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Atividade Estruturada Gestão de Recusos de Projetos

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0 
 
ATIVIDADE ESTRUTURADA 1: Projeto de Prevenção Contra Enchentes - 
Gerência de Comunicação. 
 
ATIVIDADE ESTRUTURADA 2: Projeto de Prevenção Contra Enchentes - Gestão 
de Custos. 
 
 
AE 1 
 
 Situação 
 
 
No período das chuvas, em todos os anos, nas cidades de médio e grande 
porte, observamos a ocorrência de inundações de ruas, garagens e propriedades. 
Nota-se uma sequência de enxurradas: a dos becos ao lado das casas; a da 
área dos prédios e dos jardins; a das ruas, que às vezes chega a tomar toda a 
largura da via; a dos córregos, a céu aberto ou canalizados. 
Quando a enxurrada chega aos córregos começa a causar danos; 
ultrapassada a caixa, a água invade ruas e avenidas, arrasta pessoas e carros e 
invade casas e prédios. 
Na sequência, a água chega aos ribeirões e aos rios. No percurso, carrega 
todo o lixo que encontra, poluindo os cursos d’água. Poucas horas depois, a água 
baixa, permanecendo os danos causados. 
Quase nada se aproveita dessa água, já que, pelas características dos 
centros urbanos, não há infiltração da água no solo. 
No passado, as casas tinham quintais e jardins gramados, as ruas tinham 
calçamento de paralelepípedos ou poliédrico (o pé de moleque) e as enchentes 
eram menos frequentes. O principal: a água se infiltrava no solo e o lençol freático 
era preservado. 
Não dispomos de dados a respeito, mas deduz-se que nos centros urbanos o 
lençol freático está cada vez mais profundo e a ocorrência de olhos d’água é cada 
vez mais rara. 
Algumas prefeituras, como a de Belo Horizonte, incluíram no seu código de 
obras a exigência de que as áreas descobertas das edificações não sejam 
impermeabilizadas: prevê-se o uso de bloco-grama. 
 
 
 
1 
A medida é importante, mas é insuficiente para assegurar a infiltração da 
água das chuvas. 
 Proposta 
 
 
O melhor lugar para guardar água de chuva é o subsolo. 
É claro que não se pretende substituir o asfalto por calçamento poliédrico ou 
as garagens cimentadas por gramados. 
Há, no entanto, um momento, numa das enxurradas, em que quase toda a 
água das chuvas pode ser retida para se infiltrar no solo. 
Esse momento ocorre quando a água sai das residências e terrenos e corre 
pelas ruas, rente ao meio-fio, nas sarjetas. 
Esse espaço, regra geral, tem de 30 a 40 cm de largura, possui pequena 
inclinação na direção do meio fio e, numa expressiva quantidade de ruas e avenidas, 
é coberto por cimento. A enxurrada corre por ali e a intervalos é recolhida nas 
bocas-de-lobo das galerias pluviais. 
Nossa proposta é que esse espaço, ao longo das ruas e avenidas, seja 
coberto por gabiões. Gabiões são armações de tela grossa ou arame, em formatos 
retangulares, preenchidos com pedras poliédricas, de tamanhos semelhantes, desde 
brita maior até pedras maiores (½ kg aproximadamente). São utilizados nas 
canalizações de córregos e na contenção de encostas. Blocos de gabiões com as 
dimensões de 1,00 x 0,30 x 0,60 m podem ser colocados ao longo das ruas e 
avenidas, de modo que a água das enxurradas fique retida e penetre no solo. O 
excedente passa acima das pedras e deságua nas bocas de lobo. Se não houver 
galeria pluvial na via pública, a instalação de gabiões irá reter grande parte da água 
das enxurradas. 
Os desenhos abaixo ilustram melhor a proposta. 
As vantagens: as águas das chuvas fortes e de pouca duração serão 
retardadas no seu trajeto e se infiltrarão no solo, impedindo enchentes; a das chuvas 
fracas e de longa duração se infiltrará quase toda no solo. 
Não se pretende que as prefeituras comecem a substituir o asfalto ou o 
cimento das sarjetas por gabiões por atacado. 
A proposta é que a mudança seja feita nas ruas e avenidas que forem 
recapeadas; nas ruas e avenidas de novos bairros e vilas; e nas vias públicas que 
estão sujeitas a inundações. 
 
 
 
 
 
2 
Muitas vezes uma boa solução pode ser encontrada numa ideia de grande 
simplicidade. 
 
AE 2 
 
O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em 
São Carlos, e a Universidade de Heidelberg, na Alemanha, estão desenvolvendo um 
projeto conjunto que visa prevenir desastres naturais, com foco nas enchentes. 
Financiado pelas principais agências de fomento à pesquisa do País (Fapesp, CNPq 
e Capes), o projeto tem como objetivo construir ferramentas para melhorar a 
disponibilidade e a qualidade da informação destinada a monitorar e analisar riscos 
de inundação, apoiando a tomada de decisão na gestão desses riscos. O diferencial 
do projeto é a ideia de unir a perspectiva da ciência, da população e do governo, já 
que os dados coletados são provenientes de várias fontes, envolvendo cidadãos, 
pesquisadores de diversas áreas do conhecimento, especialistas em gerenciamento 
de risco de inundação e representantes de agências governamentais. 
 
Entre as várias ferramentas que compõe o projeto está o Observatório Cidadão 
de Enchentes, uma plataforma colaborativa na web que pode ser usada por qualquer 
cidadão e da qual todos podem participar, disponível no link: 
www.agora.icmc.usp.br/enchente. Por meio dessa plataforma, a população poderá 
relatar o nível da água no leito dos rios e a extensão de áreas alagadas. “A ideia é 
que os cidadãos comuns possam usar a internet ou aplicativos móveis para 
comunicar desastres a qualquer momento”, contou o professor do ICMC e 
coordenador do projeto, João Porto de Albuquerque. Segundo ele, há dois tipos de 
dados que são coletados da população: aqueles que vêm dos cidadãos comuns por 
meio do Observatório e os que são provenientes de voluntários previamente 
cadastrados. “Os voluntários pré-cadastrados, que podem ser voluntários da defesa 
civil, por exemplo, receberão um treinamento para atuar na obtenção de dados de 
qualidade para o combate às enchentes, levantando informações sobre o nível atual 
de rios, áreas alagadas, pontos de bloqueio de tráfego, vítimas e infraestrutura 
destruída”, explicou. 
 
 
 
 
3 
De acordo com Albuquerque, a diferença maior entre os dois grupos é a 
credibilidade da informação. No caso dos cidadãos comuns, os dados devem ser 
checados e, no segundo caso, há um treinamento para que sejam obtidas 
informações de qualidade. Para compreender melhor o escopo do projeto, vale 
analisar seu nome completo em inglês “A Geospatial Open collaboRative Architecture 
for Building Resilience against Disasters and Extreme Events”. Ao realizar uma 
abreviação do nome em inglês, fazendo um jogo de palavras com suas letras iniciais, 
chega-se à ÁGORA, o título mais usado pelos pesquisadores ao se referirem ao 
projeto. É dos gregos, portanto, que vem essa palavra e também a inspiração para a 
criação do projeto, afinal, a “ágora” era o lugar para os cidadãos das antigas cidades 
gregas dedicarem-se às discussões políticas e também um centro para o 
desenvolvimento esportivo, artístico e espiritual. A ágora de Atenas, por exemplo, é 
considerada o berço da democracia. 
 
Os pesquisadores envolvidos no projeto destacam que o ÁGORA não irá 
apenas prover informações para a tomada de decisões dos governantes em 
situações de risco, mas também vai agregar valor aos dados obtidos, que passarão 
a ser disponibilizados de forma padronizada e aberta a todos os interessados. 
 
 O Mapa Colaborativo 
 
 
Atualmente, Albuquerque desenvolve pós-doutorado na Universidade de 
Heidelberg, na Alemanha, com bolsa do Programa Ciência sem Fronteiras. Ele está 
trabalhando especificamente na construção de uma plataforma de mapas 
colaborativos, a partir do software livre OpenStreetMap, para identificar elementos 
críticos em ameaça, como em hospitais, escolas, distribuidores da rede elétrica, etc. 
Essa plataforma será destinada ao uso dos voluntários que receberão treinamento 
específico. “Quando identificamos que uma área está ameaçada de ser alagada, é 
importanteverificar, para o combate às enchentes, se existem elementos críticos que 
estão ameaçados no local. É aí que entra o nosso método, pois possibilitamos às 
autoridades competentes a visualização do impacto que uma enchente pode causar, 
por exemplo, atingindo escolas ou hospitais que precisam ser evacuados. Então, é 
possível realizar ações de proteção adequadas para salvar vidas e evitar prejuízos”, 
salientou. 
 
 
 
 
 
4 
 
O ÁGORA também capta os dados dos sensores para enchentes, tecnologia 
desenvolvida no ICMC pelo professor Jó Ueyama. Tratam-se de equipamentos 
destinados a detectar enchentes em rios e córregos de São Carlos por meio de uma 
rede de sensores sem fio. “Os nossos sensores coletam dados sobre o nível do rio e 
a quantidade de chuva. Essas informações são repassadas para o banco de dados 
do ÁGORA”, acrescentou Ueyama. 
 
A parceria com Heidelberg começou com uma visita técnica que Albuquerque 
fez à Universidade de Heidelberg, em junho de 2011, ao grupo do professor alemão 
Alexander Zipf, seguida de uma estada de três meses no país com financiamento da 
Fundação Alexander von Humboldt. Desde então, Zipf passou a ser o coordenador 
do ÁGORA na Alemanha. Em 2013, Albuquerque recebeu bolsa de estágio para o 
exterior da Fapesp, válida até janeiro deste ano. Recentemente, o professor obteve 
outra bolsa, desta vez para atuar como professor visitante até 2017 no Instituto de 
Geografia da Universidade de Heidelberg, com recurso da própria universidade por 
meio da Deutsche Forschungsgemeinschaft. 
 
Albuquerque destaca também a contribuição do ÁGORA para o projeto 
temático da FAPESP “Assessment of Impacts and Vulnerability to Climate Change in 
Brazil and Strategies for Adaptation Options” (IVA), estreita colaboração estabelecida 
com o grupo do professor Eduardo Mario Mendiondo, do Departamento de Hidráulica 
e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos (DHS/EESC). 
 
Atualmente, trabalham no ÁGORA, também, estudantes de graduação e pós-
graduação alemães e brasileiros: Benjamin Herfort e Svend-Jonas Schelhorn são da 
Universidade de Heidelberg; Caio Correia, Flávio Horita, Lívia Degrossi, Luiz 
Fernando de Assis, Raniéri Moreira e Raul Castanhari são do ICMC. Assis está, no 
momento, na Alemanha, com Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior da FAPESP. Já 
o doutorando Horita está construindo um sistema de apoio à decisão para 
monitoramento on-line dos sensores, enquanto a doutoranda Degrossi trabalha 
diretamente com o Observatório Cidadão de Enchentes; Castanhari desenvolve uma 
arquitetura de software para gerenciar as informações do projeto e o mestrando 
 
 
 
5 
Moreira iniciou recentemente trabalho com aplicativos móveis para que a população 
possa fornecer dados via celular. Correia possui bolsa de iniciação científica e 
assessora todos os demais participantes dessa grande ágora. 
 
 
 
 
 
 Biblioteca/Referências 
 
 
 
 
 
6 
http://www.google.com.br 
http://www.ufla.br/ascom/2012/02/24/projeto-de-recuperacao-e-prevencao-de-
enchentes-no-campus-da-ufla-e-aprovado/ 
http://www.reprolatina.org.br/ 
http://www.lavras24horas.com.br/portal/projeto-de-recuperacao-e-prevencao-de-
enchentes-no-campus-da-ufla-e-aprovado/

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