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Lia Cristina Campos Pierson

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Docente: Elizabeth Reymão 
Discente: Ewerton Uchôa Vieira Fiel
Lia Cristina Campos Pierson[1: Mestra em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Graduada em Direito e em Psicologia. Professora e Coordenadora de Estágios Supervisionados da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie.]
POLÍTICAS PÚBLICAS, OPINIAO PÚBLICA E AGENDA SETTING
O referido texto trata das relações entre a opinião pública, o papel da mídia e as deliberações sobre as políticas públicas. O conceito de políticas públicas, dentre os mencionados por Lia, “o que o governo escolhe ou não fazer” de Thomas Dye, ou seja, trata da sua agenda de prioridades, sua direção em determinado momento. Essa definição é simples, porém, útil. Para Maria Paula Dallari Bucci, políticas públicas é definido como “Programas de ação governamental visando a coordenar os meios à disposição do Estado e as atividades privadas, para a realização de objetivos socialmente relevantes e politicamente determinados”. [2: POLÍTICAS PÚBLICAS, OPINIAO PÚBLICA E AGENDA SETTING, Pierson, 2013.][3: Esse conceito é criticado no texto em razão de não considerar outras variáveis. Todavia, é o mais sintético e serve a uma breve explicação do tema.][4: Ibid., p. 158.]
Então vê-se que as ações dos governos devem ser pautadas forma que atendam as demandas socialmente exigidas, no entanto, as escolhas de prioridades são decididas com forme as necessidades, coletivas ou de um grupo de indivíduos. 
Todavia, segundo o texto, para a definição de políticas é preciso a participação da sociedade e, sobretudo, dos interessados e dependendo do grau de influência que este grupo tenha com relação a tomada de decisão, pode ou não ser realizada, também, os interesses conflitantes pesam na tomada desta. A autora coloca a situação dos trabalhadores sem-terra, “ que mesmo com os grandes movimentos sociais”, não têm suas demandas atendidas satisfatoriamente.[5: Ibid., p. 160.]
Existem muitas dificuldades na elaboração e implementação de políticas públicas, note, que estás são essenciais em sociedades modernas ou complexas, elas promovem o bem viver individual e coletivo, logo, o Estado tem a função de mantenedor destas, contudo, os antes políticos nem sempre compreendem tal atribuição, e trabalham, em última análise para si próprios. Destarte, a autora frisa que os recursos disponíveis não são suficientes para o atendimento dos direitos dos cidadãos, em razão das diferenças entre eles.[6: Pierson. Lia, 2013, loc. cit.]
Segundo a autora sobre as políticas púbicas, “Embora, [...] esse processo começa com a expressão pública de alguma preocupação com alguma política, isso nem sempre acontece”. Ao que tange os recursos direcionados às políticas públicas, ainda existe a dificuldade de seu direcionamento e finalidade, em razão dos muitos atores participantes neste processo de formulação, a agenda oficial do governo, “é usualmente dominada por oportunidades rotineiras”. Ou seja, existe um jogo político por de trás de cada ação, sendo preciso fazer aliança com autoridades, técnicos e outros agentes que sejam peça chave para a aplicação de políticas públicas, uma articulação é feita baseada em troca de favores. [7: Ibid., p. 161.]
Teoria da media agenda setting
A mídia possui fundamental importância para a disseminação de informações a sociedade, tendo a capacidade de colocar em voga assuntos relevantes e de interesse público. Segundo o texto de Lia, “Os meios de comunicação desempenham um papel muito ativo e continuado, influenciando e refletindo a construção da agenda”. A partir da difusão de notícias a respeito de um assunto pode criar uma demanda por determinada política, e nestes casos, o poder público tem a obrigação de supri-la. Tem o poder de influenciar as ações da agenda por meio da conscientização do público e chamando sua atenção. Um exemplo comum, são os surtos patológicos, que demandam políticas de prevenção e controle, que o Estado intervém com vacinas e servidores atuando no combate ao foco, quando há. 
Cabe assinalar a função exercida pela mídia sobre certas temáticas, seja a educação no transito e sobre doenças. Na área política não é diferente, autora ressalta, “[...] Influenciam a formação de políticas ao gerar a atenção do público e, através dela, a pressão política para que certos atores passem a atuar sobre uma questão particular”. A mídia não tem um papel apenas informativo, mas, construtivo e atua na formação de opinião pública sobre alguma questão, definindo-as como sendo políticas, sociais, econômicos e etc.[8: Pierson. Lia, 2013, loc. Cit. ]
A teoria da media agenda setting dispõe centralmente a respeito da “influência da mídia sobre os grandes temas das políticas públicas, seja nas eleições, seja durante os governos ainda remanesce”. Tal abordagem leva em consideração três elementos distintos, são eles: media agenda setting, que é o estudo da agenda midiática, Public agenda setting, estudos da agenda pública e o Policy agenda setting é a agenda política. [9: Vide POLÍTICAS PÚBLICAS, OPINIAO PÚBLICA E AGENDA SETTING, Pierson. Lia, 2013, p. 162]
Segundo traquina apud Pierson, 2013, “[...] para cada uma dessas agendas há indivíduos determinados”. Os críticos dessa teoria não conseguiram estabelecer uma relação clara do assunto. Muito embora, sabe-se que a mídia tem certa influenciam, tanto nas ações governamentais, decidir ou não intervir sobre algum tema, como a opinião pública a respeito de algo, a exemplo, a honestidade dos entes políticos diante de notícias, quase que diárias, sobre corrupção e prejuízos ao erário. O texto frisa que a opinião pública é “ um dos elementos das condições em que o processo político se desdobra”. Nada obstante, segundo a autora a relação que há entre a opinião pública e as políticas, políticas púbica não é linear. Quando existe uma sociedade bem informada, o processo político tende a ser mais conflituoso. No entanto, se as medidas adotas, de alguma forma, ferir os direitos coletivos. Por esta razão, é indispensável ter uma mídia independente e compromissada com a informação correta ao público. Certamente, alcançar-se-á este patamar, no Brasil, um dia [...][10: Ibid., p. 163.]
Considerações finais
Segundo Bentham, “a opinião pública era parte das ferramentas para compreensão do estado democrático de Direito, em que a opinião pública era um relevante instrumento de controle social”. Para este autor a imprensa é fonte essencial de informações à sociedade e por meio dela revela seus anseios. Nem sempre a mídia teve tanto prestígio com o público, acredita-se que quanto menos imparcial ela for, menor é sua credibilidade. Para James Mill “ [...] o principal instrumento para obrigar o governo a efetuar reformas sociais”. [11: Ibid., p. 165.]
Segundo Traquina, o jornalismo exerce o papel de formador de opinião pública, de vigiar o governo e levar a informação ao público, sendo legitimado como serviço público importante. De fato, a legitimação dos meios de comunicação contribuiu para diminuir o controle do Estado sobre as informações que são transmitidas ao público, porém, ainda hoje se nota que há certo grau de conluio entre as mídias e o Governo, (que ainda influencia bastante os indivíduos) mas é muito menor do que já foi no período do Estado Novo 1937 – 1945. A autora ressalta, que devido essa legitimação, e maior abrangência em razão da internet o controle por parte do Estado ficou mais restringido, o que de fato é verdade, se comparado a décadas passadas. Não sendo possível controlar o fluxo de informações propagadas na rede mundial de computadores que é avassalador, mesmo que saia uma notícia que desagrade alguém na alta cúpula, demoraria algum tempo até que fosse retirado do ar, podendo ser copiada e compartilhadas por diversos outros meios, What’s up, facebook, google +, Twitter, LinkedIn, E-mails, e por n meios possíveis, além de sites e redes internacionais. Percebe-se que, realmente, mediante a esses instrumentos, e claro, a consciência críticada população, não seria tarefa fácil manipular informações ou mesmo impedir sua difusão.[12: Período de 1937-1945, ditadura militar, ao qual o governo Getúlio Vargas criou o DIP -Departamento de Imprensa e Propaganda, em 1939, órgão fiscalizador e de censura às aos meios de comunicação.]

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