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1 Camila Maria GRAMPOS São chamados também de retentores diretos extracoronários. São elementos da PPR que abraçam o dente pilar conferindo a eles retenção e estabilidade quando as forças tendem a deslocar as próteses do seu assentamento final. Deverão apresentar a integridade dos dentes e das estruturas de suporte direta ou indiretamente relacionados a estes. Os retentores diretos apresentam 4 elementos constituintes braço de retenção direta, braço de oposição ou recíproco e corpo do grampo. Alguns princípios regem o funcionamento do grampos. São eles: 1. Retenção – capacidade da prótese de resistir as forças verticais que tendam a deslocá-las. É conferida pelos braços de retenção do grampo. 2. Reciprocidade – é conferida pelo braço de oposição. 3. Suporte ou fixação – é a propriedade dada pelos apoios que vai impedir o deslocamento na prótese no sentido de seu eixo de inserção 4. Estabilidade – propriedade dada pelos braços de oposição, apoios superficiais, corpo e conector maior. 5. Circunscrição – a ação de abraçamento do grampo que deverá envolver mais de 180º da circunferência total da coroa. 6. Passividade – o grampo depois de alojado em sítio não deverá exercer nenhum esforço sobre o dente. A retenção exagerada pode resultar em uma sobrecarga nos dentes pilares, com potencial de trauma. O termo grampo de retenção é utilizado para designar o braço de retenção ou retentivo, enquanto que o tempo grampo de oposição é utilizado para se referir ao braço de oposição ou recíproco. Os grampos de retenção são os únicos componentes flexíveis das pprs, é responsável por conferir retenção a PPR, impedindo o deslocamento gengivo-oclusal. Os grampos de retenção se deformam quando sujeitos a uma força, o que possibilita que estes elementos possam ultrapassar o equador protético. Em analise no delineador, poderemos visualizar áreas retentivas, as quais estarão relacionadas com a posição e inclinação dos dentes, e com o próprio eixo de inserção estabelecido, sendo de extrema importância para o planejamento da ponta ativa do grampo de retenção. A flexibilidade do grampo vai depender de diversos fatores como: 1. Espessura do grampo – a flexibilidade é inversamente proporcional a sua espessura. 2 Camila Maria 2. Comprimento do grampo – a flexibilidade de um grampo é diretamente proporcional ao seu comprimento. 3. Secção transversal do grampo – a secção transversal semicircular (ou “meia-cana”) determina menor flexibilidade em relação aos grampos com secção transversal circular. 4. Tipo de liga utilizada – o tipo de liga é fator influenciador da quantidade de retenção que o grampo pode proporcionar. As ligas mais usadas são de Co-Cr que apresentam maior modulo de elasticidade (rigidez). Ligas áureas alem de alto custo precisam de maior espessura para que sejam rígidas, provinientes de seu baixo modulo de elasticidade, além de que necessita de mais áreas retentivas para proporcionar uma retentividade igual que as de Co-Cr. As ligas de titânio estão indicadas para os que são alérgicos as ligas de Co-Cr. As ligas de titânio não deverão ser empregadas com frequência porque apresentam algumas limitações, como o custo laboratorial alto, maior possibilidade de ter porosidades internas e por apresentarem maior flexibilidade, em áreas rígidas precisam de maior espessura. Em relação a morfologia dos grampos de retenção, eles podem ser divididos em dois grandes grupos: grampos circunferenciais e os grampos a barra. Os grampos de oposição são rígidos, largos oclusogengivalmente e tem função de neutralizar as forças exercidas pelos grampos de retenção eles devem apresentar espessura constante e que sejam rígidos. Esses grampos para que sejam efetivos devem respeitar os conceitos de reciprocidade, ou seja, forças iguais, em sentidos contrários que se anulam. A reciprocidade em um dente pilar pode ser analisado pela reciprocidade horizontal e pela reciprocidade vertical. O principio da reciprocidade horizontal estabelece que os grampos de retenção e de oposição devem circundar mais da metade da circunferência dentária (mais de 180º). O não cumprimento desse principio pode resultar em grampos que geram forças laterais, podendo resultar em alteração na posição dentária. O principio da reciprocidade vertical determina que durante toda a ação do grampo de retenção, deve haver contato do grampo de oposição com a superfície oposta. A reciprocidade vertical nem sempre é conseguida com tanta facilidade quanto a reciprocidade horizontal. Grampos de oposição: os cirucunferenciasis além de ser empregados como elementos retentivos, também são utilizados como grampos de oposição, sendo mais utilizado para dentes posteriores, inclusive como oposição do grampo a barra, como o grampo a barra em T. Nesse caso ele apresenta uniformidade do diametro em toda a sua extensão para garantir a rigidez. Nos dentes anteriores os grampos de oposição indicados são os MDL.
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