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O conceito de planejamento de Betty Mindlin resenha 1.3

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Docente: Elizabeth Reymão
Discente: Ewerton Uchôa
O conceito de planejamento de Betty Mindlin
No texto de Mindlin, é ressaltado o planejamento estatal em uma economia planificada e outra capitalista, o que o texto propõe sobre a primeira é relativo ao Estado como ente regulador das relações econômicas. Ela faz uma pergunta e discorre sobre, “se é possível a máxima eficiência da alocação de recursos”. Em uma economia socialista, é o Estado quem delibera sobre temas como preços, alocação eficiente de recursos. É feito um debate sobre o como manter o nível de preços nessas economias, chega-se na conclusão de: para se manter os preços é necessário que o custo de produção seja mínimo, encontrar a melhor combinação de fatores e “igualar o preço do bem final ao seu custo marginal”. Assim, encontrar-se-ia a escala de produção adequada. Essa definição é dada por Lange, como neste modelo os preços dos fatores não são determinados no mercado, o Estado o deveria fixar. Nessas condições, os preços seriam corrigidos ao longo do tempo, logo estariam em equilíbrio ótimo, e semelhante a um mercado em competição (Mindlin B, p. 11). Este modo de produção é interessante por que se tem uma visão sistêmica de planejamento, consumo e produção e racionalização dos recursos disponíveis. Contudo, uma economia planificada tem seu ponto fraco em sua incapacidade de diversificar a produção, geralmente são marcadas pelo autoritarismo, o que impede um melhor desempenho de suas industrias, obviamente, um país não tem todos os insumos de que necessita, provocando certa dependência deste a outras nações [grifo do autor].
De acordo com o texto, o debate se entendia dizer: se o planejamento era necessário ou não em economias competitivas. Levantou-se duas hipóteses: (1) planejamento em economias centralizadas. E (2) o planejamento não era viável em econômicas de mercado. É imprescindível em qualquer economia, negócio ou projeto haver planejamento, elaboração de planos e executadas as ações, verdadeiramente, a economia socialista precisava ser planejada. Embora, apenas em 1929 a União Soviética adotou seu primeiro plano quinquenal, de acordo com a autora. E a segunda hipóteses caiu por terra, em razão de não atender às demandas sócias e da própria economia, cenários de instabilidade, desemprego alto, baixo desempenho econômico, são comuns em sistemas capitalistas de mercado. Os agentes políticos são de importância fundamental para o combate das crises cíclicas oriundas do capital.
A intervenção do governo
Esta parte do texto de Mindlin faz alusão a mecanismos de mercado e qual o impacto da economia quando dirigido pelas forças de mercados. Ela discorre sobre alocação de recursos e o ótimo paretiano. É bem sabido que as forças de mercado não são capazes por si próprias de manter um equilíbrio econômico, mesmo em modelos clássicos com variáveis estáveis ou fixas. Sabe-se que são, apenas, projeções da realidade aproximada. O conceito de ótimo de Pareto busca mostrar como determinadas escolhas, dos agentes, podem aumentar ou diminuir sua satisfação ou utilidade. A eficiência trata-se de alocação de recursos, todos empregados de forma ideal. Todavia, a eficiência dinâmica não pode ser tida como situação ideal, em vista que modelos de alocação ineficientes podem ser dinâmicos. Logo, chega-se ao ponto chave, “o funcionamento do mercado não pode ser automático, mas corrigidos pela interferência do Governo”. É brilhante o fato da continuidade da ciência econômica, a evolução das teorias primeiras, sem perder sua importância e servindo de base às futuras. Keynes ao modificar alguns pressupostos do modelo clássico, concluiu que o Estado tem imprescindível função na eliminação do desemprego. Destarte, o planejamento do governamental é necessário para que sejam corrigidos eventuais (e constantes) distorções de mercado.[1: Ver Planejamento no Brasil, Mindlin, B. Página 12.][2: No texto é tratado como o aumento do produto ou renda.][3: Ibid. pág. 15.][4: Entende-se como Governo, agentes políticos e todo o aparelho da Administração pública.]
 O planejamento em economia capitalista
É elaborado de diferentes formas e abrangência, integral ou parcial, visando o desenvolvimento do país, região ou localidade. Se inicia, geralmente, com investimentos estratégicos em áreas aonde é claramente possível identificar desequilíbrios de oferta e demanda. A autora destaca a técnica de planejamento no equilíbrio entre produção e demanda de bens, oferta de fatores de produção e os objetivos estabelecidos, desde aumentar o crescimento do produto nacional, diminuir a taxa de desemprego, saldo na balança de pagamentos e etc. nas economias mundiais tem-se alguns empecilhos ao atingimento destas metas, normalmente, são interesses políticos ou do capital nacional e internacional. Teoricamente, o planejamento é, fundamentalmente, instrumento de orientação do crescimento e desenvolvimento econômico, podendo ser equilibrado ou desequilibrado, depende da escolha, conveniência e oportunidades ou o que for mais adequado a realidade aos gestores de determinadas Economias [grifo do autor]. [5: Ibid. pág. 16.][6: Ibid. pág. 20.]
Conclui-se que mesmo em economias capitalistas faz-se necessário a presença do Estado como agente orientador das políticas de investimentos e desenvolvimento regional e global. Onde o capital privado não é capaz de alcançar por si próprio, o governo sinaliza com investimentos públicos, criação de infraestrutura em diversas áreas, a manipulação de instrumentos a seu dispor, assim, o capital particular tem “uma certa” segurança de também tomar parte nos investimentos.[7: Ibid. pág. 21.][8: Como os mecanismos de preços, câmbio, tributação e etc.]
O planejamento soviético.
De acordo com o texto, o planejamento governamental soviético é feito com maior rigor do Estado, ele é quem detém os meios de produção, este é definido em termo quantitativos para um grande número de produtos, quais devem ou não ser produzidos. O problema central ao qual Betty retrata é a coerência das metas. O plano era deliberado, na URSS no órgão denominado de Comissão Central de Planejamento. Esse plano passa aos escalões hierárquicos inferiores e até as empresas. Entretanto, devido a disfunções burocráticas, e mesmo de as escolhas dos materiais necessários a produção de bens, era controlada pelo Estado, geralmente, esse projeto voltava mais de uma vez, ao governo central e destes as empresas, com o intuito de utilizar-se de métodos mais eficientes e diminuir os desperdícios. Esse tipo de planejamento enrijece o sistema de produção, acaba por distanciar os setores de planejamento e as empresas de um modo geral, além de não satisfazer a demanda por completo, haja vista que o estado determinaria os diversos usos aos materiais, condicionado aos bens finais de maior necessidade, bens supérfluos, mas não menos importantes deixariam de ser produzidos. O interessante em economias de livre mercado é a gama quase infinita de bens e serviços de todos tipos, formas e modelos, mesmo que não tenham tanta utilidade ou não sejam necessários, é uma questão de vaidade.[9: Ibid. pág. 22.][10: União das Republicas Socialistas Soviéticas.][11: Ibid. pág. 24.]

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