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1 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL Núcleo: grupo de corpos de neurônios Trato ou fascículo: cilindros que contem axônios, que vem do mesmo lugar, vão para o mesmo lugar, estão localizados junto e tem a mesma função. Lemnisco: a mesma coisa que um trato, em formato de fita Formação reticular: estrutura do tronco cerebral tudo no tronco cerebral que não for ocupado por núcleo ou trato, vai ser ocupado por formação reticular tem seus próprios neurônios, corpos, axônios e dendritos Córtex cerebral substância cinzenta por fora Canal central da medula remanescente do canal do tubo neural a frente desse canal, irão existir fibras que vão cruzar a linha média que são chamadas de fibras da comissura branca Decussação: cruzamento oblíquo de fibras Comissura: cruzamento paralelo de fibras SUBSTÂNCIA CINZENTA Formato de H clássico Dividido em 3 partes: Posterior Intermédia o central ao redor do canal central da medula o lateral onde vão estar os corpos dos neurônios do SNA fibras pré- ganglionares Anterior o Não chega a ser dividida em medial e lateral o Mas os neurônios que estão mais na região lateral são responsáveis pela inervação dos músculos mais laterais do nosso corpo (movimentação dos membros) o Os neurônios localizados mais medialmente vão inervar a musculatura axial (postura e equilíbrio) o Na região da intumescência vão existir mais neurônios na parte lateral da coluna anterior, porque vai ser a parte que vai formar os plexos Tipos de neurônios que podem estar presentes na parte cinzenta da medula: Neurônios de axônio longo (tipo I de Golgi) podem ser de dois tipos principais: Neurônios Radiculares são os neurônios que vão formar as raízes e podem ser de dois tipos: Somáticos: corpo do neurônio na coluna anterior, saiu pelo sulco lateral anterior o Tipo alfa: neurônios que realmente vão inervar os músculos o Tipo gama: neurônios que vão inervar os fusos neuromusculares de acordo com a informação que o fuso mandar, vão ajudar a contrair um pouco mais o músculo para manter o tônus muscular Viscerais: corpo do neurônio na coluna intermédia lateral, sai pelo sulco lateral anterior Neurônios Cordonais: neurônios cujos axônios estão na substância branca Podem ser axônios que cruzam a linha média ou não: ipsilateral ou contralateral Podem ser divididos em dois tipos: o Neurônios de associação: corpo celular está na medula, axônio vem para a substância branca mas acaba ainda na medula associam diferentes níveis medulares 2 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s o Neurônios de projeção: corpo celular começa na medula, mas o axônio passa da medula e acaba em outros centros do SNC, como por exemplo, cerebelo, tronco cerebral e cérebro Neurônios de axônio curto (tipo II de Golgi): corpo celular e axônio estão dentro da substância cinzenta, ou seja, são os interneurônios Participam de arco reflexos chega um sensitivo, faz sinapse com ele, sai pelo eferente podem associar fibras cordonais chegou informação do trato descendente, fez sinapse, contata com a célula do corno anterior, por exemplo. Célula de Renshaw o trato corticoespinhal nasce nas células piramidais, desce pelo mesencéfalo, ponte e bulbo e vem para a medula, acaba na coluna anterior. No mesencéfalo passa pela base do pedúnculo cerebral, pela ponte e pelas pirâmides no bulbo, cruza na decussação. Essa fibra quando estimula o cérebro e ordena a contração de algum músculo, fara com que a outra fibra contrai o músculo sem parar. Para parar de contrair, ela dá uma fibra colateral, que vai para o interneurônio, estimula-o e o interneurônio a inibe feedback negativo Coluna anterior Neurônios mediais responsáveis pela postura e equilíbrio, vão inervar a musculatura axial Neurônios laterais vão inervar a musculatura dos membros e vão estar presentes principalmente nas intumescências cervical e lombar Coluna posterior Núcleo torácico Existe na região torácica e lombar alta Responsável por receber dos aferentes toda a informação de propriocepção inconsciente que está entrando na nossa medula Substância gelatinosa Parece uma gelatina (translúcida) Contém neurônios que vão fazer o papel de "portão da dor" células que recebem informação de tato e dor Lâminas I a IV sensitivas substância gelatinosa (II) V e VI recebem informação de propriocepção inconsciente IX células eferentes (coluna anterior da medula) motora SUBSTÂNCIA BRANCA É a parte dos funículos da medula (anterior, lateral e posterior) Formada por grupos de fibras que vão do mesmo lugar, para o mesmo lugar e carregam a mesma função (tratos e fascículos) 3 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Vias descendentes: trazem informação do cérebro para a medula Geralmente acabam em interneurônios que fazem sinapse com as células do corno anterior Origem: no tronco cerebral, no cerebelo e no cérebro descem e acabam em regiões diferentes da medula Três funções principais: Controlam as células eferentes viscerais da coluna lateral da medula Controlam as células motoras da coluna anterior Regulam a informação que entra Lateral controlam os membros Trato corticoespinhal Nasce nas células piramidais do córtex cerebral passa pela base do pedúnculo cerebral passa pela ponte passa pelas pirâmides do bulbo o Lateral 90% cruza a linha média (decussação das pirâmides) Vai para o funículo lateral da medula Acaba na parte lateral da coluna anterior inerva os membros o Anterior 10% não cruza Continua no funículo anterior da medula Situado medialmente acaba nas células mediais da coluna anterior inerva a musculatura axial para postura Cruza quando estiver entrando no corno anterior Trato rubroespinhal o Muito desenvolvido nos mamíferos, mas no homem perdeu muito do seu tamanho e da sua importância o Função: controla movimentos finos dos membros sempre está junto do trato corticoespinhal lateral o Origem: núcleo rubro do mesencéfalo 4 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s o Destino: células do corno anterior da medula Medial 4 tratos Trato corticoespinhal anterior o Acaba principalmente na região torácica e cervical -> controlar postura Trato tetoespinhal o Ajuda a fazer o movimento da cabeça, baseado na visão Trato vestibuloespinhal o Inerva a musculatura axial para manter o equilíbrio Trato reticuloespinhal o Nasce da formação reticular do tronco, tanto da ponte (estimula a musculatura extensora do dorso matem a postura ereta) quanto do bulbo (relaxa essa musculatura) Vias ascendentes: levam informação da medula para o cérebro sensibilidade Entra sensibilidade pelo neurônio sensitivo fibras sobem Quando a fibra sensitiva entra na medula ela dá um ramo lateral que vai fazer sinapse com células da coluna posterior e dá um ramo medial que não faz sinapse na medula vem para o funículo posterior do mesmo lado e sobe no funículo posterior (grácil e cuneiforme) faz sinapse só no bulbo Funículo posterior Grácil e cuneiforme ipsilaterais (mesmo lado) o Levam informação de propriocepção consciente, tato fino (epicrítico), capacidade de reconhecer objetos com a mão, capacidade de reconhecer dois pontos diferentes ao mesmo tempo (esterognosia) e vibração -> sensibilidades mais finas o Acabam no bulbo Funículo anterior Trato espinotalâmico anterior o Leva sensibilidade de pressão e tato grosseiro (protopático) o Faz conexão com neurônio da coluna posterior esse neurônio mandou um axônio que cruzou a linha média e vem para o funículo anterior da medula Funículo lateral Trato espinotalâmico lateral o Entra dor e temperatura pelo gânglio faz sinapse no corno posterior da medula cruza a linha média na comissura branca vem para o funículo lateral da medula Trato espinocerebelar anterior o Leva informação de propriocepção inconsciente para o cerebelo o Leva informação de como o trato corticoespinhal está funcionando, ou seja, qual é o plano motor o Entra pelo pedúnculo cerebelar superior o Cruza duas vezes ipsilateral o Lesão no cérebro causa déficit contralateral o Lesão no cerebelo causa déficit ipsilateral Trato espinocerebelar posterior o Leva informação de propriocepção inconsciente para o cerebelo o Sinapse é feita no núcleo torácico da coluna posterior 5 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s o Não cruza a linha média ipsilateral o Entra pelo pedúnculo cerebelar inferior INÍCIO FIM FUNÇÃO CRUZA TRATO ESPINOTALÂMICO (ANTERIOR E LATERAL) Coluna Posterior Tálamo Anterior: Tato protopático e pressão Lateral: Dor e temperatura Sim, na comissura branca FASCÍCULOS GRÁCIL E CUNEIFORME Gânglios da raiz dorsal Núcleos do bulbo Tato epicrítico, sensibilidade vibratória, propriocepção consciente e esterognosia Não TRATO ESPINOCEREBELAR (ANTERIOR E POSTERIOR) Núcleo torácico e coluna posterior Cerebelo Propriocepção inconsciente Posterior: não cruza Anterior: cruza duas vezes TRATO CORTICOESPINHAL (ANTERIOR E LATERAL) Córtex motor Neurônios da coluna anterior Anterior: Motricidade voluntária anterior Lateral: Distal Sim, 90% cruza na decussação das pirâmides no bulbo TRATO RUBROESPINHAL Núcleo rubro do mesencéfalo Neurônios da coluna anterior Motricidade voluntária (função pequena no homem) Sim, logo após a origem no mesencéfalo TRATO TETOESPINHAL Colículo superior do mesencéfalo Interneurônios Reflexos da visão com movimento da cabeça Sim TRATO RETICULOESPINHAL PONTINO Formação reticular da ponte Interneurônios Contrai extensores dos membros inferiores É bilateral TRATO RETICULOESPINHAL BULBAR Formação reticular do bulbo Interneurônios Relaxa extensores dos membros inferiores É bilateral TRATO VESTIBULOESPINHAL MEDIAL Núcleo vestibular medial Interneurônios Ajustes posturais da cabeça e tronco Não TRATO VESTIBULOESPINHAL LATERAL Núcleo vestibular lateral Interneurônios Ajustes posturais dos membros Não CORRELAÇÕES CLÍNICAS ALTERAÇÕES DE MOTRICIDADE Trofismo muscular: volume de massa muscular Hipotrofia: redução da massa muscular Hipertrofia: aumento de massa muscular Tônus muscular: discreta contração que todo músculo tem exame através do movimento passivo das articulações Atonia: sem resistência ao movimento Hipotonia: baixa resistência ao movimento Hipertonia: alta resistência ao movimento lesão do córtex cerebral por AVC isquêmico (hipertonia em canivete) e doença nos núcleos profundos do cérebro, Parkinson por exemplo (hipertonia em borda denteada contrai e relaxa) Força muscular exame realizando força contra uma resistência Paresia: diminuição de força muscular Plegia: perda total da força muscular 6 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Reflexos Arreflexia x hiporreflexia x hiperreflexia Reflexos patológicos normalmente não existem Síndrome do neurônio motor inferior Atrofia, hiporreflexia, hipotonia e paresia paralisia flácida Lesão em neurônios motores da coluna anterior Fasciculação contração em ondas neurônio tentando se regenerar Síndrome do neurônio motor superior Hipertonia, hiperreflexia paralisia espástica O músculo continua sendo inervado, o que não chega é o comando para mexer sem alterações tróficas Lesão em áreas motoras do córtex ou vias descendentes LESÕES DA MEDULA Corno Anterior Poliomielite É um vírus que ataca o corno anterior da medula Síndrome do neurônio motor inferior paralisia flácida hipotonia Esclerose Lateral Amiotrófica Uma das únicas doenças que ataca todos os neurônios motores Síndrome do neurônio motor superior e inferior -> ambos os sintomas Característica clássica -> fasciculação de língua Déficit motor progressivo Funículo Posterior Tabes dorsalis Neurossífilis Lesão das raízes que formam os fascículos grácil e cuneiforme Perda de propriocepção consciente (quedas frequentes), tato fino e vibração Hemisseção da Medula (Síndrome de Brown-Séquard) Sintomas ipsilaterais Síndrome do neurônio motor superior corticoespinhal Perda da propriocepção consciente e tato fino grácil e cuneiforme Sintomas contralaterais Perda de sensibilidade térmica e dolorosa espinotalâmico lateral Diminuição do tato e pressão espinotalâmico anterior Siringomielia Acúmulo de líquido no canal central da medula Destruição da substância cinzenta intermédia Destruição da comissura branca Interrupção do trato espinotalâmico lateral Dissociação sensitiva Perda de dor e temperatura bilateral Ausência de déficit de propriocepção ou tátil grácil e cuneiforme íntegros 7 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Transecção da medula Choque medular (≠ choque hipovolêmico) Perda de sensibilidade, motricidade e tônus do local lesado para baixo Perda dos esfíncteres urinário e anal Após tempo variável Aparecimento de movimentos reflexos Hipertonia Hiperreflexia Compressão da medula Tumores de dentro para fora Dor dermátomos correspondentes Lesão trato corticoespinhal lateral Lesão trato espinotalâmico lateral o Inicialmente nos dermátomos próximos o Progride inferiormente o Geralmente poupa os níveis sacrais Lateralmente no trato Cirúrgicas Cordotomia Dor intratável, tumoral Secção trato espinotalâmico lateral o Acima e oposto ao lado da dor o Visceral – bilateral (fibras não cruzadas) Mielotomia Dores viscerais pélvica ou abdominal Secção fibras mediais ao grácil e cuneiforme
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