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P1 Pigmentações Patológicas

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Anatomia Patológica – P1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Medicina Veterinária
Aluno: Jeferson Bruno da Silva – Matrícula: 201406074-4
06 de setembro de 2016 – Pigmentações Patológicas
Conceitos:
Pigmentos: Qualquer substancia que tem cor própria, origem, composição química e significado biológico diversos.
Pigmentação: Processo de formação ou cumulo de pigmentos em certos locais do organismo, podendo ser normais ou patológicas.
Toda pigmentação, é patológica? Não. 
Há pigmentações normais, como a coloração dos olhos, coloração da pele, etc.
As pigmentações podem ser:
Exógenas: Derivadas do exterior do organismo. 
Podem ser inaladas
Ingeridas 
E podem ser inseridas na pele 
Endógenas: Produzidas dentro do organismo
Relacionadas com a melanina
Derivada dos lipídios
Derivado da hemoglobina 
EXÓGENAS INALADAS:
Pneumoconioses: É a inalação de compostos presentes em poeiras minerais ou orgânicas; visíveis no sistema respiratório e nos linfonodos que drenam esse sistema; e algumas substâncias induzem inflamação crônica (é mais raro de acontecer).
Produção da doença depende:
Da concentração inalada
Do tamanho da partícula
Da forma da partícula
Da natureza química do composto 
Da duração da exposição
Exemplos de substâncias inaladas consideradas pneumoconioses: Antracose – Que é a inalação do Carvão; Baritose – Inalação do Bário; Siderose – Inalação do Ferro, etc. 
Antracose: É a única de interesse na medicina veterinária. Vamos pensar em cães que estão diretamente na cidade, pois eles sempre estarão inalando minérios de carvão. Não possui importância clínica, porém deve ser diferenciada de outras lesões. 
Macroscopia de Antracose: Pulmão com coloração salpicada de pontos negros, distribuído homogeneamente. 
EXÓGENAS INGERIDAS 
Pigmentação carotenoides: São precursores da vitamina A e em animais que comem muito alimentos com essa vitamina, tendem a ficar com a coloração amarelo-esverdeada. É um pigmento normal. 
Podemos ver exemplos dessa coloração em: Células luteínicas do corpo lúteo, gema de ovos, etc.
O deposito na gordura na carcaça do animal, que causa tanto coloração amarelada no tecido e no leite, é chamada na medicina de Adipoxantose. Ela não possui achado clinico, só é importante para diferenciar de icterícia. É possível diferenciar apenas com as características macroscópicas.
OBS: A Adipoxantose, NÃO OCORRE na túnica intima dos vasos e nas cápsulas articulares, já a icterícia OCORRE. Então, essa seria uma forma de diferenciar.
Pigmentação por Tetraciclina: Se deposita nos ossos e na dentina, dando uma coloração amarelada, durante o desenvolvimento fetal ou dentário.
EXÓGENAS INSERIDAS NA PELE
São usados como método de identificação do animal. Ex: Brinco ou Tatuagem
Pode ser usado tinta de nanquim ou outro pigmento a base de carbono, que fica como um pigmento livre na derme ou é fagocitado pelos macrófagos da derme entre as fibras de colágenos. 
ENDÓGENAS RELACIONADAS COM A MELANINA
A melanina é importante pois possui proteção contra os raios UV. E quais seriam os sítios normais de melanina no corpo? Na pele, nos olhos, neurônios de cães, no corpo lúteo (várias nuances: marrom, amarelo, laranja), etc.
Composição da Melanina
A célula primordial seria os melanoblastos, que se diferenciam em melanócitos. Com a ajuda da enzima tirosinase, transforma os melanócitos em melanina, armazena em melanossomos que migram para os queratinócitos da epiderme e depois de certo tempo, há uma descamação.
Melanoblastos > Melanócitos > Melanina > Armazenada em Melanossomos > Migram para Queratinócitos > Descamação 
OBS: Se não tiver a enzima tirosinase no organismo, vai haver uma ausência de melanina na pele. Essa enzima precisa do cobre para seu bom funcionamento. Animais com deficiência em cobre não terão uma atividade da tirosinase normal. Exemplos: 
Animais com deficiência de cobre podem ter Acromotriquia (diminuição da pigmentação dos pelos ao redor dos olhos – muito comum em bovinos – “bovino de óculos”). 
Ovelhas podem apresentar faixas de pelo despigmentadas, de tom mais claro.
OBS: É algo reversível, quando damos cobre ao animal, ele melhora. 
 
Então quando há uma incapacidade desse melanócito de sintetizar a tirosinase ativa, ocorre o que chamamos de albinismo.
Albinismo: É um distúrbio congênito caracterizado pela ausência completa ou parcial de pigmento na pele, cabelo e nos olhos. Geralmente animais albinos possuem defeitos de visão como fotofobia, nistagmo (contração involuntária do globo ocular), etc. São susceptíveis a queimaduras e neoplasias, pois não possuem a melanina para proteção contra UV.
Macroscopia: Observamos palidez da carcaça e um pigmento marrom-amarelado nos linfonodos por deficiência de cobre.
Microscopia: SLIDE
OBS: As 4 deficiências mais importantes que podem acontecer nos animais: Deficiência de Fósforo, Sódio, Cobre e Cobalto (há muitas regiões que possuem animais com essas deficiências). 
Melanose: É uma ectopia congênita (localização anormal) de melanócitos. A Melanose pode ser observada na pleura, na meninge, no peritônio, no pericárdio, na túnica intima da aorta, na capsula do fígado, etc. É um achado incidental de necropsia (o animal não morre disso), mas é importante para diferenciar de outras lesões, como por exemplo uma neoplasia de melanócito. 
Macroscopia: Áreas pretas irregulares de tamanhos e formas diferentes (não confundir com Antracose nos pulmões, que são pontinhos bem pequenos, iguais e estão por todo o tecido, bem homogêneos).
Melanoma: É um tumor de melanoblastos e melanócitos. Podem ser benignos ou malignos, melanóticos (muito pigmentado) ou amelanóticos (pouca ou sem pigmentação). São frequentes em pele (suínos), cavidade oral, olhos (cães, equinos e suínos), ao redor do ânus de cavalos (tordilhos) e dígitos (cão). 
OBS: Não adianta retirar esses melanomas, pois eles se infiltram na musculatura, nos ossos, voltando a aparecer depois.
ENDÓGENOS DERIVADOS DOS LIPIDIOS 
Resultam na oxidação e polimerização de lipídeos não saturados. São encontrados em macrófagos e em células dos órgãos parenquimatosos (lisossomos e mitocôndrias). Ex derivados de lipídios: Ceroide e Lipofuscina.
Ceroide: É o produto da degradação parcial dos lipídios fagocitados pelos macrófagos, de colocarão amarelada-castanha. Ocorre em animais muito desnutridos, em lesões que cursam com degeneração e necrose, lesões ateromatosas, etc. É importante para diferenciar de outros pigmentos.
Lipofuscina:
São pigmentos resultantes da autofagocitose dos constituintes celulares velhos. Então eles ocorrem mais em células pós-mitóticas (células do cérebro, coração, musculatura lisa, etc), são comuns em animais velhos, em neurônios de cães, em glândulas sudoríparas e mamarias, ocorrem também por deficiência da vitamina E, etc. Possui coloração amarelada-castanha.
Lipofuscinose Generalizada: É hereditária, podendo ser observada em diversas espécies. Ocorre através da intoxicação por plantas tóxicas.
ENDÓGENOS DERIVADOS DA HEMOGLOBINA 
Hematina
Hemossiderina
Bilirrubina (Icterícia)
Pigmentos musculares
A hemoglobina é composta por uma molécula proteica (globina) e por um pigmento (heme). 
No metabolismo normal da hemoglobina, o ferro e a globina são reaproveitados e a porfirina é descartada. E ai essa hemoglobina é excretada pelo glomérulo renal e passa, sendo reabsorvida pelo túbulo contorcido proximal. 
Geralmente, a hemoglobina está dentro da hemácia. Se ela sair de dentro, pode ser em caso de hemólise por dano direto à membrana ou indiretamente por alguma hemoglobina que esteja anormal por alteração do equilíbrio osmótico. Exemplos de doenças que cursam com hemólise: Anemia hemolítica, leptospirose, anaplasmose, hemólise imunológica, etc 
a) HEMATINA: Derivado da hemoglobina. Resultado da ação de ácidos ou bases sobre a hemoglobina. Ou seja, ela é vista principalmente naquele formol que NÃO é tamponado, que é muito ácido e ai acaba reagindo com a hemácia, causando as pigmentações.Pode se disseminar por todos os tecidos e vasos, que estão repletos de hemácias. Parasitas: Deixam pigmentos marrons macroscopicamente visíveis nos tecidos em que vivem ou migram. 
OBS: Metabolismo normal do ferro: SLIDE
Absorção a nível intestinal de Fe 
Fe+++ formando micelas de Hidroxifosfato Férrico + Complexos de Apoferritina = FERRITINA
A ferritina é armazenada na mucosa intestinal 
E transporte pelo plasma através da TRANSFERRINA
É usada por células OU depositada 
Excesso de ferro absorvido no intestino ou hemólise 
Micelas de Hidroxifosfato Férrico se agregam em partículas maiores formando a 
b) HEMOSSIDERINA: 
Distribuição Focal (hemorragias, hematomas) ou Difusa (anemias hemolíticas, transfusões repetidas, aumento da absorção de ferro).
Ocorrências: 
I) Insuficiência cardíaca crônica do lado esquerdo do coração: Hemácias extravasam por diapedese para dentro dos alvéolos devido a congestão passiva e são fagocitadas por macrófagos alveolares que gradualmente assumem a colocação marrom > “CÉLULAS DE FALHA CARDÍACA”.
Causas dessa congestão: Anormalidade cardíaca, insuficiência valvular ou estenose do lado esquerdo. 
II) Hemorragia prévia: Acentuada em uma área ou em um tecido. 
III) Placas siderofibroticas (Nódulos de Gama): Formadas por hipertensão portal como consequente ......... SLIDE São lesões granulares marrons salientes nos bordos do baço e contem ferro, ceroide e hemossiderina.
IV) AIE: Ocorre hemossiderina no fígado, baço, coração, pâncreas PROVA
V) Deficiência ou intoxicação por cobre SLIDE
VI) Fígado de cavalos idosos 
c) BILIRRUBINA 
e setembro de 2016 – Continuação
d) ICTERÍCIA
Excesso de bilirrubina no plasma;
Tecidos pigmentados de amarelo (menos nos músculos);
Localizações;
Esclera do globo ocular;
Íntima dos vasos;
Cápsulas articulares
Mucosas;
Válvulas cardíacas.
Tipos de Icterícia
Pré-hepatica: aporte de quantidades maiores de bilirrubina que podem ser processadas no fígado (acúmulo no sangue de bilirrubina não conjugada). Comum em episódios hemolíticos agudos. 
Exemplos:
Hematozoários (Plasmodium galinaceum, Babesia spp, Anaplasma spp);
Bactérias hemolíticas (Streptococcus equi, Strptococcus haemoliticum, Leptospira icteroharmorrhagiae);
Virus (AIE);
Intoxicação crônica por cobre e selênio em ovinos e bovinos;
Químicos (clorados, chumbo, clorato de potássio)
Hepática: lesão direta aos hepatócitos e consequente liberação de bilirrubina conjugada e não conjugada para a circulação sanguínea.
Exemplos:
Leptospirose
Hepatite viral;
Agressões químicas e tóxicas: fósforo, arsênico, clorofórmio, selênio, Senecio spp, Lantana spp, Crotalaria spp.
Pós-hepática: bilirrubina é bloqueada na sua entrada para o intestino. Níveis sanguíneos de bilirrubina conjugada se elevam.
Exemplos:
Compressão por: tumores, abcessos, e granulomas;
Obstrução e fibrose dos ductos biliares intra, extra-hepáticos e colédoco por parasitos (Ascaris, Fasciola, Plathynossomum);
Edema inflamatório (duodenite);
A bile dos bovinos fica verde porque ela não sofre a segunda oxidação, diferente dos carnívoros que possuem uma bile castanho-amarelada.
Icterícia x Adipoxantose
Na adipoxantose a cor amarela não ocorre na íntima dos vasos e nem nas cápsulas articulares. 
PIGMENTOS MUSCULARES
Mioglobina: pigmento muscular semelhante à hemoglobina do sangue, só que ela está no músculo e quando há uma lesão muscular ela sai do tecido e acaba sendo eliminada na urina e tinge a urina de uma cor mais enegrecida;
Azotúria (“doença da manhã de 2ª feira”): após repouso e subsequente esforço – acontece em equinos, o animal está em repouso durante o final de semana e na segunda-feira ele é colocado para treinar e acaba gerando essa lesão;
Miopatia de captura e traumatismos;
Intoxicação por ATB ionóforos – são usados como promotores de crescimento e anticoccídeostáticos e se eles não estiverem em formulação correta, pode haver degeneração e necrose muscular.

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