Ficha CP4 DR3

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 REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES 
 S E CR E TA R I A R E G I ON A L D A E D U CA ÇÃ O E F OR M A ÇÃ O 
 
 
 
 
 
Conceito de imigração e emigração 
A imigração é o movimento de entrada de pessoas num determinado país, com o intuito 
de permanecer neste temporariamente ou definitivamente, com a intenção de trabalhar ou de 
residir. Não se deve confundir o imigrante com o turista, este apenas tem o intuito de visitá-lo e 
retornar ao seu país natal. 
 
 
A emigração trata-se do mesmo fenómeno da imigração, mas visto da perspetiva do 
lugar de origem. A emigração é a saída, neste caso, do nosso país. 
 
Fluxos migratórios para a Europa e 
Portugal 
As migrações fazem parte da história da 
humanidade. Desde tempos imemoriais, o homem sente 
necessidade de se deslocar, em busca de meios de 
subsistência para fugir de ameaças físicas e ambientais. 
O próprio povoamento do planeta deve-se a esta 
necessidade tão humana que muda de forma tão definitiva e 
constante a essência das culturas, raças e línguas. 
 
 
 
 
 Escola Secundária Vitorino Nemésio 
Cursos de Formação de Base de Nível Secundário 
 1ºano 
Ficha de trabalho 
Cidadania e Profissionalidade 
Código CP4-DR3 
Formador: José Noro 
Ano letivo 2016/2017 
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A história dos fluxos 
migratórios na Europa 
Do século XIX ao princípio do 
século XX (mais precisamente até ao início 
da II Guerra Mundial) assistiu-se a um 
intenso movimento migratório de europeus 
para o continente Americano (mais 
propriamente para os EUA), motivado por 
razões essencialmente económicas. 
Nos anos 60 e 70, uma nova vaga de 
movimentos migratórios afetou a Europa, 
desta vez, dentro do próprio continente. 
Por incentivo dos países do sul, assistiu-se ao fluxo de populações destes últimos países 
(Itália, Portugal, Grécia e Espanha) para países da Europa ocidental e do norte (Alemanha, 
França, Bélgica e Reino Unido). 
Já nas décadas de 80 e 90, as políticas restritivas da imigração contribuíram para o 
proliferar das redes clandestinas de tráfico de seres humanos, o sul da Europa passa a ser um 
destino de imigração. 
 
 
A história dos fluxos 
migratórios em Portugal 
Em Portugal, os fluxos de emigração 
foram particularmente importantes entre 1965 
e 1973, essencialmente por motivos 
económicos. No final dos anos 60 emigravam 
de Portugal mais de 100 mil trabalhadores por 
ano. Depois de 1974, devido às políticas 
restritivas adotadas pelos países de acolhimento e, também, pela melhoria da vida política vivida 
no nosso país, o fluxo de emigração permanente reduziu consideravelmente tendo, pelo contrário, 
aumentando a emigração temporária. Apesar destas medidas, alguns dos emigrantes temporários 
tornaram-se permanentes, ficando mais propriamente em França e na Suíça, beneficiando assim 
de operações de regularização e da livre circulação. 
Não esquecendo que na época da Guerra Colonial, Portugal sofreu uma grande invasão 
de imigrantes vindos das ex-colónias, que provocou uma grande instabilidade no país, visto que 
este não estava preparado para receber tantas pessoas. 
Na década de 90 surgiu uma nova vaga de imigração, vindos do Brasil, Europa do Leste 
e Ásia, estando esta orientada para a hotelaria e restauração. 
Apesar de tudo é espantoso que nos sítios mais distantes da terra, milhões de pessoas 
mantenham ainda uma relação muito viva com a Pátria dos seus antepassados. 
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Política de imigração dos países comunitários 
A integração de nacionais de países 
terceiros nos estados membros é um dos maiores 
desafios que se deparam à política de imigração e 
um elemento essencial na promoção da coesão 
económica e social na UE. 
A Comissão menciona que enquanto a 
imigração não resolver todos os seus problemas 
derivados ao declínio demográfico e ao 
envelhecimento da população, será necessário 
aumentar os fluxos migratórios para satisfazer as 
necessidades futuras do mercado de trabalho da UE. 
A política de imigração dos países 
comunitários toca em questões, como os níveis de desemprego, coesão social e diversidade 
cultural, controlo nas fronteiras, aplicação da lei e segurança. 
Uma das diretrizes da politica da UE no domínio da imigração legal é estabelecer as 
condições mediante as quais os nacionais de países terceiros que tenham residência legal num 
dos estados membros, têm o direito de trazer maridos, esposas e seus filhos jovens para a UE. 
Outra diretriz garante aos nacionais de países terceiros que tenham vivido legalmente na 
UE durante pelo menos cinco anos, deve ter um tratamento igual na maior parte dos domínios 
económicos e sociais. Se a sua vida se modificar por razões de trabalho, estudo ou outras, também 
lhes é garantido o direito de mudarem de estado membro. 
 
Vantagens e desvantagens da imigração 
Em relação ao fenómeno da imigração é facilmente 
percetível que ele nos traga vantagens e desvantagens. 
 As vantagens da imigração verificam-se quando falamos de imigração legalizada, esta a 
curto e a médio prazo constitui uma solução para a diminuição da taxa de natalidade e para o 
envelhecimento da população, podendo ser assim a única forma de assegurar o equilíbrio das 
contas do país. Além disso, a necessidade de mão-de-obra em determinados sectores da 
economia não é compensada pelo mercado de trabalho interno, sendo necessária a vinda de 
imigrantes. 
Já no que respeita às desvantagens da imigração, o principal aspeto que nos ocorre é o 
aumento da criminalidade quase sempre ligado à imigração ilegal e à exclusão social. 
Mais um dos aspetos que está ligado a um conjunto de problemas mais vastos como as 
redes de tráfico humano, ligados às máfias dos países de leste, brasileiras, entre outros, 
nomeadamente para a prostituição e trabalho ilegal. 
 
Direitos e deveres dos imigrantes 
Qualquer cidadão estrangeiro e português europeu que se encontre em Portugal têm os 
mesmos direitos e os mesmos deveres do cidadão português, exceto os direitos políticos, bem 
como todos os outros direitos e deveres reservados C.R.P exclusivos aos nossos cidadãos. 
As crianças independentemente da sua nacionalidade, e seja qual for o seu país de acolhimento 
têm direito à educação, a frequentar a escola e tudo como outra criança qualquer. 
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Problemas dos imigrantes no país de destino 
As dificuldades e os problemas dos imigrantes 
resumem-se a alguns dos pontos a seguir apresentados: 
 -Obter autorização para ficar em alguns países mais 
tempo do que principalmente tinha previsto; 
 -Obter autorização para fazer algo que 
presentemente não lhe é permitido fazer, por exemplo 
ter permissão para trabalhar; 
 -Trazer familiares para o país, por exemplo o 
seu esposo(a), noivo(a), filhos; 
-Estar em risco de ser deportado(a) desses 
países; 
-Ser detido(a) pelas autoridades de imigração num centro de detenção; 
-Pedir um passaporte e não saber se tem direito a um passaporte desse país ou a outro 
passaporte; 
-Fazer o pedido para ser cidadão do país para onde imigrou; 
-Se já está a viver nesse país, mas quer viajar (por exemplo, para ir de férias), saber se o(a) 
deixarão voltar a entrar no mesmo. 
Problemas que se colocam aos países europeus de 
acolhimento de imigrantes 
Estes fluxos migratórios levantam alguns problemas sociais nos países de origem mas 
sobretudo nos países de acolhimento que se veem forçados a condicionar fortemente a entrada 
de estrangeiros no seu território ou fomentar a sua entrada para suprimir os efeitos do 
envelhecimento demográfico e a consequente redução da força de trabalho disponível. Num 
relatório de2001 a ONU propõe que oito nações com baixo índice de natalidade estimulem a 
imigração. Países como a Alemanha, Coreia do Sul, Estados Unidos, Itália, Japão, Federação 
Russa, França e Reino Unido para manter estável a sua população economicamente ativa, a União 
Europeia (UE) precisará acolher, dependendo da evolução das taxas demográficas, entre 44 
milhões e 700 milhões de estrangeiros até 2050. Essa demanda por mão-de-obra qualificada 
também está associada à pujança económica propiciada pela unificação europeia e ao 
envelhecimento da população dos países desenvolvidos. 
Instituições de assistência aos imigrantes 
Parcerias com Instituições de Direito Privado Sem Fins Lucrativos 
Associações de Imigrantes; 
Organizações não Governamentais; 
Associações de Desenvolvimento Local; 
Outras organizações sem fins lucrativos. 
 
 
 
 
 
 
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Serviços de Apoio aos Imigrantes e Minorias Étnicas 
Sabe que se é imigrante, refugiado, ou membro de alguma minoria étnica, existem diversos 
organismos oficiais que prestam apoio à sua integração social e comunitária? 
Dos diversos organismos oficiais existentes, destacam-se os seguintes: 
-Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) 
Integrado no Ministério da Administração Interna, tem as competências governamentais no âmbito de 
controle de entradas e saídas de estrangeiros no território nacional. 
-Conselho Português para os Refugiados (CPR) 
Organização não governamental, sem fins lucrativos, que promove uma política de asilo humana e liberal 
a nível nacional e internacional. O CPR celebrou em 1993, um protocolo com o Alto Comissariado das 
Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) que lhe permite administrar um projeto de proteção jurídica 
e encaminhamento social dos requerentes de asilo e refugiados em Portugal. 
-Organização Internacional para as Migrações (OIM) 
Um organismo intergovernamental, que colabora com os Governos, com outras Organizações e com 
Associações de Benevolência para assegurar no Mundo inteiro a migração ordenada de pessoas - 
refugiados, pessoas deslocadas e outros migrantes - necessitadas dos Serviços Internacionais de 
Migração. 
-Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME) 
Organismo governamental com competências na definição e aplicação das políticas de integração dos 
imigrantes e das minorias étnicas. Visa contribuir para que todos os cidadãos legalmente residentes em 
Portugal gozem de dignidade e oportunidades idênticas de forma a eliminar as discriminações e 
combater o racismo e a xenofobia. 
 
1-Distingue imigrante de emigrante. 
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2-Refere duas vantagens da emigração e da imigração. 
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3- Menciona os dois principais problemas que os imigrantes enfrentam. 
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4- Indica os dois principais organismos de apoio aos imigrantes que conheças- 
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Bom trabalho! 
José Noro