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INTRODUÇÃO ÀS ESTRUTURAS 1ª. aula ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 Objetivos - Familiarizar os estudantes com os princípios básicos da Teoria das Estruturas; - Capacitar o estudante ao pré-dimensionamento dos elementos mais comuns que compõem uma estrutura; - Fornecer conhecimentos básicos para capacitar os alunos para empregar adequadamente e economicamente os materiais de construção, técnicas construtivas e sistemas construtivos; ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 Objetivos - Fornecer o embasamento teórico para a compreensão dos sistemas estruturais; - Fornecer os conhecimentos básicos para desenvolver as habilidades necessárias à concepção de sistemas estruturais e na realização de construções. ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 Unidades de Ensino • Unidade I - Conceitos Preliminares • Unidade II - Vigas • Unidade III - Pórticos • Unidade IV - Treliças planas, simples e compostas • Unidade V - Arcos • Unidade VI - Estruturas espaciais isostáticas • Unidade VII - Análise de estruturas com auxílio do microcomputador Bibliografia básica: • CAMPANARI, Flavio Antonio. Teoria das estruturas. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1985. 4v. ISBN 8570300468 : (broch.) • GERE, James M.; WEAVER, William. Análise de estruturas reticuladas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987. 443p. • SUSSEKIND, José Carlos. Curso de analise estrutural. 9. ed. São Paulo: Globo, 1989. 3v. ISBN 8525002267 : (broch.) ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 Por que estudar Introdução às Estruturas? ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 1) Introdução - Esforços comuns Materiais sólidos tendem a se deformar (ou eventualmente se romper) quando submetidos a solicitações mecânicas. A Teoria das Estruturas é um ramo da Engenharia que tem como objetivo o estudo do comportamento de elementos construtivos sujeitos a esforços, de forma que eles possam ser adequadamente dimensionados para suportá-los nas condições previstas de utilização. ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 2) Objetivos da Introdução às Estruturas Determinar, para um corpo sólido submetido a esforços externos conhecidos: •Tensões internas: Produzidas pelos esforços externos (Estado de Tensão) •Deformações no corpo sólido: Devidas ao deslocamento dos nós provocados pelas tensões (Estado de deformação) •Dimensionamento: Escolher a forma do sólido, com base nos esforços internos resistentes e/ou nas deformações ocorridas, para que não ultrapassem os limites admissíveis •Estabilidade: Para garantir que os estados de tensão e deformação provocados pelos esforços internos resistentes, não ultrapassem limites admissíveis.______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 A Figura acima dá formas gráficas aproximadas dos tipos de esforços mais comuns a que são submetidos os elementos construtivos: (a) Tração: a força atuante tende a provocar um alongamento do elemento na direção da mesma. (b) Compressão: a força atuante tende a produzir uma redução do elemento na direção da mesma. (c) Flexão: a força atuante provoca uma deformação do eixo perpendicular à mesma. ______________________________________________________________________________________________ Teoria das Estruturas I Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 (d) Torção: forças atuam em um plano perpendicular ao eixo e cada seção transversal tende a girar em relação às outras. (e) Flambagem: é um esforço de compressão em uma barra de seção transversal pequena em relação ao comprimento, que tende a produzir uma curvatura na barra. (f) Cisalhamento: forças atuantes tendem a produzir um efeito de corte, isto é, um deslocamento linear entre seções transversais.______________________________________________________________________________________________ Teoria das Estruturas I Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 Em muitas situações práticas ocorre uma combinação de dois ou mais tipos de esforços. Em alguns casos há um tipo predominante e os demais podem ser desprezados, mas há outros casos em que eles precisam ser considerados conjuntamente. ______________________________________________________________________________________________ Teoria das Estruturas I Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 3) Sistemas estruturais As peças que compõem uma estrutura possuem três dimensões. Três casos podem ocorrer: a) duas dimensões são pequenas em relação à terceira; (Ex: vigas, treliças, pórticos e grelhas) b) uma dimensão é pequena em relação às outras duas; (Ex: placas ou cascas) c) as 3 dimensões são consideravelmente grandes (Ex: blocos - barragens).______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 4) Definições básicas: Viga ou barra: É todo sólido que apresenta uma das dimensões (comprimento), bem maior que qualquer outra. Seção transversal: É a figura plana cujo movimento de translação origina uma barra. Eixo longitudinal: É o lugar geométrico (linha) dos baricentros de todas as seções transversais da barra. Estrutura: É o sistema formado por uma ou mais barras interligadas entre si e seus apoios, destinado a suportar esforços.. Esforços: São as cargas que atuam diretamente sobre as barras de uma estrutura. Podem ser externos ou internos, ativos ou reativos.______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 São as cargas concentradas, distribuídas e momentos, que agem sobre as barras (estrutura). ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 5 ) Tipos de carregamentos atuantes em estruturas* 5.1- Cargas concentradas As cargas concentradas são uma forma aproximada de tratar cargas distribuídas em áreas tão pequenas (em presença das dimensões da estrutura), que podem ser consideradas nulas. *http://www.profwillian.com/estruturas/ ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 onde: dP = Carga infinitesimal; ds = comprimento infinitesimal onde está atuando a carga dP S = peso específico do material do corpo sólido. 5.2- Cargas distribuídas As cargas distribuídassão uma forma de representar corpos volumétricos que, com seu peso, introduz um carregamento na estrutura, carregamento este distribuído e contínuo, cuja taxa de distribuição vale: *http://www.profwillian.com/estruturas/ ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 5 ) Tipos de carregamentos atuantes em estruturas* 5.3 - Cargas-momento Uma carga-momento representa o valor de uma carga concentrada aplicada a uma certa distância, ou por um binário. Uma carga-momento é caracterizada pelo seu módulo, direção, sentido e ponto de aplicação. 2/5 L 3/5 L M *http://www.profwillian.com/estruturas/ ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 5 ) Tipos de carregamentos atuantes em estruturas* 6 ) Tipos de apoios ou vínculos Impede o movimento de translação na direção perpendicular à base do apoio. Por isso só aparece uma reação. É chamado também de rolete. Impede o movimento de translação na direção perpendicular e na paralela à base do apoio. Podem aparecer, por isso, até duas reações. Impede dois tipos de movimento, dois de translação e um de rotação. Com isso podem aparecer até três reações. ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 A condição necessária e suficiente para que um corpo esteja em equilíbrio, submetido a um sistema de forças, é que estas forças satisfaçam às equações vetoriais: Ou as seis equações universais de equilíbrio: Para um sistema de forças coplanares: Em que “R” é resultante das forças e “m” seu momento resultante em relação a qualquer ponto do espaço: 7) Equações Universais de Equilíbrio ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 Quando os apoios são em número estritamente necessário para impedir todos os movimentos possíveis da estrutura, diz-se que a estrutura é isostática, ocorrendo uma situação de equilíbrio estável. Quando os apoios são em número inferior ao necessário para impedir todos os movimentos possíveis da estrutura, diz-se que é hipostática, ocorrendo uma situação de instabilidade. Quando os apoios são em número superior ao necessário para impedir todos os movimentos possíveis da estrutura, é hiperestática, ocorrendo uma situação de estabilidade (“mais” que estável). 8) Estaticidade e estabilidade ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 ______________________________________________________________________________________________ Introdução às Estruturas Centro Universitário de Sete Lagoas UNIFEMM - 1º Sem./2014 9) Viga Bi-apoiada: com carga concentrada VA VB HB A B P a b 1) V = 0 VA + VB - P = 0 VA + VB = P 2) H = 0 HB = 0 3) MB = 0 (VA x L) - (P x b) = 0 VA = P x b / L VA = Pb/L Substituindo em 1, VB = P - Pb/L = P(L - b)/L VB = Pa/L L Exemplo: Viga Bi-apoiada: com carga concentrada VA VB HB A B 3 t 2 m 4 m 1) V = 0 VA + VB - 3 = 0 VA + VB = 3 t 2) H = 0 HB = 0 3) MB = 0 (VA x 6) - 3 x 4 = 0 VA = 12 / 6 VA = 2 t Substituindo em 1, VB = 1 t 10) Viga Bi-apoiada: com carga distribuída VA VB HB A B q t/m L 1) V = 0 VA + VB - (q x L) = 0 VA + VB = qL 2) H = 0 HB = 0 3) MB = 0 (VA x L) - (q x L x L/2) = 0 VA = qL2 / 2L VA = qL/2 Substituindo em 1, VB = qL/2 R L/2 L/2 Exemplo: Viga Bi-apoiada: com carga distribuída VA VB HB A B 2 t/m 6 m 1) V = 0 VA + VB - (2 x 6) = 0 VA + VB = 12 t 2) H = 0 HB = 0 3) MB = 0 (VA x 6) - (2 x 6 x 3) = 0 VA = 36 / 6 VA = 6 t Substituindo em 1, VB = 6 t R 11) Viga Engastada: com carga concentrada VA HA A MA P L 1) V = 0 VA - P = 0 VA = P 2) H = 0 HA = 0 3) MA = 0 MA - (P x L) = 0 MA = P x L MA = PL Exemplo: Viga Engastada: com carga concentrada VA HA A MA 3t 2 m 1) V = 0 VA - 3 = 0 VA = 3 t 2) H = 0 HA = 0 3) MA = 0 MA - (3 x 2) = 0 MA = 3 x 2 MA = 6 t.m 12) Viga Engastada: com carga distribuída VA HA A MA 1) V = 0 VA - q x L = 0 VA = qL 2) H = 0 HA = 0 3) MA = 0 MA - (q x L) x L/2 = 0 MA = qL2/2 q t/m L R Exemplo: Viga Engastada: com carga distribuída VA HA A MA 1) V = 0 VA - 1 x 2 = 0 VA = 2 t 2) H = 0 HA = 0 3) MA = 0 MA - (1 x 2) x 2/2 = 0 MA = 2 t.m 1 t/m 2 R VA VB HB A B M 13) Viga Bi-apoiada: com momento a b 1) V = 0 VA + VB = 0 2) H = 0 HB = 0 3) MB = 0 (VA x L) - M = 0 VA = M / L Substituindo em 1, VB = - M/L (sentido oposto ao arbitrado) L 14) Viga Engastada: com momento aplicado VA HA A MA L M 1) V = 0 VA = 0 2) H = 0 HA = 0 3) MA = 0 MA + M = 0 MA = -M (sentido arbitrado é o oposto) Exercícios: VA VB HB A 2 t/m 3t 3 m 1 m VA VB HBA 2 t/m 3t 3 m 1 m1,5 m
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