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Questão 1/2 - Libras
Leia o fragmento de texto a seguir: 
 
“A maioria dos ouvintes desconhecem a carga semântica que os termos surdo, surdo-mudo e 
deficiente auditivo evocam. É facilmente observável que, para muitos ouvintes alheios à discussão da 
surdez, o uso [dessas palavras podem] exprimir preconceito”.
 
Levando em consideração os conteúdos do texto-base A classificação indicativa na Língua 
Brasileira de Sinais sobre os termos geralmente utilizados para identificar a pessoa surda, explique 
o motivo pelo qual é errôneo chamar o indivíduo surdo de “surdo-mudo”.
Nota: 50.0
Resposta:
É errôneo porque nem todos os deficientes auditivos são mudos , vistos que muitos tem voz e 
conseguem falar se forem estimulados com a ajuda de fonoaudiologos. 
Questão 2/2 - Libras
Considere a seguinte informação: 
 
“Os elementos culturais constituem-se na mediação simbólica que torna possível a vida em comum. 
A cultura se expressa através da linguagem, dos juízos de valor, da arte, das motivações etc., 
gerando a ordem do grupo, com seus códigos próprios, suas formas de organização, de 
solidariedade etc. As culturas são recriadas em função de cada grupo que nelas se inserem. Os 
surdos são um grupo minoritário que está lutando para que sua cultura seja incluída, no contexto 
social, como legítima”.
 
 
Conforme os conteúdos do texto-base Ensino de Língua Portuguesa para surdos: Caminhos 
para a prática pedagógica, as pessoas surdas e ouvintes encontram-se imersos em um mesmo 
espaço físico e partilham de uma cultura ditada pela maioria ouvinte. A partir dessa premissa, 
descreva o que é a Cultura Surda e explique por que os surdos são considerados indivíduos 
multiculturais.
 
 
Nota: 50.0
Resposta:
Cultura surda, utilização da Língua de Sinais, sua cultura para se inserir a um grupo, assim 
tendo uma vida em comum . Os surdos são considerados multiculturais pelo fato de mesclarem 
um pouco da cultura dos ouvintes com a cultura surda fazendo uso também de tecnologias 
peculiares, restrita, desconhecida ou ausente para a comunidade dos ouvinte. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GESSER, A. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. p. 45. 
Espera-se que o aluno fale da emissão dos sons e sobre o que não “funciona” no surdo é o
aparelho auditivo e não o fonador.
É importante saber que nem todo surdo é mudo e por isso não é correto o termo “surdo-mudo”.
Esse grupo tem uma deficiência auditiva, mas não de fala. Todos que têm laringe, que é o órgão
responsável pela emissão dos sons, podem aprender a falar. Os surdos não falam porque não
escutam e, assim, não aprendem os sons das letras, a menos que recebam tratamento
fonoaudiológico para desenvolver a fala. O surdo só será mudo caso seja constatada clinicamente
deficiência no aparelho articulatório, impedindo-o de emitir sons (texto-base A classificação
indicativa na Língua Brasileira de Sinais, p. 8).
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SÁ, Nídia Limeira de. Existe uma cultura surda? 
Link: http://www.uel.br/cch/nap/pages/arquivos/Cultura%20Surda.pdf. Acesso em 03 ago. 2016.
1. A questão multicultural surda: Skliar (1998) explica que falar em Cultura Surda como um
grupo de pessoas localizado no tempo e no espaço é fácil, mas refletir sobre o fato de que
nessa comunidade surgem processos culturais específicos é uma visão rejeitada por
muitos, sob o argumento da concepção da cultura universal, monolítica. Para Wrigley
(1996), a surdez é um 'país' sem um 'lugar próprio'; é uma cidadania sem uma origem
geográfica. Todavia, pelo fato de surdos e ouvintes encontrarem-se imersos, normalmente,
no mesmo espaço físico e partilharem de uma cultura ditada pela maioria ouvinte, no caso
do Brasil, a cultura brasileira, surdos e ouvintes compartilham uma série de hábitos e
costumes, ou seja, aspectos próprios da Cultura Surda, mesclados a aspectos próprios da
Cultura Ouvinte, fato que torna os surdos indivíduos multiculturais. Por esse motivo, Skliar
(1998: 28) defende que 'é possível aceitar o conceito de Cultura Surda por meio de uma
leitura multicultural, em sua própria historicidade, em seus próprios processos e produções,
pois a Cultura Surda não é uma imagem velada de uma hipotética Cultura Ouvinte, não é
seu revés, nem uma cultura patológica'. Em suma, caracterizar a Cultura Surda como
multicultural é o primeiro passo para admitir que a Comunidade Surda partilha com a
comunidade ouvinte do espaço físico e geográfico, da alimentação e do vestuário, entre
outros hábitos e costumes, mas que sustenta em seu cerne aspectos peculiares, além de
tecnologias particulares, desconhecidas ou ausentes do mundo ouvinte cotidiano. 3. Cultura
Surda e identidade: É por meio da cultura que uma comunidade se constitui, integra e
identifica as pessoas e lhes dá o carimbo de pertinência, de identidade” (texto-base Ensino
de Língua Portuguesa para surdos: Caminhos para a prática pedagógica, p. 39,40).

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