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1 SIMULADO DE PENAL 1 a Questão (Ref.: 201607212665) Pontos: 0,1 / 0,1 (FGV- TJMS - JUIZ) Qual das seguintes condutas não constitui crime impossível? A apresentação ao banco de cheque para sacar determinado valor, se a vítima já determinara a sustação do pagamento do cheque furtado. O furto de dinheiro cujas cédulas haviam sido marcadas para descobrir quem ia tentar a subtração. A tentativa de homicídio com revólver descarregado Quando o agente pretendia furtar um bem que estava protegido por aparelho de alarme que tornava absolutamente ineficaz o meio empregado para a subtração. Quando o agente deu veneno à vítima, mas a quantidade não foi suficiente para matá-la Definição de crime impossível O crime impossível também é chamado de tentativa inidônea, tentativa inadequada ou quase morte. Podemos afirmar que crime impossível é aquele que, pela ineficácia total do meio empregado ou pela improbidade absoluta do objeto material, é impossível de se consumar. Ou seja, é uma causa geradora de atipicidade, pois descreve um crime cuja ação é impossível de se realizar (art. 17 do CP). 2 2 a Questão (Ref.: 201607216354) Pontos: 0,1 / 0,1 Configuram elementos do tipo culposo, além da tipicidade, a prática de conduta com: inobservância do dever de cuidado que cause um resultado não desejado, mas previsível. inobservância do dever de cuidado que cause um resultado não desejado e imprevisível. observância de dever de cuidado que cause um resultado não desejado e imprevisível. inobservância do dever de cuidado que cause um resultado cujo risco foi assumido pelo agente. O crime culposo está previsto no artigo 18, II, do Código Penal Brasileiro com a seguinte redação: Art. 18 - Diz-se o crime: (...) II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. E, também, no Código Penal Militar: Art. 33 . Diz-se o crime: (...) II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, atenção, ou diligência ordinária, ou especial, a que estava obrigado em face das circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever ou, prevendo-o, supõe levianamente que não se realizaria ou que poderia evitá-lo. O crime culposo consiste numa conduta voluntária que realiza um fato ilícito não querido pelo agente, mas que foi por ele previsto ( culpa consciente ) ou lhe era previsível ( culpa inconsciente ) e que podia ser evitado se o agente atuasse com o devido cuidado. Assim, são elementos do crime culposo: a) Conduta humana voluntária . A voluntariedade está relacionada à 3 ação, e não ao resultado. b) Violação de um dever de cuidado objetivo . O agente atua em desacordo com o que é esperado pela lei e pela sociedade. São formas de violação do dever de cuidado, ou mais conhecidas como modalidades de culpa, a imprudência, a negligência e a imperícia. c) Resultado naturalístico . Não haverá crime culposo se, mesmo havendo falta de cuidado por parte do agente, não ocorrer o resultado lesivo a um bem jurídico tutelado. Assim, em regra, todo crime culposo é um crime material. d) Nexo causal . e) Previsibilidade . É a possibilidade de conhecer o perigo. Na culpa consciente, mais do que a previsibilidade, o agente tem a previsão (efetivo conhecimento do perigo). f) Tipicidade . CP, Art. 18 - Diz-se o crime: Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. 3 a Questão (Ref.: 201607311286) Pontos: 0,1 / 0,1 A Justiça Eleitoral disponibilizou uma caminhonete aos eleitores de povoado do interior que não tinham acesso a transporte individual ou coletivo para exercerem o seu direito ao voto. A caminhonete era conduzida por motorista profissional vinculado ao Tribunal Regional Eleitoral. Os eleitores viajavam na carroceria e foram alertados pelo condutor do veículo de que deveriam permanecer sentados para garantia de sua segurança já que se tratava de estrada perigosa. Numa das viagens até a zona eleitoral, um passageiro levantou-se de seu assento com o veículo em movimento para urinar na traseira da caminhonete. Apesar de alertado dos riscos pelos demais passageiros, os quais permaneceram sentados, ele prosseguiu com a conduta e acabou perdendo o equilíbrio, caiu na estrada e faleceu em decorrência de traumatismo craniano. Durante a investigação ficou provado que o veículo trafegava em velocidade regular e que o motorista não praticava manobras imprudentes. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre dolo e culpa é correto afirmar que o motorista poderá ser responsabilizado por homicídio culposo na direção de veículo automotor? 4 Sim, porque se não estivesse dirigindo o veículo o passageiro não se teria acidentado e morrido, o que se conclui utilizando-se o método hipotético de eliminação. Sim, porque o motorista deveria ter tomado cuidados excepcionais para evitar qualquer tipo de acidente com os passageiros sob sua responsabilidade. Não, porque o motorista não assumiu o risco de causar o resultado morte. Não, porque o motorista não descumpriu os deveres de cuidado relativos à sua atividade, sendo imprevisível a conduta do passageiro que se colocou em risco sem a interferência de terceiros. Não, porque o motorista, ainda que inconscientemente, assumiu o risco do resultado morte. 4 a Questão (Ref.: 201607212683) Pontos: 0,1 / 0,1 (FCC - MPU - ANALISTA PROCESSUAL) João, dirigindo um automóvel, com pressa de chegar ao seu destino, avançou com o veículo contra uma multidão, consciente do risco de ocasionar a morte de um ou mais pedestres, mas sem se importar com essa possibilidade. João agiu com dolo direto culpa consciente culpa dolo eventual dolo alternativo A culpa consciente se aproxima do dolo eventual, mas com ela não se confunde. Na culpa consciente, o agente, embora prevendo o resultado, não o aceita como possível. No dolo eventual o agente prevê o resultado, não se importando que venha ele a ocorrer. 5 5 a Questão (Ref.: 201607212057) Pontos: 0,1 / 0,1 (OAB/MG. Aplicado em 2002) Quanto ao delito, são princípios informadores da extradição, EXCETO: Princípio da jurisdicionalidade Princípio da legalidade Princípio da especialidade Princípio da identidade da norma Princípio da Legalidade O princípio da legalidade encontra-se expressão nos arts. 2º e 3º da Lei n.º 7.210/84, pois esta determina que a jurisdição seja exercida na forma dela própria e do Código de Processo Penal. Portanto, a restrição de direito deve decorrer da lei. Nesse diapasão, a Constituição Federal, em seu inciso II, do art. 5º, que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei." O princípio da legalidade norteia a execução penal em todos os seus momentos, dirigindo-se a todas as autoridades que participam da mesma, seja ela administrativa ou judicial. Princípio da Igualdade O princípio da igualdade determina a inexistência "de discriminação dos condenados por causa de sexo, raça, trabalho, credo religioso e convicções políticas, pois todos gozam dos mesmos direitos (NOGUEIRA, 1993, p. 7). Dessa forma, ninguém poderá sofrer tratamento discriminatório durante a execução penal, salvo as distinções em face do mérito pessoal do sentenciado e das características individuais de cada execução. As partes devem ter, em juízo, as mesmas oportunidades de fazer valer suasrazões, e ser tratadas igualitariamente, na medida de suas igualdades, e desigualmente, na proporção de suas desigualdades. Na execução penal e no processo penal, o princípio sofre alguma atenuação pelo, também constitucional, princípio favor rei, postulado segundo o qual o interesse do acusado goza de alguma prevalência em contraste com a pretensão punitiva. (CAPEZ, 2008, p. 19) 6 Princípio da Jurisdicionalidade O princípio da jurisdicionalidade está previsto no artigo (art.) 5º, inciso LXI, da Carta Maior, que aduz que “ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei”. Assim, toda prisão cautelar deve partir de uma decisão fundamentada oriunda de um magistrado, inexistindo qualquer excepcionalidade a tal regra. Defendemos o entendimento de que a prisão em flagrante não é uma exceção no tocante a esse procedimento, ao contrário do que aduzem outros doutrinadores, tendo em vista ser uma medida “pré-cautelar”. 1 a Questão (Ref.: 201607216320) Pontos: 0,1 / 0,1 Alex, também conhecido como neném, cometeu um crime em 20 de abril de 1998, sendo condenado pelo Juizo da 8ª. Vara Criminal da Capital,a cumprir a uma pena de cinco anos de reclusão em regime semi-aberto. Apesar da interposição de recurso de apelação, no qual a 7ª. Câmara Criminal do TJRJ conheceu do recurso e manteve o decreto condenatório transitando em julgado o Acórdão, tendo sido expedida carta de sentença à VEP para a execução penal. Quando o rapaz já cumpria seu primeiro ano de pena, sobreveio uma lei nova que descriminalizou a conduta na qual fora punido. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre Lei Penal no Tempo, assinale a alternativa correta acerca da nova lei : configura abolitio criminis, logo retroagirá para beneficiar Alex, consoante o disposto no art.2º,caput, do Código Penal. não produzirá efeitos sobre a conduta de Alex, haja vista o trânsito em julgado da decisão condenatória, consoante o disposto no art.2º, parágrafo único, do Código Penal. configura abolitio criminis, entretanto não produzirá efeitos sobre a conduta de Alex, haja vista o trânsito em julgado da decisão condenatória, consoante o disposto no art.2º,caput, do Código Penal. configura novatio legis in mellius, portanto retroagirá para beneficiar Alex, consoante o disposto no art.2º, parágrafo único, do Código Penal. 7 2 a Questão (Ref.: 201607216467) Pontos: 0,1 / 0,1 Leia a manchete de jornal abaixo, com base nos estudos realizados sobre as teorias da conduta, assinale a alternativa correta: Brasil - 8h33 - Carro tenta atravessar trecho alagado da Avenida Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Ante o exposto, caso o condutor de um veículo, que também tentasse atravessar o trecho alagado, viesse a perder o controle da direção e seu carro fosse arrastado pela correnteza, vindo a colidir no muro de proteção do Parque e, consequente, lesionar gravemente um pedestre que protegia-se da chuva no muro, qual a tese defensiva a ser utilizada pelo dono do veículo para fins de exclusão da responsabilidade penal? Ausência de dolo e culpa e, consequente, exclusão da conduta, por tratar-se de caso fortuito ou força maior. Exclusão da ilicitude por tratar-se de caso fortuito ou força maior. Exclusão da ilicitude em decorrência do estado de necessidade. Exclusão da culpabilidade face à inexigibilidade de conduta diversa. 3 a Questão (Ref.: 201607216352) Pontos: 0,1 / 0,1 Ulisses sequestrou a adolescente Penélope com o fim de obter certa quantia como resgate, levando-a para o Estado do Rio. Uma semana após, Ulisses descobriu que sequestrara a pessoa errada e que Penélope era moça pertencente a família muito pobre. Diante disto, espontaneamente, libertou Penélope, ilesa, sem nada receber. Ocorre que, enquanto Ulisses mantinha Penélope privada de sua liberdade, outra lei entrou em vigor, dispondo de modo mais severo quanto à punição do crime. Ante o exposto, assinale a alternativa correta. A lei posterior será aplicada no caso narrado, pois "extorsão mediante sequestro" é crime permanente. De acordo com o Código Penal, Ulisses responderá por tentativa de "extorsão mediante sequestro". No caso, não será aplicada a lei mais severa, pois a Constituição somente admite a retroatividade de lei posterior mais benéfica. 8 O fato praticado por Ulisses tipifica-se como crime impossível. 4 a Questão (Ref.: 201607216307) Pontos: 0,1 / 0,1 Anderson e sua namorada Verônica foram à uma festa na casa de João. Durante a festa, sem o conhecimento de Verônica ,Anderson aproveita-se da distração de todos e subtrai a máquina fotográfica digital de João. Ao chegar em casa Anderson deixa-a sobre a mesa da cozinha o que é visto por Verônica que logo reconhece o aparelho e decide esperar que o namorado durma para devolver o bem ao dono e evitar que seu namorado seja preso. Diante dos fatos narrados assinale a opção correta acerca da conduta de Verônica : configura-se arrependimento posterior eximindo Anderson de qualquer responsabilidade penal; não possui relevância jurídico-penal; configura-se arrependimento posterior cuja consequência jurídica será a diminuição de pena aplicada à conduta de Anderson. configura-se arrependimento eficaz eximindo Anderson de qualquer responsabilidade penal; 5 a Questão (Ref.: 201607212244) Pontos: 0,1 / 0,1 (Exame da OAB Elaborado pela UnB/CESPE / Janeiro de 2008) Alonso, com evidente intenção homicida, praticou conduta compatível com a vontade de matar Betina. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção CORRETA. Caso Alonso interrompesse voluntariamente os atos de execução, caracterizar-se-ia desistência voluntária, e ele só responderia pelos atos já praticados. Caso Alonso utilizasse os meios que tinha ao seu alcance para atingir a vítima, mas não conseguisse fazê-lo, ele só responderia por expor a vida de terceiro a perigo. Caso Alonso fosse interrompido, durante os atos de execução, por circunstâncias alheias à sua vontade, não chegando a fazer tudo que pretendia para consumar o crime, não se caracterizaria a tentativa de homicídio, mas lesão corporal Caso Alonso não fosse interrompido e, após praticar tudo o que estava ao seu alcance para consumar o crime, resolvesse impedir o resultado, 9 obtendo êxito neste ato, caracterizar-se-ia o arrependimento posterior, mas ficaria afastado o arrependimento eficaz. 1 a Questão (Ref.: 201607384635) Pontos: 0,1 / 0,1 VII Exame de Ordem Unificado Assinale a alternativa correta. Aquele que, desejando subtrair ossadas de urna funerária, viola sepultura, mas nada consegue obter porque tal sepultura estava vazia, não pratica o crime descrito no art. 210 do Código Penal: crime de violação de sepultura. Há homicídio privilegiado quando o agente atua sob a influência de violenta emoção. O homicídio culposo, dada a menor reprovabilidade da conduta, permite a compensação de culpas. O crime de infanticídio, por tratar‐se de crime próprio, não admite coautoria. 2 a Questão (Ref.: 201607212544) Pontos: 0,1 / 0,1 Acerca da classificação das infrações penais é correto afirmar que crime vago é aquele que: não tem sujeito passivo. não tem objeto jurídico tem como sujeito passivo uma pessoa jurídica . tem como sujeito passivo uma coletividade destituída de personalidade jurídica.10 3 a Questão (Ref.: 201607212645) Pontos: 0,1 / 0,1 Uma babá junto com seu namorado mantém, durante alguns dias, o filho do patrão, com 4 anos de idade, fechado em um quarto de uma casa de subúrbio, com a intenção de obter vantagem pecuniária. Antes de cobrá-la, contudo, vem a ser preso. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a classificação das infrações penais é correto afirmar que praticaram: Crime de dano. Crime permanente. Crime progressivo. Crime próprio. 4 a Questão (Ref.: 201607211758) Pontos: 0,1 / 0,1 Em relação à classificação das infrações penais, assinale a opção correta. (Exame OAB/ Cespe-UnB 2009.2.) Crime próprio é sinônimo de crime de mão própria Crimes hediondos são os previstos como tal na lei específica, e crimes assemelhados a hediondos são todos aqueles delitos que, embora não estejam previstos como tal na lei, causem repulsa social, por sua gravidade e crueldade. Crime unissubsistente é o que se consuma com a simples criação do perigo para o bem jurídico protegido, sem produzir dano efetivo. No crime comissivo por omissão, o agente responde pelo resultado, e não, pela simples omissão, uma vez que esta é o meio pelo qual o agente produz o resultado. 1 a Questão (Ref.: 201607950947) Pontos: 0,1 / 0,1 O crime de constrangimento ilegal é elementar de outros crimes como o crime de estupro, roubo e extorsão. Se alguém mediante violência constrange alguém a fazer sexo, por exemplo, haverá conflito aparente de normas que deverá ser solucionado pelo princípio da: alternatividade consunçào 11 Subsidiariedade especialidade 2 a Questão (Ref.: 201607212421) Pontos: 0,1 / 0,1 Herman invade a casa de Edgar e subtrai de lá objetos pertencentes a este último. Nessa hipótese, a violação de domicílio será absorvida pelo furto, ou seja, Herman somente responderá pelo crime previsto no art. 155 do Código Penal(furto). Qual o princípio utilizado para solucionar o aparente conflito de normas: subsidiariedade alternatividade sucessividade especialidade consunção 3 a Questão (Ref.: 201607789950) Pontos: 0,1 / 0,1 Alberi falsificou um documento (CP, art. 298) para praticar o crime de estelionato (CP, 171), sendo condenado apenas pelo crime de estelionato, pois o juiz aplicou a súmula 17 do STJ, a qual estabelece que: quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido. Assinale abaixo a alternativa que corresponda ao princípio aplicado pelo juiz para resolver o conflito aparente de normas. Consunção. Insignificância. Subsidiariedade. Alternatividade. Especialidade. 12 4 a Questão (Ref.: 201607216323) Pontos: 0,1 / 0,1 Dionísio com dolo de matar Adalto, ex-marido de sua filha e que a abandonara com três filhos após longos anos de relacionamento, nos quais descobriu, posteriormente, que a agredia fisicamente, resolve fazê-lo de forma lenta e que gere excessivo sofrimento à vítima. Desta forma, simula um convite para conversarem a sós sobre os netos em sua casa e, durante a conversa, serve a Adalto uma xícara de café contendo substância soporífera. Tão logo Adalto adormece, Dionísio o arrasta até a casa de máquinas que fica no fundo de seu quintal, o tranca lá em absoluta escuridão e o deixa sem água ou alimentação. Caso logre êxito em sua empreitada criminosa, sua conduta restará incursa no tipo penal do art. 121, §2°, III, do Código Penal. Ante o exposto, sendo certo que o meio de execução utilizado por Dionísio não possui expressa previsão legal para fins de caracterização do homicídio como qualificado, assinale a alternativa correta sobre interpretação e integração da lei penal. a conduta de Dionísio amolda-se ao tipo penal por força de analogia, forma de interpretação da lei penal plenamente utilizada no Direito Penal. a conduta de Dionísio amolda-se ao tipo penal por força de interpretação analógica, não havendo qualquer ofensa ao princípio da legalidade. a conduta de Dionísio amolda-se ao tipo penal por força de analogia, forma de auto integração da lei penal plenamente utilizada no Direito Penal. em decorrência do princípio da legalidade é vedado o emprego da analogia para fins de tipificação da referida conduta, razão pela qual Dionísio somente poderá ser responsabilizado pelo delito de perigo à vida ou à saúde de outrem. 13 5 a Questão (Ref.: 201607773372) Pontos: 0,1 / 0,1 Marcos, após beber 2 copos de cerveja com amigos, entra em seu carro e volta dirigindo para sua casa. Porém, no meio do caminho é parado por uma operação da lei seca. Ao ser submetido ao teste de alcoolemia pelo bafômetro é constatada a ingestão de álcool, sendo preso em flagrante em razão do art. 306 do Código de trânsito (lei 9.503/97). Considerando que nos autos não há qualquer depoimento ou outra prova atestando que Marcos dirigia de forma perigosa ou sob o efeito do álcool, o juiz o absolveu informando que sua conduta não lesionou e nem gerou um risco concreto à incolumidade pública. Com base nessa decisão, qual o princípio norteador do direito foi utilizado pelo magistrado? da lesividade da subsidiariedade da legalidade nenhuma das alternativas. da adequação social 1 a Questão (Ref.: 201607115123) Pontos: 0,1 / 0,1 Acerca do significado dos princípios limitadores do poder punitivo estatal, assinale a opção correta: (38 º Exame OAB/CESPE-UNB 2009.1) Segundo o princípio da culpabilidade, o direito penal deve limitar-se a punir as ações mais graves praticadas contra os bens jurídicos mais importantes, ocupando-se somente de uma parte dos bens protegidos pela ordem jurídica. De acordo com o princípio da fragmentariedade, o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos condenados por sentença transitada em julgado. Segundo o princípio da ofensividade, no direito penal somente se consideram típicas as condutas que tenham certa relevância social, pois as consideradas socialmente adequadas não podem constituir delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade. O princípio da intervenção mínima, que estabelece a atuação do direito penal como ultima ratio, orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico. 14 2 a Questão (Ref.: 201607114892) Pontos: 0,1 / 0,1 (Promotor de Justiça - RO -2006) O principio da ultima ratio: estabelece que, a elaboração de normas incriminadoras e função exclusiva da lei. constitui-se em sistema descontinuo de seleção de ilícitos não sancionado todas as condutas lesivas dos bens mais relevantes. praticamente erradica a responsabilidade objetiva enunciando que não há crime sem culpabilidade. implica na irretroatividade da lei penal. estipula que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico. 3 a Questão (Ref.: 201607114880) Pontos: 0,1 / 0,1 Consoante os estudos sobre as missões do Direito Penal no Estado Democrático de Direito, assinale a alternativa CORRETA. Compete ao Direito Penal atender aos anseios sociais de punição às condutas lesivas a bens jurídicos, independentemente da natureza dobem tutelado e/ou da gravidade da lesão a este. O fenômeno da constitucionalização do Direito Penal é utilizado como instrumento norteador da atividade estatal, todavia, não possui incidência obrigatória. O Direito Penal possui exclusivamente por finalidade a proteção dos bens jurídicos mais relevantes. Desta forma, o controle social penal possui primazia, prima ratio, sobre demais formas de controle social. Dentre as funções do Direito Penal, a aplicação de sanção de qualquer natureza está condicionada à mínima intervenção. 15 4 a Questão (Ref.: 201607119070) Pontos: 0,1 / 0,1 136º EXAME DE ORDEM SP CESPE/UNB Assinale a opção correta com base nos princípios de direito penal na CF. Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas até os sucessores e contra eles executadas, mesmo que ultrapassem o limite do valor do patrimônio transferido. O princípio da humanidade veda as penas de morte, salvo em caso de guerra declarada, bem como as de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e as cruéis. O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o da intranscendência da pena, resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, sine lege. Segundo a CF, é proibida a retroação de leis penais, ainda que estas sejam mais favoráveis ao acusado. 1 a Questão (Ref.: 201607676520) Pontos: 0,1 / 0,1 JOSÉ foi vítima de um crime de extorsão mediante seqüestro (artigo 159, do C. Penal), de autoria de CLÓVIS. O Código Penal, em seu artigo 4.º, com vistas à aplicação da lei penal, considera praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. No curso do crime em questão, antes da liberação involuntária do ofendido, foi promulgada e entrou em vigor lei nova, agravando as penas. Assinale a opção correta. A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao princípio geral da irretroatividade da lei. A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, em obediência à teoria da atividade. nenhuma das alternativas. A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, porque o nosso ordenamento penal considera como tempo do crime, com vistas à aplicação da lei penal, o momento da ação ou omissão e o momento do resultado, aplicando-se a sanção da lei anterior, por ser mais branda. A lei nova, mais severa, é aplicável ao fato, porque sua vigência é anterior à cessação da permanência. 16 2 a Questão (Ref.: 201607676515) Pontos: 0,1 / 0,1 José, brasileiro, cometeu crime de peculato, apropriando-se de valores da embaixada brasileira no Japão, onde trabalhava como funcionário público. Em tal situação, somente se aplica a lei brasileira se José não tiver sido processado pelo mesmo fato no Japão. somente se aplica a lei brasileira se José não tiver sido absolvido no Japão, por sentença definitiva. aplica-se a lei brasileira, independentemente da existência de processo no Japão e de entrada do agente no território nacional. aplica-se a lei brasileira somente se for mais favorável ao agente do que a lei japonesa. a aplicação da lei brasileira independe da existência de processo no Japão, mas está condicionada à entrada do agente no território nacional. 3 a Questão (Ref.: 201607693102) Pontos: 0,1 / 0,1 Alberi falsificou um documento (CP, art. 298) para praticar o crime de estelionato (CP, 171), sendo condenado apenas pelo crime de estelionato, pois o juiz aplicou a súmula 17 do STJ, a qual estabelece que: quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido. Assinale abaixo a alternativa que corresponda ao princípio aplicado pelo juiz para resolver o conflito aparente de normas. Consunção. Insignificância. Especialidade. Alternatividade. Subsidiariedade. 17 4 a Questão (Ref.: 201607690355) Pontos: 0,1 / 0,1 O carro de Alisson percorreu desgovernado acentuado declive, segundos após o condutor estacioná-lo, vindo a atingir Ana, que atravessava a via de trânsito, provocando a sua morte. O juiz condenou Alisson a pena de dois anos de detenção pela prática do crime de homicídio culposo de trânsito (art. 302 da Lei n. 9.503/1997). A defesa recorreu entendendo que a condenação deveria dar-se pelo crime de homicídio culposo do Código Penal (art. 121, § 3). No julgamento do recurso, o respectivo tribunal deferiu o pedido com fundamento no princípio da: Especialidade. Consunção. Subsidiariedade. Tipicidade. Alternatividade. 5 a Questão (Ref.: 201607676506) Pontos: 0,1 / 0,1 Tipicidade é comparação da conduta particular com a culpabilidade concreta e descrita no tipo. adequação da conduta ao tipo. juízo de reprovação social. descrição do fato no texto legal. ação ilícita ou contrária ao direito. 18 1 a Questão (Ref.: 201607863373) Pontos: 0,1 / 0,1 XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO Wallace, hemofílico, foi atingido por um golpe de faca em uma região não letal do corpo. Júlio, autor da facada, que não tinha dolo de matar, mas sabia da condição de saúde específica de Wallace, sai da cena do crime sem desferir outros golpes, estando Wallace ainda vivo. No entanto, algumas horas depois, Wallace morre, pois, apesar de a lesão ser em local não letal, sua condição fisiológica agravou o seu estado de saúde. Acerca do estudo da relação de causalidade, assinale a opção correta. O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa relativamente independente preexistente, e Júlio não deve responder por homicídio culposo, mas, sim, por lesão corporal seguida de morte O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa absolutamente independente concomitante, e Júlio deve responder por homicídio culposo O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa relativamente independente concomitante, e Júlio não deve responder pela lesão corporal seguida de morte, mas, sim, por homicídio culposo O fato de Wallace ser hemofílico é uma causa absolutamente independente preexistente, e Júlio não deve responder por homicídio culposo, mas, sim, por lesão corporal seguida de morte 2 a Questão (Ref.: 201607114921) Pontos: 0,1 / 0,1 Acerca do dolo e da culpa, assinale a opção correta: I O dolo indireto divide-se em dolo alternativo e dolo eventual; II A quebra do dever de cuidado, característica do tipo culposo, manifesta-se sob três formas de conduta: negligência, imperícia e imprudência, condutas estas comissivas; III O crime preterdoloso é espécie de crime qualificado pelo resultado e possui como elementos o dolo e a culpa. IV o arrependimento posterior, cabível nos delitos praticados sem violência ou grave ameaça à pessoa, é considerado causa excludente da ilicitude. 19 III e IV são verdadeiras I e III são verdadeiras I, II e IV são verdadeiras II e III são verdadeiras 3 a Questão (Ref.: 201607682066) Pontos: 0,1 / 0,1 Com relação ao arrependimento posteior podemos afirmar Pode se configurar em qualquer crime culposo, mas em crime doloso não Constitui causa de extinção de punibilidade Quando se configura o agente somente responde pelos atos praticados Constitui causa de diminuição de pena e não se aplica a crimes com violência ou grave ameaça Constitui causa de diminuição de pena e se aplica a crimes com violência ou grave ameaça 4 a Questão(Ref.: 201607682050) Pontos: 0,1 / 0,1 Qual das hipóteses abaixo constitui causa excludente de culpabilidade Erro de tipo Estado de necessidade Exercício regular do direito Erro de proibição Ofendículos 20 5 a Questão (Ref.: 201607119497) Pontos: 0,1 / 0,1 Amaro, durante uma calorosa discussão no trânsito, desferiu, com intenção homicida, dois tiros de revólver em Bernardo. Mesmo dispondo de mais munição e podendo prosseguir, Amaro arrependeu-se, desistiu de continuar a ação criminosa e prestou imediato socorro a Bernardo, levando-o ao hospital mais próximo. A atitude de Amaro foi fundamental para a preservação da vida do Bernardo, que, contudo, teve sua integridade física comprometida, ficando incapacitado para suas ocupações habituais, por sessenta dias, em decorrência das lesões provocadas pelos disparos. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. (EXAME OAB/CESPE-UNB 2009.3.) Amaro deve responder pelo delito de tentativa de homicídio. A atitude de Amaro caracteriza desistência voluntária, ficando excluída a ilicitude de sua conduta. Amaro deve responder apenas pelo delito de lesão corporal de natureza grave. A atitude de Amaro caracteriza arrependimento posterior, tornando-o isento de pena. 1 a Questão (Ref.: 201607697645) Pontos: 0,1 / 0,1 Com relação às causas excludentes de ilicitude (ou antijuridicidade), assinale a opção correta. (35º Exame OAB/CESPE - UnB) Supondo o agente, equivocadamente, que está sendo agredido, e repelindo a suposta agressão, configura-se a legítima defesa putativa, considerada na lei como caso sui generis de erro de tipo, o denominado erro de tipo permissivo. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar-se de perigo atual ou iminente que não provocou por sua vontade ou era escusável. O exercício regular do direito é compatível com o homicídio praticado pelo militar que, em guerra externa ou interna, mata o inimigo. Agem em estrito cumprimento do dever legal policiais que, ao terem de prender indiciado de má fama, atiram contra ele para dominá-lo. 21 2 a Questão (Ref.: 201607119853) Pontos: 0,1 / 0,1 Em relação à imputabilidade penal, assinale a opção CORRETA: (41º EXAME DE ORDEM CESPE/UNB) A pena imposta ao semi-imputável não pode ser substituída por medida de segurança. QU A embriaguez não acidental, seja voluntária ou culposa, completa ou incompleta, exclui a imputabilidade do agente que, ao tempo da ação ou omissão delituosa, for inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. A pena poderá ser reduzida se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não for inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Quanto à aferição da inimputabilidade, o CP adota, como regra, o critério psicológico, segundo o qual importa saber se o agente, no momento da ação ou da omissão delituosa, tem ou não condições de avaliar o caráter criminoso do fato e de orientar-se de acordo com esse entendimento. 3 a Questão (Ref.: 201607125755) Pontos: 0,1 / 0,1 Quanto à imputabilidade penal, é correto afirmar que a: (OAB-SP 125°) Embriaguez, ainda que incompleta, mas proveniente de caso fortuito pode excluir a imputabilidade penal. Paixão pode excluir a imputabilidade penal. Emoção pode excluir a imputabilidade penal. Emoção, a paixão e a embriaguez incompleta proveniente de caso fortuito ou força maior não excluem a imputabilidade penal. 22 4 a Questão (Ref.: 201607125364) Pontos: 0,1 / 0,1 (OAB-RJ 2°) Jorge Carvalho dirigia seu veículo pela rua Barata Ribeiro, momento em que Juca atravessa a rua. Sem observar o sinal de trânsito, fechado para os motoristas, Jorge vem a atropelar Juca, e, embora estivesse em velocidade reduzida, em quem causa lesões corporais leves. Indaga-se: Jorge praticou crime de lesões corporais simples, atuando com dolo eventual; Jorge praticou crime de lesões corporais simples, atuando com dolo direto; Jorge praticou crime de lesões corporais culposas, atuando com imperícia; Jorge praticou crime de lesões corporais culposas, atuando com negligência. 5 a Questão (Ref.: 201607215630) Pontos: 0,1 / 0,1 Maria, desempregada, no dia de sua festa de formatura, pegou o vestido novo e exclusivo de sua prima Paula, sem avisá-la, e o usou na festa. Após usar o vestido Maria o lavou, passou a ferro e o recolocou no armário. A dona do vestido descobriu a conduta de Maria quando viu as fotos da festa postadas no Facebook e registrou a ocorrência do furto junto à Delegacia de Polícia. Intimada, Maria prestou depoimento alegando que subtraiu o vestido da prima porque "nada tinha para vestir na sua própria festa de formatura". Com base no relatado, marque a alternativa correta: Maria responderá penalmente por crime de furto consumado. Maria responderá penalmente por crime de furto de uso. Maria não responderá penalmente porque configurado o estado de necessidade. Maria não responderá penalmente por ausência do especial fim de agir de apropriação da coisa subtraída. Maria responderá penalmente por crime de furto tentado. 23 1 a Questão (Ref.: 201608938558) Pontos: 0,1 / 0,1 Os princípios que resolvem o conflito aparente de normas são: legalidade, consunção, subsidiariedade e alternatividade. especialidade, legalidade, intranscendência e alternatividade. especialidade, subsidiariedade, consunção e alternatividade. legalidade, intranscendência, consunção e alternatividade. especialidade, legalidade, consunção e alternatividade. 2 a Questão (Ref.: 201608231139) Pontos: 0,1 / 0,1 Sobre os princípios norteadores do Direito Penal, assinale a opção correta: o princípio da legalidade admite, por exceção, a revogação da lei pelo direito consuetudinário. O princípio da legalidade, em sua compreensão atual, constitui-se também em alerta ao legislador contra o abuso de expressões imprecisas e obscuras, naquilo que se convencionou denominar de princípio ou postulado da taxatividade. Os tipos penais são criados pelo legislador, excepcionalmente, entretanto, o juiz pode, usando analogia, criar tipos penais. Compete ao direito penal atender os anseios sociais de punição para pacificar todos os conflitos sociais. 24 3 a Questão (Ref.: 201608330715) Pontos: 0,1 / 0,1 Iraniana ganha o direito de cegar com ácido homem que fez o mesmo com ela (O Globo, 13/05/11). TEERÃ - Depois de alguns anos tentado uma "vingança legal" contra o homem que a cegou com ácido, A. B. teve o direito concedido pela Justiça do Irã de fazer o mesmo contra os olhos de seu agressor, M. M., de acordo com o jornal britânico "The Guardian". Neste sábado, M. será sedado no hospital judicial de Teerã enquanto A. enfim promove a sua vingança. (...) A iraniana A., que pediu pelo direito de vingança no tribunal em 2008, teve o rosto desfigurado e ficou cega, em 2004, depois que M. jogou um pote de ácido em sua cara, enquanto ela voltava do trabalho para casa a pé. A atitude criminosa foi uma resposta à recusa de A. em se casar com M.. (...). Para as autoridades iranianas, a sentença pode ajudar a diminuir os ataques à acido no país.Mas ativistas de direitos humanos protestaram, afirmando que tal penalidade é desumana. Caso o fato tivesse ocorrido no Brasil, o agressor responderia penalmente pela lesão corporal causada, mas não poderia sofrer sanção corporal do tipo narrado na notícia porque a pena corporal descrita na notícia teria eficácia restrita ao causador do dano. a missão principal da pena e do direito penal é retribuir ao agente o mal causado para que sofra o que fez outra pessoa sofrer ao atentar contra bem jurídico de alta relevância social. a missão do direito penal é prevenir contra atentados a bens jurídicos pela via da retribuição do mal causado, encontrando limitações na Constituição. as missões do direito penal são prevenir contra atentados a bens jurídicos e, ao mesmo tempo, garantir o direito de liberdade contra eventuais abusos, devendo-se afastar a mera retributividade, o que se reflete na vedação constitucional às penas desumanas. a Constituição brasileira somente permite a aplicação de penas cruéis aos crimes considerados hediondos. 25 4 a Questão (Ref.: 201608412845) Pontos: 0,1 / 0,1 VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO Em relação ao princípio da insignificância, assinale a afirmativa correta. A jurisprudência predominante dos tribunais superiores é acorde em admitir a aplicação do princípio da insignificância em crimes praticados com emprego de violência ou grave ameaça à pessoa (a exemplo do roubo). A mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica constituem, para o Supremo Tribunal Federal, requisitos de ordem objetiva autorizadores da aplicação do princípio da insignificância. O princípio da insignificância funciona como causa de exclusão da culpabilidade. A conduta do agente, embora típica e ilícita, não é culpável. O princípio da insignificância funciona como causa de diminuição de pena. 5 a Questão (Ref.: 201608854254) Pontos: 0,0 / 0,1 1) Observe a norma do art. 23 do Código Penal: Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Considerando a classificação das normas penais podemos dizer que se trata: a) norma penal incriminadora d) norma penal não-incriminadora diretivas b) norma penal não-incriminadora permissivas 26 c) norma penal não-incriminadora exculpantes 1 a Questão (Ref.: 201608231922) Pontos: 0,1 / 0,1 Em cada um dos itens subsequentes é apresentada uma assertiva relativa à aplicação da lei penal no tempo e no espaço. I. Considera-se praticado o crime no momento em que ocorreu a ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. II. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra a vida ou a honra do presidente da república. III. Se um indivíduo cometer um crime tipificado em uma lei penal temporária, nessa circunstância ele responderá pelo crime, ainda que cessada a vigência da lei, porque tanto a lei penal excepcional quanto a lei penal temporária são ultra ativas. IV. Para efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as embaixadas brasileiras sediadas em países estrangeiros. SOMENTE está correto o que se afirma nas assertivas: II e III II e IV III e IV I e IV I e III 27 2 a Questão (Ref.: 201608404031) Pontos: 0,1 / 0,1 VII Exame de Ordem Unificado Assinale a alternativa correta. O homicídio culposo, dada a menor reprovabilidade da conduta, permite a compensação de culpas. O crime de infanticídio, por tratar‐se de crime próprio, não admite coautoria. Há homicídio privilegiado quando o agente atua sob a influência de violenta emoção. Aquele que, desejando subtrair ossadas de urna funerária, viola sepultura, mas nada consegue obter porque tal sepultura estava vazia, não pratica o crime descrito no art. 210 do Código Penal: crime de violação de sepultura. 3 a Questão (Ref.: 201608231437) Pontos: 0,1 / 0,1 (18º. Concurso Público para Procurador da República /2000) Em tema da lei temporária marque a alternativa correta: O artigo 3° não incide, quando a norma de integração cria situação permanente, insuscetível de modificar-se por circunstâncias temporárias ou excepcionais. O artigo 3° permanece incidindo, mesmo que haja modificação substancial, ocasionada pela norma de integração no tipo penal; O artigo 3° não se compatibiliza com a retroação in mellius da lei penal O artigo 3°, em princípio, não se aplica à norma penal em branco, quando substituído o ato administrativo por outro mais benéfico ao infrator; 28 4 a Questão (Ref.: 201608235748) Pontos: 0,1 / 0,1 Ulisses sequestrou a adolescente Penélope com o fim de obter certa quantia como resgate, levando-a para o Estado do Rio. Uma semana após, Ulisses descobriu que sequestrara a pessoa errada e que Penélope era moça pertencente a família muito pobre. Diante disto, espontaneamente, libertou Penélope, ilesa, sem nada receber. Ocorre que, enquanto Ulisses mantinha Penélope privada de sua liberdade, outra lei entrou em vigor, dispondo de modo mais severo quanto à punição do crime. Ante o exposto, assinale a alternativa correta. A lei posterior será aplicada no caso narrado, pois "extorsão mediante sequestro" é crime permanente. De acordo com o Código Penal, Ulisses responderá por tentativa de "extorsão mediante sequestro". No caso, não será aplicada a lei mais severa, pois a Constituição somente admite a retroatividade de lei posterior mais benéfica. O fato praticado por Ulisses tipifica-se como crime impossível. 5 a Questão (Ref.: 201608792758) Pontos: 0,1 / 0,1 A mãe que deixa de amamentar o filho, causando-lhe a morte, comete um crime omissivo impróprio. comissivo. formal. plurissubjetivo. omissivo puro. 29 1 a Questão (Ref.: 201608329583) Pontos: 0,1 / 0,1 É elemento do crime culposo: (34º Exame OAB/CESPE-UnB). a conduta humana voluntária, sempre comissiva. a observância de um dever objetivo de cuidado. o resultado lesivo não querido, mas assumido, pelo agente. a previsibilidade. 2 a Questão (Ref.: 201608290468) Pontos: 0,1 / 0,1 Conforme o estudo da tipicidade, bem como sobre os elementos que constituem o tipo no direito penal realizado em aula, marque a opção correta: Todo tipo penal possui os elementos objetivos, subjetivos e normativos O elemento normativo se refere a uma expressão que sempre se remete a outra norma O núcleo do tipo sempre será um elemento objetivo composto por um verbo O elemento subjetivo se refere à idade do agente ou sua profissão o tipo possui um elemento negativo que pode afastar a culpabilidade do agente 3 a Questão (Ref.: 201608329603) Pontos: 0,1 / 0,1 Os elementos normativos do tipo são aqueles que: (OAB/MG.AGO/2004) exigem uma especial valoração para a apreensão do seu significado; não se encontramprevistos na legislação penal brasileira. dispensam valoração para a apreensão do seu significado; quando inseridos no tipo, reforçam a garantia do princípio da reserva legal; 30 4 a Questão (Ref.: 201608329582) Pontos: 0,1 / 0,1 Os crimes onde o agente tem a obrigação de agir para evitar o resultado, isto é, devendo agir com a finalidade de impedir a ocorrência de determinado evento, são chamados de: (Exame OAB/MG. 1 Fase. Março 2002) crimes comissivos por omissão crimes de mera conduta. crimes omissivos próprios; crimes comissivos; 5 a Questão (Ref.: 201608231785) Pontos: 0,1 / 0,1 Um salva-vidas vê uma pessoa se afogando e, podendo fazê-lo, nada faz, vindo a vítima a morrer. Nesta hipótese, com base nos estudos realizados sobre as teorias da conduta, é correto afirmar acerca da modalidade de sua conduta e respectiva responsabilização penal: omissiva imprópria, sendo sua conduta incursa no tipo penal de omissão de socorro. omissiva própria, sendo sua conduta incursa no tipo penal de omissão de socorro. omissiva imprópria, sendo sua conduta incursa no tipo penal de lesão corporal seguida de morte. omissiva imprópria, haja vista tratar-se de agente garantidor,sendo sua conduta incursa no tipo penal de homicídio. omissiva própria, haja vista tratar-se de agente garantidor,sendo sua conduta incursa no tipo penal de homicídio. 31 1 a Questão (Ref.: 201608232039) Pontos: 0,1 / 0,1 CESPE - 2009 - PROMOTOR DE JUSTIÇA - RN - Em uma festividade natalina que ocorria em determinado restaurante, o garçom, ao estourar um champanhe, afastou-se do dever de cuidado objetivo a todos imposto e lesionou levemente o olho de uma cliente, embora não tivesse a intenção de machucá-la. Levada ao hospital para tratar a lesão, a moça sofreu um acidente automobilístico no trajeto, vindo a falecer em consequência exclusiva dos ferimentos provocados pelo infortúnio de trânsito. Com referência a essa situação hipotética e ao instituto do nexo causal no ordenamento jurídico brasileiro, assinale a opção correta O garçom deverá responder pelo delito de homicídio culposo. O garçom poderá responder apenas pelo delito de lesão corporal culposa. O garçom não deverá responder por nenhum delito. Segundo a teoria da imputação objetiva, o garçom, por ter criado um risco absolutamente proibido pela sociedade, deveria responder pelo delito de homicídio doloso. Em regra, o CP adotou a teoria da causalidade adequada para identificar o nexo causal entre a conduta e o resultado. 2 a Questão (Ref.: 201608979622) Pontos: 0,1 / 0,1 XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO O Presidente da República, diante da nova onda de protestos, decide, por meio de medida provisória, criar um novo tipo penal para coibir os atos de vandalismo. A medida provisória foi convertida em lei, sem impugnações. Com base nos dados fornecidos, assinale a opção correta Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não é possível a criação de tipos penais por meio de medida provisória Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida provisória, quando convertida em lei. Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida provisória, pois houve avaliação prévia do Congresso Nacional Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não cabe ao Presidente da República a iniciativa de lei em matéria penal 32 3 a Questão (Ref.: 201608969881) Pontos: 0,1 / 0,1 Segundo as teorias da ação relevantes para a configuração da conduta típica ministradas em sala, marque a opção correta: A ação para a teoria final é sempre uma atividade natural, baseada na causalidade A ação para teoria causal é sempre uma atividade final, graças ao saber final do homem. A ação para a teoria final é sempre uma atividade dirigida à determinada finalidade graças ao saber causal do homem. Pode-se dizer que a finalidade é cega, e a causalidade é vidente Para a teoria finalista, o dolo e a culpa integram a culpabilidade 4 a Questão (Ref.: 201608231437) Pontos: 0,1 / 0,1 (18º. Concurso Público para Procurador da República /2000) Em tema da lei temporária marque a alternativa correta: O artigo 3° não incide, quando a norma de integração cria situação permanente, insuscetível de modificar-se por circunstâncias temporárias ou excepcionais. O artigo 3° permanece incidindo, mesmo que haja modificação substancial, ocasionada pela norma de integração no tipo penal; O artigo 3°, em princípio, não se aplica à norma penal em branco, quando substituído o ato administrativo por outro mais benéfico ao infrator; O artigo 3° não se compatibiliza com a retroação in mellius da lei penal 33 5 a Questão (Ref.: 201608412845) Pontos: 0,1 / 0,1 VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO Em relação ao princípio da insignificância, assinale a afirmativa correta. A mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica constituem, para o Supremo Tribunal Federal, requisitos de ordem objetiva autorizadores da aplicação do princípio da insignificância. A jurisprudência predominante dos tribunais superiores é acorde em admitir a aplicação do princípio da insignificância em crimes praticados com emprego de violência ou grave ameaça à pessoa (a exemplo do roubo). O princípio da insignificância funciona como causa de diminuição de pena. O princípio da insignificância funciona como causa de exclusão da culpabilidade. A conduta do agente, embora típica e ilícita, não é culpável. 1 a Questão (Ref.: 201607676721) Pontos: 0,1 / 0,1 Sobre a aplicação da lei penal, considere: I. A lei excepcional ou temporária não se aplica ao fato praticado durante sua vigência, se decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram. II. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. III. A lei brasileira não se aplica aos crimes contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público, se praticados no estrangeiro. IV. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. V. Aplica-se a lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, aos crimes contra a administração pública praticados por qualquer pessoa. Está correto o que se afirma APENAS em II e III. III, IV e V. II e IV. 34 I e V. I e III. 2 a Questão (Ref.: 201607115109) Pontos: 0,1 / 0,1 Sobre os princípios norteadores do Direito Penal, assinale a opção correta: Compete ao direito penal atender os anseios sociais de punição para pacificar todos os conflitos sociais. o princípio da legalidade admite, por exceção, a revogação da lei pelo direito consuetudinário. Os tipos penais são criados pelo legislador, excepcionalmente, entretanto, o juiz pode, usando analogia, criar tipos penais. O princípio da legalidade, em sua compreensão atual, constitui-se também em alerta ao legislador contra o abuso de expressões imprecisas e obscuras, naquilo que se convencionoudenominar de princípio ou postulado da taxatividade. 3 a Questão (Ref.: 201607676734) Pontos: 0,1 / 0,1 JOSÉ foi vítima de um crime de extorsão mediante seqüestro (artigo 159, do C. Penal), de autoria de CLÓVIS. O Código Penal, em seu artigo 4.º, com vistas à aplicação da lei penal, considera praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. No curso do crime em questão, antes da liberação involuntária do ofendido, foi promulgada e entrou em vigor lei nova, agravando as penas. Assinale a opção correta. A lei nova, mais severa, é aplicável ao fato, porque sua vigência é anterior à cessação da permanência. A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, porque o nosso ordenamento penal considera como tempo do crime, com vistas à aplicação da lei penal, o momento da ação ou omissão e o momento do resultado, aplicando-se a sanção da lei anterior, por ser mais branda. 35 nenhuma das alternativas. A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, em obediência à teoria da atividade. A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao princípio geral da irretroatividade da lei. 4 a Questão (Ref.: 201607676719) Pontos: 0,1 / 0,1 Em tema de aplicação da lei penal, considere as afirmativas abaixo. I. O princípio da legalidade é conhecido pela seguinte expressão latina: nullum crimen, nulla poena sine lege . II. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime. III. Praticado um fato que, posteriormente, a lei defina como crime, o seu autor pode ser punido se ainda não tiver ocorrido a prescrição. IV. Se o autor de um fato está respondendo a processo por contravenção penal e, posteriormente, a lei venha a definir esse fato como crime, a denúncia pode ser aditada para que o agente responda de acordo com a nova classificação. V. Mesmo que a lei nova deixe de incriminar certa conduta, antes definida como crime, o réu continua a responder ao processo porque quando praticou o fato a lei assim o considerava. Está correto o que se afirma APENAS em II, IV e V. I, III e IV. II, III e V. IV e V. I e II. 36 5 a Questão (Ref.: 201607115989) Pontos: 0,1 / 0,1 Dispõe o artigo 1º do Código Penal: "Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal". Tal dispositivo legal consagra o princípio da: Presunção de inocência. Humanidade. Lesividade. Legalidade. 1 a Questão (Ref.: 201607125564) Pontos: 0,1 / 0,1 (OAB-RJ 18°) Pode-se afirmar que se trata de crime próprio: O estelionato (art. 171, CP). A apropriação de coisa achada (art. 169, parágrafo único, inciso II, CP); O furto praticado com emprego de chave falsa (art.155, § 4º, inciso III, CP); A corrupção passiva (art. 317, CP); 2 a Questão (Ref.: 201607198283) Pontos: 0,1 / 0,1 ENADE 2009 Relativamente ao direito penal, analise as afirmativas a seguir: I. Os crimes omissivos são aqueles em que o agente viola o dever jurídico de agir, imposto pela norma, e basta a desobediência ao comando da norma para caracterizar o delito. São condições para a ocorrência dos crimes omissivos o conhecimento da situação típica da qual surge o dever e a possibilidade física real de realizar a ação ordenada. II. Os crimes omissivos são aqueles em que o agente viola um dever de conduta, imposto pela norma, devendo iniciar a prática de um ato concreto para que ele se materialize. São condições para a ocorrência dos crimes omissivos o conhecimento da situação típica, 37 da qual surge o dever e a possibilidade psíquica real de realizar a ação ordenada. III. A diferença entre os crimes omissivos próprio e impróprio é que, no primeiro, a obrigação de agir decorre da norma; ao passo que, no segundo a obrigação é resultado de um especial dever jurídico de agir. Se a mãe deixa de alimentar o filho, que morre em decorrência dessa omissão, pratica o crime de homicídio. Se um terceiro pratica a mesma conduta, pratica o crime de omissão de socorro qualificada. IV. Em regra, todos os crimes comissivos podem ser praticados por omissão, salvo aqueles em que é necessária uma atividade do agente. São elementos do crime comissivo por omissão a abstenção da atividade que a norma impõe, a superveniência do resultado típico em virtude da omissão, a ocorrência da situação de fato da qual deflui o dever de agir. Estão CORRETAS somente as afirmativas I e III II e IV I, III e IV II e III I e II 3 a Questão (Ref.: 201607115125) Pontos: 0,1 / 0,1 Em relação à classificação das infrações penais, assinale a opção INCORRETA: Crime comum é aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa, enquanto, para a configuração do crime próprio, exige- se alguma característica específica do agente, como por exemplo, o delito de infanticídio, que somente pode ser praticado pela mãe que, sob a influência do estado puerperal, durante ou logo após o parto, mata o próprio filho. crime material é aquele no qual a lei descreve a conduta típica, mas não faz qualquer referência ao resultado 38 naturalístico, pois este não é necessário à consumação do delito. a descrição típica de lesão corporal seguida de morte, prevista no art.129, §3º, do Código Penal, contempla um delito preterdoloso, espécie de delito agravado pelo resultado. crime de dano é aquele que exige, para sua consumação, a efetiva lesão ao bem jurídico tutelado, ao passo que, crime de perigo é aquele que se consuma com a exposição do bem a perigo de dano. 4 a Questão (Ref.: 201607125577) Pontos: 0,1 / 0,1 (OAB-RJ 3°) "A" desejando matar "B", vai a sua casa e, pela madrugada penetra no quarto onde "B" dormia, descarregando o revólver que portava. Em seguida se retira. Submetido a exame cadavérico os legistas concluem que "B" morrera em razão de um enfarto horas antes de ser atingido por "A". Houve homicídio doloso com a qualificadora do meio que tornou e impossibilitou a defesa da vítima; Deu-se violação a cadáver; Deu-se o crime impossível por impropriedade do objeto material; Houve homicídio tentado; 5 a Questão (Ref.: 201607125951) Pontos: 0,1 / 0,1 (OAB-SP 129°) Os delitos de roubo e de estupro são considerados pela doutrina como espécies de: crimes complexos em sentido amplo. crime complexo em sentido 39 estrito (estupro) e crime complexo em sentido amplo (roubo). crime complexo em sentido estrito (roubo) e crime complexo em sentido amplo (estupro). crimes complexos em sentido estrito. 1 a Questão (Ref.: 201607125578) Pontos: 0,1 / 0,1 (OAB-RJ 2°) Jorge Carvalho dirigia seu veículo pela rua Barata Ribeiro, momento em que Juca atravessa a rua. Sem observar o sinal de trânsito, fechado para os motoristas, Jorge vem a atropelar Juca, e, embora estivesse em velocidade reduzida, em quem causa lesões corporais leves. Indaga-se: Jorge praticou crime de lesões corporais simples, atuando com dolo eventual; Jorge praticou crime de lesões corporais culposas, atuando com imperícia; Jorge praticou crime de lesões corporais culposas, atuando com negligência. Jorge praticou crime de lesões corporais simples, atuando com dolo direto; 2 a Questão (Ref.: 201607215844) Pontos: 0,1 / 0,1 Maria, desempregada, no dia de sua festade formatura, pegou o vestido novo e exclusivo de sua prima Paula, sem avisá-la, e o usou na festa. Após usar o vestido Maria o lavou, passou a ferro e o recolocou no armário. A dona do vestido descobriu a conduta de Maria quando viu as fotos da festa postadas no Facebook e registrou a ocorrência do furto junto à Delegacia de Polícia. Intimada, Maria prestou depoimento alegando que subtraiu o vestido da prima porque "nada tinha para vestir na sua própria festa de formatura". Com base no relatado, marque a alternativa correta: 40 Maria não responderá penalmente por ausência do especial fim de agir de apropriação da coisa subtraída. Maria responderá penalmente por crime de furto tentado. Maria não responderá penalmente porque configurado o estado de necessidade. Maria responderá penalmente por crime de furto de uso. Maria responderá penalmente por crime de furto consumado. 3 a Questão (Ref.: 201607682280) Pontos: 0,1 / 0,1 Com relação ao arrependimento posterior podemos afirmar Quando se configura o agente somente responde pelos atos praticados Constitui causa de diminuição de pena e se aplica a crimes com violência ou grave ameaça Constitui causa de diminuição de pena e não se aplica a crimes com violência ou grave ameaça Constitui causa de extinção de punibilidade Pode se configurar em qualquer crime culposo, mas em crime doloso não 4 a Questão (Ref.: 201607119711) Pontos: 0,1 / 0,1 Amaro, durante uma calorosa discussão no trânsito, desferiu, com intenção homicida, dois tiros de revólver em Bernardo. Mesmo dispondo de mais munição e podendo prosseguir, Amaro arrependeu-se, desistiu de continuar a ação criminosa e prestou imediato socorro a Bernardo, levando-o ao hospital mais próximo. A atitude de Amaro foi fundamental para a preservação da vida do Bernardo, que, contudo, teve sua integridade física comprometida, ficando incapacitado para suas ocupações habituais, por sessenta dias, em decorrência das lesões provocadas pelos disparos. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. (EXAME OAB/CESPE-UNB 2009.3.) A atitude de Amaro caracteriza arrependimento posterior, tornando-o isento de pena. 41 A atitude de Amaro caracteriza desistência voluntária, ficando excluída a ilicitude de sua conduta. Amaro deve responder pelo delito de tentativa de homicídio. Amaro deve responder apenas pelo delito de lesão corporal de natureza grave. 5 a Questão (Ref.: 201607125955) Pontos: 0,1 / 0,1 (OAB-SP 127°) Em relação ao objeto jurídico e objeto material, assinale a alternativa correta.: No crime de furto, o objeto jurídico é a coisa subtraída e o objeto material é a propriedade. No crime de prevaricação, o objeto jurídico é a regularidade da administração pública e o objeto material é o bem lesado. No crime de falsidade documental, o objeto jurídico é a fé pública e o objeto material é o documento falsificado. No crime de homicídio, o objeto jurídico é a vida humana e o objeto material é o instrumento utilizado para o crime. 42 1 a Questão (Ref.: 201607116076) Pontos: 0,1 / 0,1 Ao surpreender o adolescente Marcos no interior de seu pomar tentando subtrair alguns frutos, o lavrador Pedro Pereira, armado com uma espingarda cartucheira municiada com sal grosso, o colocou para fora antes mesmo de sofrer qualquer prejuízo. Em seguida, acreditando estar autorizado pelo ordenamento legal a castigá-lo fisicamente pelo fato de ter invadido sua humilde propriedade, efetuou contra ele um disparo, provocando-lhe lesões corporais leves. Com base nos estudos realizados sobre as Teorias acerca do Erro é correto afirmar que Pedro Pereira não responderá pelo delito tipificado no artigo 129 do Código Penal, pois a hipótese caracteriza: erro de tipo essencial; erro de tipo acidental; erro de proibição indireto; erro de tipo vencível; 2 a Questão (Ref.: 201607296816) Pontos: 0,1 / 0,1 VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO Analise as hipóteses abaixo relacionadas e assinale a alternativa que apresenta somente causas excludentes de culpabilidade. Inimputabilidade por menoridade; estrito cumprimento do dever legal; embriaguez incompleta. Embriaguez incompleta proveniente de caso fortuito ou força maior; erro de proibição; obediência hierárquica. Embriaguez culposa; erro de tipo permissivo; inimputabilidade por doença mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Erro de proibição; embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior; coação moral irresistível. 43 3 a Questão (Ref.: 201607115942) Pontos: 0,1 / 0,1 Pedro, sendo atacado por um cão feroz, atira, matando o animal. A conduta acima descrita encontra-se acobertada por qual das excludentes de ilicitude abaixo: Estrito cumprimento de dever legal putativo; Legítima defesa putativa; Estado de necessidade putativo. Estado de necessidade; 4 a Questão (Ref.: 201607115321) Pontos: 0,1 / 0,1 Helena, ao atravessar a rua, tropeça em um bueiro, torce o pé, perde o equilíbrio e cai ao chão em frente aos carros que estavam parados, em respeito ao semáforo vermelho. Da queda, restaram visíveis lesões à Helena que, inclusive, teve dificuldade para levantar-se do chão. Diante do ocorrido, Leonardo, taxista parado em frente ao sinal, prontamente presta socorro à Helena, levando-a ao hospital mais próximo. Preocupado com seu estado de saúde, Leonardo, ao atravessar um cruzamento, ignora a placa estatigráfica de parada obrigatória, tendo, em decorrência, seu veículo abalroado por um ônibus que transitava normalmente na via preferencial. Da colisão, Leonardo sofreu lesões leves, entretanto, Helena faleceu no local do acidente. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre ilicitude e suas causas excludentes, é correto afirmar acerca da responsabilização pelo resultado morte de Helena por Leonardo: não será responsabilizado, pois atuou em estrito cumprimento do dever legal, haja vista tratar-se de motorista profissional. não será responsabilizado, pois atuou em estado de necessidade, não sendo afastada a causa de justificação em decorrência de sua conduta culposa. será responsabilizado, pois a excludente de ilicitude estado de necessidade não se aplica ao agente que tenha causado a situação de perigo culposamente. será responsabilizado, haja vista ter assumido a posição de 44 agente garantidor, bem como o fato de ter causado culposamente a colisão com o ônibus. 5 a Questão (Ref.: 201607120071) Pontos: 0,1 / 0,1 Em relação às causas de exclusão de ilicitude, assinale a opção INCORRETA:(EXAME DE ORDEM CESPE/UNB.2009.1) Considera-se causa supralegal de exclusão de ilicitude a inexigibilidade de conduta diversa. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Um bombeiro em serviço não pode alegar estado de necessidade para eximir- se de seu ofício, visto que tem o dever legal de enfrentar o perigo. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 1 a Questão (Ref.: 201601743434) Pontos: 0,1 / 0,1O carro de Alisson percorreu desgovernado acentuado declive, segundos após o condutor estacioná-lo, vindo a atingir Ana, que atravessava a via de trânsito, provocando a sua morte. O juiz condenou Alisson a pena de dois anos de detenção pela prática do crime de homicídio culposo de trânsito (art. 302 da Lei n. 9.503/1997). A defesa recorreu entendendo que a condenação deveria dar-se pelo crime de homicídio culposo do Código Penal (art. 121, § 3). No julgamento do recurso, o respectivo tribunal deferiu o pedido com fundamento no princípio da: Tipicidade. Alternatividade. Subsidiariedade. Consunção. Especialidade. 45 2 a Questão (Ref.: 201601916457) Pontos: 0,1 / 0,1 XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO O Presidente da República, diante da nova onda de protestos, decide, por meio de medida provisória, criar um novo tipo penal para coibir os atos de vandalismo. A medida provisória foi convertida em lei, sem impugnações. Com base nos dados fornecidos, assinale a opção correta Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não cabe ao Presidente da República a iniciativa de lei em matéria penal Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não é possível a criação de tipos penais por meio de medida provisória Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida provisória, pois houve avaliação prévia do Congresso Nacional Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida provisória, quando convertida em lei. 3 a Questão (Ref.: 201601875399) Pontos: 0,1 / 0,1 Pedro subtraiu bem móvel pertencente à Administração pública, valendo-se da facilidade propiciada pela condição de funcionário público. Pedro responderá pelo crime de peculato e não pelo delito de furto em decorrência do princípio da: consunção. subsidiariedade. progressão criminosa. alternatividade. especialidade. 46 4 a Questão (Ref.: 201601729584) Pontos: 0,1 / 0,1 Em tema de aplicação da lei penal, considere as afirmativas abaixo. I. O princípio da legalidade é conhecido pela seguinte expressão latina: nullum crimen, nulla poena sine lege. II. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime. III. Praticado um fato que, posteriormente, a lei defina como crime, o seu autor pode ser punido se ainda não tiver ocorrido a prescrição. IV. Se o autor de um fato está respondendo a processo por contravenção penal e, posteriormente, a lei venha a definir esse fato como crime, a denúncia pode ser aditada para que o agente responda de acordo com a nova classificação. V. Mesmo que a lei nova deixe de incriminar certa conduta, antes definida como crime, o réu continua a responder ao processo porque quando praticou o fato a lei assim o considerava. Está correto o que se afirma APENAS em II, III e V. I, III e IV. IV e V. I e II. II, IV e V. 5 a Questão (Ref.: 201601743428) Pontos: 0,1 / 0,1 Assinale a alternativa CORRETA sobre a Teoria da Norma Penal e conflito aparente de normas: O princípio da especialidade soluciona o aparente conflito entre o crime de homicídio culposo (art. 121, § 3) e o crime de homicídio culposo de trânsito (art. 302 da Lei n. 9.503/1997). O princípio da subsidiariedade soluciona o aparente conflito entre o crime de sequestro (art. 148) e o crime de extorsão (art. 158). O princípio da consunção soluciona o aparente conflito de normas entre o crime de furto (art. 155) e o crime de roubo (art. 157). O princípio da subsidiariedade soluciona o aparente conflito de normas entre o crime de homicídio (art. 121) e o crime de infanticídio (art. 123). O princípio da especialidade soluciona o aparente conflito entre o crime de homicídio (art. 121) e o crime de perigo para a vida de outrem (art. 132). 47 1 a Questão (Ref.: 201601167990) Pontos: 0,1 / 0,1 Em relação à classificação das infrações penais, assinale a opção INCORRETA: crime de dano é aquele que exige, para sua consumação, a efetiva lesão ao bem jurídico tutelado, ao passo que, crime de perigo é aquele que se consuma com a exposição do bem a perigo de dano. a descrição típica de lesão corporal seguida de morte, prevista no art.129, §3º, do Código Penal, contempla um delito preterdoloso, espécie de delito agravado pelo resultado. Crime comum é aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa, enquanto, para a configuração do crime próprio, exige-se alguma característica específica do agente, como por exemplo, o delito de infanticídio, que somente pode ser praticado pela mãe que, sob a influência do estado puerperal, durante ou logo após o parto, mata o próprio filho. crime material é aquele no qual a lei descreve a conduta típica, mas não faz qualquer referência ao resultado naturalístico, pois este não é necessário à consumação do delito. 2 a Questão (Ref.: 201601167986) Pontos: 0,1 / 0,1 A Lei n. 10.826/2003 (Sistema Nacional de Armas), que revogou a Lei n. 9.437/97, mesmo prevendo o crime de porte ilícito de arma, não contemplou a hipótese prevista no artigo 10, parágrafo 3.º, inciso IV, da lei revogada (que tratava do mesmo delito e estabelecia penas mais severas de 2 a 4 anos de reclusão e multa para o réu que possuísse condenação anterior por crime contra a pessoa, contra o patrimônio e por tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins). É correto afirmar, então, no caso de réu já condenado definitivamente como incurso no preceito revogado, (178. CONCURSO DE INGRESSO NA MAGISTRATURA - VUNESP 2006) tratar-se de caso de ultratividade da lei, porque o fato punível e a circunstância mais gravosa ocorreram e foram considerados na vigência da lei revogada. a retroatividade da nova lei, mais favorável, para desqualificar circunstância específica mais gravosa, anterior a sua vigência, com a adequação da sanção imposta, na via própria a irretroatividade do novo ordenamento penal, considerando que, em geral, a lei rege os fatos praticados durante a sua vigência (tempus 48 regit actum¿. a retroatividade da nova lei, sem a possibilidade, contudo, de ela gerar efeitos concretos na atenuação da pena, tendo em conta a decisão condenatória transitada em julgado. 3 a Questão (Ref.: 201601266408) Pontos: 0,1 / 0,1 Sobre a aplicação da lei penal no tempo e no espaço, o Código Penal Brasileiro adotou, respectivamente, as teorias da(do) (Defensor/RN/2006) ubiquidade e ambiguidade. ubiquidade e resultado. atividade e ubiquidade. resultado e ubiquidade. 4 a Questão (Ref.: 201601172055) Pontos: 0,1 / 0,1 Alguém que tenha, em sua residência, para consumo pessoal, substância entorpecente, sem autorização legal, pratica, segundo a nova legislação sobre o tema, conduta caracterizada como: (135º EXAME DE ORDEM SP CESPE/UNB) crime. fato atípico. infração penal sui generis. contravenção. 49 5 a Questão (Ref.: 201601168281) Pontos: 0,1 / 0,1 Wallace foi denunciado pela prática de estupro no dia 12 de julho de 1990, por volta das 22h30. Tinha na época quase 21 anos, visto que fora nascido em 13 de julho. Do fato, restou condenado em 15 de agosto de 1995, tendo o magistrado aplicando a pena mínima de 6 anos de reclusão face à incidência dos institutos repressores da Lei de crimes hediondos , Lei n.8072/1990. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre conflito de leis penais no tempo, assinale a
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