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P1 Necrose

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Anatomia Patológica – P1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Medicina Veterinária
Aluno: Jeferson Bruno da Silva – Matrícula: 201406074-4
23 de agosto de 2016 – Necrose
A célula adoece e há um limiar entre a morte celular e a possibilidade da célula se regenerar e voltar ao seu estado de homeostase orgânica, voltando a ser uma célula saudável. No estudo das necroses, ocorre o estudo da morte celular, alterações irreversíveis, que chamamos de necroses. 
A identificação macroscópica da necrose, requer experiência para diferenciar a necrose de autólise, putrefação, degeneração, etc. No momento da necropsia devemos avaliar o cadáver e o histórico do animal, e a epidemiologia do local.
Degenerações X Necroses:
Degeneração é uma alteração celular considerada como reversível, já a necrose é a morte rápida tecidual, é uma degeneração irreversível.
A célula degenerada apresenta um acúmulo de substâncias, e atrapalha o funcionamento do tecido.
O que leva a Necrose? As mesmas coisas da degeneração
Perda da permeabilidade de membrana;
Liberação de enzimas lisossomais;
Lesão no DNA;
Alteração da síntese proteica;
Acúmulo de radicais livre.
Degeneração: a célula apresenta um acúmulo de substâncias anormais (líquido, proteínas, gorduras, etc), intra ou extra celular, que atrapalham o funcionamento do tecido como um todo. 
Necrose: A partir de uma célula saudável, pode ocorrer alterações na membrana, nos lisossomos, lesões no DNA por toxinas ou não, alterações na síntese proteica inviabilizando a produção de proteínas, ou acúmulo de radicais livres. 
Identificar macroscópica e microscopicamente, e citar por causa de quais doenças foram causados os sintomas. PROVA
Degeneração/Necrose Hialina: 
Doença do músculo branco: causada por deficiência de vit E e selênio, plantas do gênero Senna, rabidomiólise, acidentes ofídicos, que lesam a musculatura levando a degeneração e necrose hialínica, devido à coagulação da actina e da miosina, que sob a visão microscópica formam aspectos em tira vítreos ou em flocos (flocular), quando as células morrem constituintes intracelulares, saem para o meio extra celular, e essa saída gera a inflamação. A inflamação é um constituinte da necrose.
– há degeneração e necrose hialina.
Autólise X Necrose: Na necrose há inflamação, na autólise não há inflamação. A necrose é a morte de um tecido que ocorreu no animal vivo, já a autólise é a morte celular decorrente da morte do animal. 
Necrose
Definição: Morte rápida de uma porção limitada do organismo. Degeneração irreversível.
CAUSAS DA NECROSE
AGENTES FÍSICOS:
Calor (queimaduras)
Congelamento (menos o espermatozóide)
Eletricidade
Traumatismos mecânicos
Radiações ionizantes (medula óssea, tecidos linfóides, linhagem seminal)
HIPÓXIA: oxigenação do sangue inadequada
Vasoconstricção (Ergotismo = necrose de extremidades no aveia, setaria, azevém, capim lanudo, centeio, trigo) ergotoxina produzida pelo fungo Claviceps purpúrea.
Compressões isquemia (úlceras de decúbito)
Isquemia 
Infartos
Insuficiência cardíaca
Insuficiência respiratória
Anemias
AGENTES QUÍMICOS:
Drogas, ácidos e álcalis (cáusticos ou corrosivos = hidróxido de Na, K, nitrato de prata, sulfato de cobre, pasta R5, veronal, clorofórmio = necrose hepática)
Venenos e metais pesados (arsênico, CCl4, sais mercuriais (bicloreto de Hg = necrose no estômago, rins, cólon)
Poluentes ambientais, inseticidas, herbicidas, altas concentrações de O2, glicose, soluções hipertônicas de Na.
Queimaduras (liberação, de toxinas = necrose local e hepática)
AGENTES BIOLÓGICOS: 
Via direta (intracelular) 
Via indireta (toxinas, fenômenos imunoalérgicos)
Vírus, bactérias, fungos, protozoários, vermes, toxinas (veneno de cobra)
Exemplos: Actinomyces bovis; Actinobacillus lignieresi, Rodococcus equi; Micobacterium tuberculosis; Fusobacterium necroforum; Corinebacterium ovis; Clostridium novii; C. septicum; C. chauvoei; C. perfringens; Salmonella spp. 
DISTÚRBIOS GENÉTICOS:
erros metabólicos
malformações congênitas
DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS:
Proteica-calórica
Gorduras
Vitaminas
Minerais
PADRÕES CELULARES DA NECROSE
Picnose: o material do núcleo se condensa e se cora fortemente pela eosina. Condensação da cromatina nuclear numa massa escura (basofílica), arredondada e homogênea e menor que o núcleo normal.
Cariorrexia: O núcleo se torna fragmentado, com vários pedacinhos no citosol. Fragmentação do núcleo em numerosos pedaços – alteração que ocorre em 1 ou 2 dias.
Cariólise: o núcleo vai se apagando até que ele desaparece (é diferente da autólise, diferenciando a partir do processo inflamatório). Digestão/dissolução da cromatima nuclear, há a perda da afinidade tintorial que deixa uma imagem fantasma do núcleo pela atividade da DNase.
Ausência: completo desaparecimento do núcleo.
Restos/Debris nucleares: quando a necrose é extensa ocorrem agregações esparsas de restos nucleares, indicando a morte de muitas células.
Na autólise também pode ocorrer qualquer uma dessas 3 alterações nucleares, que são diferenciadas por meio de indícios do processo inflamatório, sendo ele de fundamental importância. 
Indicações citoplasmáticas
Aumento da acidofilia do citoplasma (queda do pH: desacoplamento dos ribossomos = perda de RNA, proteólise parcial, desnaturação proteica)
Citoplasmólise
Aparência pálida, granular/vacuolizada.
Perda do contorno celular.
Redução da diferenciação núcleo-citoplasma.
Perda completa das células.
Características macroscópicas da necrose:
Perda de cor ou palidez no tecido; 
Diferenciar de degeneração. Apresenta linha de demarcação;
Perda de consistência;
Zona de demarcação – entre a área normal e a área necrótica. 
Pode haver uma área esbranquiçada (devido aos leucócitos que se aglomeram somado às toxinas liberados por moléculas inflamatórias) que indica o quadro inflamatório, onde as moléculas inflamatórias migram e tentam combater a inflamação gerada pela necrose. 
APOPTOSE
Necrose de células isoladas, com ausência de fenômenos autolíticos. É um tipo de morte celular programada em que há autodestruição celular. Requer energia e síntese proteica para a sua execução. É um mecanismo de eliminação seletiva de células cuja sobrevivência poderia prejudicar o bem estar do organismo.
APOPTOSE FISIOLÓGICA 
Durante o desenvolvimento/remodelamento embrionário
Involução do timo 
Involução dependente de hormônios no adulto
		Atrofia prostática após castração
		Regressão da mama após lactação
		Colapso endometrial no ciclo menstrual
		Atresia folicular ovariana na menopausa
Eliminação de populações de células em proliferação
		Criptas intestinais
APOPTOSE PATOLÓGICA
Radiação
Drogas citotóxicas, antineoplásicas
Em tumores em regressão e em crescimento
Atrofia de parênquima após obstrução ductal 
	 	Pâncreas, parótida
Eliminação de células que já cumpriram seu propósito .
		Neutrófilos na resposta inflamatória, nas hepatites é muito comum.
		Linfócitos auto-reativos potencialmente danosos
		Células T citotóxicas infectadas por vírus
		Células neoplásicas
		Hepatites virais e tóxicas
Hemocaterese fisiológica: quando as células já envelheceram e perderam sua função.
Hemocaterese patológica: uma doença pode induzir a uma hemocaterese, como por exemplo a babesiose. 
As variedades de necrose dependem de:
O tipo de agente etiológico;
Do processo patológico envolvido;
Do local envolvido – tem a ver com o padrão macroscópico e microscópico;
Da distribuição do tecido morto – o padrão da lesão no tecido morto, se é generalizado, difuso, local, disseminado etc;
As características macroscópicas da necrose nos ajudam a diferenciar o tipo de necrose. Uma das característica que temos que avaliar é a perda da resistência do tecido (após vários dias). 
No cérebro temos um amolecimento do tecido que é chamado de malácia (é um termo que significa amolecimento, é causado por uma bactéria) multifocal.
Outra característica é a zona de demarcaçãobem definida entre o tecido necrótico e o tecido vivo (2-3 dias para desenvolver-se) – o aspecto circunscrito mostra a área de necrose bem definida (Necrobacilose é um exemplo da doença que tem necrose na língua).
A perda da cor ou palidez do tecido é uma característica também. Com exceções em infartos hemorrágicos (ocorrem no baço e no pulmão)
TIPOS DE NECROSE
Necrose de coagulação
Necrose de caseificação
Necrose de liquefação
Necrose hemorrágica
Necrose da gordura (esteatonecrose)
Necrose gangrenosa (G. seca e úmida)
Necrose fibrinoide
Necrose de coagulação: Há uma manutenção da morfologia tecidual, as proteínas coagulam, mas as células daqueles tecidos mantêm a sua morfologia histologicamente e macroscopicamente. Ocorre nas infecções agudas e nos infartos (área de necrose de coagulação causada por uma isquemia prolongada, ou seja, diminuição do Oxigênio tecidual – anóxia, gerando um infarto pois as células morrem).
Macroscopia: 
Cor cinzento-suja (isquêmica) ou amarelo-pálida
Aspecto opaco, turvo, seco, de albumina coagulada
Textura firme
Limites mais ou menos precisos
A forma varia com o órgão e o tipo de circulação (irregular, triangular, etc.)
Exemplos: coração, rim, fígado, baço, intestinos, músculos, tumores de crescimento rápido
Exemplos de necrose em músculos: doença dos músculos brancos; intoxicação por antibióticos; carbúnculo sintomático; intoxicação por plantas causam necrose muscular; mioglobinúria; miopatia de captura; síndrome do estresse suíno; compressões de decúbito.
	Infarto do miocárdio: Acúmulo de gordura que se alojam na túnica intima dos vasos, principalmente nas artérias coronárias, e causam a arteriosclerose, ocluindo parcialmente o vaso, gerando intolerância ao exercício. Na oclusão total o infarto é fulminante, imediato. Em veterinária o mais comum são casos de infartos renais.
	Um infarto renal pode ser causado por obstrução vascular causada por microbactérias aglomeradas no vaso, mineralização no vaso, qualquer corpo estranho intravascular que obstrua e impeça que a corrente sanguínea chega na região distal desse vaso. Gera um epitélio vascular com células picnóticas e onde todo o lúmen vascular estará obstruído
Pode ocorrer por várias razões onde quaisquer corpos estranhos obstruam os vasos, as células locais ficam com o núcleo picnótico e cariorréticos na histologia, mas não é pré-requisito a célula morta pode apresentar quaisquer das 3 disposições nucleares da necrose.
Necrose coagulação do córtex do cérebro = Polioencefalomalácia = O animal perde a substância cinzenta porque há falta de oxigênio para os neurônios. Assim vai diminuindo a quantidade de substância cinzenta do encéfalo. A primeira evidência é a morte dos neurônios. 
A malácia acontece depois da morte dos neurônios. Os neurônios morrem por necrose de coagulação e então vêm as células do tecido nervoso pra tentar fagocitar esse tecido morto causando a necrose. Depois desse processo todo que vem o processo de necrose de liquefação do cérebro.
Necrose de Caseificação: É o tipo de necrose por haver uma perda total na morfologia tecidual, como ocorre na tuberculose onde o linfonodo mediastínico se torna irregular com aspecto de “queijo” e nas linfadenites caseosas dos ovinos.
Macroscopia
Aspecto de queijo ou de requeijão, com áreas acinzentadas amarelas, secas, friáveis, granular, com ou sem calcificação;
Severa destruição local;
Geralmente em órgãos parenquimatosos.
Microscopia
Nesse tipo de necrose há a perda da arquitetura de identificação do tecido. Onde a necrose estiver você não sabe dizer qual o tecido. Se torna uma massa de coloração purpúrea, homogênea que são combinações de detritos nucleares escuros e citoplasmáticos eosinofílicos e amorfos, por vezes misturados com coágulos sanguíneos, hemorragias, trombos e calcificação.
Lesão crônica – debris de origem bacteriana de difícil degradação e leucócitos mortos
Isolamento por tecido conjuntivo denso.
liquefação com remoção / calcificação
Exemplo 1: A linfadenites caseosas é causada pela bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis denominada popularmente de “mal dos caroços” e os linfonodos ficam necróticos.
Exemplo 2: Oesophagostomum spp – o parasito atravessa o intestino, causando uma área de inflamação e necrose, quando é antigo, os nódulos caseosos se mineraliza.
Exemplo 3: Botriomicose que geralmente ocorre na região inguinal do cavalo onde foi feita a castração. Causada por Streptococcus aureus. 
Exemplo 4: Pitiose nos cavalos geralmente tem grandes massas necróticas com muito pus. Causada por Pythium insidiosum.
Exemplo 5: Tuberculose. O aspecto macroscópico é de ricota, onde o órgão fica meio despedaçado sem característica, amorfo. Massas caseosas que se disseminam pelos linfonodos, pulmão. É uma doença endêmica e zoonótica – é uma zoonose importantíssima com difícil controle e existe até programa nacional para controle.
Na área de necrose mais antiga, pode haver solidificação onde placas de minerais se formam no centro das necroses, característico de necroses caseosas, a necrose ocorre em “faixas”, e remete a uma camada de cebolas, camadas concêntricas, “anéis”. 
Necrose de liquefação: Os tecidos necrosados tem aparência de pastosas a líquidas, ocorrem nos abcessos, mastites necrotizantes, e necroses no SNC. 
Temos como exemplo os abcessos, como ocorre nos bovinos/ovinos confinados que tem incidência de acidose ruminal, onde as células iniciam uma degeneração balonosa, que vira vesícula, e posteriormente úlceras, e abcessos, no ponto onde vira uma ulcera os vasos sanguíneos da mucosa ruminal vão ficar expostos aos microrganismos que estarão no lúmen do rúmen, e assim esses microrganismos entram para a corrente sanguínea, vão direto para o fígado podendo causar concomitantemente abcessos hepáticos e de lá se espalham por todo o corpo. A bactéria pode agregar em algum vaso, se multiplica, organismo tenta englobar. Ocorrendo proliferação de bactérias e proliferação de neutrófilos tem enzimas, começa a forma essa consistência líquida da necrose de liquefação. Necrose liquefativa. As vezes é semipastoso. 
Necrose liquefativa no SNC em bezerros - quando não faz a cura do umbigo, por exemplo. A bactéria entra para normalmente na medula espinhal, ou nos ossos. Forma abscessos intramedular. Polioencéfalomalácia: amolecimento da substancia cinzenta do cérebro, há um teste com a luz UV, onde ela fica fluorescente na região onde ocorreu a necrose. Podendo adquirir coloração amarelada, escura, e a consistência é amolecida. Pode ser causada por intoxicação por sal, intoxicação por chumbo, enxofre, restrição hídrica, infecção pelo herpes vírus bovinos do ripo 5, deficiência de (vit. B1), deficiência de tiamina por falta de cobalto, ou por plantas que contenham tiaminase que inibe a produção de tiamina, muito comum em confinamentos por falta de adaptação dos animais à dieta. Área de necrose na região cortical. Pode ficar amarelado, deprimido – o tecido já foi eliminado pela inflamação. Aumenta muito o volume pela produção de líquido. Ermiação cerebelar – joga o cerebelo para fora do forame magno. O tecido fica com uma consistência liquefativa. Porque fica mole o SNC? Tem sua sustentação feita pelas células da glia, as células morrem e perdem a sustentação e pelo edema (líquido) que é formado. Dando a consistência do tecido. 
Histopatologia: perda de sustentação pela morte das células da glia, edema causado por acúmulo de líquidos de dentro dos vasos para o interstício, presença também de macrófagos que tentam retirar os debris celulares.
Células guiter são macrófagos que estão fazendo a limpeza daquele tecido (Debris celulares). Microscopicamente observamos macrófagos, espaços que Líquido ou ausência de tecido.
Edema: extravasamento de líquido do interior do vaso para fora.
	Mastite necrosante
Degeneração / Necrose Hialina
Possui aspecto vítreo, flocular. Quando a célula morre, os constituintes saem do meio intra para o meio extracelular. Ocorre uma reação contra os constituintescelulares. Se ele sai e rompe, ínsita uma região inflamatória. As células chegam e reagem contra essas substâncias intracelulares que saíram. Doença do músculo branco, plantas rabidominose, 
Autólise x Necrose
Depois que o animal morre, a célula vai parecer morta. Mas quando o animal já morreu, não vai chegar células. Na necrose há inflamação, na autólise não há inflamação.
Necrose de gordura ou esteatonecrose:
Tipo especial de necrose;
Cavidade abdominal ou soba a pele;
Induz a inflamação e fibrose;
Condição: trauma (tecido subcutâneo), vagina (partos distócicos);
Obstrução do intestino e ureter = morte.
Ocorre em situações de trauma no tecido subcutâneo, como pancadas, quedas, atropelamentos, etc. É fundamental em ruminantes como uma vaca inseminada por um touro muito grande, onde o feto pode não conseguir passar pela vagina e comprimir a gordura perivaginal, gerando um trauma e necrose na região perivaginal. Junto com a necrose da gordura vai haver esteatite (inflamação do tecido adiposo), pode ter fibrose, pode haver lesões pancreáticas com extravazamento de enzimas pancreáticas, culminando em necrose da gordura local. Adipócitos mortos.
	Há fibrose com a gordura inflamada.
Gangrena: 
Indica uma necrose seguida de putrefação. A putrefação ocorre devido a ação bacteriana. Pode ser classificada em seca, úmida e gasosa. Pode ocorrer em qualquer órgão que tenha uma flora bacterina mais intensa, como pele, trato gastrointestinal, pulmões (microorganismos do ar presentes no epitélio pulmonar), e glândulas mamárias.
Gangrena seca: comum após um infarto de uma extremidade, comum na obstrução de artéria ilíca por exemplo. Primeiro ocorre a necrose, depois a putrefação bacteriana. Perde a irrigação e as bactérias agem. Obstrução de artéria ilíaca (bifurcação da aorta). Um membro inteiro fica sem vascularização, ocorre necrose, e as bactérias de fora para dentro ocorre a putrefação, o tecido vai ficando seco. Pode ocorrer também em locais onde o frio é intenso, nas extremidades do corpo (orelha, nariz), falta de irrigação sanguínea + ação das bactérias.
Gangrena úmida: ocorre em órgãos úmidos. Pode ocorrer no pulmão, úbere, intestino, etc. Pode ocorrer nas mastites, cólicas em equinos, porque o tecido é muito irrigado. Se há uma necrose pode haver gangrena pela flora bacteriana. Na mastite. Em intestino de equino, uma torção de cólon, por exemplo.
Gangrena gasosa: causada pela manqueira, doença chamada também de carbúnculo sintomático, pela bactéria Clostridium chauvoeii
Intoxicação por Claviceps purpúrea: um fungo que pode colonizar plantas, que se tornam escura e contaminadas. Ele gera uma vasoconstricção generalizada que acaba por impedir a irrigação das extremidades do corpo, culminando numa gangrena seca. Mais comum no Sul do Brasil.
TIPOS ESPECIAIS DE NECROSE
EROSÃO: necrose de superfície; área pouco profunda restrita à epiderme e aos epitélios que cura-se sem formação de cicatriz.
ÚLCERA: escavação de uma superfície produzida por necrose e despreendimento dos detritos necróticos que implica no envolvimento do tecido abaixo da camada superficial.
SEQUESTRO: grande área de necrose separada do tecido vivo por uma camada de neutrófilos que pode permanecer como uma massa sólida por longo período, à medida que o processo de liquefação prossegue desde as partes mais externas.

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