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Infectologia (ANTIMICROBIANOS) ** Em condição de efeito semelhante preferir o antibiótico menos toxico, havendo opção, preferir amoxicilina a um aminoglicosideo amicacina a polimixina B e fluconazol a anfotericina B.** - Escolha do antibiótico adequado: conhecer o agente etiológico mais provável; conhecer a eficácia do antibiótico contra o agente etiológico; uso auxiliar de um antibiograma; optar pelo antibiótico de menor potência a fim de evitar efeitos adversos; optar por um antibiótico de uso oral, devido mais facilidade e periodicidade; optar pelo antibiótico de menor custo. • Vias de administração: Oral: facilidade (limitação: baixa taxa de absorção, inativação gástrica, infecções graves necessitam de elevadas doses) Intravenosa: elevada atividade antimicrobiana logo após a injeção, usado em caso de doses elevadas, elevada biodisponibilidade. Intramuscular: prescrição de dose única. Intratecal: apenas quando o antibiótico não atravessa a barreira hemoliquorica. Tópico - fração livre do antibiótico que exerce atividade antimicrobiana enquanto fração ligada a proteínas, além de não exercer atividade também não possui distribuição extravascular. Fração ligada a proteína não atravessa a placenta nem barreira hemoliquorica. - meia vida: tempo necessário para que a maior concentração sérica obtida pelo antibiótico se reduza a metade. Tende a se prolongar quando sua velocidade de eliminação for retardada (recém-nascido e insuficiência renal ou hepática). • Mecanismo de ação: Atuam na parede celular: inibe síntese da parede celular, que se tornará sensível e não resistirá ao crescimento bacteriano causando sua ruptura e consequente destruição da bactéria. PENICILINICOS, CEFALOSPORINICOS E GLICOPEPTIDEOS (VANCOMICINA E TEICOPLANINA) Atuam na membrana citoplasmática: altera estrutura da membrana citoplasmática, alterando sua permeabilidade e causando morte rápida da bactéria ou fungo. POLIMIXINA B, POLIMIXINA E (COLISTINA), ANFOTERICINA B. Atuam alterando a síntese de proteínas: atividade bacteriostática, evitam o desenvolvimento da síntese de proteínas, causando sua inibição em determinado estagio, interrompendo evolução e multiplicação bacteriana. TETRACICLINAS, CLORANFENICOL, CLINDAMICINA, MACROLIDEOS E LINEZOLIDA. Provocam síntese defeituosa de proteínas: bactericidas que sintetizam proteínas defeituosas, formando substancias estranhas a célula bacteriana, levando a morte. AMINOGLICOSIDEOS. Atuam sobre os ácidos nucleicos: RIPAMFICINA inibe formação de RNA bacteriano, QUINOLONAS inibe DNA-girase. Bactericidas. Mecanismo de ação dos sulfamidicos e associados ao trimetoprim: SULFAMIDICOS atuam competindo com o acido paraminobenzoico (PABA) necessário para formação de acido fólico, indispensável para para o metabolismo celular, determinando a parada do crescimento bacteriano, bacteriostático. TRIMETOPRIM impede transformação de acido fólico em acido folinico. - Proteínas ligadoras de penicilinas são essenciais para o mecanismo de ação dos antibióticos BETALACTAMICOS (PENICILINAS, CEFALOSPORINAS, CARBAPENENS e MONOBACTAMICOS). Os antibióticos precisam se ligar a um determinado sitio existente na bactéria. Alteração em proteína ligadora de penicilina resulta em falta de afinidade do antibiótico, ocasionando resistência bacteriana. - Efeito pós antibiótico: período de tempo em que após suspensão do antibiótico e a indetectabilidade de concentração sérica persiste inibição do crescimento bacteriano. - antibióticos que devem ser evitados na gravidez: AMINOGLICOSIDEOS, TETRACICLINAS, TIGECICLINA VORICONAZOL. - PENICILINAS, CEFALOSPORINAS, NITROFURANTOINA e FOSFOMICINA devem ser os antimicrobianos selecionados para uso na gravidez. BACTERICIDAS BACTERIOSTÁTICOS Matam de forma direta a bactéria, inibindo por ex, enzimas que desempenham um papel fundamental para que a cel bacteriana permaneça viva, como enz. responsáveis pela síntese da parede bacteriana. Ex: cefalosporinas e penicilinas. Não destroem diretamente as bactérias, mas interferem de maneira negativa no metabolismo bacteriano interrompendo até mesmo inibindo seu crescimento e multiplicação. Ex: tetraciclina e cloranfenicol. • Utilização de antibióticos combinados pode resultar em: Sinergismo: proporciona resultado benéfico potencializando o efeito esperado. Associação de 2 antibióticos bactericidas. Antagonismo: o efeito da combinação dos antibióticos é menor do que o efeito do antimicrobiano mais ativo isolado. Associação de antibiótico bactericida + bacteriostático. Indiferença: na associação, cada antibiótico exerce sua atividade como se estivesse atuando isoladamente. Associação de 2 antibióticos bacteriostáticos. **Deve-se conservar, nas associações, as mesmas doses com que os antibióticos são prescritos isoladamente.** - Antibiótico deve ser administrado no pré-operatório imediato para proporcionar concentrações séricas e teciduais terapêuticas durante todo o ato cirúrgico. Recomenda- se o início da profilaxia no momento da indução anestésica e a dose do antimicrobiano a ser utilizada é a habitual. - Antibióticos geralmente indicados para profilaxia cirúrgica são CEFALOSPORINAS 1ª GERAÇÃO (CEFALOTINA e CEFAZOLINA) e as CEFALOSPORINAS 2ª GERAÇÃO (CEFOXITINA e CEFUROXIMA). - INFECÇÕES RECORRENTES NO TRATO URINÁRIO: COTRIMOXAZOL/NITROFURANTOÍNA. • Classificação principais antibióticos: BETA-LACTÂMICOS (bactericida) Mec. de ação: interferem na síntese do peptideoglicano (responsável pela integridade da parede bacteriana); interação com as PBP na memb citoplasmática; ativam autolisina que degrada o peptideoglicano da parede cel. As proteínas de ligação da penicilina (PBP) são enzimas bacterianas onde os betalactamicos se ligam. As PBP estão localizadas na memb. Citoplasmática, quando a penicilina liga-se a PBP impede a síntese da parede celular e desencadeia a liberação de enzimas autoliticas, que degradam a parede, produzindo lise e morte celular rápida. As betalactamases são semelhantes as PBP, ligando-se aos betalactamicos e inativando-os. Mec. de resistência: alteração das proteínas de ligação da penicilina, diminuindo afinidade pelos betalactamicos; produção de betalactamases, que inativam os betalactamicos e pela diminuição de porinas, com consequente redução de permeabilidade. • PENICILINAS (mais eficaz p/ gram +) (Indicação: pneumonias, otites e sinusites, faringites e epiglotites, infecções cutânea, meningites bacterianas, infecções do aparelho reprodutor, endocardites bacterianas e profilaxia). As penicilinas (exceto oxacilina e penicilinas associadas a inibidores da betalactamase) não dão cobertura contra Staphylococcus (nem aureus, nem epidermidis). Cobrem estreptococos do grupo A (faringite, impetigo, erisipela), pneumococos e a maioria dos organismos que causam infecções odontogênicas. Podem ser usados para tratar meningite causada por meningococos ou pneumococos. Pneumococos com resistência plena às penicilinas: tratar com vancomicina. A ampicilina/amoxicilina sozinha pode curar uma infecção urinária enterocócica leve, mas para infecções sérias, adicione o aminoglicosídio. Ampicilina/amoxicilina são usadas para bronquite, sinusite e otite (Haemophilus influenzae, pneumococos, Moraxella catarrhalis, Klebsiella pneumoniae) Cobertura gram-negativa da ampicilina/amoxicilina é limitada. Muitas cepas de E. coli são resistentes. Portanto, não use estas drogas como primeira escolha empírica para ITU. A oxacilina é usada apenas para tratar infecções causadas por Staphylococcus aureus. Mas, nem todo S. aureus é sensível à oxacilina. As cepas resistentes são chamadas SARM (Staphylococcus aureus resistente à meticilina). SARM são resistentes a todas as penicilinas e cefalosporinas.Infecções sérias por SARM requerem vancomicina. - Benzilpenicilinas (naturais): penicilina G cristalina (EV, única benzilpenicilina que ultrapassa a barreira hemato-encefálica em concentrações terapêuticas, e somente quando há inflamação); penicilina G procaína (IM, aumenta os níveis séricos e teciduais por um período de 12 horas); penicilina G benzatina (IM, pouco hidrossolúvel, níveis séricos permanecem por 15 a 30 dias); penicilina V (oral). - Penicilinas resistentes às penicilinases: oxacilina (EV, atinge [ ] liquorica em inflamação); Meticilina. - Aminopenicilinas (abs oral e parenteral): ampicilina (meia vida de 1/2h, intervalo ñ deve ultrapassar 6h, [ ] terapêutica no LCR, liq. Pleural, articulações e fluidos peritoneais inflamados/ betalactamico que tem maior afinidade as PBP do enterococo, sendo assim indicado para o tratamento de infecção em enterococos); amoxicilina (melhor abs oral, intervalo de 8h, nível no LCR inferiores). - Penicilinas de amplo espectro, obtidas por associação com inibidores de ß-lactamase: Amoxacilina-ác. clavulânico (rápida penetração nos tec. e liq. Extravasculares, ativ. Contra: S. aureus, H. influenzae e Moraxella catarrhalis; boa ação na sinusite, otite e bronquite agudas, infecções de pele e tecidos frouxos, inclusive as mais graves: celulite associada a úlceras(pé diabético, doença vascular periférica, úlcera de decúbito, infecções intrabdominais e ginecológicas, infecções odontogênicas); Ticarcilina-ác. Clavulânico e Piperacilina-tazobactam (Ticarcilina e piperacilina são penicilinas antipseudomônicas cujo espectro inclui também as enterobactérias, cobertura contra Staphylococcus aureus, H. influenzae, Moraxella catarrhalis e mais algumas bactérias gram-negativas e anaeróbios, uso em infecções polimicrobianas graves (gram-positivos, gramnegativos, anaeróbios), como sepse abdominal, infecções de partes moles (pé diabético, úlceras de decúbito, fasciíte necrotizante), pneumonia hospitalar, infecções em imunossuprimidos, infecções crônicas de ossos e articulações.); Ampicilina-sulbactam (ativas contra cepas produtoras de b-lactamases, S. aureus, klebsiella spp.; Tratamento empírico de infecções moderadas ou graves, Indicada em infecções hospitalares abdominais, pélvicas, respiratórias, urinárias, de pele e partes moles). • CEFALOSPORINAS Mec. de resistência: hidrolise por enz beta-lactamase; produção de carbapenemases; alteração estrutural da PBP, resultando em diminuição de afinidade, diminuição da permeabilidade da memb ext por alteração das porinas e aumento do efluxo da droga bombas de efluxo. Nenhuma cefalosporina cobre enterococos, SARM ou Staphylococcus epidermidis. - 1ª geração (ativos contra cocos gram +, ativ. Moderada contra E. coli e K. pneumoniae, ñ agem contra estafilococos resistente a oxacilina, pneumococos resistente a penicilina, enterococcus e anaeróbios. Pode usar na gravidez, infecções de pele, partes moles, faringite estreptocócica, infecções TU ñ complicadas, ñ usar em infecções no SNC, pois não cruza a barreira hematoencefálica): parenterais: cefalotina e cefazolina (profilaxia cirúrgica, devido mais meia vida). / orais: cefalexina e cefadroxil. - 2ª geração (gram + e alguns gram -, ativ contra H. influenzae, Neisseria meningitidis e gonorrhoeae) cefaclor, cefuroxima (usadas pneumonia, infecção urinaria e de pele, sinusite e otite) cefoxitina (uso infecção intra-abd, pélvica e ginecológica, pé diabético), cefprozil. Eficazes na sinusite, bronquite e otite; Utilizar em caso de intolerância, alergia, reações tóxicas ou resistência ao sulfametoxazol/trimetropim. Segunda escolha também na faringite aguda estreptocócica (primeira escolha penicilina). - 3ª geração (infecção ferida cirúrgica, pneumonia e infecção TU complicadas): orais: cefixima, ceftamet-pivoxil, cefpodoxima-proxetil. / parenterais: cefotaxima e ceftriaxona (osteomielite/artrite séptica; infecções do trato urinário; sepse de origem urinária; sepse do cateter intravascular; meningite; celulite (pé diabético); tratamento empírico de pneumonia grave; sepse intrabdominal (associado ao metronidazol), ceftazidima (infecções com provável participação de Pseudomonas aeruginosa; pneumonia nosocomial; infecções urinárias pós-instrumentação; tratamento empírico do paciente neutropênico febril), cefoperazona, ceftizoxima. Espectro ampliado contra bactérias gram-negativas e melhor penetração no SNC em comparação com as cefalosporinas de gerações anteriores Ceftriaxona e cefotaxima têm ação igual ou menor que as cefalosporinas de primeira geração contra estafilococos e estreptococos. A Ceftriaxona e cefotaxima são também usadas para meningite por cobrirem pneumococos, meningococos e Haemophilus influenzae. - 4ª geração (contra bact.. gram – ativ antipseudomonas e contra cocos gram + estafilococos sensíveis a oxacilina. Uso pneumonia hospitalar, infecção TU grave): parenteral: cefepima (0,5-2g/8-12h) Como antibiótico de amplo espectro, deve ser reservados para infecções graves. Indicação - monoterapia: infecções graves por bacilos gram-negativos → infecções do SNC, pneumonia comunitária, infecções de partes moles, infecções ósseas e articulares, infecções urinárias. Associado: infecções intrabdominais (com metronidazol ou clindamicina), pneumonia nosocomial (com outra droga antipseudomônica), imunossuprimidos ou leucopênicos febris (com outra droga antipseudomônica). • CARBAPENÊMICOS Agem ligando-se as PBP, levando a lise celular. Não usar em tratamento empírico de infecções comunitária ou hospitalares. (EV ou IM; uso: infecção abdominal, infecções SNC, pneumonia, infecção de pele e partes moles, infecção TU, infecção ginecológicas) - Imipenem e Meropenem (bactérias gram-negativas (incluindo Pseudomonas aeruginosa), gram- positivas e anaeróbios; Não atuam em enterococos e SARM; Não usar imipenem na meningite (risco de convulsões em pacientes com insuficiência renal, idosos, doenças do SNC e/ou em uso de doses elevadas); Reações alérgicas cruzadas com penicilinas e cefalosporinas; INDICAÇÕES (não é primeira escolha em nenhuma destas): infecções intrabdominais e pélvicas, pneumonia comunitária e nosocomial, paciente neutropênico febril, meningite (meropenem). - Ertapenem (ñ tem ativ. contra P. aeruginosa e A.baumanni; alternativa para tratamento de infecções por Klebsiella pneumoniae produtoras de betalactamases de espectro estendido; ativ contra bactérias gram-positivas e gram-negativas aeróbias e anaeróbias; indicada: Infecções intrabdominais complicadas, Infecções complicadas de pele e de partes moles, Pneumonia adquirida na comunidade, Infecções urinárias complicadas, inclusive pielonefrite, Infecções pélvicas, inclusive endomiometrite pós-parto, aborto séptico e infecções ginecológicas pós-cirúrgicas; Não atua sobre Acinetobacter ou Pseudomonas). • MONOBACTÂMICOS (IM ou EV; uso infecções TU, bacteremias, infecções pélvicas, infecções intra-abdominais, infecções respiratórias; gram-negativos (incluindo Pseudomonas aeruginosa); - Aztreonam -*****- • QUINOLONAS (bactericida) Mec. de ação: Inibem a atividade da DNA girase ou topoisomerase II, enzima essencial à sobrevivência bacteriana. A DNA girase torna a molécula de DNA compacta e biologicamente ativa. Ao inibir essa enzima, a molécula de DNA passa a ocupar grande espaço no interior da bactéria e suas extremidades livres determinam síntese descontrolada de RNA mensageiro e de proteínas, determinando a morte das bactérias. Mec. resistência: a resistência ocorre por alteração na enzima DNA girase, que passa a não sofrer ação do antimicrobiano. Pode ocorrer por mutação cromossômica nos genes que são responsáveis pelas enzimas alvo ou por alteração da permeabilidade à droga pela membrana celular bacteriana (porinas). Bombas de efluxo retiram adroga do meio intracelular da bactéria. - via EV e oral. - uso: infecções urinárias não complicadas, como cistites em mulheres jovens (Chlamydea trachomatis e Mycoplasma hominis); Trato gastrintestinal; infecções de vias aéreas superiores como sinusites (3ª geração); osteomielites; infecções de pele, úlceras crônicas e pé-diabético; atividade contra micobactérias. - seu uso deve ser evitado em pacientes que estejam amamentando. Excelente atividade para gram-negativos. Não servem para SARM. - 1ª geração: ác. Nalidíxico (indicado para o tratamento de infecções baixas do TU), ác. Pipemídico e ác. Oxolínico. - 2ª geração: norfloxacino(oral, ITU); oflloxacino, pefloxacino e ciprofloxacino (também são eficazes contra bactérias gram-positivas como o S. aureus; oral e injetável; infecções do trato urinário, febre tifóide, pneumonias hospitalares, osteomielite crônica, infecções complicadas de partes moles; ofloxacina e a pefloxacina são alternativas no tratamento de meningites por meningococos, hemófilos ou enterobactérias sensíveis.); lomefloxacino. - 3ª geração: levofloxacino, moxifloxacino e gemifloxacino (adm em dose única diária, potência aumentada para germes gram-positivos (incluindo pneumococos e enterococos) e mantem ação contra gram-negativos; indicadas para pneumonia adquirida na comunidade, para patógenos típicos atípicos; tratamento de exacerbações agudas de bronquite crônica, sinusite aguda, infecções do trato urinário, osteomielite e infecções de partes moles) • GLICOPEPTÍDEOS (bactericida/ bacteriostático em enterococos) Mec. de ação: inibem a síntese do peptideoglicano, além de alterar a permeabilidade da membrana citoplasmática e interferir na síntese de RNA citoplasmático. Desta forma, inibem a síntese da parede celular bacteriana de gram +. Mec. resistência: enterococos desenvolveram resistência aos glicopeptídeos (vancomicina), devido a alterações genéticas na bactéria (gen vanA) que diminuíram o tropismo da droga pelo microrganismo. Já os estafilococos, houve espessamento da parede celular bacteriana. - necessitam de dose de ataque, para atingir a concentração mínima para o tratamento. Usada para infecções gram-positivas que não podem ser tratadas por outras drogas (como SARM, infecções causadas por S.taphylococcus epidermidis e em pacientes alérgicos à penicilina ou cefalosporinas) – Vancomicina (IV; alternativa aos beta-lactâmicos em pacientes alérgicos e alternativa no tratamento de infecções por estafilococos resistentes a oxacilina, droga de escolha pela maior potência e menor toxicidade quando comparada com os glicopeptídeos.!!) - Teicoplanina (IV ou IM; adm 1x/dia; usada em pacientes que apresentaram reação alérgica grave à vancomicina; não tem atividade contra bacilos gram-negativos, fungos ou micobactérias.) • OXAZOLIDINONAS (bacteriostático) - ativ. contra cocos gram-positivos e não apresenta ativ. contra bactérias gram-negativas. Mec. ação: inibe síntese proteica, porém, em etapa distinta daquela inibida por outros antimicrobianos. Dessa maneira, não ocorre resistência cruzada com macrolídeos, estreptograminas ou aminoglicosídeos. Mec. Resistência: mec. de mutação no gene 23SrRNA. - IV e oral - Linezolida (utilizada em infecções graves por patógenos gram-positivos multirresistentes; ativ. Contra estafilococos resistentes à oxacilina e enterococos resistentes à vancomicina; alternativa para glicopeptídios e estreptograminas para tratar infecções sérias devido a organismos gram-positivos resistentes). • AMINOGLICOSÍDEOS (bactericida) Mec. ação: Ligam-se à fração 30S dos ribossomos inibindo a síntese protéica ou produzindo proteínas defeituosas. Mec. resistência: alteração dos sítios de ligação no ribossomo; alteração na permeabilidade; modificação enzimática da droga. - IV e IM. - uso: septicemias, infecções do trato urinário, endocardites, infecções respiratórias, infecções intra- abdominais, meningites em recém-nascidos, infecções oculares, osteomielites e infecções de articulações. - nefrotóxico, ototoxicidade, paralisia neuromuscular. Ação em bactérias gram-negativas. A amicacina tem o melhor perfil para os bacilos gram negativos, inclusive Pseudomonas. Têm ação sinérgica à penicilina (ampicilina/amoxicilina) contra enterococos. - Estreptomicina (usada em esquema alternativo contra tuberculose, quando há resistência a isoniazida e/ou rifampicina) - Neomicina (usada em infecções por gram – P. aeruginosa e combinado com betalactamicos para infecções graves por enterococos) - Gentamicina (IV e IM; 1,0-1,7 mg/kg/8h) - Amicacina (usada em infecção por bacilo gram – resistente a gentamicina e na terapia empírica de infecção) • MACROLÍDEOS (bacteriostático/ bactericida depende da [ ] e microorg.) Mec. ação: ligação a subunidade 50S do ribossomo, inibindo a síntese proteica. Mec. resistência: diminuição da permeabilidade da célula ao antimicrobiano, alteração no sítio receptor da porção 50S do ribossoma e inativação enzimática. - uso: utilizados como alternativa terapêutica em pacientes alérgicos à penicilina; infecções do trato respiratório por estreptococos do grupo A; pneumonia por S. pneumoniae; prevenção de endocardite após procedimento odontológico; infecções superficiais de pele (Streptococcus pyogenes); profilaxia de febre reumática (faringite estreptocócica); alternativa para o tratamento da sífilis. Claritromicina não deve ser usada na gestação ou na insuficiência hepática grave - 1ª escolha no tratamento de pneumonias por bactérias atípicas (Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila, Chlamydia spp.) - Eritromicina (indicada na faringite estreptocócica em pacientes alérgicos à penicilina; conjuntivite e infecções pélvicas por Clamydia trachomatis em gestantes) - Azitromicina e claritromicina (usadas no tratamento ou profilaxia de infecção por Mycobacterium, H. pylori) • LINCOSAMIDAS (bacteriostático) Mec. ação: inibem a síntese proteica nos ribossomos, ligando-se a subunidade 50S, alteram a superfície bacteriana, facilitando a opsonização, fagocitose e destruição intracelular dos microrganismos. Mec. resistência: alterações no sítio receptor do ribossomo conferem resistência aos antimicrobianos deste grupo, também por mudanças mediadas por plamídeos, no RNA 23S da subunidade 50S do ribossomo. - Lincomicina - Clindamicina (via oral, EV ou tópica; não atravessa barreira hematoencefálica; atravessa placenta; uso em infecções intra-abdominais, infecções pélvicas, infecções pulmonares (abscesso pulmonar, pneumonia aspirativa, empiema) causadas por anaeróbios gram-positivos e anaeróbios gram-negativos. Também, em infecções odontogênicas, sinusites, otite crônica, osteomielites (causadas por estafilococos sensíveis à oxacilina ou anaeróbios) e infecções de pele por estreptococos ou estafilococos. Erisipela e infecções de partes moles em pacientes alérgicos a penicilina.) (Alternativa terapêutica para corioretinite ou encefalite por Toxoplasma gondii (em doses elevadas) e malária causada por P. vivax e P. falciparum.) • NITROIMIDAZÓLICOS (bactericida) Mec. ação: após entrar na cel, o antimicrobiano é ativado por um processo de redução. O grupo nitro da droga atua como receptor de elétrons, levando à liberação de compostos tóxicos e radicais livres que atuam no DNA, inativando-o e impedindo a síntese enzimática das bactérias. - oral, tópico e IV; atravessa placenta e não deve ser usado na gravidez. - Metronidazol: (contra amebíase, tricomoníase e giardíase) • CLORANFENICOL (bacteriostático) Deve ser utilizado apenas em pacientes graves, em situações específicas. Mec. de ação: liga-se à subunidade 50S do ribossomo, inibindo a síntese proteica da bactéria Mec. de resistência: adquirido através de plasmídeos ou alterações depermeabilidade à droga, determinada pela produção de uma enzima, acetiltransferase ou nitrorredutase, que inativa o composto. - oral, IV e tópico. - Penetra na maioria dos fluidos orgânicos e atinge o liquor na metade da concentração plasmática na presença ou não de inflamação das meninges. - para-efeito é a aplasia medular - usado no tratamento de infecção por enterococos resistentes à vancomicina; tratamento da febre tifóide (Salmonella typhi); alternativa no tratamento de meningite bacteriana e epiglotite, artrite séptica e osteomielite por Haemophilus influenzae em pacientes alérgicos aos ß-lactâmicos; indicado no tratamento de ricketsioses ou erlickiose. - deve ser evitado em gestantes e lactantes, pois atravessa a placenta e é encontrada no leite, em recém- nascido causa “Síndrome do bebê cinzento”, devido falta de capacidade do recém-nascido conjugar e eliminar a droga. - Cloranfenicol • ESTREPTOGRAMINAS (bacteriostático para enterococos e bactericida para estafilococos) Mec. de ação: relacionado à inibição da síntese proteica bacteriana por ligarem-se a vários sítios da fração 50S dos ribossomos, formando um complexo quinopristina-ribossomo-dalfonopristina. Ambos os compostos inibem a formação de pontes peptídicas, resultando na formação de cadeias protéicas incompletas. Mec. de resistência: mediado por plasmídios, que confere resistência aos macrolídeos, lincosominas e a quinopristina, mas não à dalfonopristina. Também pode ocorrer por mecanismo enzimático relacionado à bomba de efluxo. - obrigatoriamente administrada por via intravenosa central. - Não atravessa a barreira hematoencefálica e nem a barreira placentária. - uso: restritas às infecções causadas por estafilococos resistentes à oxacilina e aos estafilococos com sensibilidade diminuída ou resistentes à vancomicina; tratamento das infecções por enterococos, só está indicada nas causadas por E. faecium resistentes à vancomicina. - interação med: Antihistamínicos, Antiretrovirais, Antineoplásicos, Benzodiazepínicos, Inibidores do canal de cálcio, Redutores de colesterol, imunossupressores. - reação adversa: mialgia podendo ser adm diminuindo-se a dosagem da droga, também flebites, supressão moderada da medula óssea e valores transitoriamente elevados em testes de função hepática. - Quinopristina e Dalfonopristina derivados da Pristinamicina IA e IIB • SULFONAMIDAS (bacteriostático) Mec. de ação: inibem o metabolismo do ácido fólico, por mecanismo competitivo. Mec. resistência: resistência a sulfas pode ocorrer por mutação, levando à produção aumentada de ácido para-aminobenzóico ou à síntese de diidropteróico sintetase que apresentam pouca afinidade pelo antimicrobiano. - Distribuem-se amplamente nos tecidos, atingindo níveis terapêuticos nos líquidos cefalorraquidiano, sinovial, pleural e peritoneal além de atravessarem a barreira placentária. - Devem ser usados com precaução durante a gestação devido ao potencial de teratogenicidade. - Cotrimoxaxol (indicado nas infecções do trato urinário, altas e baixas, uretrites e prostatites agudas ou crônicas; utilizado no tratamento de otite média, sinusite e exacerbação aguda de bronquite crônica como alternativa para pacientes alérgicos aos ß-lactâmicos; primeira escolha para o tratamento e profilaxia da pneumonia por P. carinii nos pacientes portadores de alguma imunodepressão) -Sulfadiazina (usada na toxoplasmose; como alternativa na malária por P. falciparum sensível ou resistente à cloroquina e a forma tópica da droga é a sulfadiazina prata, indicada na prevenção de infecções em pacientes queimados). - Sulfametoxazol – Trimetoprim (gram-positivos (inclusive estafilococos) e gram-negativos, incluindo aqueles que causam sinusite/bronquite/otite e infecções do trato urinário; indicada na infecções não complicadas do trato urinário (cistite), bronquite, otite, sinusite, infecções entéricas (causadas por Shigella, Salmonella, E. coli), profilaxia de infecção urinária recorrente) • TETRACICLINAS (bacteriostático) Mec. de ação: entram na célula por difusão e ligam-se, de maneira reversível, à porção 30S do ribossomo, bloqueando a ligação do RNA transportador, impedindo a síntese proteica. Mec. de resistência: por diminuição da acumulação da droga no interior da célula, podendo ser cromossômica ou mediada por plasmídeos ou transposons. - cobrem maioria de gram +, gram - é limitado e inclui Escherichia coli e Haemophilus influenzae - infecções leves como bronquite, sinusite, furúnculos. São, também, alternativas à eritromicina para as pneumonias “atípicas” - Encontrada em pequena quantidade em muitos fluidos orgânicos, atravessam a barreira transplacentária e são excretadas no leite materno. - Utilizadas no tratamento de infecções causadas por clamídias, riquétsias, cólera, brucelose e actinomicose. São alternativas no tratamento de infecções causadas por Mycoplasma pneumoniae, N. gonorrhoeae, H. ducreyi, Treponema pallidum e em pacientes com traqueobronquites e sinusites. - Doxicilina (100mg/12h; infecções causadas por Chlamydia trachomatis (uretrite não-gonocócica, DIP). Vantagens sobre as outras tetraciclinas por sua maior absorção VO, menor toxicidade gastrointestinal, meia-vida mais longa e poder ser usada sem ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal.), Tetraciclina (250-500mg/6h) NOVOS ANTIMICROBIANOS • GLICILCICLINAS Mec. de ação: inibe a tradução protéica nas bactérias, ligando-se à subunidade ribossômica 30S bloqueando a entrada de moléculas aminoacil RNAt no sítio do ribossomo. - uso EV. - Apresenta potente atividade contra cocos gram-positivos (estafilococos resistentes à oxacilina, enterococos resistentes à vancomicina e estreptococos resistentes às penicilinas ou cefalosporinas), bacilos gram-negativos (exceto P. aeruginosa e Proteus mirabilis); excelente atividade contra a grande maioria das enterobactérias, incluindo Klebsiella pneumoniae. Aprovada para o tratamento de infecções complicadas de partes moles e intra-abdominais. - Tigeciclina (100mg/12h) • POLIMIXINAS (bactericida) Mec. de ação: interagem com a molécula de polissacarídeo da membrana externa das bactérias gram -, retirando cálcio e magnésio, necessários para a estabilidade da molécula de polissacarídeo, resultando em aumento de permeabilidade da membrana com rápida perda de conteúdo celular e morte da bactéria. Mec. de resistência: resistência natural de bactérias gram + está relacionada à incapacidade da droga de penetrar na parede celular. Entre os gram-negativos a resistência pode ocorrer por mecanismo semelhante, ou por diminuição na ligação à membrana celular. - antiendotoxina. - utilizadas no tratamento de infecções graves por bacilos gram-negativos multirressitentes como P.aeruginosa e A.baumannii, principalmente, no tratamento de pneumonias associadas à assistência à saúde, infecções da corrente sanguínea relacionadas a cateteres, nas infecções do sítio cirúgico e nas infecções do trato urinário. - efeito toxico: lesão renal. - Colistina (Polimixina E), Polimixina B • LIPOPEPTÍDEO Mec. de ação: pela ligação da daptomicina à membrana celular bacteriana levando à rápida despolarização do potencial de membrana, o que determina a inibição da síntese de proteínas, DNA e RNA, além do extravasamento de conteúdo citoplasmático e morte bacteriana. - adm IV. - indicado em infecções causadas por estafilococos resistentes à oxacilina e os enterococos, também contra bactérias resistentes à vancomicina e linezolida. - inativada pelo surfactante pulmonar, não podendo dessa maneira ser utilizada no tratamento de pneumonia. - Daptomicina • GEMIFLOXACINA Mec. de ação: inibe a síntese de DNA através da inibição simultânea da DNA-girase e da topoisomerase IV.Mec. de resistência: devido a mutações da DNA-girase e/ou da topoisomerase IV, por meio de mutações ou efluxo. Resistência cruzada ocorre com as demais quinolonas, trata-se de resistência parcial. - uso oral. - Indicada para o tratamento de pneumonia adquirida na comunidade e exacerbação de bronquite crônica. Resistencia bacteriana a antimicrobianos Bact. sensível ao antimicrobiano: quando a [ ] necessária para inibir seu crescimento for inferior a [ ] do antimicrobiano nos fluidos corpóreos. Bact. resistente ao antimicrobiano: quando a [ ] para inibir a bactéria é superior àquela alcançada no sangue. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS CONFORME O ESPECTRO DE AÇÃO: DROGAS ANTIANAERÓBIAS cloranfenicol, imipenem, metronidazol, combinação de betalactâmico c/ inibidor da betalactamase, clindamicina, cefoxitina DROGAS PARA GRAM-POSITIVOS: vancomicina, teicoplanina, linezolida, quinupristina/dalfopristina DROGAS PARA GRAM-NEGATIVOS: aztreonam, ceftazidima, aminoglicosídios, quinolonas DROGAS PARA GERMES CAUSADORES DE PNEUMONIAS “ATÍPICAS” tetraciclina, doxiciclina, macrolídeos, aminoglicosídios, cloranfenicol, quinolonas de terceira e quarta gerações DROGAS DE AMPLO ESPECTRO: carbapenemos, cefalosporinas de quarta geração, penicilinas + inibidores da betalactamase
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