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DA JURISDIÇÃO e COMPETÊNCIA
TEORIA GERAL DO PROCESSO
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Prof. Marcos Paulo Oliveira de Jesus
JURISDIÇÃO
É uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares em conflito, para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça.
Ada Pellegrini Grinover
Realização do direito objetivo, mediante processo.
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JURISDIÇÃO
FUNÇÃO
PODER
ATIVIDADE
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JURISDIÇÃO
JURISDIÇAO como manifestação de PODER, FUNÇÃO e ATIVIDADE.
PODER – manifestação do poder estatal, conceituado como capacidade de decidir imperativamente e impor suas decisões.
FUNÇÃO – expressa o encargo que têm os órgãos estatais de promover a pacificação de conflitos interindividuais, mediante a realização do direito e do processo.
ATIVIDADE – complexo de atos do juiz no processo, exercendo o poder e cumprindo a função que a lei lhe comete.
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CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
CARÁTER SUBSTITUTIVO
ESCOPO JURÍDICO DE ATUAÇÃO DO DIREITO 
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CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
CARÁTER SUBSTITUTIVO / ESCOPO JURÍDICO DE ATUAÇÃO DO DIREITO 
CARÁTER SUBSTITUTIVO
Exercendo a jurisdição, o Estado substitui, com uma atividade sua, as atividades daqueles que estão envolvidos no conflito trazido à apreciação. 
Nenhuma das partes envolvidas no conflito pode dizer se a razão está com ela própria ou com a outra parte, nem pode, salvo exceções previstas em lei, invadir a esfera jurídica de outra para satisfazer-se.
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ESCOPO JURÍDICO DE ATUAÇÃO DO DIREITO
Através do EXERCÍCIO da função jurisdicional o Estado busca atingir, em cada caso concreto, os objetivos das normas de direito material. 
OBJETIVO da jurisdição é a atuação (cumprimento, realização) das normas de direito substancial, garantindo que o ordenamento jurídico seja preservado em sua autoridade e a paz e ordem na sociedade favorecidas pela imposição do Estado.
PRESERVAÇÃO DO INTERESSE da SOCIEDADE. 
JURISDIÇÃO: LIDE, INÉRCIA, DEFINITIVIDADE. 
LIDE – é uma característica constante na atividade jurisdicional, quando se trata de pretensões insatisfeitas. A existência de conflitos leva o interessado a provocar o Estado e exigir-lhe uma solução.
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
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ESCOPO JURÍDICO DE ATUAÇÃO DO DIREITO
INÉRCIA – O Estado-Juiz deve ser provocado, não podendo agir de ofício.
Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais. (art. 2o  CPC)
Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. (art. 24, CPP).
EXCEÇÃO: possível nas hipóteses previstas em lei, como por ex., execução trabalhista (CLT art. 878); hábeas corpus de ofício (CPP, art. 654, parag. 2).
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
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PRINCÍPIO DA INVESTIDURA
PRINCÍPIOS AFETOS À JURISDIÇÃO 
PRINCÍPIO DA ADERÊNCIA AO TERRITÓRIO
PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE
PRINCÍPIO DA INEVITABILIDADE
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE
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PRINCÍPIO DA INVESTIDURA
A jurisdição somente será exercida por quem tenha sido regularmente investido na autoridade de juiz. 
JUIZ APOSENTADO
PRINCÍPIOS AFETOS À JURISDIÇÃO 
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PRINCÍPIO DA ADERÊNCIA AO TERRITÓRIO
Os magistrados só têm autoridade nos limites territoriais do Estado. 
JURISDIÇÃO é manifestação de SOBERANIA.
Todo e qualquer ato que deva ser praticado fora dos limites territoriais em que o juiz exerce a jurisdição, depende da cooperação do juiz do lugar.
CARTA PRECATÓRIA. CARTA DE ORDEM. CARTA ROGATÓRIA.
PRINCÍPIOS AFETOS À JURISDIÇÃO 
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PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE
A constituição fixa o conteúdo das atribuições do Poder Judiciário e não pode a lei, ou quem quer que seja, alterar essa a distribuição feita no texto constitucional.
PRINCÍPIOS AFETOS À JURISDIÇÃO 
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PRINCÍPIO DA INEVITABILIDADE
Significa que a autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo uma manifestação do poder soberano do Estado, impõe por si mesma, independente da vontade das partes ou de eventual acordo para aceitarem os resultados do processo.
SUJEIÇÃO.
PRINCÍPIOS AFETOS À JURISDIÇÃO 
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PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE (ou do CONTROLE JURISDICIONAL)
ASSEGURA a todos o acesso ao Poder Judiciário, o qual não pode deixar de atender a quem venha a juízo a deduzir uma pretensão fundada no direito e pedir solução para ela.
A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. (art. 5º, inciso XXXV, da CF/88).
PRINCÍPIOS AFETOS À JURISDIÇÃO 
PRINCÍPIO DA INDECLINABILIDADE
O juiz não pode deixar de apreciar as lides que lhe são submetidas, sob qualquer alegação, pois somente o Estado possui o poder de dizer o direito. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. 
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PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL
Ninguém poderá ser privado do julgamento por um juiz independente e imparcial, indicado pelas normas constitucionais e legais.
PRINCÍPIOS AFETOS À JURISDIÇÃO 
Não haverá juízo ou tribunal de exceção.
(art. 5º,inciso XXXVII, da CF/88)
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O juiz dispõe, no exercício de suas funções, do poder jurisdicional e do poder de polícia (autoridade e eficiência).
A polícia das audiências e das sessões compete aos respectivos juízes ou ao presidente do tribunal, câmara, ou turma, que poderão determinar o que for conveniente à manutenção da ordem. Para tal fim, requisitarão força pública, que ficará exclusivamente à sua disposição. (art. 794, CPP)  
PODERES INERENTES À JURISDIÇÃO 
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UNIDADE DA JURISDIÇÃO
A jurisdição como manifestação do poder soberano do Estado é UNA e INDIVISÍVEL.
ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO 
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CLASSIFICAÇÃO 
Jurisdição Penal X Civil
Jurisdição Especial X Comum
Jurisdição Inferior X Superior
Jurisdição de Direito X de Equidade
ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO 
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JURISDIÇÃO PENAL X CIVIL
JURISDIÇÃO PENAL
Juízes com competência para apreciar causas de natureza penal (pretensões punitivas).
A jurisdição penal é exercida pelos juízes estaduais comuns, pela Justiça Militar estadual e federal, pela Justiça Federal e Justiça Eleitoral. Justiça do Trabalho não tem competência em matéria penal. 
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JURISDIÇÃO PENAL X CIVIL
JURISDIÇÃO CIVIL
Juízes com competência para apreciar causas não-penais, em sentido amplo (direito civil, trabalhista, tributário, eleitoral, internacional, comercial, etc). 
Somente a Justiça Militar não exerce jurisdição civil. 
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JURISDIÇÃO PENAL X CIVIL
RELACIONAMENTO ENTRE JURISDIÇÃO
Ocorre quando um mesmo fato jurídico produz efeitos em outras esferas de jurisdição.
Ex.: pessoa que contrai matrimônio já sendo casada com outra pessoa, o direito impõe duas penas: nulidade do segundo casamento (art.1521, inciso VI, CC-2002) e sujeição à pena de bigamia (art.235, CP). 
Art. 235, CP - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a três anos.
§ 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro por motivo que não a bigamia,
considera-se inexistente o crime.
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JURISDIÇÃO PENAL X CIVIL
RELACIONAMENTO ENTRE JURISDIÇÃO CIVIL E PENAL
CONSEQUÊNCIA: Suspensão prejudicial do processo-crime.
Se alguém está sendo processado criminalmente e para o julgamento dessa acusação é relevante o esclarecimento de uma questão civil, suspende-se o processo criminal à espera da solução no caso cível (art. 92 - 94, CPP). Ex: o réu acusado de bigamia alega que o casamento anterior era nulo 
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JURISDIÇÃO ESPECIAL X COMUM
JURISDIÇÃO COMUM
A Constituição Federal estabelece a competência dos órgãos jurisdicionais em comum e especial, estas ultimas distintas daquelas, em razão das especificidades das matérias.
JURISDIÇÃO COMUM – Justiça Estadual (art. 125-126, CF/88) e Justiça Federal (art. 106 -110, CF/88).
JURISDIÇÃO ESPECIAL
Justiça do Trabalho (art. 111-116, CF/88); Justiça Eleitoral (art. 118 -121, CF/88); Justiça Militar (arts. 122-124, CF/88); Justiça estadual (art. 125, parag. 3, CF/88).
EXCEÇÃO DE COMPETÊNCIA - aproveitamento dos atos. Atos decisórios serão nulos.
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JURISDIÇÃO INFERIOR X SUPERIOR
Decorrência do duplo grau de jurisdição.
JURISDIÇÃO INFERIOR é, em regra, aquela exercida pelos juízes que ordinariamente conhecem do processo desde o seu início (competência originária ou de primeira instância).
JURISDIÇÃO SUPERIOR é aquela exercida pelos órgãos a que cabem os recursos contra as decisões proferidas pelos juízes inferiores (segunda instância).
DISTINÇÃO INSTÂNCIA (grau de jurisdição) X ENTRÂNCIA (grau administrativo das comarcas e da carreira dos juízes estaduais e membros do Ministério Público).
Inexistência de SUBORDINAÇÃO entre os órgãos.
SÚMULA VINCULANTE 
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JURISDIÇÃO DE DIREITO X DE EQUIDADE 
JURISDIÇÃO DE DIREITO o juiz decide nos limites traçados pela lei.
JURISDIÇÃO POR EQUIDADE o juiz decide sem as limitações impostas pela regulamentação legal. O legislador deixa margem de discricionariedade para o julgador para perseguir o senso de justiça.
No processo penal o juízo de equidade é a regra geral (individualização da pena – CP, art. 59). 
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JURISDIÇÃO DE DIREITO X DE EQUIDADE 
No direito processual civil, sua admissibilidade é excepcional e o juiz só decidirá por eqüidade nos casos previstos em lei (art.140, NCPC).
Todavia, na Jurisdição voluntária (art. 719, ss, NCPC) o juiz pode adotar em cada caso a solução que reputar mais conveniente e oportuna (CPC, art. 723, § unico). 
Nos processos arbitrais podem as partes convencionar que o julgamento seja realizado com eqüidade (art. 2º c/c art. 11 da Lei 9.307/96). 
Na arbitragem de causas pequenas, o julgamento por eqüidade é admissível, independente da autorização das partes (lei 9.099/95, art.25). 
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JURISDIÇÃO INTERNACIONAL X INTERNA 
Em regra, cada Estado tem poder jurisdicional nos limites de seu território. Ato de soberania. Interesse primeiro é a pacificação dos conflitos internos. No cenário externo, inviabilidade de imposição autoritativa de cumprimento de sentença.
Como é solucionado os conflitos nos âmbito internacional?
IMUNIDADES - Estados estrangeiros, Chefes de Estados e Agentes Diplomáticos.
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JURISDIÇÃO INTERNACIONAL X INTERNA 
CESSAÇÃO IMUNIDADES
a) Quando há renúncia válida a ela; b) quando o seu beneficiário é autor; c) quando se trata de demanda fundada em direito real sobre imóvel situado no país; d) quando se trata de ação referente a profissão ou atividade de agente diplomático; e) quando o agente é nacional no país em que é acreditado.
A renúncia em direito processual penal é inadmissível, posto que sujeitaria o agente às regras de direito penal material do país, o que não se permite.
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JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA X CONTENCIOSA 
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA
A jurisdição contenciosa é aquela função que o Estado desempenha na pacificação ou composição dos litígios. Pressupõe controvérsia entre as partes (lide), a ser solucionada pelo juiz através da legalidade estrita.
Art. 16.  A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código.
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JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
CARACTERÍSTICAS
Jurisdição voluntária consiste na administração pública dos interesses privados. NÃO HÁ LIDE. Inexistência de partes. INTERESSADOS. 
O legislador (Estado) impõe para validade de determinados atos de repercussão na vida social, a necessária participação de um órgão público.
O Estado também busca o resultado objetivado pelas partes.
No CPC art. 1103-1210 – um capítulo dedicado à jurisdição voluntária.
Adoção de formas processuais, como petição inicial, citação dos interessados, resposta, entre outros. 
visa a constituição de situações jurídicas novas; 
 não há o caráter substitutivo; 
Exs.: casamento, escritura pública, interdição, protesto, registro de imóveis.
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JURISDIÇÃO
CONTENCIOSA
VOLUNTÁRIA
ATIVIDADE
Jurisdicional
Administrativa
CAUSA
Um conflito de interesses uma “LIDE”
Um negócio, ato ou providência jurídica.
ASPECTOS SUBJETIVOS
Partes contrapostas (inter nolentes)
“Interessados” (Art. 1.104) na tutela de um mesmo interesse (inter volentes).
INICIATIVA
Por meio de ação, em que se formula o pedido do autor contra o réu.
Por meio simples “requerimento”, em que se indica a providência judicial postulada. Essa providência não é contra ninguém, mas apenas em favor do requerente
MANEIRA DE PROCEDER
PROCESSO
PROCEDIMENTO, coma citação do Ministério Público e de eventuais interessados
SENTENÇA
Produz “coisa julgada material”
Não produz a “coisa julgada material” e sim coisa julgada “formal”, podendo der modificada em face de circunstâncias supervenientes (Art. 1.111, C.P.C)
CRITÉRIO DE JULGAMENTO
O da “legalidade”, com a aplicação do direito objetivo para eliminação do conflito
Não é obrigatória a “legalidade estrita”, podendo o juiz ater-se a critérios de conveniência e oportunidade.(Art.1.109 C.P.C)
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COMPETÊNCIA
Chama-se competência a quantidade de jurisdição cujo exercício é atribuído a cada órgão ou grupo de órgãos. 
(Liebman)
É a medida e o limite da jurisdição, dentro dos quais o órgão jurisdicional poderá dizer o direito.
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DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA
A distribuição do exercício da função jurisdicional entre órgãos e organismos judiciários ocorre para atender o interesse público e também ao interesse das partes.
INTERESSE PÚBLICO para melhor aplicação da jurisdição (competência de jurisdição – justiças especializadas; competência hierárquica; competência interna – entre varas e juízes do mesmo órgão judiciário).
INTERESSE DAS PARTES - quando se trata de distribuição territorial da competência (competência de foro).
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DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA
No Brasil, a distribuição de competência é feita em diversos níveis, jurídico-positivo: 
a) na CF/88, especialmente a determinação da competência de cada uma das justiças e dos Tribunais Superiores da União;
b) na lei federal (CPC, CPP, etc), principalmente, as regras de foro competente (comarcas);
c) nas Constituições estaduais, a competência dos tribunais locais;
d) nas leis de organização judiciária, as regras sobre competência de juízo (varas especializadas);
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CRITÉRIOS PARA ATRIBUIÇÃO DE 
COMPETÊNCIA
MATERIAL
FUNCIONAL
TERRITORIAL
VALOR DA CAUSA
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COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA 
(ratione materiae)
A natureza da relação jurídica controvertida é que define a competência ratione materiae. 
Sob essa perspectiva, a competência
varia se se trata de causa PENAL ou não, e se de causa penal, de infração de menor potencial ofensivo ou não; varia conforme se trate ou não de pretensão referente a RELAÇÃO EMPREGATÍCIA (Justiça do Trabalho); varia conforme se trate ou não de pretensão fundada em DIREITO DE FAMÍLIA – Vara de Família e Sucessões etc).
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Competência funcional
A competência funcional é a que está atribuída aos órgãos do Judiciário  para  a prática de atos na relação processual. São as regras de competência funcional que determinam os órgãos que devem atuar em determinado processo. Ela pressupõe a competência ratione materiae no seu sentido lato sensu, dispondo sobre a função que cada órgão judiciário vai exercer, através da prática de atos processuais, dentro da relação processual instaurada.
Em razão da função, das atribuições que o juiz desempenha. 
Pode-se afirmar que a competência funcional é gênero, que abrange, além da competência hierárquica (recursal), a competência originária dos tribunais, as hipóteses em que o juiz fica vinculado a causa e, ainda, as hipóteses em que o juiz de certo território recebe a atribuição de julgar a causa por ser mais útil e eficaz, sendo chamada de competência territorial funcional. 
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COMPETÊNCIA TERRITORIAL
FORO é o território dentro de cujos limites o juiz exerce a jurisdição. 
COMARCA (Justiças dos Estados); SEÇÃO / SUBSEÇÃO (Justiça Federal).
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COMPETÊNCIA TERRITORIAL
FORO COMUM – corresponde a uma regra geral, que só não vale nos casos em que a própria lei fixar algum FORO ESPECIAL (ex. foro da mulher, nas ações de anulação de casamento, divórcio - art. 53, NCPC). 
REGRAS DO FORO COMUM:
a) no processo civil, prevalece o foro do domicílio do réu (CPC, art. 46);
b) no processo penal, o foro da consumação do delito (CPP, art. 70);
c) no processo trabalhista, o foro da prestação de serviços ao empregador (CLT, art. 651).
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COMPETÊNCIA TERRITORIAL
FOROS CONCORRENTES 
O autor escolhe onde propor a ação (ex. local do fato ou domicílio do autor, na ação para indenização de danos causados em acidente de veículos – art. 53, inciso V, CPC).
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COMPETÊNCIA TERRITORIAL
COMPETÊNCIA DE JUÍZO
Distribuição dos processos entre órgãos judiciários do mesmo foro.
Juízo é sinônimo de órgão judiciário e, em primeiro grau de jurisdição, corresponde às varas. 
Em um só foro há, frequentemente, mais de um juízo, ou vara.
A COMPETÊNCIA DE JUÍZO É DETERMINADA:
a) natureza da relação jurídica controvertida ou pelo fundamento jurídico-material da demanda (varas criminais, varas cíveis, varas família e sucessões, varas acidentes do trabalho, de registros públicos, etc);
b) pela condição das pessoas (varas privativas da Fazenda Pública). 
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COMPETÊNCIA VALOR DA CAUSA
Art. 62, NCPC.  A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes.
Art. 63, NCPC.  As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
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COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA
A competência originária é, em regra, dos órgãos inferiores. 
Só excepcionalmente ela pertence ao STF (art. 102, II, CF/88), ao STJ (art. 105, II) ou aos órgãos de jurisdição superior de cada uma das justiças especializadas (arts. 113, 121, 124, par. Ún. CF/88) e tribunais estaduais (art. 125, par. 1º, CF/88).
COMPETÊNCIA RECURSAL
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL
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É a limitação da jurisdição de um Estado em face dos outros.
A competência internacional brasileira diz quais causas que deverão ser conhecidas e decididas pela justiça brasileira.
Fredie Didier 
A competência internacional de autoridade judiciária brasileira está prevista no art. 12 da LICC e nos artigos 88 e 89 do CPC.
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COMPETÊNCIA ABSOLUTA x RELATIVA
COMPETÊNCIA ABSOLUTA
Interesse público prepondera (competência de jurisdição, hierárquica, de juízo, interna) e, em regra, o sistema jurídico-processual não tolera modificações. É IMPRORROGÁVEL.
Iniciado o processo perante o JUIZ INCOMPETENTE, este pronunciará a incompetência ainda que nada aleguem as partes (CPC, art. 113; CPP, art. 109), enviando os autos ao juiz competente.
ATOS DECISÓRIOS - Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. (NCPC, art. 64, par. 4º).
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COMPETÊNCIA ABSOLUTA
No PROCESSO CIVIL a coisa julgada sana (relativamente) o vício decorrente de incompetência absoluta; mas dentro do prazo de dois anos a contar do trânsito em julgado, pode a sentença ser anulada, através da ação rescisória.
No PROCESSO PENAL, a anulação virá através da revisão criminal ou do habeas corpus, a qualquer tempo, mas somente quando se tratar de sentença condenatória (CPP, arts. 621 e 648).
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COMPETÊNCIA RELATIVA
O interesse da parte é que, em regra, prepondera e, caso queira, pode modificar as regras ordinárias de competência territorial. É PRORROGÁVEL.
Art. 65, NCPC.  Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Parágrafo único.  A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
Conflitos competência
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conflito positivo
conflito negativo
Art. 66, CPC.  Há conflito de competência quando:
I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
Parágrafo único.  O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.
Referências Bibliográficas:
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AULA EXTRAÍDA E ADAPTADA DAS SEGUINTES FONTES:
CINTRA, Antonio Carlos de Araújo. GRINOVER, Ada Pellegrine. DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. 25 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2009.
DIDIER Jr., Fredie. Curso de Direito Processual Civil: Teoria Geral do Processo e Processo de Conhecimento. 9 ed. Salvador: Editora jusPODIVM, 2008.
http://the-julian.vilabol.uol.com.br/
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obrigado!
Foi um prazer!
FIM
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