Resumo de Metodologia Científica - A2 - FCMSJF - MEDICINA

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Resumo de Metodologia Científica - A2
Lucas Silva - Suprema
Terceiro Período
1.0 Nível de Significância
- p —> significa nível de significância;
1.1 p<0,05 —> Ge diferente de Gc;
- De 100 amostras, 95 serão diferentes e 5 iguais;
- Indica que houve diferença significativa entre as médias amostrais dos grupos analisados, pode 
ser devido a sua intervenção;
1.2 p>0,05 —> Ge igual a Gc;
- De 100 amostras, 95 serão iguais e 5 diferentes;
- Indica que não houve diferença significativa entre as médias amostrais do grupos analisados, 
desta forma, tanto faz ocorrer ou não intervenção;
1.3 Conceitos importantes em pesquisa
A) Validade interna: é quando o pesquisador procura controlar os efeitos de variáveis sobre a 
interpretação de seus resultados, ou seja, procura controlar o ambiente. Desta forma, ele irá 
minimizar os efeitos de possíveis variáveis intervenientes e/ou viés. 
Exemplos de estudos com alta validade interna:
1) Estudos em modelo animal;
2) Estudos no âmbito hospitalar
**Ambos são ambientes controlados por profissionais
B) Validade externa: é quando o cenário e os pacientes investigados se assemelham aos que 
você se depara em sua prática clínica. 
Exemplo de estudos com elevada validade externa:
1) Você trabalha na atenção básica de saúde com pacientes hipertensos, em uma UAPS de 
Juiz de Fora. Você leu um estudo com pacientes atendidos na atenção básica de saúde 
e que também eram hipertensos;
* Atividade: *
Você leu um estudo publicado no JAMA com ratos onde foram testadas drogas em função dos 
aspectos metabólicos, em especial no controle de peso. Você é um endocrinologista que atende 
pacientes com disfunção metabólica e obesidade. Analise o estudo em função de sua validade 
interna e externa e justifique sua resposta.
- Laboratório —> ratos;
- Clínica —> pacientes
- O estudo tem alta validade interna e baixa validade externa (cenário e pacientes se diferem).
- Ao analisarmos o estudo, notamos dois cenários distintos sendo eles: o laboratório e a clínica. 
Onde no laboratório há maior rigidez no controle do estudo, portanto, maior valor interno. Já no 
segundo cenário, notamos que se trata de uma clínica, onde não há 100% de acompanhamento 
(e, envolve humanos). Com isso, nos leva a crer que se trata de um estudo com baixa validade 
externa.
2.0 Variáveis de estudo
A) Variável independente (X)
- É aquela que será manipulada em uma relação de causa e efeito;
B) Variável dependente (Y)
- É aquela que sofrerá os efeitos da manipulação;
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* Atividade: identifique as variáveis dependente e independente de cada item* 
1) O efeito da aspirina sobre as úlceras gástricas.
Variável independente —> aspirina
Variável dependente —> úlcera
2) Sedentarismo, perfil lipídico e sua associação com as taxas de mortalidade
Variável independente —> Sedentarismo; perfil lipídico 
Variável dependente —> Taxas de mortalidade
3) AVC e sua associação com HAS;
Variável independente —> HAS
Variável dependente —> AVC
C) Variável interveniente
- São aquelas que podem prejudicar a interpretação dos resultados de um estudos, geralmente 
não é passível de controle pelo pesquisador. Está entre a variável independente e a 
dependente.
- Exemplos de grandes variáveis intervenientes:
- Genética;
- Aspectos psicológicos;
- Poluição;
- **Observação: a variável interveniente depende de cada estudo (em um estudo de DPOC em 
São Paulo devemos salientar a poluição);
3.0 Viés em pesquisa
- É o erro sistemático do pesquisador, sendo desta forma passível de controle pelo pesquisador. 
Para não ocorrer o viés, o pesquisador deve possuir um rigor científico inerente a um 
pesquisador além de realizar uma boa revisão da literatura, ou seja, ler estudos que 
investigaram o mesmo assunto que deseja pesquisar, desta forma, irão minimizar erros em 
seleção amostral; intervenção; protocolos; e demais aspectos importantes em uma pesquisa 
(afiar o machado).
- **O rigor científico vai refletir na minimização do viés
3.1 Tipos de Viés
I) Viés de aferição: ocorre quando o pesquisador não calibra o instrumento de pesquisa e o 
mesmo será utilizado na coleta de dados, ferindo o rigor científico. Exemplo: glicosímetro; 
balança não calibrados;
II) Viés de seleção: é quando ocorre erro na seleção amostral pelo pesquisador devido a pouca 
leitura sobre o tema. Exemplo: um estudo teve como objetivo investigar a prevalência da 
hipertensão arterial em uma UAPS de uma determinada cidade. Após analisar os resultados, 
verificou-se que a média de idade dos indivíduos avaliados era de 74 anos (grande 
probabilidade de HAS);
III) Viés de confusão: é quando alguma variável confunde a interpretação dos resultados de um 
estudo. Exemplo: cafeína X câncer de pulmão —> Em um estudo, a cafeína foi erroneamente 
associada ao câncer de pulmão, entretanto, o tabagismo foi um viés de confusão, já que 
indivíduos que fumam utilizam muito café.
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4.0 Pratica Clínica
- Pesquisa clínica, estuda a influência de determinados fatores sobre a saúde das pessoas na 
forma de um desfecho clínico
4.1 Epidemiologia Clínica
- Esse tipo de pesquisa está interessada em investigar a influência que determinados fatores 
exercem sobre a saúde das pessoas ou no surgimento de doenças, em síntese, procura 
investigar associação entre fator e o desfecho clínico;
- Exemplo:
- HAS (fator) —> AVC (desfecho clínico);
- O desfecho clínico é o desenvolvimento de uma condição clínica, como por exemplo: doença 
coronária, câncer de próstata, insuficiência prática que irá interferir sobre maneira na qualidade 
de vida de um paciente. Contudo, o desfecho clínico mortalidade é o mais importante 
(desfecho duro) que pode ser analisado de duas formas —> 1) mortalidade por todas as causas 
morte ou por um evento em especial (como exemplo, mortalidade por câncer de próstata e 
outro tipo de desfecho); 2) e o substitutivo que pode ser fisiológico ou bioquímico (por exemplo: 
marcadores biológicos, hipertensão arterial sistêmica, perfil lipídicos);
4.2 Análise do estudo quanto a direção
I) Prospectivo (tem maior valor científico): 
- Fator (tabagismo) —> desfecho (CA de pulmão);
II) Retrospectivo
- Desfecho (CA de pulmão) —> Fator (tabagismo)
III) Cross-section Transversal
- Fator ← Retrospectivo Desfecho ← • ↕ • Fator → Prospectivo → Desfecho;
- ↕ = cross-section transversal —> analisa os dois ao mesmo tempo
- Observação: os estudos prospectivos geralmente possuem maior valor científico quando 
comparados aos retrospectivos, devido ao fato de que por meio do projeto de pesquisa é 
possível selecionar o melhoramento, amostragem, protocolos além de controlar os efeitos de 
possíveis variáveis intervenientes ou viéses, em especial, o de confusão. Já no estudo 
retrospectivo, em muitos casos, isto não é possível.
4.3 Estudo de Coorte
- São estudos de natureza descritiva, em sua maioria prospectivo, partindo do fator para o 
desfecho, exceto a coorte histórica, também chamada de retrospectiva, em que eu fator foi 
coletado no passado e o desfecho clínico no presente. Na coorte, associação entre fato e o 
desfecho é expressa, estatisticamente, pelo risco relativo (RR)ou pelo hazard ratio (HR). 
Quando o RR for maior que 1 indica que o fator foi de risco; RR menor que 1 fator foi de 
proteção. RR = 1 indica que não houve associação entre o fator e desfecho. Sempre que 
analisar o RR você tem que levar em consideração o intervalo de confiança do RR (IC 95%). 
sempre que o IC de 95% contemplar o 1 indica que o RR não foi significativo. Sempre que ele 
não contemplar 1 indica que o RR foi significativo. Como exemplo:
- População 1:
- A) Tem HAS:
- Grupo que teve AVC;
- Grupo que não teve AVC
- B) Não tem HAS:
- Grupo que teve AVC;
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- Grupo que não teve AVC
- ** RR = 3 (IC 95% 1,8 a 9);
- O 1,8 e 9 é o mínimo e máximo que o valor deRR pode assumir —> cabe destacar 
que o risco relativo é obtido pela razão entre a incidência dos expostos ao fator 
dividido pela incidência nos não-expostos ao fator
- Indica que os indivíduos expostos ao fator (Hipertensão/Hipertensos) possuem três 
vezes mais chances de desenvolver um AVC/desfecho clínico quando comparados 
aos indivíduos não expostos ao fator (não-hipertensos). Cabe destacar que o risco 
relativo foi significado, tendo em vista que não contempla o 1 
- População 2:
- A) Insuficiência Cardíaca:
- Mortalidade;
- Não teve mortalidade
- B) Não tem insuficiência Cardíaca
- Mortalidade;
- Não teve mortalidade
- **RR = 1,8 (IC 95% 0,9 a 18)
- Indica que os indivíduos com insuficiência cardíaca possuem 80% a mais de chances de 
mortalidade quando comparados aos indivíduos que não possuem insuficiência 
cardíaca. Cabe destacar, que o RR não foi significativo tendo em vista que contempla o 
1.
- População 3:
- A) Pratica Exercício
- Tem doença arterial coronariana;
- Não tem doença arterial coronariana
- B) Não pratica exercício
- Tem doença arterial coronariana;
- Não tem doença arterial coronariana
- **RR = 0,7 (IC 95% 0,2 a 0,9)
- Indica que os indivíduos que fazem exercício possuem 30% a menos de chances de 
desenvolver doença arterial coronariana quando comparados aos indivíduos que não 
fazem exercício. Cabe destacar que o RR foi significativo tendo em vista que não 
contempla o 1.
- * RR = 1 (100%);
4.4 Caso controle
- São estudos de natureza descritiva e retrospectiva partindo do desfecho para o fator. A 
associação entre o fator e o desfecho nos estudos de caso controle é expressa estatisticamente 
pelo Odds Ratio (OR) ou a razão de chance, sua interpretação é semelhante a do risco relativo. 
Os estudos de caso controle só devem ser aplicados quando o desfecho investigado é raro, ou 
seja, tem uma baixa prevalência. Alguns estudiosos indicam que o estudo caso controle deve 
ser aplicado em doenças cuja prevalência é inferior a 5% na população geral:
- Exemplo: Câncer de Pâncreas 0,63 (prevalência).
- * Sempre comparar expostos com não-expostos ao fator
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- Exemplos:
1) Câncer de Pâncreas e Uso de Bebida
F <—— D
Usa Bebida
Câncer de Pâncreas
Não Usa Bebida
Usa Bebida
Não tem câncer de Pâncreas
Não Usa Bebida
OR = 3,8 (IC 95%, 1,8 a 12)
Indica que os indivíduos que fazem uso de bebida alcóolica tem 38 vezes mais chance de 
desenvolver câncer de pâncreas quando comparado aos indivíduos que não fazem uso de bebida 
alcóolica. Cabe destacar que o OR foi significativo tendo em vista que não contemplou 1.
2) Câncer de Pâncreas e Atividade Física
F <—— D
Atividade
Câncer de Pâncreas
Não pratica atividade
Atividade
Não tem câncer de Pâncreas
Não pratica atividade
Indica que os indivíduos que praticam atividade física tem 20% menos chances de desenvolver 
câncer de pâncreas quando comparados aos que não praticam. Cabe destacar que o OR não foi 
significativo pois não contemplou 1.
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5.0 Testes diagnósticos
5.1 Diagnóstico
- Identificar ou confirmar a presença da doença;
- Categorizar adequadamente os indivíduos com ou sem sintomas pré-clínicos da doença;
- Exame diagnóstico: 
- Positivo:
 Sensibilidade e especificidade
- Negativo:
- Sensibilidade: Capacidade de um teste reconhecer os verdadeiros positivos (ou seja, 
capacidade do teste de detectar quem realmente tem a doença);
- VP/(VP+FN)
- *VP = verdadeiro positivo
- *FN = falso negativo
- Exemplo: 0,2 (baixo, muito pouco sensível)
- Especificidade: Capacidade de um teste de distinguir os verdadeiros negativos (ou seja, quem 
não tem a doença);
- VN/(VN+FP)
- *VN= verdadeiro negativo
- *FP= falso positivo
- O ponto de corte é 0,7 para indicar se é baixo específico ou sensível
5.2 Analizar Curva de Roc
- A curva é utilizada para identificar a sensibilidade e a especificidade de um teste diagnóstico. 
Quanto maior a área sob a curva, melhor a sensibilidade e especificidade do teste. Ou seja, 
quanto mais próxima a curva do ângulo superior esquerdo do gráfico, melhor a sensibilidade e 
melhor especificidade do teste;
**Atividade —> Diagnóstico de câncer de Próstata por PSA e Toque real
- Sensibilidade (PSA)
- VP (VP+FN) = 6/ (6+34) = 0,15 (baixa)
- Especificidade (PSA)
- VN/ (VN+FP) = 76/ (76+4) = 0,95 (alta)
Teste
Doença
+ -
+ VP FP
- FN VN
PSA
Toque Retal (Câncer De Próstata)
Total
+ -
+ 6 (a) 4 (b) 10
- 34 (c) 76 (d) 110
Total 40 80 120
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Os restultados obtidos por PSA apresentam baixo valor de sensibilidade (grande quantidade de 
falsos negativos). Em relação a especificidade, seu valor é elevado, por conseguinte, quando o 
PSA for julgado negativo, é bastante confiável o seu diagnóstico (de câncer de próstata)
**Exames excelentes: são quando se tem alta especificidade e sensibilidade
5.3 Valores Preditivos
- Valor Preditivo Positivo I (VPP);
- I) Proporção de pacientes com resultados verdadeiramente positivos (tanto no padrão ouro 
quanto no teste em avaliação) entre os diagnosticados como positivos;
- VPP = [Verdadeiro Positivo/ (Verdadeiro Positivo + Falso Positivo)] X100
- a/(a+b) = 0,6 (médio)
- Valor Preditivo Negativo II (VPN);
- II) Proporção de pacientes com resultados verdadeiramente negativos (tanto no padrão 
ouro quanto no teste em avaliação) entre os diagnosticados como negativos;
- VPN = [Verdadeiro negativo/ (Verdadeiro negativo + Falso negativo)] X100
- d/(c+d) = 0,69 (médio)
5.4 Acurácia
- Porcentagem da população dos casos positivos e negativos classificados corretamente;
- Acurácia = (VP + VN) / N
5.5 VP /VPN / Prevalência 
- A sensibilidade e especificidade não dependem da prevalência da doença. Já os valores 
preditivos dependem da prevalência da doença em estudo, conforme pode ser observado pelas 
equações abaixo
- Prevalência da doença (formula) = (a + c) / (a + b + c + d);
5.6 Razão e Verossimilhança
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5.7 Atividade
1) Avaliando-se 80 indivíduos, para diagnóstico de câncer de laringe, foram utilizados para 
diagnosticar os métodos: biópsia (padrão-ouro) e punção de linfonodo. Os dados constam na 
tabela abaixo
A) Sensibilidade: 45/(45+15)= 0,75
B) Especificidade: 15/(15+5) = 0,75
C) Valor Preditivo Positivo: 45/(45+5) = 0,9
D) Valor Preditivo Negativo: 15/(15+15) = 0,5
E) Acurácia: (45+15)/80 = 0,75
F) RV + : 0,75/1-0,75 = 3
6.0 Projeto de Pesquisa
- É uma intenção de estudo do pesquisador. Seu objetivo é responder a pergunta científica. É um 
dos documentos mais exigidos em sua vida acadêmica, profissional, sine qua non para 
qualquer pesquisa. Em síntese, não existe pesquisa sem antes ter sido construído um projeto 
de pesquisa e este ter sido submetido e aprovado por um comitê de ética em pesquisa. É 
apresentado em três capítulos: 1) Capítulo I: problema; 2) Capítulo II: revisão parcial da 
literatura; 3) Capitulo III: metodologia. No capítulo um o pesquisador deve apresentar a lacuna 
científica a ser investigada, ou seja, a pergunta científica a ser respondida e o referido projeto 
além de sua justificativa, ou seja, o porque que deseja investigar esta temática. Já no capítulo 
dois, o pesquisador deve apresentar as principais evidências científicas que nortearão a sua 
intenção de estudo, ou seja, o possível estado da arte do assunto a ser pesquisado. E no 
capítulo três, o pesquisador deve descrever o método que pretende empregar para responder a 
pergunta científica apresentada no capítulo um;
Capítulo I
- O PROBLEMA
1.1 Introdução
- Inicia-se com a contextualização do tema proposto e pode ser de natureza epidemiológica com 
dados estatísticos geralmente de grandes organizações ou instituições como a OMS, o 
Punção de Linfonodos
Biopsia
Total
+ -
+ 45 (a) - VP 5 (b) - FP 50
- 15 (c) - FN 15 (d)- VN 30
Total 60 20 80
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Ministério da Saúde, CDC, ou ainda, uma contextualização histórica descrevendo os primeiros 
estudos envolvendo o tema descrito no MEDLINE. Contudo, a mais utilizada hoje em dia pelos 
pesquisadores a definição de termos ou seja da temática a ser investigada. Este parágrafo tem 
por objetivo expor a relevância do assunto a ser pesquisado. Em projeto: de um a dois 
parágrafos; artigo: apenas um. Cabe destacar que qualquer afirmativa realizada em qualquer 
parte do projeto deverá estar apoiada em evidências científicas. 
- Em seguida, apresenta-se as fundamentações ou evidências científicas que nortearão a sua 
intenção de estudo, ou seja, os estudos já publicados e que investigar o mesmo assunto que 
pretende pesquisar. A qualidade da informação citado é um critério de desempenho. Só deve 
utilizar fontes primárias (artigos). Em projeto: de dois a quatro parágrafos; artigo, apenas dois. 
Em seguida deve se apresentar um dos aspectos mais relevantes da introdução, a lacuna 
científica, ou seja, a pergunta científica ser respondida juntamente com a justificativa que é o 
porque que deseja investigar tal temática.
- **Observação: em um artigo científico, o objetivo é apresentado logo a seguir, já em projeto de 
pesquisa apresentado em um tópico separado. Cabe destacar que o objetivo deve ser 
construído em cima da lacuna científica apresentada;
1.2 Definição de temas
- O pesquisador deve definir temas ou expressões importantes para compreensão do seu estudo 
e que não possuem um consenso perante a comunidade científica. São geralmente as palavras 
chaves do estudo. É a única parte do projeto em que se utiliza a citação ipsis litteris (ver 
modelos light) a qualidade da informação é imprescindível;
1.3 Objetivos de Estudo
- Deve ser apresentado sob a forma geral específica. Devendo existir um parágrafo introdutório 
apresentando os tópicos;
- Exemplo: os objetivos do presente projeto de pesquisa serão apresentados sobre a forma geral 
específica;
1.3.1 Objetivo Geral
- Deve ser apresentado de forma abrangente contendo foco do estudo, população e região; 
- Exemplo: investigar a prevalência da desnutrição infantil em crianças de zero a seis anos 
atendidos em unidades de atenção primária à saúde de juiz de fora;
1.3.2 Objetivos Específicos
- Devem derivar do objetivo geral, sendo que o primeiro objetivo específico reflita de forma direta 
objetivo geral. Deve ser apresentado em ordem numérica e não deve entrar passar a três 
objetivos específicos;
- Exemplos:
- 1) Investigar a prevalência da desnutrição infantil de crianças de zero a seis anos;
- 2) Analisar a prevalência da desnutrição infantil em função do gênero, idade e escolaridade 
dos pais. 
- **Observação: Verbos a serem ver utilizados: investigar, comparar, analisar, testar, 
diagnosticar; 
1.4 Identificação das Variáveis
- O pesquisador deve identificar a variável independente e dependente de seu estudo;
- Exemplo: O presente projeto de pesquisa possui como uma variável independente… e variável 
dependente…
1.5 Justificativa do Estudo
- É um dos tópicos mais importantes do capítulo I, é nele que o pesquisador irá apresentar de 
forma sistematizada e detalhada a importância e necessidade de sua pesquisa. A justificativa 
deve ser construída em cima da lacuna científica apresentada. É analisado nesse tópico a 
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clareza, o poder de argumentação, o raciocínio lógico e, em especial, a redação científica. No 
mínimo uma lauda e meia (folha). Deve ter início, meio e fim. Geralmente não se utiliza citação. 
O último parágrafo deve possuir a seguinte redação:
- Em face ao exposto, justifica-se o presente projeto de pesquisa tendo em vista que o 
mesmo poderá contribuir de forma importante para… . Deve se enfatizar que o presente 
projeto poderá contribuir de forma relevante não só para comunidade científica mas 
também para sociedade como um todo;
1.6 Relevância
- Hoje em dia não é exigido. A relevância é a contribuição esperada com seu estudo. A priori já 
apresentado no tópico anterior
1.7 Delimitação de Estudo
Neste tópico, o pesquisador deve estabelecer as fronteiras de sua pesquisa, como por exemplo: 
área regional, sexo, faixa etária, característica dos indivíduos que serão avaliados, período de 
duração da pesquisa, dentre outros aspectos igualmente relevantes;
**Ver modelo nos slides**
1.8 Limitação do estudo
Neste tópico são apresentadas as possíveis variáveis intervenientes, ou seja, aquelas que podem 
prejudicar a interpretação dos resultados de um estudo. Estão entre a variável independente e a 
dependente, geralmente, não são passíveis de controle pelo pesquisador. Exemplo: o referido 
estudo pode ser afetado por algumas variáveis intervenientes, dentre as quais poderão se 
destacar: contudo, todo o possível será desempenhado para minimizar os possíveis efeitos desta 
as variáveis sobre interpretação dos resultados;
1.9 Pressuposto Teórico
Neste tópico são apresentadas as principais evidências científicas que nortearam a sua 
intenção de estudo, ou seja, estudo já publicados sobre o mesmo assunto que você pretende 
investigar e que dão a você sustentação para conduzir a sua pesquisa. A qualidade da 
informação é um critério de desempenho nesse tópico. Cuidado para não gastar tudo sua 
revisão de literatura, tendo em vista que existe um capítulo específico para esse item (de 4 
laudas).
1.10 Questões a investigar
Você deve transformar os objetivos específicos apresentados em perguntas. Devem ser 
numeradas. Exemplo:
1) Qual a prevalência da DI nas crianças de 0 a 6 anos?;
2) A prevalência de DI em crianças de 0 a 6 anos varia em função da idade, gênero e 
escolaridade dos pais?;
1.11 Hipóteses do Estudo** 
 As hipóteses do presente estudo serão apresentados sob a forma de hipótese substantiva e 
estatística
1.11.1 Hipótese substantiva
É a possível resposta ao objetivo geral apresentado. Exemplo: espera-se que haja uma elevada 
prevalência da DI em crianças de zero a seis anos atendidas em uma UAPS da cidade de juiz de 
fora
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1.11.2 Hipóteses estatísticas
Para cada objetivo específico teremos duas hipóteses a serem testados. Uma hipótese afirmativa 
(H1) e nula (H01), ambas serão colocadas a prova estatística para se conhecer qual é a 
verdadeira. Caso H1 seja a verdadeira você estará automaticamente rejeitando anula sendo a 
recíproca verdadeira.
Exemplo:
H1 —> Haverá uma elevada prevalência da DI em crianças de zero a seis anos. Aceitar-se-á o 
nível de significância de P<0,05 Como critério de aceitação;
H01 —> não haverá uma elevada prevalência da DI em crianças de zero a seis anos. Aceitar-se-á 
o nível de significância de P>0,05 Como critério de rejeição.;
H2 —> A prevalência da DI irá variar em função da idade, gênero e escolaridade dos pais em 
crianças de zero a seis anos. Aceitar-se-á o nível de significância P<0,05 como critério de 
aceitação
H02 —> A prevalência da desnutrição infantil não irá variar em função da idade, gênero e 
escolaridade dos pais em crianças de 0 a 6 anos. Aceitar-se-á o nível de significância de P>0,05 
Como critério de rejeição.
Capítulo II
2 - REVISÃO PARCIAL DA LITERATURA
Capítulo III
3 - METODOLOGIA
- É um dos capítulos mais importantes de um projeto de pesquisa, é nele que o pesquisador irá 
apresentar o método que pretende utilizar para responder sua pergunta científica. Nenhum 
projeto pode ser executado sem antes ter sido submetido e aprovado a um comitê de ética em 
pesquisa, além de ter sido realizado um projeto piloto (testar o método proposto em pequena 
parte de sua amostra e ver se é viável ou não). O projeto piloto tem por objetivo testar o método 
proposto em uma pequena parte da mostra. O projeto piloto possibilita os seguintes aspectos: 
investigar se o projeto é viável sob o pontode vista operacional e financeiro, além de se 
verificar potenciais, riscos e/ou benefícios, familiarização com protocolo além de otimizar o 
custo e o tempo.
3.1 Modelo de Estudo**
- O modelo de estudo do presente projeto de pesquisa será apresentado sob a forma de tipologia 
e delineamento do estudo;
3.1.1 Tipologia do Estudo
- O pesquisador deve enquadrar seu quanto à natureza e tipologia em função do objetivo 
proposto. 
- Exemplo: O presente projeto de pesquisa enquadra-se em uma natureza descritiva do tipo 
transversal tendo em vista que o objetivo é investigar a prevalência da DI (desnutrição 
infantil) em crianças de zero a seis anos
3.1.2 Delineamento do estudo
- Deve apresentar em uma figura o Design do estudo conforme apresentado no item anterior.
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- Exemplo: O delineamento do referido estudo pode ser observado na figura 1.
3.2 Seleção dos Sujeitos**
- O pesquisador deve especificar qual o tipo de amostragem irá adotar em seu estudo. 
- Exemplo: Será utilizado amostragem do tipo não-probabilística respeitando os critérios de 
inclusão e exclusão apresentados a seguir. Todos os sujeitos deverão ler e assinar o termo 
de compromisso livre esclarecido antes de participar como voluntário do presente estudo 
conforme a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.
3.2.1 Critérios de Inclusão
- São os critérios que os sujeitos da pesquisa devem preencher para participar como voluntário 
da pesquisa (revisão da literatura).
- Deve estar em consonância com o subtópico delineamento do estudo
3.2.2 Critérios de exclusão
- São aqueles critérios-se que os os indivíduos não podem preencher tendo em vista que os 
mesmos poderão prejudicar a interpretação dos resultados ou ainda mascarar os efeitos do 
tratamento;
- Exemplo: uso de alguns medicamentos, doenças associadas.
**Observação: Questionário/Entrevista são instrumentos de pesquisa e como tal devem ser 
validados antes de ser utilizados.
3.3 Procedimento experimental ou Procedimento de Análise dos Dados**
- Caso o estudo seja de natureza experimental utiliza-se o primeiro título. Caso seja de natureza descritiva 
o segundo. É um dos tópicos mais importantes do capítulo três, é nele que o pesquisador irá descrever 
de forma detalhada e sistematizada como pretende realizar seu estudo, desde o primeiro contato com 
amostra até o último procedimento.
- Deve explicar como irá analisar seus dados em função do objetivo proposto e a tipologia do estudo.
3.4 Instrumentação
- O pesquisador deve apresentar os instrumentos ou protocolos que serão utilizados para coletar os dados. 
Caso utiliza equipamentos, apresentar marca, modelo, país fabricação e precisão. Só podem ser 
utilizados teste do protocolos previamente validados para aquela situação clínica que deseja investigar e 
para aquela população. Para tanto, construa uma frase no medline da seguinte forma: 
- "teste a ser utilizado" AND "situação clínica" AND "população". 
- Exemplo: Elisa AND AIDS AND indivíduos adultos. 
- Quanto mais estudos foram encontrados maior aplicação desse teste para avaliar a situação clínica 
investigada nessa população. Caso você utilize um teste não validado, todo seu estudo estará 
invalidado. Não se esquecer de observar a fidedignidade do teste. Usa-se o teste ou protocolo para se 
obter uma medida para se realizar uma avaliação, que é uma interpretação ou julgamento a partir de 
um critério predeterminado.
- Validade ou acuracia (*** PROVA): É quando um teste mede o que se propõe a medir. Geralmente os 
resultados do teste propostos são confrontados com gold standard (ou padrão ouro). Reconhecido pela 
comunidade científica. 
- Exemplo: Kit gravidez VS exame de sangue beta HCG
- Fidedignidade é a reprodutibilidade dos resultados de um teste 
- Fidedignidade = precisão
3.5 Coleta de Dados
- O pesquisador deve informar como, onde, quem e quando serão aplicados os instrumentos de pesquisa.
- Devem ser na forma dissertativa e não em tópicos.
3.6 Tratamento estatístico
- O pesquisador deve informar quais os testes estatísticos serão empregados para analisar os resultados 
coletados além do nível de significância que será adotado e o pacote estatístico;
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3.7 Cronograma**
- Deve ser apresentado em um quadro contendo a ação a ser desempenhada;
- Exemplo: revisão da literatura, submissão ao comitê de ética, projeto piloto, submissão ao CEP, etc
3.8 Material e Orçamento
3.8.1 Material necessário e custos
- Deve ser apresentado em uma tabela contendo com linea o material a ser adquirido e o material já 
existente e as colunas. Material, quantidade, valor unitário e total.
3.8.2 Cronograma físico e financeiro
- Deve apresentar como será liberado os recursos em função das tarefas a ser desempenhadas.
3.9 Pessoal
- Deve informar os profissionais e pesquisadores que estarão envolvidos no projeto. Devem também 
constar se são voluntários ou não. Caso não, deve constar no item 3.8.1.
- Observação: a parte pré textual envolvendo a folha de rosto está disponível no site
7.0 Teste em paralelo ou em série
- Teste em paralelo: é utilizado em serviço de emergência quando dois ou mais testes são realizados e 
qualquer resultado positivo identifica o caso.
- O teste paralelo tem por objetivo aumentar a sensibilidade. O resultado positivo de um dos testes 
resulta em positivo para triagem. Os resultados negativos da triagem para os testes em paralelo 
somente serão considerados se os dois derem negativo. 
- Testes em série: Devem ser utilizados nas enfermarias ou em ambulatórios. A testagem em série 
significa que o primeiro teste é realizado e se o resultado for positivo o segundo teste é realizado e assim 
por diante. Um segundo teste só será realizado o seu primeiro der positivo tem por objetivo aumentar a 
especificidade;
7.1 Análise do estudo quanto ao objetivo
- Estudos de etiologia: estão interessados em investigar as causas da doença;
- Estudos de prevenção: interessado em prevenir determinada condição ou desfecho;
- Estudos de tratamento: interessado em estudar tratamentos de doenças;
- Estudos de prognóstico: Estudar a evolução da doença;
- Estudos de acurácia: Validação de um teste ou protocolo;
- Estudos de diagnóstico: aplicação de um protocolo ou teste;
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7.2 Estudos Ecológicos
- São os estudos realizados se comparando a frequência da doença em diferentes populações. 
Geralmente utiliza cidades fornecidos pelo IBGE, OMS, DATA SUS. A análise do estudo está 
focado na população e não no indivíduo;
- Exemplo: DI escolaridade dos pais em diferentes municípios.
7.3 Número necessário para tratar (NNT)
- Essa medida representa o número de pacientes que se precisa tratar para previnir um desfecho 
indesejado. 
- Exemplo: morte, doença arterial coronariana , câncer;
- Exemplo: NNT= 25. Temos que tratar 25 para salvar 1.
- Obviamente que o NNT ideal seria 1 na tomada de decisão clínica. Você deve levar em 
consideração: os custos do tratamento, os desconfortos ou inconvenientes e o risco da terapia 
em função do desfecho analisado. Análise do NNT em função do desfecho
Impacto do Tratamento
Óbito Eventos Não fatais
NNT < 25 Muito grande Grande
NNT 25 - 50 Grande Moderado
NNT 50 - 100 Moderado Pequeno
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