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Resenha A China Panikkar

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Resenha do texto: “A China”
A Dominação ocidental na Ásia: do século XV aos nossos dias
PANIKKAR, K. M.
Vanessa Martins Pereira
Para os Ingleses se instalarem na Ásia do Sul era necessária a invasão dos mercadores ingleses no Pacífico. A posição dos países europeus na China caracterizava-se pelas feitorias nas costas, não havia nenhuma influência política, muito menos poderio militar. 
O governo chinês não possuia menor interesse em possuir comércio marítimo, Kien-Long achava inútil trocar produtos com países estrangeiros. 
Já na Índia a situação era muito diferente, lá não havia autoridade imperial, as associações comerciais europeias haviam se instalado e fortalecido, enquanto na China mantia-se a unidade política, o imperador fazia sentir sua autoridade sobre as províncias mais distantes, os reis “obedeciam tremendo”. Na Índia as companhias britânicas e francesas puderam tratar diretamente com os governadores, vice-reis e os principes locais, enquanto na China para cada negociação, era preciso avir-se com o governo central. 
No século XIX o quadro mundial se encontrava estabelecido dentro de um parâmetro muito movido pela Inglaterra, os ingleses ao sairem das guerras napoleônicas, surgiram como o colosso do mundo com uma supremacia política, econômica e intelectual. Os Estados Unidos ainda estava começando, e não haviam atingido a costa do Pacífico, a França estava se recuperando da Revolução Francesa e da guerra napoleônica, a Áustria era a única potência europeia capaz de inquietar a Inglaterra, a Prússia edificava lentamente seu futuro preponderância, a Alemanha continuava a servir de teatro às disputas de pequenos príncipes e régulos, já a Itália dividia-se entre Áustria e o reino do Piemonte, a Grã-Bretanha era triunfante e dominava o mundo. 
Abrir a China ao comércio estrangeiro, ignificava naquela época, mesmo pela força, servir à paz, ao progresso e à civilização. O comércio com a China fora durante muito tempo, um comércio de sentido único. Os europeus não tinham nada para vender em troca das imensas quantidades de seda, de chá etc. 
A solução para esse problema não era uma solução totalmente nova, a estratégia era comercializar o ópio, que havia sido proibido em 1729. O ópio era viciante e fazia muito mal a saúde.
Os ingleses cultivaram o ópio em grande escala na Índia, que era colônia inglesa em 1733, Warren Hastings fez do comércio de ópio um monopólio da Companhia na Índia, em 1797 obteve o de sua manufatura, a Companhia das Índias Orientais dedicou-se a inetensificar esse comércio, o primeiro passo para essa estratégia era encher os cofres na Índia e depois criar uma moeda em troca com a China. O resultado foi exatamente o que eles queriam, o ópio se tornou a parte mais importante das importações europeias na China. Porém se tornou uma epidemia que deixou milhares de chineses doentes, muitos até morreram. 
A Companhia das Índias não exportava o ópio diretamente para a China, vendiam em Calcutá a mercadores independentes, contrabandeavam em Lintim ou vendiam na costa. As grandes firmas chegavam até o ponto de montar canhões nos navios para quebrar as leis chinesas e distribuir a droga ao longo da costa. Armavam navios sem bandeira e sem governo, tranportavam mercadorias proibidas, e intensificaram a pirataria na costa. 
O governo imperial da China não podia mais tolerar essa situação e decidiu por um fim nisso. Como estratégia para acabar com o ópio, o governo imperial da China deu poder ilimitado para Lin Tse-hsu, um homem sério e íntegro. Lin decidiu atacar sem piedade o coração do tráfico de ópio, todos os mercadores chineses entregaram suas caixas de ópio, que totalizaram cerca de 20.000, ele destruiu os 20.000 ópios em uma cerimônia pública, fez com que os mercadores chineses e ingleses assinassem uma promessa de jamais dedicar ao trafico e sim às leis do império. 
Lin nunca poderia imaginar que os ingleses que estavam mergulhados no tráfico, ao descobrir essa situação, houve um conflito armado ocorrido em território chinês, em meados do século XIX, entre a Grã Bretanha e a China. 
Após a guerra, a Inglaterra impôs o Tratado de Nanquim aos chineses. A China teve que abrir cinco portos ao livre comércio, os ingleses passaram a ter privilégios no comércio com a China, a China teve que pagar indenização de guerra à Inglaterra, teve também que ceder a posse da ilha de Hong Kong aos britânicos. 
Futuramente após a Segunda Guerra do Ópio, os ingleses criaram o Tratado de Tianjinm, no qual dez portos chineses deveriam permanecer abertos ao comércio internacional, deveria haver liberdade para estrangeiros de vigiar e fazer comércio na China, liberdade religiosa aos cristãos que estavam em território chinês, e a China teve que pagar grandes indenizações de guerra à Inglaterra e França.

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