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Petições Penais de Defesa Maerterlin Camarço Lima 2014

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MAETERLIN CAMARÇO LIMA
Graduado em direito em 1982, pela Faculdade de 
Direiro de Anápolis-GO. (UNIEVANGELICA).
Pós Graduação em Processo Penal (UFG), ex-professor de Processo Penal da UNIEVANGÉLICA, participou de vários 
congressos como palestrante em matéria de Direito Penal e Processo Penal. 
Advogado militante na área criminal desde 1982, 
atuou em vários processos de repercução nacional, inclusive, 
oito deles foram tema do programa Linha Direta da Rede Globo.
PETIÇÕES PENAIS
DE DEFESA
3ª Edição 
Leme - SP 
2014
Defesa Preliminar - Crime de Concussão - Praticado Por 
Funcionário Público
EXMA. SRA. DRA. JUIZA DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA CRIMINAL DE _____.
Protocolo ............. 
..........................., ........................... e ..........................., já qualificados, nos autos da ação 
penal, em epígrafe, que lhe movem a Justiça Pública, via de seus defensores in fine assinados, 
(m.j.), permissa máxima vênia, vêm perante a conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, 
nos termos do art. 396-A, do Código de Processo Penal, tempestivamente, apresentar
DEFESA PRELIMINAR
face aos fatos e fundamentos a seguir perfilados:
Os Acusados, ora Defendentes, foram denunciado sob a suposta prática do ilícito penal 
inserto nas normas incriminadoras dos arts. 316 do Código Penal Brasileiro, citados 
regularmente, instados a se pronunciarem ao tempo do art. 396-A, manifestam-se conforme os 
fatos e fundamentos a seguir perfilados:
Embora o ordenamento ritualístico adotado pela Lei 11.719/2008, que alterou o 
procedimento processual do Código de Processo Penal estabelecendo no art. 396: “Na resposta, o 
acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer 
documentos e justificações...”. 
Na realidade, a modificação imposta pelo novo ordenamento jurídico, possui efeito prático 
insípido e placébico, uma vez que a investigação engendrada pelo MP substitutiva do Inquérito 
Policial, pela sua própria essência inquisitorial, parcial e unilateral, raríssimas vezes produzirá 
matéria ou elementos capazes de embasar eventual tese defensória, levando-se em conta que o 
indiciado não representa, ali, uma entidade apta a exercer qualquer atividade de defesa e 
produzir eventual prova que lhe favoreça na presente fase alborial defensiva, com força ou 
eficácia de provocar a absolvição sumária prevista no art. 397, do mesmo Codex. Tanto é verdade 
que o inquérito policial, continua tendo como primacial objetivo: a formação do opinio delicti.
Como bem pontuou, a defesa técnica dos acusados em sua “resposta escrita” tecida 
alhures, sob o pálio do art. 514, do CPP, tanto aquela como esta defesa preliminar são 
improducentes, estéreis e inoperantes, pois o presente processo já tem o juízo eivado pela 
parcialidade vez que em seu pronunciamento na decisão que aplicou a medida cautelar de 
afastamento das funções públicas, (com o caráter de adiantamento de pena), tornou-se patente e 
indisfarçável um velado prejulgamento favorável à pretensão do Ministério Público deduzida na 
exordial acusatória. 
Assim sendo, a presente fase processual é de efeito meramente formal e sem sentido de ser 
diante do estado de prevenção já demonstrado pelo órgão judicante, no alvorecer da instrução 
criminal 
Como já dito, e o tempo já vem demonstrando, a maioria esmagadora das alegações 
preliminares, continuará tendo o mesmo efeito placébico da inofensiva e improducente defesa 
prévia de antigamente, com caráter meramente formal e não substancial, ausente de conteúdo de 
mérito, com a única finalidade de enfrentar eventuais questões processuais aberratórias e 
arrolar testemunhas, pois, como no caso em apreço, o procedimento seguirá o seu caminho até a 
sentença final ficando o art. 397 e seus incisos como figura decorativa no CPP.
Neste prisma resta evidente que a absolvição sumária prevista, no artigo 397, do CPP, na 
prática, é utópica e inalcançável, configura letra morta no texto legal, metaforicamente: é como 
uma “estrela na testa da mula sem cabeça”.
Esta afirmação se baseia na experiência do dia-a-dia no foro, que de forma majoritaríssima, 
existe a presunção de culpa exagerada e a aversão hiperbólica dos órgãos judicantes, à pessoa do 
imputado, além da ênfase dada opinião pública e na maioria das vezes pela mídia, antecipando 
um julgamento e criando indiscutível clima de prévia condenação. 
Em conclusão e tão somente por imposição legal, a defesa pugna pelo reconhecimento da 
improcedência dos fatos narrados na denúncia, atribuídos ao Acusado.
Apresenta em anexo o respectivo rol de testemunhas ressaltando que todos os depoimentos 
ficam gravados pelo caráter de imprescindibilidade, como forma de tornar efetiva e plena a 
garantia da ampla defesa e do devido processo legal incrustadas no inciso LIV e LV da 
Constituição Federal, protestando pela produção de todas provas em direito permitidas por 
ocasião da audiência de instrução e julgamento, caso ocorra o referido ato processual.
Pede deferimento.
Local e Data
____________________
OAB-GO 
Exceção de Litispendência 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA QUARTA VARA DE ENTORPECENTES DE _____.
Protocolo nº .....................
....................................., brasileiro, solteiro, auxiliar administrativo, natural de ............., 
RG ............., CPF ............. residente na Rua ............., Bairro da ............., Anápolis-GO via de seus 
advogados in fine assinados, permissa máxima vênia, vem perante a conspícua e preclara 
presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 95 e seguintes do Código de Processo Penal, 
argüir 
EXCEÇÃO DE LITISPENDÊNCIA
face aos fatos, razões fundamentos a seguir perfilados:
DOS FATOS
1. O Opoente, responde a presente ação penal, em epígrafe, perante este juízo, como 
incurso nas penas do artigo 35, caput da Lei nº 11.343/2006, relativa a fato ocorrido entre os 
meses de janeiro e junho de 2012, referente ao Auto de Prisão em Flagrante que serviu de base 
para a denúncia destes autos, porém o mesmo fato já foi objeto de ADITAMENTO DE 
DENÚNCIA editado em 4/07/2012, empolgado pelo Ministério Público às fls.195 (doc.04) da 
Ação Penal nº 2012.01.1.082010-7, já em andamento por este foro, ocorrendo o fenômeno da 
LITISPENDÊNCIA, conforme cópia da documentação em apenso (doc.01/03).
2. No caso em apreço, há identidade das partes inclusive com a mesma quantidade de 
droga apreendida constituindo a presente Ação Penal notório bis in idem vez que já tramita 
contra o mesmo réu Ação Penal versando sobre o mesmo fato, devendo, por imperativo legal, a 
presente Ação Penal ser extinta sem julgamento do mérito.
3. A doutrina mais abalizada no assunto, no magistério de Guilherme de Souza Nucci, 
ensina que a litispendência “está caracterizada a partir do ajuizamento da segunda demanda, 
sendo prescindível a citação do réu, pois o Código de Processo Penal silenciou a esse respeito, 
sendo admissível supor que, havendo dois processos em trâmite contra o mesmo réu um deles 
deve ser extinto - com ou sem citação válida.” 1
 4. Segundo se constata da versão trazida à baila, o Excipiente está sendo alvo de duas 
ações penais, objetivando elucidar os mesmos fatos possuindo, ainda, a mesma causa de pedir, 
embora com análises, quanto a tipificação penal divergentes, por parte das Acusações Oficiais.
5. Pela simples leitura das denúncias e do aditamento, é de fácil constatação que o 
Excipiente está sendo duplamente processado pelos mesmos fatos e com idênticas causas de 
pedir, já que fora denunciado nos autos .............tramitando por este mesmo Juízo.EX POSITIS,
Requer, o Excipiente, nos termos da legislação processual pertinente, seja a presente 
exceção recebida, e após ouvido o ilustre representante do Ministério Público, julgada 
procedente, reconhecendo a ocorrência da LITISPENDENCIA, determinando a extinção do 
processo sem julgamento do mérito e via de conseqüência determinando seu arquivamento com 
relação ao Acusado ............., ora Opoente, pois desta forma Vossa Excelência estará 
restabelecendo o império da Lei, do Direito e da JUSTIÇA.
Nestes termos
Pede deferimento.
Local e Data 
__________________ 
OAB-GO
Resposta Escrita - Crime Praticado Por Funcionário Público - 
Procedimento Especial
EXMA. SRA. DRA. JUIZA DE DIREITO DA TERCEIRA vara CRIMINAL DE ________.
Protocolo:
..............................., ................ ................ E ................, já qualificados, nos autos da ação 
penal, em epígrafe, que lhe movem a Justiça Pública, via de seus defensores in fine assinados, 
(m.j.), permissa máxima vênia, vêm perante a conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, 
nos termos do art. 514, do Código de Processo Penal, tempestivamente, apresentar
RESPOSTA ESCRITA
face aos fatos e fundamentos a seguir perfilados:
O Ministério Público manejou denúncia em face da pessoa dos Denunciados, sob o 
pretexto da eventual existência de conduta subsumível na norma incriminadora do art. 316 do 
Código Penal.
Em razão de serem os Denunciados servidores públicos integrantes da Polícia Civil do 
Estado de Goiás, o procedimento é cadenciado pelo rito processual destinado à apuração dos 
crimes praticados por funcionários públicos na previsão do art. 513 e seguintes do CPP.
A presente fase etiquetada de “resposta escrita” é de toda inútil e sem razão de existir pela 
inocuidade de seus efeitos e consequências pro defesa dos imputados - tanto que é de eleição 
facultativa.
O acervo probatório erigido na investigação efetivada pela Corregedoria da Polícia Civil, só 
atende aos interesses da Acusação Oficial. Sendo que, todo elemento de prova capaz de subsidiar 
argumento favorável à defesa dos investigados não foi carreado para os autos.
A supracitada investigação, pela própria essência unilateral, jamais produziria matéria ou 
elemento capazes de embasar eventual tese defensória, levando-se em conta que os investigados 
não representam, ali, uma entidade apta a exercer qualquer atividade de defesa e construir casual 
prova que lhes favoreça na presente fase pré processual da presente ação penal, com força de 
evitar o recebimento da denúncia.
Então, a presente “resposta escrita” é placébica, insípida e sem conteúdo que em nada 
socorre o interesse da defesa dos Denunciados, constituindo mero formalismo inócuo que 
antecederá o despacho de recebimento da denúncia alhures anunciado pelo posicionamento 
judicial já delineado na fase inquisitiva com a imposição de medida cautelar alternativa de 
afastamento das funções de policiais civis.
Em respeito ao imperativo da Súmula 523 do Supremo Tribunal Federal 1, cominada com 
inciso LV da Constituição Federal2, protesta a Defesa dos Denunciados, seja recebida a presente 
“Resposta Escrita”, vez que própria e tempestiva, dando-lhe provimento para rejeitar a denúncia 
de fls., nos termos do art. 516 do CPP, uma vez provada a inexistência de crime, julgando 
improcedente a pretensão deduzida na exordial acusatória.
Pede Deferimento.
Local e data.
______________________ 
 OAB
Alegações Preliminares com Pedido de Exame de DNA - Estupro de 
Vulnerável 
EXMA. SRA. DRA. JUÍZA DE DIREITO DA ............. VARA CRIMINAL DE ....................
PROTOCOLO Nº .......................
Alegações Preliminares 
................., já qualificado, nos autos da ação penal, em epígrafe, que lhe move a justiça 
pública desta comarca, via de seu defensor in fine assinado, permissa máxima vênia, vem 
perante a conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 396-A, do 
Código de Processo Penal, com a nova redaçãoque lhe deu a Lei 11.719/2008, tempestivamente 
apresentar
ALEGAÇÕES INICIAIS DE DEFESA,
contestando, peremptoriamente, a veracidade dos fatos contidos na denúncia de fls........, 
protestando em apreciar o meritum causae, oportunamente na fase do artigo 403, do mesmo 
Códex, indicando, em apenso, o rol de testemunhas, que deverão depor em juízo, gravadas pelo 
caráter de imprescindibilidade.
Requer, ainda, que se proceda com urgência, exame de DNA entre o Acusado, a vítima e o 
nascituro, como forma de determinar se há vínculo genético de paternidade.
LOCAL, DATA
_______________
OAB
Alegações Iniciais ou Defesa Preliminar com Pedido de Suspensão 
do Processo
EXMA. SRA. DRA. JUÍZA DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA CRIMINAL DE ...........
Protocolo ..........
Alegações Iniciais de Defesa
........................, já qualificada, nos autos da ação penal, em epígrafe, que lhe move a 
justiça pública desta comarca, via de seu defensor in fine assinado, (m.j.), permissa máxima 
vênia, vem perante a conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 
396-A, do Código de Processo Penal, tempestivamente apresentar
DEFESA PRELIMINAR,
contestando, peremptoriamente, a veracidade dos fatos contidos na denúncia de fls. ...... 
protestando em apreciar o meritum causae, oportunamente na fase do artigo 403, do mesmo 
Códex, indicando, em apenso, o rol de testemunhas, que deverão depor em juízo, gravadas pelo 
caráter de imprescindibilidade, e aduzindo em preliminar, o seguinte:
1. O delito apontado na exordial acusatória está dentro do elenco daqueles que comportam 
o benefício previsto no art. 89, da Lei nº 9.099/95, sendo imperioso que o Ministério Público 
manifeste acerca da proposta de suspensão condicional do processo, vez que a Acusada 
preenche todos requisitos para usufruir da referida benesse legal.
Isto posto, requer seja dado vistas dos autos ao Ilustre Representante do Parquet, para 
manifestar sobre a possibilidade de oferecer proposta de suspensão do processo nos termos do 
dispositivo retro apontado.
Pede deferimento.
___________________
OAB
Alegações Iniciais – Justiça Militar
EXMA. SRA. DRA. JUÍZA-AUDITORA DA AUDITORIA DA ....º CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA 
MILITAR.
Deserção nº .................
......................, já qualificado nos autos da Ação penal, em epígrafe, que lhe move a Justiça 
Militar desta CJM, via de seu Advogado, in fine assinado, premissa máxima vênia vem perante a 
conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, tempestivamente, sob o comando normativo 
do § 4º, do art. 457 do Código de Processo Penal Militar, apresentar em o rol de testemunhas em 
apenso, cujos depoimentos ficam gravados pelo caráter de imprescindibilidade, oferecer a 
inclusa prova documental, requerendo sua juntada aos autos.
Pede deferimento.
Local, data
_________________
OAB
Alegações Iniciais com Pedido de Absolvição Sumária – 
Falsificação de Documento Grosseira 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE ...........
Ação Penal Nº ............
Defesa Preliminar
...................., já qualificado, nos autos da ação penal, em epígrafe, 
que lhe move a justiça pública desta comarca, via de seu defensor in fine assinado, permissa 
máxima vênia, vem perante a conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, nos termos do 
artigo 396, do Código de Processo Penal, com a nova redação que lhe deu a Lei 11.719/2008, 
tempestivamente apresentar
ALEGAÇÕES INICIAIS DE DEFESA,
face aos fatos e fundamentos a seguir expostos:
PRELIMINARMENTE
Embora a exordial tenha descrito fato, que in tese, amoldável ao tipo penal inserto noartigo 
297 do nosso Estatuto Repressivo Penal, verifica-se que a “rasura ou falsificação”, foi detectada 
pela Senhora Escrivã a vista desarmada em face da forma grosseira com que a alteração foi 
realizada, não restando assim, configurada lesão sequer à fé pública, pois a falsidade da 
documentação foi suspeitada e atestada sem maiores problemas, o que comprova a fragilidade do 
meio iludente empregado, neste caso, deve ser aplicado o princípio da insignificância ou 
bagatela, para excluir-se a tipicidade penal. 
É nesse diapasão que acena o Direito Penal moderno e nossa jurisprudência vem 
preconizando seu entendimento conforme o seguintes arestos:
“USO DE DOCUMENTO FALSO – FALSIFICAÇÃO GROSSEIRA, PERCEPTÍVEL A OLHO NU 
– Fato atípico. Sentença absolutória mantida. (TJRS – ACR 70001827393 – 5ª C.Crim. – Rel. 
Des. Paulo Moacir de Aguiar Vieira – J. 16.05.2001)”
“FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO – DELITO NÃO CARACTERIZADO – 
ADVOGADO QUE RASURA DATA DA CERTIDÃO LAVRADA PELO ESCRIVÃO JUDICIAL 
CERTIFICANDO A SUA INTIMAÇÃO, DO TEOR DA SENTENÇA EXARADA EM AUTOS DE 
EMBARGOS À EXECUÇÃO, COMO FORMA DE TORNAR TEMPESTIVO O RECURSO DE 
APELAÇÃO – ALTERAÇÃO DE PRONTO PERCEBIDA PELO MAGISTRADO – AUSÊNCIA DE 
PREJUÍZO E DANO POTENCIAL – DECISÃO REFORMADA – “Se a deturpação é de natureza 
tal que pode ser facilmente percebida, o procedimento do falsário não atinge as culminâncias 
do ilícito penal. O falso punível é só aquele que ilude os sentidos, ou a inteligência, ou que 
tem qualidades de semelhança com o original, capazes de produzir tal resultado tomado por 
padrão o senso crítico do homem mediano. O falsário a quem falta habilidade para enganar o 
observador desprevenido é um malfeitor malogrado, dotado de “malvagi intenizone”, mas 
indiferente para o direito penal, que o não considera um violador da fé pública; ou, em 
verdade, não é um falsário evidenciando no desmazelo da falsificação a ausência do “animus” 
criminoso essencial aos crimes de falsidade” (RT 329204 e RF 206312). (TJSC – ACr 
98.006763-4 – SC – 2ª C.Crim. Rel. Des. José Roberge – J. 11.08.1998)”
“USO DE DOCUMENTO FALSO – FALSIFICAÇÃO GROSSEIRA – DESCARACTERIZAÇÃO – 
APELAÇÃO PROVIDA PARA ABSOLVER O RÉU – Se a deturpação da cnh era de natureza tal 
que podia ser facilmente percebida, o seu uso não configura crime. (TJPR – ACr 0105180-5 – 
(13078) – 2ª C.Crim. – Rel. Des. Carlos Hoffmann – DJPR 21.05.2001)”
Todavia, excelência, sem adentrar ao campo de eventual reprovabilidade moral da conduta 
narrada na denúncia, indubitável é a não configuração de gravame a fé pública e a inexistência 
de prejuízo de qualquer magnitude para outrem, e, sendo assim, considerada irrelevante a lesão 
ao objeto da norma penal, não se reveste a conduta da qualificação necessária à incidência da 
repressão estatal. A ocorrência do princípio da insignificância jurídica retira a tipicidade da 
conduta.
Sendo assim, é plausível a conclusão de que, se o fato não acarretou uma ofensa de certa 
magnitude ao bem jurídico protegido, para que se possa concluir por um juízo positivo de 
tipicidade, é imperioso o reconhecimento da ocorrência de circunstância excludente da 
tipicidade penal, caracterizada pelo Princípio da Insignificância das condutas anti-sociais 
narrada na denúncia, com a conseqüente reforma do despacho de recebimento da peça exordial.
EX POSITIS,
Espera, o Acusado, sejam as presentes alegações iniciais recebidas, por próprias e 
tempestivas, absolvendo-o sumariamente, determinando-se o arquivamento do feito pelo 
reconhecimento da atipicidade do fato, sob o pálio do Princípio da Insignificância, nos termos do 
artigo 397, III, do Código de Processo Penal, pois desta forma Vossa Excelência estará editando 
decisão amparada nos mais lídimos princípios do Direito e da Justiça.
Pede deferimento.
Local, data.
___________________
OAB
Defesa na Corregedoria de Polícia Civil 
EXMA. SRA. DRA. DELEGADA CORREGEDORA DA SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍCIA 
DE............. .
DD. DRA . .........................
Sindicância Policial nº ................
 ................................... e ............................................, policiais civis, já qualificados 
nos autos da Sindicância Policial em epígrafe, adiante assinados, aqui nominados de Primeiro e 
Segundo Sindicado respectivamente, vem perante a honrosa presença de Vossa Excelência, em 
atendimento ao r. despacho de fls. ......, apresentar defesa, face aos fatos, razões fundamentos 
adiante alinhados:
Os fatos narrados na portaria de fls..........., não ocorreram da forma ali descrita, haja vista 
que não houve qualquer ameaça a funcionários ou atendentes do hospital como descreveram as 
pessoas ouvidas por esta, Egrégia Corregedoria.
No dia ............................, os Sindicados realmente estiveram no Hospital 
Evangélico ............. para dar socorro a uma amiga da família que se encontravam em estado 
comatoso, conforme mencionado no resumo clínico inserto na Guia de Tratamento Ambulatorial 
de fls. ...., e a situação era desesperadora em face de gravidade em se apresentava a paciente 
tendo o Primeiro Sindicado, ............... suplicado aos atendentes que atendessem a paciente com 
urgência, sem contudo ser atendido de imediato em razão de formalidades, tendo naquele 
instante o referido sindicado afirmado que dispunha de numerário suficiente para pagar as 
despesas do atendimento, o que foi feito através de dinheiro e cheque.
Mesmo afirmando dispor de dinheiro para o pagamento, e diante do quadro grave que se 
encontrava ......................, os funcionários do referido nosocômio protelavam o atendimento 
provocando desespero do Primeiro Sindicado, que exasperou com os mesmos apenas com 
palavras sem em nenhum momento se servir da qualidade de policial ou fazer uso da arma que 
portava discretamente sob a camisa.
Conforme depoimentos dos policiais militares de fls. ....... percebe-se que nenhum deles 
afirma que o Primeiro Sindicado estivesse portando arma ostensivamente, e seu estado de ânimo 
era em decorrência da flagrante omissão de socorro por parte dos funcionários do hospital que se 
mostraram indiferentes com a possibilidade de ocorrer óbito da paciente em questão, além do 
que estavam sóbrios.
Se porventura tivesse havido por parte do Primeiro Sindicado eventual transbordamento 
em seu agir, teria sido em função da situação crítica em que encontrava face estar presenciando 
uma pessoa de seu relacionamento definhando em sua existência diante da insensibilidade e 
menosprezo por parte dos funcionários ali presente, porém em nenhum momento agrediu ou 
exibiu arma para quem quer que seja além do que pagou integralmente pelos serviços prestados. 
Registre-se que o próprio funcionário ......... as fls...... afirma que não fornecem recibo ou nota 
fiscal aos pacientes e que somente poderia faze-lo no dia seguinte.
Por outro lado, é oportuno salientar que no Hospital Evangélico de ..............., é comum a 
ocorrência de omissão de socorro como demonstram as cópias do TCO ....... e Boletim de 
Ocorrência nº ......., em a penso, sendo que no primeiro caso a negligência e descaso no 
atendimento por parte dos funcionários e médicos do hospital ocasionaram a morte do 
Sr..................................., logo, percebe-se que a versão apresentada pelos atendentes não possui a 
credibilidade suficiente para, por si só, nortear um juízo de valor em detrimento das pessoas do 
Sindicados.
Verifica-se, ainda que coincidentemente o médico apontado com autor da omissão de 
socorro constante do TCO nº ........, é o mesmo que atendeu a paciente .........................por 
ocasião dos fatos objeto da presente sindicância, vindo a demonstrar que a versão apresentada 
pelos Sindicados é mais consentânea com a verdade.
A estória manipulada pelos funcionários do hospital nada mais representa do que uma 
forma de justificar a desídia, incúria e negligência no atendimento da paciente conduzida pelo 
Primeiro Sindicado, cuja reação foi natural ante o iminente óbito que ocorreria caso não fosse 
atendida com extrema urgência. 
Como demonstram as provas coligidas, o Segundo Sindicado não praticou qualquer ato 
configurativo de eventual transgressão disciplinar devendo ser excluído do pólo passivo do 
presente procedimento administrativo, principalmente quando dos depoimentos dos 
funcionários do hospital em nenhum momento há menção de qualquer conduta imprópria 
atribuída a sua pessoa.
Finalmente, Excelência, há de se ressaltar que os Sindicados servem a nossa honrada e 
gloriosa Polícia Civil desde ....................., sempre atuando com denodo e honestidade, zelando 
para preservar e dignificar a instituição a que pertencem com muito orgulho e satisfação, nunca 
tendo infringido qualquer norma disciplinar como bem aponta as certidões de fls. ......... dos 
autos.
Pelo Exposto, requerem seja a presente defesa recebida, vez que própria e tempestiva e 
final, julgado improcedente a presente Sindicância Policial Disciplinar, absolvendo-os da 
aplicação de qualquer penalidade administrativa, pois assim Vossa Excelência estará decidindo 
conforme os mais elevados ditames do direito da justiça.
Requerem, ainda a juntada aos autos da inclusa documentação.
LOCAL E DATA
......................................... ......................................................
 1º Sindicado 2º Sindicado 
Defesa Preliminar – Tráfico de Drogas
EXMA. SRA. DRA. JUÍZA DE DIREITO DA ...... VARA CRIMINAL DE ............ 
Protocolo ...............
Defesa Preliminar:
Acusado:
......................................., já qualificado, nos autos da ação penal em epígrafe, via 
de seu advogado e defensor in fine assinado, (m.j.) permissa máxima vênia, vem perante 
conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, tempestivamente, no prazo decendial, nos 
termos do art. 55, da Lei 11.343/06 apresentar
DEFESA PRELIMINAR
face aos fatos e fundamentos a seguir perfilados:
Embora o novo ordenamento procedimental adotado pelo dispositivo ut retro, normatize: 
“Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá argüir preliminares 
e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações,...” isso na realidade, tem 
pouco efeito prático, uma vez que o Inquérito Policial, pela sua própria essência inquisitorial 
parcial e unilateral, raríssimas vezes produzirá matéria ou elementos capazes de embasar 
eventual tese defensória, levando-se em conta que o indiciado não representa, ali, uma entidade 
apta a exercer qualquer atividade de defesa e produzir eventual prova que lhe favoreça na 
presente fase processual. Tanto é verdade que o inquérito policial, continua tendo como único 
objetivo à formação do opinio delicti.
Como enfrentar o mérito, se todas as diligências, realizadas pela polícia visam criar um 
terreno propício à cultura da pretensão da acusação?. 
O que tempo já vem demonstrando é que a maioria esmagadora das denúncias será 
recebida, e, que somente serão rejeitadas aquelas flagrantemente despropositadas, cuja 
improcedência fique demonstrada estreme de dúvidas, no mais a presente “defesa preliminar” 
continuará, como a defesa prévia, de caráter meramente formal e não substancial ausente de 
conteúdo de mérito, cuja finalidade é a de enfrentar eventuais questões processuais e arrolar 
testemunhas.
No caso em apreço, porém, a defesa não poderá silenciar diante da flagrante improcedência 
do enunciado na exordial acusatória, uma vez que a ínfima quantidade da droga apreendida (..... 
gramas), ser insuficiente para provocar a dependência psíquica ou física, ou configurar o ilícito 
penal denunciado, tornando atípica a conduta atribuída ao Acusado, além de irrelevante na seara 
penal.
“TÓXICOS - Quantidade ínfima.O crime, além da conduta, reclama resultado, 
ou seja, repercussão do bem juridicamente tutelado, que, por sua vez, sofre 
dano, ou perigo. Sem esse evento, o comportamento é penalmente irrelevante. 
No caso dos entorpecentes, a conduta é criminalizada porque repercute na 
saúde (usuário), ou interesse público (tráfico). Em sendo ínfima a quantidade 
encontrada (maconha) é, por si só, insuficiente para afetar o objeto jurídico.”1
“PENAL - Entorpecente - Quantidade ínfima.O crime, além da conduta, reclama 
resultado - no sentido de provocar dano, ou perigo ao bem jurídico. O tráfico e 
o uso de entorpecentes são definidos como delito porque acarretam, pelo 
menos perigo, para a sociedade, ou ao usuário. A quantidade ínfima descrita na 
denúncia, não projeta o perigo reclamado.2
“TÓXICOS - Entorpecente - Quantidade ínfima. O crime, além da conduta, 
reclama resultado, ou seja, repercussão do bem juridicamente tutelado, que, 
por sua vez sofre dano, ou perigo. Sem esse evento, o comportamento é 
penalmente irrelevante. No caso dos entorpecentes, a conduta é criminalizada 
porque repercute na saúde (usuário), ou interesse público (tráfico). Em sendo 
ínfima a quantidade encontrada (maconha) é, por si só, insuficiente para afetar 
o objeto jurídico.”3
Desta forma, não há como receber a denúncia por tráfico de entorpecentes, quando a 
ínfima quantidade de droga apreendida, .... gramas, não tem repercussão penal, à mingua de 
lesão ao bem jurídico tutelado, enquadrando-se o tema no campo da insignificância, sendo, a 
conduta denunciada, penalmente irrelevante.
Em obediência ao dispositivo penal ut retro invocado, a defesa técnica do Indiciado, 
pugna pelo reconhecimento da improcedência dos fatos narrados na denúncia, decretando sua 
absolvição sumária nos termos do negando-lhe recebimento nos termos do inc. III do art. 397, 
do Código de Processo Penal, com nova redação que lhe deu a Lei nº 11.719/2008.
Apresenta, em anexo, o respectivo rol de testemunhas, cujos depoimentos ficam gravados 
pelo caráter de imprescindibilidade, protestando pela produção de todas provas em direito 
permitidas por ocasião da audiência de instrução e julgamento, caso haja a instauração da 
instância.
Pede deferimento.
 Local, data.
__________________
 OAB
Pedido de Habilitação Para Atuar Como Assistente de Acusação
EXM. SR. DR. JUIZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL DO JÚRI DE ......... 
Cartório da Terceira Vara Criminal
 
Protocolo .......
Réu: ..............
................. , (Nacionalidade), (Est.civil), (Profissão), filho de Previsto ...... e ........, 
natural de ........., nascido aos dd/mm/aa, RG ....... , CPF ........, residente na rua ......, n., Bairro, 
Cidade. Via de seu advogado e patrono adiante assinado (m.j.), nos autos da ação penal que a 
Justiça Pública move em desfavor de ......., vem perante a honrosa presença de Vossa Excelência, 
nos termos do art. 268 e seguintes c/c com art. 31, do Código de Processo Penal, REQUERER sua 
admissão como ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO, e que se dê vistas dos autos por três dias.
Pede deferimento.
Local e data
____________________
 OAB
Incidente de Insanidade Mental – Estupro - Pedofilia
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO PRIMEIRO JUIZADO ESPECIAL DE .....................
........................, brasileiro, casado, corretor de imóveis, residente 
nesta cidade, via de seu advogado in fine assinado permissa vêniavem perante a honrosa 
presença de Vossa Excelência, requer que seja instaurado
INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL
do Acusado, com fundamento no art. 149 do Código de Processo Penal, pelas razões a 
seguir expostas:
1. Consoante consta dos autos, o Acusado, no presente feito foi denunciado como incurso 
nas penas do art. 217-A, do Código Penal Brasileiro, com a nova redação emprestada pela Lei 
12.015 de 07.08.2009, por ter supostamente mantido relação sexual com uma criança de ..... 
anos
2. Conforme, consta dos autos principais, às fls. ........, o Acusado, respondeu além do 
presente processo, a outros da mesma natureza, sempre envolvendo menores da mesma faixa 
etária, o que denota de forma inequívoca indícios de comprometimento de sua higidez mental.
3. De acordo com Laudo Pericial Psiquiátrico (doc. ....), e Atestado Médico (doc. ....), em 
apenso, o Acusado é portador de distúrbio da saúde mental (pedofilia CID 302.2/8).
2. O entendimento esposado pelos expoentes da Psicopatologia Forense,é que a pedofilia, 
constitui um tipo clínico de Personalidade Psicopática Sexual, que por via de conseqüência 
representa um distúrbio da saúde mental, caracaterizador de diminuição da responsabilidade 
penal. (vide “Psicopatologia Forense Aplicada”, pag. 81, Renato Posterli – Ed. Santa Inês).
Isto Posto, requer a instauração do incidente de insanidade mental do Acusado, 
determinando-se, após os tramites legais que os exames sejam realizados pela Junta Médica do 
Tribunal de Justiça de ............
LOCAL E DATA
_________________________
OAB
Pedido de Juntada de Procuração e Concessão de Prazo Para 
Apresentar Defesa Preliminar
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA SEGUNDA VARA CRIMINAL DE .........
PROTOCOLO Nº .........
Código TJ... – ... - JUNTADA DE DOCUMENTOS
...................................... já qualificado, nos autos da ação penal, epígrafe, que lhe move a 
justiça pública desta comarca, via de seu defensor in fine assinado, (m.j.), permissa máxima 
vênia, vem perante a conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, requerer a juntada do 
incluso instrumento procuratório, protestando pelo prosseguimento do feito, abrindo-se vistas 
dos autos para cumprimento do comando normativo insculpido art. 396 do CPP. 
Local, data
 ____________________
OAB
Pedido de Juntada de Procuração
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA SEGUNDA VARA CRIMINAL DE ..............
PROTOCOLO Nº ...................
Código TJ.. – ... - JUNTADA DE DOCUMENTOS
............................................. já qualificado, nos autos da ação penal, 
epígrafe, que lhe move a justiça pública desta comarca, via de seu defensor in fine assinado, 
permissa máxima vênia, vem perante a conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, 
requerer a juntada do incluso intrumento procuratório.
LOCAL, DATA.
 
______________________
 OAB
Pedido de Juntada de Procuração e Prosseguimento do Processo
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE ...................... .
Ação Penal .....................
................................................... , já qualificado, nos autos da 
ação penal, em epígrafe, via de seu advogado que no final assina (m.j.), vem perante a honrosa 
presença de Vossa Excelência, em atendimento do r. despacho de fls., requerer a juntada da 
inclusa procuração, e que se dê prosseguimento ao feito até seus ulteriores termos.
Local e data
________________________
 OAB
Pedido de Juntada de Procuração e Vistas dos Autos
EXM. SR. DR. JUÍZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE .................. 
....................... , já qualificado, nos autos da ação penal que 
lhe move a justiça pública desta comarca, via de seu advogado e defensor in fine assinado, 
(m.j.), permissa máxima vênia, vem perante conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, 
requerer a JUNTADA, aos autos, da inclusa procuração e a concessão de vistas dos autos pelo 
prazo de .... (...) dias para análise e estudo..
Pede Deferimento.
LOCAL, DATA
____________________
OAB
Pedido de Juntada de Procuração em Caso de Réu Foragido
EXM. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ...............
Ação Penal ..........
............................, brasileiros(as), (est.civil), (Profissão), 
residentes no ......................., respectivamente, via do advogado e defensor comum (m.j.), in fine 
assinado, permissa máxima vênia vem perante a conspícua e preclara presença de Vossa 
Excelência, nos termos do art. 366 e seguintes do Código de Processo Penal requerer juntada aos 
autos do incluso instrumento procuratório.
Nestes termos 
Pede deferimento.
Local, data.
___________________
 OAB
Pedido de Juntada de Renúncia de Procuração
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA SEGUNDA VARA CRIMINAL DE ..................
Protocolo ...................
......................, advogado militante neste foro, com endereço 
profissional abaixo impresso, regularmente inscrito na OAB...... sob o nº ......, vem perante a 
conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, nos termos do art. 5º, § 3º, da Lei 8.906/94, 
c/c art. 45 do CPC e 688 do CC, requerer a juntada aos autos da inclusa notificação, para os 
devidos fins de direito, esclarecendo que estão revogados todos os poderes contidos no 
instrumento procuratório de fls. ....
LOCAL, DATA.
___________________
OAB
Pedido de Juntada de Renúncia de Procuração 
EXM. SR. DR. JUÍZ DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA CRIMINAL DE ........
URGENTE – RÉU PRESO
Protocolo ....................
................................, advogado militante neste foro, com endereço 
profissional abaixo impresso, regularmente inscrito na OAB-.... sob o nº ....., vem perante a 
conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, expor o seguinte;
1. Este ilustrado Juízo exarou as fls. o seguinte despacho: “Intime-se o defensor para, no 
lapso IMPRETERÍVEL, de ... horas, manifestar sobre as certidões carreadas as laudas ......, (...).”
2. Conforme cópia da notificação, em apenso, o Peticionário, renunciou ao mandato 
procuratório em ......., tendo o Acusado/cliente exarado seu ciente no dia ......., razão pela qual 
conforme art. 5º, § 3º, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei 8.906/94), c/c art. 34, 
do Código de Ética e Disciplina da OAB, e ainda, art. 45, do Código de Processo Civil e 688, do 
Código Civil, competia ao réu constituir novo defensor no prazo legal.
Isto posto, levando-se em conta que a relação entre o advogado e o cliente deve ser 
equacionada entre ambos, na forma ditada pela legislação ut retro citada, e, uma vez vencido o 
lapso temporal de dez dias, após a cientificação da renúncia, o causídico não está mais a 
obrigado, contratual ou processualmente, a atuar no processo, pelo que com a devida vênia deixa 
de atender o disposto no supradito despacho.
Local, data
____________________
OAB
Pedido de Juntada de Substabelecimento
EXM... SR. DR. JUÍZ DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA CRIMINAL DE .....
PROTOCOLO Nº .........
.........................................., já qualificada, nos autos da ação penal, em epígrafe, que lhe 
move a justiça pública desta comarca, via de seu defensor in fine assinado, permissa máxima 
vênia, vem perante a conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, requerer a JUNTADA, 
do incluso substabelecimento, e que se dê vistas dos autos, para análise e estudo, pelo prazo 
de ... dias.
Pede deferimento.
 Local, data.
_______________
OAB
Notificação de Renúncia à Procuração
LOCAL, DATA.
Ilmo. Sr. 
...........................
NESTA
Prezado Senhor.
Pela presente, nos termos do art. 5º, § 3º, da Lei nº 8.906/94, combinado com art.45, do Código de Processo Civil e 688, do Código Civil ,estamos NOTIFICANDO Vossa Senhoria, 
da rescisão do contrato de nº ......, em virtude de descumprimento de sua cláusula ...ª, por parte 
do Constituinte, devendo, assim, constituir novo defensor nos autos ..........., em andamento pela 
segunda vara criminal de ......., no prazo de lei.
Sem mais.
________________________
OAB
Renúncia à Procuração
EXMO. SR. DR. JUIZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE ......................
Protocolo nº ................
Código TJ..... - .... - Renúncia à Procuração
............................, advogado militante nesta comarca, com 
escritório profissional no endereço abaixo impresso, regularmente inscrito na OAB-..... sob o 
nº ......, nos autos da ação penal, em epígrafe, que a Justiça Pública move contra ........................, 
vem perante a conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, por questão de foro íntimo, 
RENUNCIAR ao patrocínio da defesa do Acusado na presente processo, protestando pela 
notificação para constituir novo defensor no prazo legal. 
LOCAL, DATA
____________________
OAB
Pedido de Proposta Para Suspensão Condicional do Processo
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA NONA VARA CRIMINAL DE ................... .
Protocolo .......................
................................................ , já qualificado, nos autos da ação penal, em 
epígrafe, que lhe move a justiça pública desta comarca, via de seu defensor in fine assinado, 
(m.j.), permissa máxima vênia, vem perante a conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, 
expor e requerer o que segue:
1. O Acusado/requerente, responde a presente ação penal, na qual a denúncia 
imputa-lhe a suposta violação do delito capitulado na norma proibitiva do art. 299, do Código 
Penal Brasileiro, cuja pena in abstrato é de um a três anos de reclusão, portanto, dentro do rol 
daqueles que admitem a suspensão condicional do processo prevista no art. 89, da Lei 9.099/95.
2. Conforme consta dos autos, o Acusado, preenche todos os requisitos para a 
obtenção do benefício acima citado, porém, ao ofertar a denúncia o ilustre representante do 
Parquet silenciou acerca da proposta de suspensão condicional do processo.
Isto Posto, protesta pela oitiva da nobre representante do Ministério Público, sobre a 
possibilidade de apresentar proposta de suspensão do processo, nos termos do dispositivo legal 
ut retro citado, vez que o Acusado já foi devidamente citado nos autos da carta 
precatória ....................., em andamento pela 3ª Vara Criminal de ..............., cujo interrogatório foi 
designado para o dia ................ as .......... horas.
Requer ainda, em caso positivo, Vossa Excelência digne em oficiar ou expedir carta 
precatória estendendo a jurisdição para tal fim, à Ilustre Juíza daquele foro.
 
Pede deferimento.
__________________
OAB 
Alegações Finais Por Memorial - Tráfico de Influência e Associação 
Criminosa - Fraude em Processo Licitatório de Bilhetagem 
Automática - Lei nº 12.850 de 02/08/2013
EXMA. SRA. DRA. JUIZA DE DIREITO DA __ª VARA CRIMINAL ________
Ação Penal 
Alegações Finais por Memorial
..........................................., já qualificado, nos autos da Ação penal em epígrafe, via de seus 
defensores in fine assinados, permissa máxima vênia, vem perante a conspícua e preclara 
presença de Vossa Excelência , tempestivamente, nos termos do artigo 403, § 3º, do CPP, 
apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAL
face aos fatos, razões e fundamentos a seguir expostos:
SÚMULA DOS FATOS
O Órgão Ministerial editou denúncia de fls. 02/25, em desfavor do Acusado, ora 
defendente, se propondo a provar durante o persecutio criminis in judicio a autoria ou 
participação nos delitos previstos nos arts. 288, 332 e 29, do Código Penal, sugerindo 
hipoteticamente a prática da conduta delituosa de associar-se de forma livre e consciente com 
unidade de desígnios e repartição de tarefas, com outros denunciados, para o fim de cometer o 
crime de tráfico de influência, no âmbito do Distrito Federal, em especial, no Transportes 
Urbanos do _____, especificamente no sentido de fraudar o processo licitatório do sistema de 
Bilhetagem Automática daquela autarquia, nos seguintes termos in summa:
“(...) O réu _______, Vereador de ________, figurava como interlocutor dos 
representantes da empresa ___________ e valia-se da sua qualidade de Vereador para 
beneficiar a quadrilha.(Fls.08)
(...) Coube ao denunciado e Vereador ____________ recepcionar os empresários em 
______, ciceroneando-os pela capital e custeando suas estadas (vide doc. 6 - em 
anexo) onde o empresário __________ ficou hospedado em ______, e como coube a 
______ realizar a parte do trabalho de convencimento, e levá-los à apresentação 
realizada no Palácio do Buriti ao Secretário de Estado de Transportes no dia 
19.07.2012 (como demonstram os diálogos às fls. 32/33). (Fls.11)
(...) Dentre os meses de junho a agosto de 2011, _______, ex-assessor da Secretaria de 
Planejamento e Gestão, de forma livre e consciente, solicitou e recebeu vantagem 
para si e para outrem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público 
no exercício da função.
Nas mesmas circunstâncias de tempo e lugar, os denunciados ________, _______ e 
________ de forma livre e consciente, em unidade de desígnios e repartição de 
tarefas, concorreram para a perpetração do delito praticado por _________. (Fls.17)
(...) O acusado _________, Vereador em _________, concorreu para a consumação do 
delito de tráfico de influência perpetrado por ______, na medida em que prestou 
auxílio material e moral para a sua prática, ao exercer importante atuação na 
intermediação entre os dirigentes da empresa _________ e os servidores do ______. 
(Fls.21)
(...) Diante dos fatos acima narrados, estão os denunciados:
(...)
2. ____________, _________ e _________ INCURSOS NAS PENAS DO ARTIGO 288, 
CAPUT, E ARTIGO 332 CAPUT, C/C O ARTIGO 29, TODOS DO CÓDIGO PENAL; (...) 
(Fls.24). “
Durante a instrução criminal foram ouvidas as testemunhas José _________ e Carlos ______, 
arroladas na denúncia, as quais negaram conhecer o acusado ____, ora defendente, bem como 
informaram que nunca mantiveram qualquer tipo de contato direto ou indireto com sua pessoa, 
principalmente, em relação aos fatos descritos na exordial acusatória de fls 02/25.
Na ótica da pretensão deduzida na inicial, a Acusação Oficial, levanta a hipótese de que 
Carlos _____ com comunhão de vontades com outros acusados, pretendia fraudar o certame de 
concorrência pública para garantir que a empresa _________ fosse vencedora na prestação do 
Serviço de Bilhetagem Automática do Transportes Coletivos do Distrito Federal (art. 90 da Lei 
8.666/93) e para isso lançou mão do tráfico de influência (art. 332 do CPB) oferecendo vantagem 
pecuniária ao corréu Valdir dos Reis. 
In summa o acusado Carlos ____ usaria o tráfico de influência (art. 332 CPB) para alcançar 
o objetivo final: fraudar o processo licitatório (art. 90 da Lei 8.666/93). Ou seja o suposto crime 
tráfico de influência configuraria ato preparatório do crime-fim: fraude de licitação, que 
conforme ordenamento jurídico adotado no Brasil, pela Teoria Finalista da Ação o delito 
almejado ou desejado pelo autor do fato absorveria o delito meio.
Por outro lado, não há dentro dos autos nenhuma prova confirmatória da existência da 
suposta organização criminosa com o fim de fraudar o ato licitatório do Sistema de Bilhetagem 
Automática do transporte coletivo do Distrito Federal através da utilização de eventualtráfico de 
influência.
Por outro prisma, a prática do crime de fraude de licitação configura verdadeiro crime 
impossível vez que sequer foi publicado edital licitatório para o Serviço de Bilhetagem 
Automática dos transportes coletivos do _______. 
Do mesmo modo, não foi produzida nenhuma prova em juízo sob o manto do contraditório 
que pudesse confirmar o conteúdo das interceptações telefônicas carreadas para os autos.
Perscrutando detidamente o acervo de interceptações telefônicas é de fácil constatação de 
que o acusado ............................. jamais manteve relacionamento com algum dos acusados, com 
exceção de ____, bem como não existe nenhuma ligação ou contato com qualquer funcionário 
público no âmbito do ___, contrariando o que foi enfatizado pelo MP em seus memoriais de fls., 
que pudesse autorizar a ilação de possível prática do crime de tráfico de influência ou delito 
diverso. 
Por outro lado, conforme patenteou a testemunha José _____, às fls._____, ex secretário de 
transportes do _______, os serviços apresentados pelos coreanos em reunião realizada no dia 
19/06/2011, não se coadunavam com os objetivos e interesses do ____ para implantação do 
Sistema de Bilhetagem Automática, de modo que não havia a mínima possibilidade da empresa 
____ vencer o processo licitatório.
Ressalta ainda a referida testemunha, que reuniões com empresários interessados na 
prestação de serviços ao governo são normais e corriqueiras, antes, durante e depois de qualquer 
processo licitatório, não constituindo fato determinante para a aferição dos delitos objetos do 
presente feito.
O órgão de acusação oficial, em seus quilométricos e prolixos memoriais, de fls. _____, 
limitou-se em repetir os termos da denúncia com a transcrição das interceptações telefônicas que 
não foram reproduzidas ou confirmadas durante a instrução criminal, não servindo, assim, por si 
só, para alicerçar ou sustentar eventual decreto condenatório. O que se tem nos autos é um 
espetáculo pirotécnico engendrado pelo MP sob os holofotes midiáticos da estrela da hora 
“__________” protagonista de um dos maiores escândalos dentro da sociedade política brasileira, 
cuja proposta de instauração de CPI terminou em “pizza”.
O acusado, por seu turno, à míngua de qualquer prova jurisdicionalizada de sua 
participação em eventual prática delituosa usou seu direito constitucional de permanecer silente. 
O fato de ter o acusado ______, na qualidade de membro do Legislativo Municipal de 
_______, atendido a solicitação do co-réu ____, conhecido notoriamente como empresário 
relacionado à empresa _________, para providenciar o encontro do tradutor _________ com os 
diretores da empresa _____ não tem o condão de estender-lhe eventuais interesses daquela 
empresa no processo licitatório dos transportes coletivos do __________, tanto é que nem 
participou da referida reunião conforme registrado no depoimento das testemunhas José 
________ e _______, ouvidos às fls.______, como também não é visto na fotografia apensada as fls. 
271.
Com relação à prática do art. 288 do CP, com nova redação emprestada pela Lei 12.850 de 
02 de Agosto de 2013, a acusação não logrou êxito em carrear para os autos prova de que o 
acusado ________ tenha se associado de forma permanente e estável com identidade de desígnios 
com os demais réus com o fim de cometer crimes, ao contrário, pelo acervo probatório dos autos 
restou constatado que a sua atuação nos fatos narrados na denúncia foi de mero agendamento de 
uma reunião entre empresários e empresa _________.
Em resumo, não foi produzida nenhuma prova durante a instrução criminal que pudesse 
dar amparo à pretensão ministerial deduzida na exordial acusatória, principalmente, de qualquer 
participação do acusado ____________ em qualquer atividade ou conduta criminosa.
Finalizando, Excelência, em caso deste juízo inclinar por entendimento diverso, é 
inquestionável que nos supositícios fatos articulados na denúncia a atuação do acusado 
________, foi de menor relevância, assim sendo o mesmo, no caso de eventual decreto 
condenatório, faz jus ao benefício do § 1º do art. 29 do CP.
Conforme documentação inserta no bojo dos autos, o Acusado, ora, defendente, ocupa 
cargo de vereador na cidade de ________, onde presta relevantes serviços à sociedade, gozando 
de respeito e consideração de seus concidadãos, com família regularmente constituída, nunca 
tendo infringido qualquer norma penal, por mais insignificante que seja.
DO DIREITO
“Um culpado punido 
 é exemplo para os delinquentes
 Um inocente condenado preocupação 
para todos homens de bem.”
 (La Bruyere)
1. Da Atipicidade do Delito de Tráfico de Influência:
Conforme, extemporaneamente levantada questão da atipicidade do crime de tráfico de 
influência, pelos demais acusados ao tempo do art. 396-A do CPP, é patente a constatação se que 
a conduta atribuída aos réus, não se amolda ao tipo penal do art. 332 do Código Penal Brasileiro 
que edita:
Código Penal
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou 
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público 
no exercício da função:
Da simples leitura do dispositivo penal ut retro não surge outra conclusão que não seja 
aquela em o sujeito ativo do referido tipo penal é quem exige, cobra ou obtém a vantagem e não 
quem a paga. 
A peça vestibular, do presente feito, reprisada nos memoriais do MP de fls., afirma que 
hipoteticamente, o corréu Valdir dos Reis exigiu vantagem pecuniária para si ou pra outrem a 
pretexto de influir em ato a ser praticado por funcionário público do __, especificamente diante 
da Secretaria de Transportes, visando favorecer interesses da empresa ___________, na obtenção 
do serviço de sistema de bilhetagem automática do transporte coletivo do _____. 
Se o pagamento da suposta vantagem foi praticado pelo acusado Carlos _______ e os 
demais acusados, com exceção de _________, supostamente comungavam os mesmos interesses 
daquele, é imperiosa a ilação de que não podem figurar coautores do delito previsto no art. 332 
do Código Penal. Na ótica de Damásio E. de Jesus, tanto quem paga como aqueles que anuem ou 
colaboram com o pagamento são tidos como vítimas secundárias do delito em questão, pois agem 
na suposição de estarem realizando um ato de corrupção ativa.
Consoante o entendimento esposado pela melhor doutrina no assunto, o art. 332, do 
Código Penal, se aperfeiçoa com prática de algum de seus núcleos verbais, que consistem em: 
solicitar (pedir, rogar, sem imposição), exigir (reclamar, impor, ordenar, não admitindo recusa), 
cobrar (fazer com que seja pago, insinua a existência de um ajuste prévio) e obter (conseguir, 
alcançar, ganhar ou atingir)1.
No mesmo diapasão é o ensinamento de autores consagrados da doutrina penal, como o 
catedrático mestre Paulo José da Costa Júnior quando leciona:
“O sujeito ativo do crime de exploração de prestígio2 (venditor fumi) poderá ser 
qualquer pessoa, como acontece na concussão. Quem promete ou dá a vantagem não 
é punido por falta de previsão legal. Indiferente que a iniciativa tenha partido ou não 
do sujeito agente, desde que tenha concordado com a vantagem. De mais a mais, 
deve-se considerar o comprador de fumaça é vítima de um engano, de um 
verdadeiro estelionato. É a norma visa impedir o descrédito da administração que 
não deriva de sua ação mas sim do sujeito agente.”3
Heleno Fragoso, arremata:
“A pessoa que dá ou promete a vantagem ao agente é lesada e será sujeito passivo 
secundário, embora não aja de boa fé. (não tendo faltado quem pretendesse puni-la 
também). O lesadoestaria eventualmente praticando um crime putativo, que seria o 
de participação em corrupção ativa.”4 
A doutrina penal mais abalizada, de forma uníssona e harmoniosa, esposa o entendimento 
acima amealhado, conforme pontuam: Cézar Roberto Bittencourt (“Comentários ao Código 
Penal”, Saraiva, 2005, fls.1113); Alberto Silva Franco e Rui Stoco (“Código Penal e sua 
interpretação - Doutrina e Jurisprudência”, RT, 8ª Ed., 2007, fls.1553), Magalhães Noronha 
(“Direito Penal”, Saraiva, 20ª Ed., 1995, V.4, fls.314); dentre outros renomados jurisconsultos.
De igual modo, os nossos Pretórios Superiores têm sufragado o entendimento de que aquele 
que paga pela vantagem ao “corretor de ilusões”, no crime de tráfico de influência, é sujeito 
passivo secundário e, portanto, inexiste previsão legal para sua punibilidade pois, embora aja 
com má fé, atente contra a dignidade da administração pública e milite em desacordo com a ética 
profissional, sua conduta é atípica, penalmente irrelevante e fora da órbita de repressão penal. 
Conforme os seguintes arestos:
“PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO DE INFLUÊNCIA. ARTIGO 332 DO CP. 
SUJEITO PASSIVO SECUNDÁRIO. ABSOLVIÇÃO MANTIDA.
I - O crime do artigo 332 do CP, tem como sujeito passivo principal o Estado, 
envolvendo o prestígio e credibilidade da Administração Pública e como sujeito 
passivo secundário o indivíduo que pretende “comprar” o prestígio que o sujeito 
ativo diz ter. Para esse sujeito passivo secundário a hipótese é de crime putativo 
quanto à participação na corrupção ativa.
II - Inobstante a imoralidade da postura de quem procura solucionar seus problemas 
dessa maneira, esse espúrio modo de agir não está no âmbito da tipicidade dos 
crimes praticados por particulares contra a Administração Pública. Mantida a 
absolvição pelo artigo 332 do CP. (Grifei).
III - Imputação pelo crime de quadrilha que fica prejudicada, considerando que a 
denúncia amparou-a apenas no contexto de tráfico de influência sem delimitação de 
nenhuma outra sequência de episódios que pudesse compor a elementar numérica 
do artigo 288 do CP.IV - Recurso ministerial não provido.”5
“TRÁFICO DE INFLUÊNCIA - Agente que procura empresa contratada pela 
prefeitura intencionado em receber vantagem para facilitar a liberação da verba - 
Artigo 332 do Código Penal - Presença dos elementos típicos - Configuração do delito 
- Bom nome da administração - Sujeito passivo principal do delito - Empresa/Vítima - 
Sujeito passivo secundário. (Grifei).
Provado que o agente, na qualidade de ex-vereador, procurou a empresa que havia 
sido contratada pela prefeitura para prestação de serviços, intencionado em receber 
vantagem, pretendendo intermediar as negociações e “facilitar” a liberação de verba 
que a mesma teria a receber daquela entidade pública, a pretexto de influir em ato 
praticado por funcionário público, fica configurado o crime de tráfico de influência 
tipificado no artigo 332 do Código Penal. Outrossim, não há que se falar em 
descaracterização do ilícito pelo fato de o réu não ter conseguido iludir a empresa, 
em razão de a mesma ter obtido seu crédito sem a intervenção do acusado, uma vez 
que a empresa/vítima é mero sujeito passivo secundário daquele delito, sendo o 
Estado ou a Administração Pública os verdadeiros titulares do interesse penalmente 
tutelado. Assim, ainda que a empresa não tenha contado com a efetiva colaboração 
do réu para o recebimento de seus créditos, inexistindo, portanto, qualquer dano 
aparente à sua pessoa, o Estado foi lesado, pois inconcebível que o particular, 
utilizando-se de prestígio decorrente de amizade, parentesco ou camaradagem 
política, venha a expor a honra e o bom nome da Administração Pública à situação 
de objeto de mercancia, transformando aquele que o representa em indivíduo passivo 
de corrupção.”6
“PENAL - Habeas Corpus - Tráfico de influência - art - 332, CP - Vítima - Sujeito 
passivo secundário - Trancamento ação penal - Inépcia denúncia - Atipicidade da 
conduta - Extinção da punibilidade - Prescrição da pena in abstrato - Crimes 172 e 
299, CP.
I - O ‘comprador de prestígio’, inobstante a imoralidade de sua conduta, é sujeito 
passivo secundário e não co-autor do crime de tráfico de influência.
II - Ocorrência de prescrição da pena in abstrato, quanto aos crimes previstos nos 
artigo 172 e 299, CPB.III - Ordem concedida e extinção da punibilidade decretada.”7
Na mesma trilha de entendimento decidiu o Tribunal Regional Federal – TRF 1ªR. na 
Apelação Criminal Nº 2003.34.00.031124-9/DF., Tribunal de Justiça do Sergipe - TJSEAp. nº 
37/2002 - Câmara Criminal - j. 22.06.2004 - rel. Des. Gilson Góis Soares.8 
Desse modo Excelência, pelos fundamento ut retro alinhavados, torna-se imperiosa 
decretação da absolvição do Acusado ______, pela prática do crime de tráfico de influência (art. 
332 do CPB), por atipicidade do fato.
2. Da Atipicidade do Delito de Associação Criminosa:
O Ministério Público sustenta em seu memorial de fls. _____ a ocorrência do crime de 
formação de quadrilha presente no art. 288 do CP, aduzindo, em resumo, que o acusado Carlos 
____, supostamente, liderou uma associação criminosa com estabilidade e permanência, de mais 
de três pessoas, com a finalidade de cometer crimes contra a Administração Pública do _______, 
no âmbito da Secretaria de Transportes. Porém, a prova produzida durante o persecutio criminis 
in judicio não autoriza o acatamento da pretensão condenatória deduzida pelo parquet.
Sustenta o MP a presença de um delito praticado previsto no artigo 332 e art.288 do CPB 
com a nova definição dada pela Lei 12.850/2013 não integra o requisito típico “para o fim 
específico de cometer crimes”. Restando, assim, a existência no plano processual de uma única 
infração penal (art. 332 do CPB).
Conceitualmente, a nova Lei 12.850/2013, define o crime de associação criminosa 
“associarem-se mais de três pessoas, para o fim de cometer crimes”. 
A nova definição legal guarda as mesmas característica do antigo crime de Bando ou 
quadrilha que conforme preceitua Nelson Hungria, “à quadrilha ou bando pode ser dada a 
seguinte definição: reunião estável ou permanente (que não significa perpétua), para o fim de 
perpetração de uma indeterminada série de crimes. A nota da estabilidade ou permanência da 
aliança é essencial”9.
Para que se configure o delito asocial criminosa é necessária a conjugação do caráter de 
estabilidade e permanência da organização com a predisposição à prática de um número 
indeterminado de crimes. A reunião de três ou mais pessoas para a prática de um único crime, 
ou mesmo dois, em caráter eventual, não importa no reconhecimento desse crime.
Nesse sentido diz a jurisprudência:
“TJSP: Quadrilha ou bando. Descaracterização. Associação que teve caráter 
transitório. Ausência de permanência e estabilidade da associação criminosa, não 
passando de um isolado concurso de agentes. (...) O certo é que o bando ou 
quadrilha, como delito autônomo, só se corporifica quando os membros do grupo 
formam uma associação organizada e estável, com programas preparados para a 
prática de crimes, com a adesão de todos, de modo reiterado” (RT 721/423)
“TJSC: Para a tipificação do delito de quadrilha ou bando, não basta a reunião, de 
mais de três pessoas para a execução de um ou mais crimes. Mister que, além desta 
reunião, ocorra um vínculo associativo permanente para fins criminosos, uma 
predisposição comum de meios para a prática de uma série indeterminada de delitos 
e uma contínua violação entre os associados para a concretização de um programa 
delinquencial”(JCAT 76/654)
“TJMG: Se a associação se deu para a prática de um crime ocasional e não para a 
formação de um grupo permanente, não se concretiza formação de quadrilha” (RT 
684/350)
“TJSC: Quadrilha ou bando. Descaracterização. Associação que visava à realização de 
um determinado crime. Absolvição com fulcro no art. 386, III, do CPP (...) Não há 
falar em crime de quadrilha quando o acordo é realizado para a prática de um só 
delito. (...) A associação para cometimento de determinado delito, antes individuado 
- ainda que se trate de crime de sequestro - caracteriza apenas mera conduta de co-
delinquência, impunível autonomamente” (RT 725/651).
“TJSC: Crime de quadrilha. Associação destinada ao cometimento de apenas de 
apenas um crime. Inconfiguração do delito. Absolvição decretada. Sentença 
reformada. Não há falar em crime de quadrilha quando o acordo é realizado para a 
prática de um só delito” (JCAT 75/577).
Não há dentro do cartapácio judicial, prova da existência de um vínculo associativo de 
caráter estável e permanente com a finalidade de praticar um número indeterminado de crimes. 
Tanto o é que o Órgão Ministerial empolgou a instauração da presente ação penal imputando aos 
réus a violação de um único dispositivo legal integralizado na descrição típica do art. 332, do 
Código Penal.
Dessa forma, não estão presentes os elementos da definição legal para a configuração do 
crime de formação de “associação criminosa” (antigo bando e quadrilha”, primeiro: não há 
pluralidade de crimes; segundo: não existe prova da união mediante vínculo estável e duradouro 
com o fim de praticar infrações penais. Assim, não há que se falar da existência do delito 
previsto no art.288 do CP, ficando a conduta atribuída aos réus fora de sua tipicidade penal, 
impondo-se suas absolvições, nos termos do art.386 do CPP, como melhor forma de restabelecer 
o império do Direito, da Lei e da Justiça.
Examinando o crime sob um ângulo estritamente técnico e formal, em sua aparência mais 
evidente de oposição a uma norma jurídica, várias definições podem ser lembradas: toda 
conduta que a lei proíbe sob a ameaça de uma pena (Carmingnani); fato a que a lei relaciona a 
pena, como consequência de Direito (Von Liszt); toda ação legalmente punida (Maggiore); fato 
jurídico com que se infringe um preceito jurídico de sanção específica, que é a pena (Manzini).
Estas definições, porém, são insuficientes para a dogmática penal moderna, que necessita 
colocar mais à mostra os aspectos essenciais ou elementos estruturais do conceito de crime. Daí, 
dentre as definições analíticas que têm propostas por importantes penalistas a mais aceitável, 
atualmente, é a que considera o fato-crime: uma ação (conduta) típica (tipicidade), ilícita ou 
antijurídica (ilicitude) e culpável (culpabilidade). (esta definição é adotada por Aníbal Bruno, 
Magalhães Noronha, Heleno Fragoso, Wessels, Baumann, etc.).
De forma mais singela, a concepção de crime exige prova absoluta e incontestável de uma 
conduta violadora da norma penal que atente de forma significativa e suficiente para repercutir 
contra a ordem social ou administrativa. O que vale dizer comprometa de tal forma que exija a 
aplicação da pena correspondente.
Conforme a melhor doutrina, para as configurações dos crimes contidos na denúncia, 
exige-se uma ação positivada para a realização dos núcleos verbais contidos em suas respectivas 
descrições típicas. Sendo assim, a acusação oficial não se desincumbiu do ônus processual de 
provar a realização, por parte do acusado, _______ da Silva, ora defendente, da conduta descrita 
no tipo penal do art. 332 e 288, ambos do Código Penal.
Desta forma, as condutas descritas na denúncia tipicamente definidas sob os rótulos de 
tráfico de influência e formação de quadrilha, não restaram provadas em nenhum elemento 
colacionado durante a persecutio criminis in juditio que pudesse ancorar ou servir de 
fundamento para eventual sentença condenatória impondo-se, deste modo, a absolvição do 
acusado nos termos do art. 386, VII do Código de Processo Penal.
A Constituição Federal assegura o princípio da presunção de inocência, figurando, agora, 
verdadeiro direito público subjetivo constitucional do acusado. O ônus da prova da ocorrência 
do crime cabe ao órgão da acusação. Não logrando obter êxito, a absolvição torna-se imperativo 
de ordem pública. 
No caso em apreço, a Acusação, competia o ônus da prova dos fatos alegados na denúncia, 
e nada conseguiu provar durante a instrução criminal, situação inaceitável no processo penal, 
onde a condenação exige a certeza inabalável da culpabilidade do réu. 
Quando se tem presente, salientou Malatesta, que a condenação não pode basear-se senão 
na certeza da culpabilidade, logo se vê que a credibilidade razoável - também mínima - da 
inocência, sendo destrutiva da certeza da culpabilidade, deve, necessariamente, conduzir à 
absolvição. É o ensinamento do mestre peninsular:
“O direito da sociedade só se afirma racionalmente como direito de punir o 
verdadeiro réu; e para o espírito humano só é verdadeiro o que é certo; por isso, 
absolvendo em caso de dúvida razoável, presta-se homenagem ao direito do acusado, 
e não se oprime o da sociedade. A pena que atingisse um inocente perturbaria a 
tranqüilidade social, mais do que teria abalado o crime particular que se pretendesse 
punir; porquanto todos se sentiriam na possibilidade de serem, por sua vez, vítimas 
de um erro judiciário. Lançai na consciência social a dúvida, por pequena que seja, 
da aberração da pena, e esta não será mais a segurança dos honestos, mas a grande 
perturbadora daquela mesma tranquilidade para cujo restabelecimento foi 
constituída; não será mais a defensora do direito, e sim a força imane que pode, por 
sua vez, esmagar o direito indébil”10 
Consoante magistério iluminado do jurista Ricardo Jacobsen Gloeckner:
“A natureza da presunção de inocência é de verdadeiro direito fundamental do 
acusado, que significa a não possibilidade de condenação do mesmo se não houver 
prova robusta de sua culpabilidade”. 11 (...) “Em nenhum momento processual poderá 
imputar-se ao acusado, cargas processuais, diante do princípio da presunção de 
inocência. Em caso contrário, uma tese, por exemplo, acerca da negativa de autoria 
de um delito, conduziria à necessidade da prova por parte do réu desta 
circunstância, como se verifica na jurisprudência majoritária do Brasil. Se tal tese 
defensiva não se comprova, a carga processual continua nas mãos do autor”. 12
Arremate-se com a velha e atualíssima lição do esteio mestre da escola penal italiana, 
representa pelo insuperável CARRARA, que assim ensina com luminescência:
“O processo penal é o que há de mais sério neste mundo. Tudo nele deve ser claro 
como a luz, certo como a evidência, positivo como qualquer grandeza algébrica. 
Nada de ampliável, de pressuposto, de anfibológico. Assente o processo na precisão 
morfológica legal e nesta outra precisão mais salutar ainda: a verdade sempre 
desativada de dúvidas”.
Na mesma trilha é o brilhante ensinamento de Heleno Cláudio Fragoso, que obtempera: a 
condenação exige certeza e não basta a alta probabilidade, que é apenas um juízo de nossa 
mente em torno da existência de certa realidade13. Mesmo a íntima convicção do juiz, como 
sentimento de certeza, sem o concurso de dados objetivos, não é verdadeira a própria certeza, 
mas simples crença, conforme a ponderação de Sabatini, citado pelo mestre Heleno Fragoso.
Assim, a condenação somente será admitida quando o exame sereno da prova conduzir a 
exclusão de todo motivo para duvidar.
No caso em apreço, não existe qualquer prova jurisdicionalizadano sentido de que o 
Acusado, ora defendente, tenha praticado os ilícitos penais contidos na exordial acusatória que 
possa dar suporte ou servir de alicerce para eventual decreto condenatório, impondo-se sua 
absolvição nos termos do art. 386, do CPP, com a nova redação que lhe deu a Lei nº 11.690/08.
EX POSITIS,
Espera, o Acusado ......................................, sejam as presentes alegações finais por 
memoriais recebidas, vez que próprias, e, tempestivas, por tudo o mais que dos autos consta, 
julgado improcedente a denúncia, nos termos do artigo 386, do Código de Processo Penal, 
decretando a absolvição do Acusado/defendente, pois desta forma Vossa Excelência estará, como 
de costume, editando decisório compatível com os mais elevados ditames do direito e da 
JUSTIÇA.
Nestes termos 
Pede deferimento.
Local e Data
__________________
OAB
Alegações Finais por Memorial - Organização Criminosa Lei nº 
12.850 de 02 de Agosto de 2013 - Tráfico de Influência
EXMA. SRA. DRA. JUIZA DE DIREITO DA __ª VARA CRIMINAL DE ________
Ação Penal 
Alegações Finais por Memorial
................................................, já qualificado, nos autos da Ação penal em epígrafe, via de 
seus defensores in fine assinados, permissa máxima vênia, vem perante a conspícua e preclara 
presença de Vossa Excelência , tempestivamente, nos termos do artigo 403, § 3º, do CPP, 
apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAL
face aos fatos, razões e fundamentos a seguir expostos:
SÚMULA DOS FATOS
O Órgão Ministerial editou denúncia de fls. 02/25, em desfavor do Acusado, ora 
defendente, se propondo a provar durante o persecutio criminis in judicio a autoria ou 
participação nos delitos previstos nos art. 2º da Lei nº 12.850 de 02/08/2013, combinado com art. 
332 e 29, do Código Penal, sugerindo hipoteticamente a prática da conduta delituosa de associar-
se 4 ou mais pessoas estruturalmente ordenadas e caracterizada pela divisão de tarefas, com o 
objetivo de obter vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais, para o 
fim de cometer o crime de tráfico de influência, no âmbito do ....., em especial, no ...., 
especificamente no sentido de fraudar o processo licitatório do sistema de Bilhetagem 
Automática daquela autarquia, nos seguintes termos in summa:
“(...) O réu ........, empresário, figurava como interlocutor dos representantes da 
empresa coreana.........e valia-se da sua qualidade..........r para beneficiar a associação 
criminosa.(Fls.08)
(...) Coube ao denunciado e empresário.......................... recepcionar os empresários 
sul-coreanos em Brasília, ciceroneando-os pela capital e custeando suas estadas (vide 
doc. 6 - em anexo) onde o empresário sul-coreano ......................... ficou hospedado 
em Brasília, e como coube a ................... realizar a parte do trabalho de 
convencimento, e levá-los à apresentação realizada no Palácio do .................i ao 
Secretário de Estado ................. no dia ............. (como demonstram os diálogos às fls. 
32/33). (Fls.11)
(...) Dentre os meses de junho a agosto de 2011, ...................., ex-assessor da 
Secretaria de ................, de forma livre e consciente, solicitou e recebeu vantagem 
para si e para outrem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público 
no exercício da função.
Nas mesmas circunstâncias de tempo e lugar, os denunciados, de forma livre e 
consciente, em unidade de desígnios e repartição de tarefas, concorreram para a 
perpetração do delito praticado por ................................... (Fls.17)
(...) O acusado .................................., empresário em .......................s, concorreu para a 
consumação do delito de tráfico de influência perpetrado por ........................, na 
medida em que prestou auxílio material e moral para a sua prática, ao exercer 
importante atuação na intermediação entre os dirigentes da empresa 
coreana ............................... e os servidores do...................... (Fls.21)
(...) Diante dos fatos acima narrados, estão os denunciados:
(...)
2. ......................................, ........................................, ..................................., .................
.................. ,..............................., ......................................., .................................... 
e .............................................. INCURSOS NAS PENAS DO ARTIGO 2º, da Lei 
12.850/2013, , E ARTIGO 332 CAPUT, C/C O ARTIGO 29, TODOS DO CÓDIGO 
PENAL; (...) (Fls.24). “
Durante a instrução criminal foram ouvidas as testemunhas 
..........................e .................................., arroladas na denúncia, as quais negaram conhecer o 
acusado ..........................., ora defendente, bem como informaram que nunca mantiveram 
qualquer tipo de contato direto ou indireto com sua pessoa, principalmente, em relação aos fatos 
descritos na exordial acusatória de fls 02/25.
Na ótica da pretensão deduzida na inicial, a Acusação Oficial, levanta a hipótese de 
que ........................................ com comunhão de vontades com outros acusados, pretendia 
fraudar o certame de concorrência pública para garantir que a empresa ................................. fosse 
vencedora na prestação do Serviço de Bilhetagem Automática do Transportes Coletivos 
de ........................... (art. 90 da Lei 8.666/93) e para isso lançou mão do tráfico de influência (art. 
332 do CPB) oferecendo vantagem pecuniária ao corréu ............................... 
In summa o acusado ...................................usaria o tráfico de influência (art. 332 CPB) para 
alcançar o objetivo final: fraudar o processo licitatório (art. 90 da Lei 8.666/93). Ou seja o suposto 
crime tráfico de influência configuraria ato preparatório do crime-fim: fraude de licitação, que 
conforme ordenamento jurídico adotado no Brasil, pela Teoria Finalista da Ação o delito 
almejado ou desejado pelo autor do fato absorveria o delito meio.
Por outro lado, não há dentro dos autos nenhuma prova confirmatória da existência da 
suposta organização criminosa com o fim de fraudar o ato licitatório do Sistema de Bilhetagem 
Automática do transporte coletivo de.......................... através da utilização de eventual tráfico de 
influência.
Por outro prisma, a prática do crime de fraude de licitação configura verdadeiro crime 
impossível vez que sequer foi publicado edital licitatório para o Serviço de Bilhetagem 
Automática dos transportes coletivos de............................... 
Do mesmo modo, não foi produzida nenhuma prova em juízo sob o manto do contraditório 
que pudesse confirmar o conteúdo das interceptações telefônicas carreadas para os autos.
Perscrutando detidamente o acervo de interceptações telefônicas é de fácil constatação de 
que o acusado ............................. jamais manteve relacionamento com algum dos acusados, com 
exceção de ......................., bem como não existe nenhuma ligação ou contato com qualquer 
funcionário público no âmbito de........................, contrariando o que foi enfatizado pelo MP em 
seus memoriais de fls., que pudesse autorizar a ilação de possível prática do crime de tráfico de 
influência ou delito diverso. 
O órgão de acusação oficial, em seus quilométricos e prolixos memoriais, de fls. 2831/2948, 
limitou-se em repetir os termos da denúncia com a transcrição das interceptações telefônicas que 
não foram reproduzidas ou confirmadas durante a instrução criminal, não servindo, assim, por si

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