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FISIOTERAPIA EM PNEUMOLOGIA II Discente: Débora Lopes Viçosa Docentes: Giulia Wiggers e Daniel Felber Uruguaiana, 2017 CASO CLÍNICO PRÁTICA HOSPITALAR 1 ANAMNESE Identificação: Nome: G.F.F Data de Nascimento: 01/05/1965 Idade: 51 anos Sexo: Feminino Raça: Branca Naturalidade: Uruguaiana Unidade: 3° andar Leito: 306 B Internação: 27/06/2017 Médico Responsável: Dr. Ronei Araújo Diagnóstico Médico: Esquizofrenia HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: No dia 27/05/2017, a paciente apresentou características de crise psicótica e seus acompanhantes buscaram auxilio médico no Pronto Socorro do Hospital de Santa Casa de Caridade de Uruguaiana. Após o atendimento no PS a paciente ainda desorientada permaneceu internada – Clínica Psiquiátrica. Desorientação ANAMNESE Delírio Alucinações HISTÓRIA DA DOENÇA PREGRESSA: Em Outubro de 2016, a paciente foi internada pela primeira vez, permaneceu no hospital por aproximadamente 20 dias, com suspeita de surto psicótico. Após realizar exames e tratamento farmacológico, melhorou, retornou para sua casa e a partir deste primeiro episódio de internação frequenta o CAPS e tem acompanhamento médico. ANAMNESE Equipes Multiprofissionais Transtornos mentais graves e persistentes Usuários de drogas CENTRO DE ATENÇÃO PSCICOSOCIAL HISTÓRIA FAMILIAR – HÁBITOS DE VIDA: Paciente sedentária, não etilista e não tabagista; Não há histórico de doenças ou transtornos psicóticos em sua família. ANAMNESE DIAGNÓSTICO MÉDICO ESQUIZOFRENIA: É uma doença psiquiátrica considerada um tipo de sofrimento psíquico grave, que se caracteriza principalmente pela perda do contato com a realidade Transtorno mental que pode atingir pessoas de qualquer idade, sexo, raça, classe social e país Segundo a OMS atinge cerca de 1% da população mundial. JOVENS Psicose em que o doente vive em um mundo imaginário As alucinações são experiências perceptuais sem fundamentação na realidade. Considera-se que um indivíduo que ouve, sente, cheira ou vê coisas que não estão realmente presentes está alucinando. Os delírios são crenças errôneas que são mantidos a despeito d e fortes evidê ncias em contrário. Alguns delírios são bizarros e patentemente absurdos: outros, embora possíveis, são improváveis 6 DIAGNÓSTICO MÉDICO ESQUIZOFRENIA – CAUSAS: NEUROTRANSMISSORES: Alterações em vários sistemas bioquímicos (neurotransmissores) e vias neuronais cerebrais; Vários genes em combinação são responsáveis por estas alterações cerebrais; As relações vitais que a estabelecidas funcionam como fatores estressores que contribuem para que estes genes ligados se ativarem e a doença apareça. Não existem fatores psicológicos ou ambientais que causam a esquizofrenia, mas sim fatores de vida que são gatilhos para o início das alterações cerebrais da doença. Várias substâncias químicas, denominadas de neurotransmissores, estão alteradas no cérebro do esquizofrênico, principalmente dopamina e glutamato. Estudos recentes mostram diferenças na estrutura do cérebro e do sistema nervoso central das pessoas com esquizofrenia em comparação aos de pessoas saudáveis. 7 DIAGNÓSTICO MÉDICO ESQUIZOFRENIA – SINTOMAS: Sintomas Positivos: alucinações, delírios, distúrbios de pensamento e comportamentos bizarros. Sintomas Negativos: humor deprimido, pobreza de fala, incapacidade de experimentar sentimentos positivos e apatia. Sintomas de Desorganização: sentimentos contraditórios, emotividade inapropriada, comportamento pueril, vestir-se estranhamente, agitação imprevisível. Psicose em que o doente vive em um mundo imaginário 8 EXAMES COMPLEMENTARES RADIOGRAFIA DE TÓRAX – 31/05/2017 Informação Clínica: Febre e Sibilos com estertores na base esquerda. Relatório: Infiltrado intersticial difuso Não se define foco na consolidação pulmonar Não há evidência de Derrame Pleural Coração com volume normal Demais estruturas com aspecto normal Infiltrado intersticial difuso: pode indicar algum processo infeccioso ou inflamatório em um dos pulmões como pneumonia, pneumopatias intersticiais, tuberculose.. NÃO HÁ ACUMULO DE FLUÍDOS NOS PULMÕES! 9 EXAMES COMPLEMENTARES TOMOGRAFIA – 06/06/2017 INTERPRETAÇÃO: IMPRESSÃO DIAGNÓSTICA: Informação Clínica: edema generalizado, dor abdominal e diarreia. Interpretação: Vesicula Biliar de paredes espessas, apresentando multiplos calculos em seu interior (colecistopatia calculosa crônica) Espaço Pleural Basal Livre Estrias atelectasicas nas bases pulmonares Impressão Diagnóstica: Colecistopatia Calculosa Crônica – definida como inflamação da vesícula biliar, geralmente consecutiva à presença de cálculos na vesícula biliar POR ISSO USA ANTIBIOTICO! GAMA GT confirma Colecistopatia! Estrias atelectasicas nas bases pulmonares – provavelmente por estar acamada 10 EXAMES COMPLEMENTARES EXAMES DE SANGUE VALORES PACIENTE VALORES REFERÊNCIA GamaGT 90uL 7,0 a 32uL Cálcio 9,46 mg/dL 8,8 a 10,6 mg/dl Potássio 4,6mEq/L 3,5 a 5,0mEq/L Sódio 142,0mEq/L 135 a 145mEq/L FosfataseAlcalina 140,00 u/L < 195 mg/dl HepatiteA ??? Hepatite B NãoReagente Hepatite C NãoReagente Gama Glutamil Transferase : enzima é abundante no fígado e o fígado é o principal órgão de metabolização das substâncias no nosso organismo, na verdade, quase tudo que ingerimos passa pelo fígado para que ele faça mudanças nas estruturas das moléculas das substâncias químicas para que elas possa ser melhor aproveitadas ou melhor excretadas pelo nosso corpo. Vários são os motivos que causam alterações nos níveis sanguíneos (aumento) do Gama-GT: As intoxicações e abusos de substâncias são as principais causas; e de todas as substâncias as bebidas alcoólicas são as que mais frequentemente são responsáveis pelo aumento de Gama-GT. O uso de medicamentos também são fatores que provocam com frequência Gama-GT elevado. Como é comum essa alteração estar relacionada com o abuso do álcool que pode gerar inflamação/hepatite no fígado! Hepatite A não conclusivo? 11 MEDICAMENTOS PRESCRIÇÃO: Dieta Livre; Controle dos Sinais Vitais; Fisioterapia Motora; Curativo diário em pé esquerdo: Dersani; Desmame da Sonda Vesical. MEDICAMENTOS: Uso hospitalar: Furosenida: 40 mg VO 1 x ao dia; Levofluxacino: 500 mg VO 12/12h; Uso domiciliar: Fluoxetina Diazepan O cloridrato de fluoxetina aumenta os níveis de serotonina no cérebro, resultando em melhora dos sintomas da depressão, associada ou não à ansiedade – reações comuns: letargia (sensação de lentidão de movimentos e raciocínio) cansaço tensão coceira (prurido), erupções da pele, erupções da pele com coceira (urticária). O Diazepam faz parte do grupo dos benzodiazepínicos e possui propriedades ansiolíticas, sedativas, miorrelaxantes, anticonvulsivantes e efeitos amnésicos. Sabe-se atualmente que tais ações são devidas ao reforço da ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), o mais importante inibidor da neurotransmissão no cérebro – reações comuns: sonolência, relaxamento muscular, lentidão dos reflexos e do movimento, alterações da marcha, fala arrastada, desinibição do comportamento, problemas de memória e o potencial de causar dependência física. Fluoxetina é um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS) utilizado no tratamento dos casos de depressão, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e outras patologias e o Diazepam é um benzodiazepínico com atividades anticonvulsivante, sedativa, miorrelaxante e ansiolítica, comuns aos representantes deste grupo farmacológico - INTERAÇÃO: A bula relata alterações nos níveis séricos de diazepam quando este fármaco foi administrado em conjunto com a fluoxetina, incluindo alguns casos nos quais observou-se manifestações clínicas de toxicidade. O motivo provavelmente está associado à inibição enzimática de CYP2D6 produzida pelo antidepressivo. Recomenda-se monitorar o paciente caso os dois fármacos sejam prescritos em tratamento. Furosemida este medicamento está indicado nos casos de hipertensão arterial leve a moderada, edema devido a distúrbios cardíacos, hepáticos e renais e ainda, edema devido a queimaduras. A furosemida é um diurético de alça que produz um efeito diurético potente com início de ação rápido e de curta duração. A furosemida pode causar redução na pressão sanguínea a qual, especialmente se pronunciada, pode causar sinais e sintomas como dificuldade na habilidade de concentração e reação, sensação de cabeça vazia ou “oca”, sensação de pressão na cabeça, dor de cabeça, tonturas, sonolência, fraqueza, alterações visuais, boca seca, intolerância ortostática (incapacidade de ficar em pé). Reações cutâneas e nas membranas mucosas podem ocorrer ocasionalmente, sob a forma, por exemplo, de coceira, urticária, outras reações como rash ou erupções bolhosas, eritema multiforme, dermatite esfoliativa ou púrpura. O levofloxacino é indicado no tratamento de infecções bacterianas causadas por agentes sensíveis ao levofloxacino, como: infecções do trato respiratório superior e inferior, incluindo sinusite, exacerbações agudas de bronquite crônica e pneumonia; infecções da pele e tecido subcutâneo, como impetigo, abscessos, furunculose, celulite e erisipela; infecções do trato urinário, incluindo pielonefrite; osteomielite; septicemia/bacteremia relacionadas às indicações acima; infecções intra-abdominais. Reação adversa rara: fraqueza muscular. O levofloxacino é um medicamento pertencente ao grupo dos antibióticos. É indicado no tratamento de infecções causadas por germes sensíveis ao levofloxacino. 12 AVALIAÇÃO Paciente em DD no leito Respiração voluntária Acordada e responsiva Pouco colaborativa e desorientada AVALIAÇÃO SINAIS VITAIS - INICIAL FC 89bpm FR 19rpm PA 120x80mmHg SpO2% 97% Temperatura 37°C INSPEÇÃO / PALPAÇÃO: Paciente com: Sonda vesical; Acesso simples em MMSS direito; Curativo em Calcâneo esquerdo. AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA Padrão Respiratório Normal- Abdominal RitmoRespiratório Normal Flexibilidade Normal Expansibilidade Reduzida Percussão Normal Frêmito Normal Ausculta da Voz Normal AuscultaPulmonar Sons pulmonares+sem Ruídos Adventícios Testede Força Diafragmática Tônus normal,vence a resistência com dificuldade e tem boa excursão AVALIAÇÃO MOTORA ADM ATIVA MMIIESQUERDO Reduzida MMII DIREITO Reduzida ADM PASSIVA MMIIESQUERDO Preservada MMII DIREITO Preservada AVALIAÇÃO MOTORA ADM ATIVA MMSSESQUERDO Preservada MMSS DIREITO Preservada ADM PASSIVA MMSSESQUERDO Preservada MMSS DIREITO Preservada AVALIAÇÃO MOTORA FORÇAMUSCULAR MMII MMIIESQUERDO 3 MMII DIREITO 4 FORÇAMUSCULAR MMSS MMSSESQUERDO 5 MMSS DIREITO 5 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO Redução da Expansibilidade; Redução da Força Muscular em MMII; Redução da ADM em MMII; Deficit da marcha; Imobilidade no leito. OBJETIVOS Aumentar a Expansibilidade Torácica; Manter/Melhorar a Força Muscular Inspiratória; Aumentar a Força Muscular de MMII; Manter a Força Muscular de MMSS; Aumentar a ADM de MMII; Aprimorar a marcha e funcionalidade. FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA: Paciente sentada no leito: Exercício Respiratório Diafragmático; Exercício Inspiração em Tempos; Exercício Lapena; Exercício Inspiração Máxima. CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS Duarte, J., & Helfstein, T. T. (2011). Estudo comparativo das técnicas de cinesioterapia respiratória convencional e associado às diagonais de membros superiores na reexpansão torácica em indivíduos adultos jovens. J Health Sci Inst, 29(3), p198-201. A fisioterapia respiratória com suas técnicas convencionais propiciam na grande maioria das vezes uma grande mobilidade das estruturas que compõem a caixa torácica, proporcionando o aumento da expansibilidade torácica nos diâmetros ântero-posterior e latero-lateral. Duarte, J. e Helfstein, T.T (2011) 22 FISIOTERAPIA MOTORA: Paciente sentada no leito: Mobilização Ativa de MMSS - utilizando bastão e movimentos associados aos exercícios respiratórios Mobilização Ativa-assistida de MMII Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva de MMSS - utilizando faixa elástica Exercícios Metabólicos de MMSS e MMII Alongamentos Ativos de MMSS Alongamentos Assistidos de MMII. CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS CONDUTAS FISIOTERAPEUTICAS O que poderia ser sido feito? Fisioterapia Respiratória: Força Muscular: Treinamento Muscular Respiratório – Threshold IMT Expansibilidade: Inspirometro de Incentivo e Thera PEP Fisioterapia Motora: ADM: Cicloergometro para MMSS e MMII Treinamento Funcional: Deambulação e AVD’s AVALIAÇÃO SINAIS VITAIS - FINAL FC 90Bpm FR 17Rpm PA 110x60mmHg Temperatura 37°C OBRIGADA! Louis Wain (1900) Série de pinturas de Louis Wain, no início dos anos de 1900, que capturam os níveis de esquizofrenia. 26
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