May & Moll, Recognition and Management of Equine Castration Complications, 2002
	Caso ocorra uma infecção ela pode evoluir para uma peritonite e sepse, levando o animal a morte. Também pode ocorre a foliculite devido a formação fibroses ao redor do fio, relacionado com a técnica e fio usados como algodão não estéril.
× Antibiótico terapia 
Figura 2: May & Moll, Recognition and Management of Equine Castration Complications, 2002
× Anti-inflammatories
	Anti-inflamatórios
	Equinos
	Bovinos
	Flunixin Meglumine
	1.1mg/kg IM por 3 dias
	1.1mg/kg IM por 3 dias
	Meloxican 
	0.6mg/kg VO por até 30 dias
	0.5mg/kg/dia IM

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