Buscar

Aulas Direito Internacional Publico e Privado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Professor Mateus Silveira 
Facebook: Mateus Silveira 
mateussilveira.adv@gmail.com 
Aula IDC – 14/02/2014 
 
 Dir. Internacional: É o conjunto de princípios e 
normas, positivas e costumeiras, representativos dos 
direitos e deveres aplicáveis no âmbito da sociedade 
internacional. 
 
 Dir. Inter. Público: regula ou regra a relação 
entre os Estados, os Estados e organismos 
internacionais intergovernamentais (ONU, BIRD, FMI) 
e os Estados e Particulares. Deste modo, podemos 
dizer que o DIPub regula as relações em que o 
Estado é parte ou outro ente com personalidade 
jurídica de direito internacional. 
 
 
 Dir. Inter. Privado: regula a relação entre os 
particulares e seus interesses de ordem privada com 
características internacionais. É um sobredireito, 
pois indica o direito aplicável e não soluciona o 
litígio (traz normas conflituais e indiretas). 
DIR. INTERNACIONAL PÚBLICO 
 O DIP tem como características fundamentais: 
a inexistência de uma autoridade superior, a falta de 
coercibilidade para o cumprimento dos regramentos 
estabelecidos, sistema de sanções frágeis, 
descentralização das decisões e o dever do respeito 
à soberania dos Estados. 
 
 O q fundamenta o DIP é a soberania estatal 
(art. 1, I da CF/88), manifestação do consentimento 
e o pacta sunt servanda. 
 
 SOBERANIA: é a qualidade que caracteriza o 
poder supremo de um Estado (independência, 
autoridade dentro e fora do seu território); Art. 1º, 
I; Art. 4º, I, III e V; Art. 170, I, todos da CF/88; 
 
 PACTA SUNT SERVANDA: liberdade de contrair 
obrigações (direitos e deveres), compromissos 
livremente firmados devem ser cumpridos. 
 
FONTES DE DIREITO INTERNACIONAL 
 
PRIMÁRIAS: tratados internacionais, o costume 
internacional e os princípios gerais de direito. 
SECUNDÁRIAS: doutrina, jurisprudência da Corte 
Internacional de Justiça de 1945 – Corte de Haia – 
art. 38 (decisões da corte, convenções e tratados, 
costumes e princípios gerais de direito). 
 Os costumes reconhecidos e praticados nas 
relações exteriores vinculam as partes, sem 
necessitar que esta norma esteja escrita. 
 
 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO: são os valores que 
apontam um caminho a seguir e que servem de base 
para as decisões internacionais. 
AS JURISPRUDÊNCIAS das cortes internacionais (CIJ 
(corte internacional de justiça) E TPI (tribunal penal 
internacional)) fazem fonte de direito intencional, no 
entanto as jurisprudências dos Tribunais 
Constitucionais internos de cada nação não), apesar 
de terem relevância do dir. internacional privado, 
não são fontes de DIP. 
OS ATOS UNILATERAIS dos Estados fazem fonte de 
DIP??? 
 
PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO 
INTERNACIONAL 
 
 Os Estados e organizações internacionais 
intergovernamentais e os particulares ou indivíduos 
tem personalidade jurídica internacional ou seja, 
são sujeitos do Direito Internacional. 
 Atenção: A Anistia Internacional e o Comitê 
Internacional da Cruz Vermelha não são 
organizações internacionais, mas sim ONGs de 
atuação internacional, por este motivo não 
celebram tratados, e por este motivo não são 
considerados sujeitos de direito internacional. 
 
 ESTADOS: para que sejam sujeitos de direito 
internacional devem reunir 4 elementos 
constitutivos em sua formação: População 
Permanente; Território determinado; Governo e 
Soberania. 
 
 RECONHECIMENTO DE UM ESTADO: é o 
surgimento de um novo sujeito de direito 
internacional, atestado pelos demais Estados por 
meio de um ato discricionário, unilateral, 
irrevogável e incondicional; Cuja importância é 
fundamental para que o novo Estado se relacione 
com os seus pares na comunidade internacional. 
 
 
RECONHECIMENTO DE GOVERNO: é todo o 
governo que exerce a sua autoridade como sendo 
a única no Estado. Tem as seguintes 
FORMALIDADES: efetividade (controle da máquina 
e obediência civil), cumprimento das obrigações 
internacionais, Constituição própria e ser 
democrático. 
EFEITOS DO RECONHECIMENTO DE UM 
GOVERNO: estabelecimento de relações 
diplomáticas; imunidade de jurisdição; capacidade 
para demanda em tribunal estrangeiro; admissão 
da validade das leis e atos governamentais. 
 
CHEFE DE ESTADO X CHEFE DE GOVERNO 
 
 No Brasil cabe Privativamente ao Chefe de 
Estado art. 84, VII e VIII da CF/88 manter relações 
com outros Estados, acreditar seus representantes 
diplomáticos e celebrar tratados internacionais ad 
referendum do Congresso Nacional. 
 O Chefe de Estado goza de imunidade plena 
que é uma restrição ao direito fundamental dos 
Estados soberanos que se veem impedidos de 
sujeitar representantes de outros Estados 
presentes em seu território ao seu ordenamento 
jurídico. 
 
 
 No Brasil o Ministro das Relações Exteriores 
ou chanceler tem como principal função auxiliar o 
chefe de Estado na formulação e execução da 
política externa. 
 
PESSOA JURÍDICA DE DIR. PUB. EXTERNO – 
República Federativa do Brasil; 
 
PESSOA JURÍDICA DE DIR. PUB. INTERNO – UNIÃO 
FEDERAL; 
 
 
 
 ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS 
INTERGOVERNAMENTAIS: são pessoas de direito 
público externo formadas pela reunião de Estados 
que têm uma finalidade em comum. Após serem 
constituídas adquirem personalidade internacional 
independente da de seus membros constituintes 
(ONU, OIT, FAO, UNESCO (educação, ciência e 
cultura), OTAN E FMI). 
 
 
 SANTA SÉ: é a aliança da Cúria Romana com o 
Papa, o Tratado de Latrão firmado em 1929 pela Itália 
e a Santa Sé, reconhece a personalidade internacional 
da Santa Sé, reconheceu a propriedade e a jurisdição 
soberana sobre o Vaticano e atribuiu ao Vaticano 
neutralidade permanente. 
 ESTADO DA CIDADE DO VATICANO possui 
personalidade jurídica própria que não se confunde 
com a da santa sé, nacionalidade própria 
(nacionalidade funcional ou jus domicilli + jus laboris); 
quem reside no Vaticano está submetido a soberania 
da Santa Sé que também tem direito a representação 
diplomática ativa e passiva (núncio apostólico); o Papa 
é chefe de Estado e da Igreja Católica; 
 
TRATADOS INTERNACIONAIS 
 
 É o acordo internacional celebrado por 
escrito entre dois ou mais Estados ou outros 
sujeitos sob égide do Direito Internacional. 
 
 Requisitos de Validade: CAPACIDADE DAS 
PARTES, HABILITAÇÃO DO AGENTE SIGNATÁRIO 
(representatividade derivada carta de plenos 
poderes), CONSENTIMENTO MÚTUO, OBJETO 
LÍCITO E POSSÍVEL. 
 
 
 NO BRASIL assinam e negociam tratados o 
Chefe de Estado e o Ministro das relações 
Exteriores e também o PLENIPOTENCIÁRIO (pessoa 
escolhida pelo Presidente com a confirmação do 
Min das rel. Exteriores) e Delegação nacional, 
ambos necessitam de “CARTA DE PLENOS 
PODERES”. Que significa que é um doc. expedido 
por autoridade competente dando os poderes 
necessários, para firmar, negociar e alterar acordos 
em nome da nação. 
 TRATADOS são normas de direito externo até 
serem internalizados pelos ordenamentos jurídicos 
de cada nação. O Brasil adotou a teoria da 
incorporação no art. 5º, §s 2º, 3º e 4º da CF/88. 
 
 No Brasil, assinado o tratado, o mesmo é 
enviado com uma carta ao Congresso Nacional e 
deve ser aprovado nas duas casas, sendo aprovado é 
emitido pelo Presidente do Congresso Nacional um 
Decreto Legislativo autorizando o presidente a 
ratificar o acordo, uma vez ratificado por Decreto 
presidencial, o tratado será promulgado e 
publicado passando a valer no território nacional. 
 Conflito entre o tratado e norma interna, a 
doutrina majoritária prega a prevalência do direito 
internacional sobre o direito interno. No entanto, 
nenhum tratado internacional poderá contrariar a 
Constituição Federal de 1988. 
 
 SÚMULA VINCULANTE Nº 25 da ilicitudeda 
prisão civil do depositário infiel (art. 5º, LXVII, da CF), 
iniciada pelo Pacto de San José na Costa Rica. Este 
pacto não foi incorporado como EC, contudo, mesmo 
assim o STF o aplicou e lhe deu validade após ser 
recepcionado no ordenamento brasileiro. 
 CASO SEAN, foi aplicada a Convenção Sobre os 
Aspectos Civis do Sequestro Internacional de 
Crianças, Tb chamada de Convenção de HAIA de 
1980. Onde a criança retirada do seu país de 
residência habitual, deve ser remetida 
imediatamente para este, do local onde ela se 
encontra ilicitamente retida, respeitando os direitos 
de guarda e visita dos genitores. 
 
 AGENTES DIPLOMÁTICOS: são responsáveis 
pela representação do próprio Estado em território 
estrangeiro, perante o governo. 
 Missão Diplomática: é formada pelo conj. De 
diplomatas que representam os Estados ou 
organizações intergovernamentais. 
 OS EMBAIXADORES são a própria 
representação da nação no estado estrangeiro, são 
responsáveis pela representação política. Os 
prédios das embaixadas são invioláveis 
 DIREITO DE LEGAÇÃO: consiste na prerrogativa 
dos Estados de enviar (ativa) e receber (passiva) agentes 
diplomáticos (Embaixadores) de outros Estados. 
 
 O Chefe da Missão Diplomática é chamado 
de embaixador ou núncio. Também em missões 
sem embaixadas o chefe poderá ser chamado de 
enviado ou ministro ou encarregado de negócios. 
 Embaixador é uma função ocupada e não 
uma classe da carreira diplomática, o último nível 
da carreira diplomática é ministro de primeira 
classe. 
 As Embaixadas, que são o local onde 
funciona a missão diplomática compreendendo o 
conjunto de suas instalações físicas, são invioláveis 
segundo a Convenção de Viena. 
 AGENTES CONSULARES: são funcionários 
públicos enviados pelo Estado para a proteção de 
seus interesses e de seus nacionais; 
 CONSULADOS são repartições públicas 
estabelecidas pelos Estados em portos ou cidades 
de outros Estados. São responsáveis pela 
representação comercial, administrativa e a de 
caráter notarial. 
 Espécies de cônsul: Honorário eleito entre os 
nacionais do país onde está o consulado; de 
Carreira funcionário público do país que o 
consulado representa; 
 
 
 Nomeação do Cônsul depende de aceitação 
prévia do nome indicado (feito mediante o 
exequatur que é a autorização concedida pelo 
Estado receptor que admite o agente consular para 
o exercício de suas funções), competindo tal 
função a cada Estado individualmente, nos termos 
de sua legislação específica. 
 
 CARTA PATENTE: é o documento que 
representa a investidura do agente consular; 
 
 
 OS LOCAIS DA MISSÃO DIPLOMÁTICA NÃO 
PODEM SER VIOLADOS; 
 O AGENTE DIPLOMÁTICO GOZA DE ISENÇÃO 
DE IMPOSTOS E TAXAS, HAVENDO EXCEÇÕES A 
ESSE RESPEITO; 
 OS BENS DA EMBAIXADA SÃO INVIOLÁVEIS E 
NÃO PODEM SER OBJETOS DE PENHORA. 
 A CORRESPONDÊNCIA E A COMUNICAÇÃO 
OFICIAL DA MISSÃO DIPLOMÁTICA É INVIOLÁVEL. 
 A MALA DIPLOMÁTICA NÃO PODERÁ SER 
ABERTA OU RETIDA. 
 
 
Imunidade 
 Em razão do desempenho das suas funções, o 
agente diplomático goza de privilégios e imunidades. 
 Esses privilégios e imunidades podem ser 
classificados em: inviolabilidade, imunidade de 
jurisdição civil e criminal, e isenção fiscal. 
 A inviolabilidade abrange a Missão diplomática 
e as residências particulares dos agentes 
diplomáticos. Nesses locais, o Estado acreditado não 
pode exercer qualquer tipo de coação (invasão pela 
polícia), a não ser que haja autorização do Chefe da 
Missão. Do mesmo modo, não pode haver uma 
citação dentro da Missão. 
 
 A inviolabilidade cessa se os locais da Missão 
forem utilizados de modo incompatível com as funções 
da Missão. Cessa ainda em caso de emergência 
(incêndio). 
 É inviolável também a correspondência. 
 A inviolabilidade também significa que os agentes 
diplomáticos não podem ser presos. 
 O Estado acreditado deverá proteger os imóveis da 
Missão, bem como a própria pessoa dos Agentes 
Diplomáticos. 
 Os atos da Missão, praticados como representante 
do Estado acreditante (assinatura de Tratado) não 
podem ser apreciados pelos tribunais do Estado 
acreditado. 
 
 O Agente Diplomático goza de imunidade de 
jurisdição criminal. É absoluta e aplica-se a qualquer 
delito. Ele tem ainda imunidade de jurisdição civil e 
administrativa. 
 A imunidade de jurisdição não significa que ele 
esteja acima da lei, mas significa apenas que ele 
deverá ser processado no Estado acreditante. 
Poderá haver renúncia à imunidade de jurisdição do 
agente diplomático ou de qualquer pessoa que dela 
se beneficie. 
 De um modo geral, tem sido sustentado que a 
imunidade penal cessa em caso de flagrante delito 
que não esteja ligado ao exercício de suas funções. 
 
 A imunidade fiscal abrange o Estado 
acreditante e o Chefe da Missão. 
DOMÍNIO PÚBLICO INTERNACIONAL 
 TERRITÓRIO NACIONAL; pode incluir Navios, 
com a bandeira do país e aeronaves militares. 
 Mar Territorial compreende uma faixa de 12 
milhas marítimas de largura, medidas da linha 
base. 
 Zona Contígua brasileira compreende uma 
faixa de 12 a 24 milhas marítimas, contadas a 
partir das linhas de base que servem para medir a 
largura do mar territorial. A finalidade é delimitar 
o exercício da fiscalização para evitar infrações às 
leis e reprimir infrações às leis. 
 
 
 
 ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA: uma faixa de 
200 milhas marítimas contadas a partir da linha 
base, onde há o direito exclusivo do BRASIL de 
investigação e exploração científica econômica. 
PLATAFORMA CONTINENTAL CORRESPONDE AO 
LEITO E AO SUBSOLO DAS ÁREAS SUBMARINAS 
que se estendem além do mar territorial. 
 
 Navios de todas as nacionalidades o direito 
de passagem inocente. 
 
 
NACIONALIDADE 
 
Art. 12 da CF/88. 
 
ORIGINÁRIA – Jus soli e jus sanguinis; 
 
DERIVADA – ius domicilli (domicílio), ius laboris 
(trabalho), ius comumunicatio (casamento) 
 
Art. 112, da Lei nº 6.815/80, trata das condições 
para a naturalização. 
Art. 12, §1º, da CF/88 - Aos portugueses com 
residência permanente no País, se houver 
reciprocidade em favor dos brasileiros, serão 
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo 
os casos previstos nesta Constituição. 
 O Decreto nº 3.927/01 promulgou o Tratado 
de Amizade, Cooperação e Consulta, entre a 
República Federativa do Brasil e a República 
Portuguesa, celebrado em Porto Seguro em 22 de 
abril de 2000. 
 Nos arts. 12 ao 22 temos o que o tratado 
denominou como Estatuto de Igualdade entre 
Brasileiros e Portugueses. 
Artigo 12- Os brasileiros em Portugal e os 
portugueses no Brasil, beneficiários do estatuto de 
igualdade, gozarão dos mesmos direitos e estarão 
sujeitos aos mesmos deveres dos nacionais desses 
Estados, nos termos e condições dos Artigos 
seguintes. 
Artigo 15 - O estatuto de igualdade será atribuído 
mediante decisão do Ministério da Justiça, no 
Brasil, e do Ministério da Administração Interna, 
em Portugal, aos brasileiros e portugueses que o 
requeiram, desde que civilmente capazes e com 
residência habitual no país em que ele é 
requerido. 
 
Artigo 17 
 1. O gozo de direitos políticos por brasileiros 
em Portugal e por portugueses no Brasil só será 
reconhecido aos que tiverem três anos de 
residência habitual e depende de requerimento à 
autoridade competente. 
 2. A igualdade quanto aos direitos políticos 
não abrange as pessoas que, no Estado da 
nacionalidade, houverem sido privadas de direitos 
equivalentes. 
 3. O gozo de direitos políticos no Estado de 
residência importa na suspensão do exercício dos 
mesmos direitos no Estado da nacionalidade. 
 
Artigo 21 
 Os Governos do Brasil e de Portugal 
comunicarãoreciprocamente, por via diplomática, 
a aquisição e perda do estatuto de igualdade 
regulado no presente Tratado. 
Artigo 22 
 Aos brasileiros em Portugal e aos portugueses 
no Brasil, beneficiários do estatuto de igualdade, 
serão fornecidos, para uso interno, documentos de 
identidade de modelos iguais aos dos respectivos 
nacionais, com a menção da nacionalidade do 
portador e referência ao presente Tratado. 
DA PERDA DA NACIONALIDADE 
Art. 12, §4º, da CF/88 - Será declarada a perda da 
nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença 
judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse 
nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária 
pela lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma 
estrangeira, ao brasileiro residente em Estado 
estrangeiro, como condição para permanência em 
seu território ou para o exercício de direitos civis; 
ESTRANGEIROS 
 Lei nº 6.815/80 Estatuto do estrangeiro; 
Art. 5º, caput da CF/88; 
 Atenção que apenas os cidadãos brasileiros e 
os portugueses equiparados pelo estatuto da 
igualdade têm direitos políticos. 
 A entrada de um estrangeiro no BR depende 
de um visto de entrada. 
 Visto é uma autorização dada pela autoridade 
brasileira para a permanência no país, por um 
determinado período de tempo (concedido pela 
autoridade consular no exterior ou DPF no BR). 
 
 Há diversas modalidade de vistos no Brasil: 
 Turista – 90 dias prorrogáveis por igual 
período , não pode ser excedido no prazo de 12 
meses; 
 Temporário – prazos variados para 
estudantes, negócios, esportes, cientistas, 
jornalistas e religiosos; 
 Permanente; 
 Outros concedidos pelo Min. Das Rel. 
Exteriores, visto de cortesia e diplomático. 
 
 Enquanto o visto é o ato administrativo de 
competência do Ministério das Relações Exteriores 
que se traduz por autorização consular registrada 
no passaporte de estrangeiros que lhes permite 
entrar e permanecer no País, após satisfazerem as 
condições previstas na legislação de imigração. A 
Autorização de trabalho a estrangeiros é o ato 
administrativo de competência do Ministério do 
Trabalho exigido pelas autoridades consulares 
brasileiras, em conformidade com a legislação em 
vigor, para efeito de concessão de vistos 
permanentes e/ou temporário a estrangeiros que 
desejem permanecer no Brasil a trabalho. (art. 100, 
Lei nº 6.815/80) 
 Lei nº 6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro) nos 
seus art. 4º, III e art. 15, V e VI da mesma lei, fala sobre 
a questão que envolve a mudança do motivo de 
permanência da pessoa no Brasil, se impõem a 
mudança do tipo de visto também. 
 
“VI - Jornalista: (Lei nº 6.815/80, art. 13, inciso VI) 
Para correspondentes de jornais, revistas, rádio, 
televisão ou agência noticiosa estrangeira, remunerados 
por empresa estrangeira. 
O visto autoriza a estada por, no máximo, 4 (quatro) 
anos, podendo ser prorrogada por igual período, 
mediante requerimento ao Ministério da Justiça, antes 
do vencimento.” 
 
“V - Trabalho: (Lei nº 6.815/80, art. 13, inciso V) 
Destinado àqueles que venham ao Brasil para exercer 
atividades laborais junto a empresas, com ou sem 
vínculo empregatício no Brasil. 
 A empresa responsável pelo ingresso e estada do 
estrangeiro no Brasil deve solicitar previamente junto 
ao Ministério do Trabalho e Emprego, a autorização de 
trabalho correspondente, observadas as Resoluções do 
Conselho Nacional de Imigração – CNIg. O visto de 
trabalho é concedido por até 2 (dois) anos, podendo 
ser prorrogado por igual período e transformado em 
permanente. Em ambos os casos devem ser 
observadas as disposições da legislação em vigor.” 
 
 Asilo Político e o Refúgio: O asilo político é a 
proteção concedida pelo Estado nacional ao 
estrangeiro perseguido por suas opiniões políticas, 
religiosas ou raciais. A proteção pode inclusive 
admitir o uso de apoio e força policial e a ajuda 
financeira do Estado receptor (perseguição a um 
indivíduo). 
 No Brasil, o asilo político se constituiu como 
garantia constitucional (art. 4º, X, da CF/88). 
Existem duas modalidades: o asilo diplomático e o 
asilo territorial. 
 
 O Refúgio é fundamentado em uma perseguição 
a um grupo de indivíduos, em função de sua raça, 
religião, nacionalidade ou opção política. O refugiado 
deve ter fundado temor de perseguição em seu país, 
onde não encontrará um julgamento justo, com o 
devido processo legal. É concedido mediante 
solicitação ao Comitê Nacional para os Refugiados 
(CONARE) ligado ao Ministério da Justiça. 
 Não poderão ser considerados refugiados 
aqueles que praticaram crimes contra a paz, crimes 
hediondos, crimes contra a humanidade, tráfico 
internacional de entorpecentes ou crimes comuns, fora 
do país que o acolhe, antes de serem aceitos como 
refugiados. 
 
Saída Compulsória de Estrangeiro. 
Fixação! 
Seus olhos no retrato. 
Extradição! 
Tem crime ou processo penal. 
Deportação! 
Tem problema administrativo. 
Expulsão! 
Tem crime ou interesse nacional. 
As três são... 
Meios de retirada de estrangeiro. 
 
 
 Deportação: É a retirada do território 
nacional do estrangeiro irregular no país. A 
irregularidade pode ocorrer em decorrência de 
diversas causas, como: entrada irregular no 
território nacional; circulação por municípios para 
os quais o estrangeiro não tem autorização de ir, o 
que ocorre com aqueles habitantes de municípios 
fronteiriços e que podem circular por 
determinados municípios brasileiros sem visto; 
expiração do visto; exercício de atividade 
remunerada pelo detentor de visto de turista, de 
trânsito ou temporário; não comunicação ao 
Ministério da Justiça da mudança de endereço, até 
 
30 dias após a efetivação da mudança. O 
estrangeiro arca com os custos da deportação, se 
não tiver recurso o Tesouro nacional arcará com os 
custos, contudo o estrangeiro não poderá retornar 
ao Brasil sem ressarcir ao Tesouro Nacional as 
despesas realizadas por sua deportação. 
 
 Deste modo, a deportação consiste em 
processo de devolução de estrangeiro irregular no 
BR ou que incorra nos casos do art. 57 da Lei nº 
6.815/80. O estrangeiro deve retornar ou para o 
seu Estado ou para aquele de onde proveio. 
 
 
 Expulsão: É a retirada forçada do estrangeiro 
do território nacional, por questões de ordem 
criminal ou de interesse nacional. A razão não é 
apenas administrativa, como na deportação, mas 
criminal ou política. É ato unilateral do governo 
brasileiro e o Estatuto do Estrangeiro prevê as 
seguintes hipóteses: atentar contra a ordem 
política ou social, a tranquilidade ou a moralidade 
pública e a economia popular. 
 Consiste em medida coercitiva de caráter 
discricionário de um Estado. 
 
 
 Compete ao Diretor do Departamento de 
Estrangeiros, da Secretaria Nacional de Justiça, 
determinar a instauração de Inquérito de Expulsão 
em que são assegurados ao estrangeiro a ampla 
defesa e o contraditório e que irá compor o 
processo administrativo para fins de expulsão 
como peça instrutória, dentre outras. A decisão 
sobre a expulsão e sua revogação, desde maio de 
2000, é de competência do Ministro de Estado da 
Justiça, delegada pelo Presidente da República por 
meio do Decreto nº 3.447, de 5 de maio de 2000, 
vedada subdelegação. 
 
 O Estado possui direito soberano de expulsar os 
estrangeiros que desafiam a sua ordem pública. A 
expulsão não é uma pena, mas sim medida 
administrativa. Trata-se de ato discricionário (jurídico-
político) do Presidente da República (mediante 
decreto). 
 Uma vez expulso, o estrangeiro é impedido de 
reingressar no território nacional, sob pena de 
configurar-se odelito tipificado no artigo 338, do CP, 
tratando-se de crime permanente cuja pena, de 
reclusão, é de um a quatro anos, sem prejuízo de nova 
expulsão após o cumprimento daquela. Trata-se de 
crime que se consuma com o reingresso no território 
nacional, e cuja ação penal é pública incondicionada, 
de competência da Justiça Federal (art. 109, X, da CF). 
 Extradição: É o envio do estrangeiro que 
cometeu um crime no exterior, para ser processado 
ou julgado, ou então para lá cumprir sua pena, 
depois de ter sido condenado. É um ato bilateral que 
depende da solicitação do Estado interessado na 
extradição e também da manifestação de vontade do 
Brasil. A extradição não atinge brasileiros natos e os 
naturalizados atinge em casos específicos. 
 É instrumento típico de cooperação 
internacional em matéria penal. 
 Requisitos: especialidade, dupla incriminação e 
existência de tratado ou promessa de reciprocidade. 
ATENÇÃO AO ART. 5º, LI E LII, DA CF/88. 
 
 Atinge brasileiros naturalizados, por crime cometido 
antes da naturalização ou por tráfico internacional de 
entorpecentes. A concordância do estrangeiro com a 
extradição não é relevante, bem como, não pode haver 
extradição por crimes políticos ou de opinião. 
 Os pedidos de extradição com base em promessa de 
reciprocidade de tratamento encontram respaldo legal e 
são instruídos, no País, na forma da Lei 6.815, de 19 de 
agosto de 1980, que define a situação jurídica do 
estrangeiro no Brasil, bem assim nos compromissos 
internacionais firmados com vistas ao combate à 
impunidade. Tal promessa constitui declaração de Governo 
em que, ocorrendo situação análoga no país requerido, o 
país requerente compromete-se a conceder a extradição 
nos mesmos moldes. 
 
 O primeiro princípio fundamental da extradição 
é o Princípio da Especialidade, ou seja, o extraditando 
não poderá ser processado e/ ou julgado por crimes 
que não embasaram o pedido de cooperação e que 
tenham sido cometidos antes de sua extradição, 
podendo o Estado requerente solicitar ao Estado 
requerido a extensão ou ampliação da extradição ou 
extradição supletiva. 
 Outro princípio basilar da extradição é o da 
Dupla Tipicidade, também conhecido como Princípio 
da Identidade ou da Dupla Incriminação do Fato ou 
Incriminação Recíproca. Sob a égide deste, impõe-se 
que somente seja concedida uma extradição para um 
fato típico e antijurídico, assim considerado tanto no 
país requerente quanto no requerido. 
 No tocante aos pedidos de extradição passiva, o 
Estado brasileiro segue o Sistema de Contenciosidade 
Limitada. De acordo com este, a ação para julgamento do 
pedido de extradição junto ao Supremo Tribunal Federal 
não consiste na repetição do litígio penal que lhe deu 
origem. A Suprema Corte possui limitações que a 
impedem de reexaminar o quadro probatório ou a 
discussão sobre o mérito tanto da acusação quanto da 
condenação emanadas pela autoridade competente do 
Estado estrangeiro. 
 O Sistema de Contenciosidade Limitada não 
impede, contudo, que o Supremo Tribunal Federal 
analise os aspectos formais do processo criminal que 
embasa o pedido de extradição, garantias e direitos 
básicos da pessoa reclamada. 
 
ESQUEMA EXTRADIÇÃO PASSIVA DO BRASIL– 
SISTEMA JUDICIÁRIO 
 
1º Fase – Administrativa (Poder Executivo); 
2º Fase – Judiciária – STF examina a legalidade; 
3º Fase – Administrativa – entrega o extraditando 
ou comunica a recusa. 
 
Súmula 421 do STF 
Não impede a extradição a circunstância de ser o 
extraditado casado com brasileira ou ter filho 
brasileiro. 
 
 A Entrega de nacionais ou estrangeiros: é o 
envio de um indivíduo para ser julgado pelo Tribunal 
Penal Internacional (TPI). Pode ocorrer com 
brasileiros natos, naturalizados ou estrangeiros. A 
CF/88 proíbe a extradição de brasileiros natos, 
porém quanto à entrega nada menciona, além disso, 
é importante salientar que o Brasil integra o TPI, 
fazendo parte do órgão, conforme dispõe o art. 5º, § 
4º da CF/88. A entrega é promovida pela autoridade 
brasileira e deve ter a concordância do acusado. 
 
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO 
 
 Elementos de Conexão: são regras 
determinadas pelo direito internacional privado 
que apontam o direito aplicável a uma ou várias 
situações jurídicas unidas a mais de um sistema 
legal. 
 São entre outros: nacionalidade, domicílio e a 
residência habitual da pessoa física, lex rei sitae (lei 
do local da situação da coisa), lex loci delicti 
commissi (lei do lugar onde foi cometido o ato 
ilícito), lex fori (lugar do foro) e lex loci actus (lei do 
lugar da ação ou obrigação). 
 
 Análise ao Dec. 4657/42, antiga LICC que teve 
o seu nome modificado pela Lei nº 12.376/10 para 
LIDB. 
 Arts. 7º ao 12. 
 Atenção a Homologação de sentença 
estrangeira art. 15, da LIDB. 
 
 ATENÇÃO aos arts. 76, 77 e 78 do CC e ao art. 
88, II e III do CPC. 
 
 As regras sobre o começo e o fim da 
personalidade são definidas pela lei do lugar aonde 
a pessoa é domiciliada, conforme dispõe o art. 7º, 
do Decreto-Lei Nº 4.657/42, Lei de Introdução às 
Normas de Direito Brasileiro. 
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa 
determina as regras sobre o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos 
de família. 
§ 1º Realizando-se o casamento no Brasil, será 
aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos 
dirimentes e às formalidades da celebração. 
 
 
§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se 
perante autoridades diplomáticas ou consulares do 
país de ambos os nubentes. (Redação dada pela Lei nº 
3.238, de 1957) 
§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os 
casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro 
domicílio conjugal. 
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, 
obedece à lei do país em que tiverem os nubentes 
domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro 
domicílio conjugal. 
§ 8º Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-
se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele 
em que se encontre. 
 
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações 
a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em 
que estiverem situados. 
§ 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for 
domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis 
que ele trouxer ou se destinarem a transporte para 
outros lugares. 
§ 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que 
tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa 
apenhada. 
 
 
 
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, 
aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. 
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no 
Brasil e dependendo de forma essencial, será esta 
observada, admitidas as peculiaridades da lei 
estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do 
ato. 
§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se 
constituída no lugar em que residir o proponente. 
 
 
 
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência 
obedece à lei do país em que domiciliado o 
defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a 
natureza e a situação dos bens. 
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados 
no País, será regulada pela lei brasileira em 
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de 
quem os represente, sempre que não lhes seja mais 
favorável a lei pessoal do de cujus. (Redação dada 
pela Lei nº 9.047, de 1995) 
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário 
regula a capacidade para suceder. 
 
Art. 12. É competente a autoridade judiciária 
brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou 
aqui tiver de ser cumprida a obrigação. 
§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete 
conhecer das ações relativas a imóveis situados no 
Brasil. 
§ 2º A autoridade judiciária brasileira cumprirá,concedido o exequatur e segundo a forma 
estabelecida pele lei brasileira, as diligências 
deprecadas por autoridade estrangeira 
competente, observando a lei desta, quanto ao 
objeto das diligências. 
 
 
 
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país 
estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, 
quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não 
admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei 
brasileira desconheça. 
 
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá 
o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da 
vigência. 
 
 
 
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença 
proferida no estrangeiro, que reúna os seguintes 
requisitos: 
a) haver sido proferida por juiz competente; 
b) terem sido os partes citadas ou haver-se 
legalmente verificado à revelia; 
c) ter passado em julgado e estar revestida das 
formalidades necessárias para a execução no lugar 
em que foi proferida; 
d) estar traduzida por intérprete autorizado; 
e) ter sido homologada pelo Superior Tribunal 
Justiça. (Vide art.105, I, i da Constituição Federal). 
 
Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se 
houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a 
disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão 
por ela feita a outra lei. 
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem 
como quaisquer declarações de vontade, não terão 
eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania 
nacional, a ordem pública e os bons costumes. 
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as 
autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o 
casamento e os mais atos de Registro Civil e de 
tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito 
dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da 
sede do Consulado. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 
1957) 
 
PROVA TIPO 1 – – Xº EXAME DA OAB - Questão 23 
 A respeito dos elementos de conexão no Brasil, assinale a 
afirmativa correta. 
A) A lei da nacionalidade da pessoa determina as regras sobre o 
começo e o fim da personalidade. 
B) A Lex loci executionis é aplicável aos contratos de trabalho, 
os quais, ainda que tenham sido celebrados no exterior, são 
regidos pela norma do local da execução das atividades 
laborais. 
C) A norma do país em que é domiciliada a vítima aplica-se aos 
casos de responsabilidade por ato ilícito extracontratual. 
D) O elemento de conexão Lex loci executionis ou Lex loci 
solutionis é o critério aplicável, como regra geral, para qualificar 
e reger as obrigações. 
 
 
- Alternativa “A”: as regras sobre o começo e o fim da personalidade são 
definidas pela lei do lugar aonde a pessoa é domiciliada, conforme 
dispõe o art. 7º, do Decreto-Lei Nº 4.657/42, Lei de Introdução às 
Normas de Direito Brasileiro. 
 
- Alternativa “B”: a considerada correta pela banca, contudo a mesma 
está errada. Há muito tempo a jurisprudência no Brasil se firmou no 
sentido de que a relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes 
no país da prestação de serviços e não por aquelas leis do local da 
contratação, a Súmula 207 do TST era o reflexo desta corrente 
jurisprudencial, além disso, tínhamos como fundamento legal invocado 
o art. 198 do Decreto nº 18.871/29 (Convenção de Direito Internacional 
Privado de Havana ou Código Bustamante), norma esta que se 
caracteriza como regra especial à regra geral contida no Decreto-Lei nº 
4.657/42 (LINDB). 
 
“Art. 198. Também é territorial a legislação sobre acidentes do trabalho e 
proteção social do trabalhador.” 
 
Contudo a Lei nº 7.064/82, com a redação dada pelo art. 1º da Lei nº 
11.962/09, tornou a aplicação do princípio da “Lex loci executionis” uma 
exceção cabível apenas quando um empregado foi contratado no Brasil 
ou transferido por ser empregador para prestar serviços 
temporariamente no exterior. Pois, a regra passou a ser a constante no 
art. 3º, II, da Lei nº 7.064/82. Deste modo, a doutrina e a jurisprudência 
foram tornando a Súmula 207 do TST obsoleta, pois contraria a lei 
vigente no país e começaram a aplicar a norma mais benéfica aos 
trabalhadores conforme dispõe os princípios do direito do trabalho e o 
art. 3º, II, da Lei nº 7.064/82, assim, a Súmula 207 do TST que previa a 
aplicação do elemento de conexão ligado ao princípio da “Lex loci 
executionis” restou cancelada pelo TST em 2012, o que não permite 
darmos como certa a presente alternativa diante de todos os motivos 
anteriormente expostos. 
 
Art. 3º - A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado 
transferido assegurar-lhe-á, independentemente da observância da 
legislação do local da execução dos serviços: 
 I – (...); 
 
II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo 
que não for incompatível com o disposto nesta Lei, quando mais 
favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em 
relação a cada matéria. 
 
Alternativa “C”: na responsabilidade por ato ilícito extracontratual se 
aplica a lei do local do ato ou fato e não a lei do domicílio da vítima 
como informado na alternativa, deste modo a alternativa está errada. 
 
Alternativa “D”: para as obrigações se aplica a lei do país aonde elas 
foram constituídas, conforme dispõe o art. 9º, da Lei nº 4.657/42. 
 
 Ao final da análise de todas as alternativas se verifica que todas 
estão erradas e, portanto não há alternativa correta para ser marcada na 
questão o que impõe a anulação da questão por falta de resposta. 
 
VOU PASSAR NA OAB (ESSE CARA SOU EU) 
O cara que estuda todos os dias 
Vai passar na OAB. 
O cara que enfrenta a dificuldade e o cansaço. 
Vai passar na OAB. 
O cara que enfrenta todas as coisas ruins. 
Vai passar na OAB. 
O cara que se prepara pro bem ou pro mal. 
Vai passar na OAB. 
O cara que usa 3VCAP e SU! 
Vai passar na OAB. 
Por isso eu te digo FGV 
VOU PASSAR NA OAB. 
 
 
FIM! 
BONS ESTUDOS E BOA 
PROVA PARA TODOS! 
SUCESSO!!!

Outros materiais