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P1 Mineralização

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Anatomia Patológica – P1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Medicina Veterinária
Aluno: Jeferson Bruno da Silva – Matrícula: 201406074-4
13 de setembro de 2016 – Mineralização 
Ca++: constituintes dos ossos e dentes, contração, coagulações sanguíneas, transmissão de impulso nervoso, etc
P: está em grande quantidade no corpo, no ATP/AMP, presente nos fosfolipídeos de membrana, energia, componente do DNA, RNA, equilíbrio ácido base, etc.
Definição: depósito de cálcio em tecidos moles, fora da matriz osteoide.
Mineralização Distrófica
Deposição de minerais em tecido necrosado ou degenerado;
Mecanismo: Lesão celular irreversível com entrada de cálcio e sódio nas células e saída de potássio e magnésio;
Não ocorrem alterações dos níveis sanguíneos de cálcio.
São permanentes;
Podem interferir mecanicamente na função, ou reduzir força ou resistência do tecido;
Macro: sensação arenosa e de ranger aos cortes
No processo de mineralização distrófica há uma lesão anterior.
Quando o tecido está morto e mineraliza, é local ocorre após uma lesão inicial. 
Requisito básico lesão prévia.
Sendo comuns nas áreas de necrose caseosa, liquefativas etc. 
Exemplos:
Intoxicação por ATB ionóforos;
Monensina, lasalocida, narasina e salinomicina;
São promotores de crescimento e coccidiostáticos;
Equinos são sensíveis;
Degeneração e necrose do miocárdio e músculos esqueléticos com mineralização.
Deficiência de vitamina E/Selênio
Doença do “músculo branco”;
Bovinos, potros leitões e aves;
Forma aguda: andar rígido e cambaleante;
Micro: fragmentação de fibras musculares esqueléticas e cardíacas e mineralização.
Necrose caseosas (tuberculose);
Gênero Mycobacterium;
Espécies;
Zoonose;
Macro: aos cortes, de sensação arenosa e rangente;
Micro: granulomas com necrose caseosas e mineralização no centro da necrose.
Doenças granulomatosas (Paratuberculose);
Mycobacterium avium subsp. paratuberculosis;
Clínica: perda progressiva de peso, diarreia intermitente, profusa, semifluida ou líquida;
Mineralização das grandes artérias com a íntima dos vasos esbranquiçadas.
Tumores em processos de degeneração;
Paredes de vasos ateromatosos;
Nódulos parasitários.
Microscopia: depósitos granulares irregulares, de cor arroxeada (coram fortemente pela Hematoxilina);
Coloração especial: Método Von Kossa ou vermelho alizarina S.
Calcinose circunscrita
Forma de mineralização distrófica;
Afeta o tecido conjuntivo dérmico da pele sobre pontos de pressão ou locais traumatizados;
Geralmente acomete cães de raças de porte grande e braquiocefálicas;
Patogênese – sugere-se que haja um depósito de fosfato de cálcio em algumas fibras que estejam degeneradas/necrosadas;
Exemplos: Hiperadronocorticismo em cães – pode começar com um tumor na adrenal do cão.
Macroscopia: massa isolada, firme a flutuante, nodular e elevada, localizada na derme e subcutâneo Aos cortes, composto por material homogêneo, branco, calcário. 
Microscopia: slide
Mineralização Metastática
Precipitação de minerais em decorrência de uma concentração persistentemente elevada desse mineral no sangue; Mineralização de diversos tecidos do organismo ocorre por intoxicação por plantas calcinogênicas, doenças crônicas, ou intoxicação por vitamina D. 
Deposição de Ca++ em tecidos moles de diversas partes do organismo pode ser causada por intoxicação com a vitamina D, ou com plantas que possuam bases químicas ou metabólitos ativos da vitamina D (D3), o 1,25-diidroxicolecalciferol, temos duas espécies dessas no Brasil, são elas: Solanum malacoxylon (=glaucophyllum) e Nierembergia veitchii. 
A maioria dos vegetais possui vitamina D inativa. Quando o animal se alimenta, ativa essa vitamina nos rins. Já, no caso das plantas citadas acima, o animal come essas plantas, já chega no intestino o metabólito ativo da vitamina D. A incorporação começa nos ossos, o osso não tem tanta capacidade de guardar tanto cálcio (normalmente só 5% para onívoros e herbívoros, no carnívoro é diferente). A calcitonina, produzida pelas células C da tireoide, vai agir quando tem uma hipercalcemia, muito cálcio no sangue será secretado em maior quantidade, pois ela faz os osteoclastos (construtores da matriz óssea) parar sua atividade, ao contrário do PTH. O PTH produzido pelas células claras da paratireoide vai ser secretado quando tiver uma baixa na quantidade de cálcio e fósforo. O cálcio e fósforo regulam isso, possui mecanismo de feedback. Os osteoclastos trabalham na incorporação, modulando e reabsorvendo. Os osteoclastos é uma célula multinucleada, tem como função liberar enzimas para destruir a matriz óssea e jogar essa matriz destruída na forma de íons de cálcio e fósforo na corrente sanguínea. Quando tem muito cálcio, a calcitonina fala para o osteoclasto não trabalhar mais, ficar só absorver e incorporar. Quando tem pouco cálcio e fosforo, vai haver um aumento da quantidade de PTH e o osteoclasto vai jogar tudo para fora.
Ocorrem em tecidos elásticos como artérias e pulmões com grande frequência. Distúrbios nos mecanismos hormonais podem causar mineralização metastática.
O requisito básico para ocorrer é que haja a hipercalcemia.
Causa: insuficiência renal, intoxicação por vitamina D, paratormônio, destruição óssea. 
Exemplos:
Hiperparatireoidismo primário;
Tumores funcionantes na paratireoide – o hormônio PTH que faz a reabsorção óssea de Ca++ e leva a uma hipercalcemia.
Hiperparatireoidismo secundário;
IRC – Insuficiência renal crônica (perda da função renal) leva ao desequilíbrio de Ca++ e P levando ao estímulo da paratireoide aumentando a secreção de PTH e levando a uma desmineralização óssea e mineralização de tecidos moles. Ou seja, há retenção de fosfatos por uma falha renal, uma hiperfosfatemia, levando a um aumento do PTH, remoção do cálcio do esqueleto, hipercalcemia, por uma ação do PTH que faz tirar os minerais do corpo, calcificação metastática.
Hipercalcemia pelo excesso de vitamina D na dieta;
Hipervitaminose D: é um processo ativo associado a fatores do crescimento, proteínas da matriz e óssea;
A diferenciação das células musculares lisas da parede arterial induz a síntese de proteínas da matriz que influenciam a mineralização das artérias;
Comprometimento do sistema cardiovascular, sobre tudo pela mineralização das artérias.
Solanum malacoxylon (planta)
Conhecida como a espichadeira.
Intoxicação natural em bovinos;
Princípio ativo: 1,25-diidroxicolecalciferol;
Emagrecimento progressivo e dificuldade na locomoção, andar rígido;
Mineralização da parede da aorta.
Nierembergia veitchii (planta)
Intoxicação natural – Ovinos
Princípio ativo: composto similar ao 1,25-diidroxicolecalciferol;
Caquexia, marcada retração da parede abdominal, andar rígido, dorso arqueado;
Mineralização de válvulas cardíacas, cordas tendíneas, miocárdio, rins, tendões, ligamentos e articulações.
OBS: Quando há uma lesão prévia, o tecido está morto e mineraliza está distrófico. E quando há uma mineralização de diversos tecidos no organismo, é uma mineralização metastática.

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