Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
15/6/2017 1 ENTOMOLOGIA ZOOTÉCNICA Prof. Rômulo Augusto Guedes Rizzardo BREVE HISTÓRICO Reino Animal Dif. celular Simetria Boca 1º Exoesqueleto - Ecdise 30 ORDENS 15/6/2017 2 CARACTERÍSTICAS � Organismos multicelulares heterotróficos � Pelo menos 650 milhões de anos � Apêndices articulados � Metameria (:segmentos) � Segmentação do sistema nervoso � Exoesqueleto: cutícula segmentada PLANETA TERRA � Aproximadamente 8,7 milhões de espécies de animais e plantas (~6,5 na terra e 2,5 no mar). � 1,76 milhões de espécies descritas e publicadas � (85% na terra e 15% nos oceanos) �INSETOS CONHECIDOS: 827.599 spp. �Mamíferos conhecidos: 5.853 spp. FILO ARTHROPODA MAIOR FILO DO REINO ANIMAL Arthron = articulação Pous, podos = pés FILO ARTHROPODA � Artrópodes primitivos apresentavam corpo com mais segmentos e apêndices repetitivos pouco diferenciados. A história evolutiva do grupo mostra uma tendência à diminuição da quantidade de apêndices e especialização dos mesmos Trilobita 15/6/2017 3 FILO ARTHROPODA Subfilo Trilobitomorpha - extinto Subfilo Chelicerata (Arachnida...) Subfilo Myriapoda (Diplopoda...) Subfilo Hexapoda (Insecta...) Subfilo Crustacea (Malacostraca...) FILO ARTHROPODA EXOSQUELETO QUITINOSO � Evita a perda de água - desidratação � Proteção � Apoio para a musculatura � Maior gama de movimentos � Crescimento periódico ecdise ou mudas � Ovos com casca � Desenvolvimento embrionário indireto – presença de larvas SISTEMA DIGESTÓRIO � Completo boca, faringe, esôfago, papo, moela, estômago, intestino, reto e ânus � Glândulas anexas � Digestão extracelular 15/6/2017 4 SISTEMARESPIRATÓRIO SUBFILOS � Hexapoda e Myriapoda traquéias respiratórias e cutâneas � Crustacea brânquias � Chelicerata pilotraquéia (pseudopulmões) SISTEMA CIRCULATÓRIO � Sistema aberto coração na região dorsal � Hemolinfa líquido circundante SISTEMA EXCRETOR � Tubos de Malpighi Hexapoda, Myriapoda e Chelicerata � Glândulas verdes Crustacea � Glândulas coxais Chelicerata SISTEMA NERVOSO � Ganglionar ventral Br – cérebro O – ocelos SoeGng – gânglio suboesofágico 1Gng-7Gng – sete pares de gânglios 15/6/2017 5 REPRODUÇÃO � Partenogênese ou Sexuada � Desenvolvimento direto ou indireto � Maior classe do reino animal; � 400 milhões de anos; � Encontrados em praticamente todos os ambientes terrestres. CLASSE INSECTA � Os insetos são unissexuados, e pode ocorrer ou não ocorrer dimorfismo sexual (diferenças entre macho e fêmea), sua fecundação é interna e quase todos são ovíparos (certas moscas e pulgões são vivíparos). Insecta B. rinoceronte � Características principais: � Três pares de patas � Um par de antenas � Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome � Peças bucais especializadas: � Picador-sugador, lambedor, mastigador, sugador-mastigador � Presença ao não de asas � Apêndices locomotores: corredor, saltador... Insecta 15/6/2017 6 ORGÃOS SENSORIAIS � Cabeça: Centro sensorial � Órgãos sensoriais: visão, audição, olfato, tato, paladar ORGÃOS LOCOMOTORES � Tórax: Centro locomotor � Pernas e asas ÓRGÃOS FISIOGÁSTRICOS � Abdome: Centro fisiogástrico � Digestão, reprodução, órgãos internos ORDENS 30 30 ordensordens Insecta • Dermaptera (tesourinha) • Diptera (moscas, mutucas, mosquitos) • Coleoptera (besouros) • Hemiptera (percevejos, cigarrinhas, barbeiro) • Hymenoptera (vespas, abelhas, formigas) • Isoptera (cupins) • Lepidoptera (borboletas, mariposas) • Orthoptera (gafanhotos) • Phthiraptera (piolhos) • Siphonaptera (pulgas) • Thysanoptera (tripes) • Zygentoma (traça de livros) 15/6/2017 7 1. ORDEM DERMAPTERA (1.890 SPP.) TESOURINHA � Apresenta um ciclo de vida longo, com o adulto apresentando longevidade próxima a um ano. Ninfas e adultos são predadores de ovos e lagartas pequenas de Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea e também de pulgões. Insecta 2. ORDEM DIPTERA (154.157 SPP.) Insecta 3. ORDEM COLEOPTERA (275.794SPP.) (vaga-lume, escaravelho, joaninha, gorgulho) � Maior ordem � Asas espessas, opacas e duras � Peças bucais mastigadoras � Pragas que se encontram em produtos armazenados e seus subprodutos Insecta 4. ORDEM HEMIPTERA (77.162 SPP.) Insecta 15/6/2017 8 5. ORDEM HYMENOPTERA (115.414 SPP.) Insecta 6. ORDEM ISOPTERA (96 SPP.) � (cupins) � Pequenos � Asas membranosas e estreitas � Perdem asas adultos Insecta 7. ORDEM LEPIDOPTERA (149.405 SPP.) Insecta 8. ORDEM ORTHOPTERA (26.593 SPP.) Insecta 15/6/2017 9 9. ORDEM PHTHIRAPTERA (627 SPP.) Insecta 10. ORDEM SIPHONAPTERA (2.047 SPP.) Insecta 11. ORDEM THYSANOPTERA (893 SPP.) � Tripes � Peças bucais sugadoras � Podem ou não ter asas � Herbívoros ou insetívoros Insecta 12. ORDEM ZYGENTOMA / THYSANURA (24 SPP.) Insecta 15/6/2017 10 ??? Coleoptera DipteraLepidoptera Hemiptera OBSERVAÇÃO: � Animal peçonhento é aquele que produz peçonha, que é injetada na vítima. Possui recursos especiais, como ferrões, dentes canaliculados, espinhos, esporões etc. Ex.: Cobra, aranha, escorpião, centopeia, abelha. � Animal venenoso é aquele que produz secreção tóxica mas não dispõe de recursos para injetá-lo em outros seres. Ex. Sapo e rã. COLETA DE INSETOS COLETA GERAL � Rede entomológica: insetos em vôo 15/6/2017 11 � Rede de varredura: insetos na vegetação com coleta ativa � Guarda-chuva entomológico: coleta ativa � Aspirador � : com iscas armadilha adesiva; 15/6/2017 12 Pan traps PINÇAS ARMADILHA LUMINOSA 15/6/2017 13 FUNIL DE BERLESE FUNIL DE BERLESE-TULLGREEN PANO PARA COLETA NOTURNA ARMADILHA DE SOLO PARA COLETA: � Vidros vazios � Vidros com álcool 70% � tubos com gases tóxicos � pinças e envelopes 15/6/2017 14 MÉTODOS PARA SACRIFÍCIO DOS INSETOS � Álcool 70%; � Gases tóxicos: éter clorofórmio, cianeto (de sódio ou potássio), acetato de etila; � Lepidoptera: compressão torácica com posterior injeção de acido acético glacial, formol, glicerina, álcool 96%; � Larvas: água quente ou KAAD (querosene, álcool 96%, ac. Acético glacial e dioxana) nas proporções de 1:7:1:1. � Câmara mortífera ou vidro letal Gesso TRANSPORTE � Álcool 70% � Envelopes entomológicos � Mantas Entomológicas � Caixas � Latas vedadas ENVELOPE ENTOMOLÓGICO 15/6/2017 15 MANTA ENTOMOLÓGICA Pragas do milho e outras culturas Pragas das raízes � 1. Angorá � Astylus variegatus Germar, 1824 � Descrição e Biologia: Os adultos alimentam-se de pólen, e suas larvas (também chamadas peludinhas) vivem no solo, sendo de coloração marrom escura com pêlos esparsos pelo corpo. Os adultos medem, em torno de 8 mm, tendo os élitros amarelos com pintas pretas. 1. Angorá � Prejuízos: Suas larvas atacam as sementes antes e após a germinação, especialmente em anos secos, ocasionando falhas na cultura. 15/6/2017 16 2. Corós � a) Diloboderus abderus Sturm., 1826 � b) Phyllophaga triticophaga Morón e Salvadori, 1998 � Prejuízos: Causam o tombamento das plantas pela destruição das raízes, podendo levar à morte em caso de altas infestações. Seu ataque é geralmente em reboleiras. 3. Cupim Procornitermes striatus (Hagen, 1858) � Descriçãoe Biologia: Insetos sociais � Coloração branca ou amarela pálida, ápteras e que atacam as sementes na época do plantio. �Ninho subterrâneo com cerca de 10 cm de altura por 6 cm de diâmetro, com duas extremidades. � Prejuízos: Os cupins atacam as sementes de milho, destruindo-as antes da germinação e, como conseqüência, acarretando falhas na cultura. Em casos de ataquesintensos, há necessidade de se fazer o replantio. 4. Percevejo-castanho � Prejuízos: Tanto os adultos quanto as ninfas sugam seiva das raízes e, como conseqüência desta sucção contínua, há uma amarelecimento e posterior secamento das plantas. � Sua presença é facilmente reconhecida, por ocasião do preparo do solo, devido ao cheiro característico de percevejo oriundo de secreções de suas glândulas odoríferas. � De um modo geral, ocorrem maiores infestações quando se transformamáreas de pastagem em culturas anuais. 4. Percevejo-castanho � Scaptocoris castanea Perty, 1830 � Atarsocoris brachiariae Becker, 1996 15/6/2017 17 5. Larva-alfinete � Diabrotica speciosa (Germ., 1824) � Prejuízos: Os adultos colocam ovos no solo, em terra mais escura, com mais matéria orgânica. Suas larvas atacam a região de crescimento das raízes causando a morte de plantas recém germinadas. Podem causar crescimento irregular das plantas. Este sintoma é conhecido como “pescoço de ganso” ou “milho ajoelhado” e ocorre entre 1 a 2 meses da semeadura, sendo mais freqüente em áreas irrigadas. 5. Larva-alfinete � Diabrotica speciosa – (larva-alfinete, vaquinha-verde- amarela) Pragas dos colmos Lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus) � Completamentedesenvolvida, são muito ativas; � Coloração: verde azulada, sendo a cabeça pequena e de coloraçãomarrom escura. Prejuízo � Destruição da gema apical, ocorrendo a morte da folha ainda enrolada; � Prejuízos causados nos primeiros 30 dias após a germinação das folhas. 15/6/2017 18 Lagarta elasmo fêmea macho Ovo recém colocado Ovo próximo a eclosão Lagarta elasmo Lagarta elasmo “coração morto’’ Falha na lavoura Lagarta elasmo 15/6/2017 19 Controle natural � Pouco afetado pelos inimigos naturais Usode práticas agronômicas � Sistema de plantio direto � Irrigação Controlequímico � Tratamento de sementes. A irrigação também pode diminuir sua infestação. Lagarta elasmo Broca-da-cana (Diatraea saccharalis) � Prejuízos: � Penetração das lagartas nos colmos com abertura de galerias longitudinais. � Aparentemente, não são importantes, pois a planta atacada produz normalmente. � No entanto, podem ocasionar perdas superioresa 20% �Afeta o enchimento dos grãos. Broca-da-cana (Diatraea saccharalis) � Prejuízos: � Faz galerias circulares que seccionam o colmo, favorecendo o tombamento por ação do vento; � O vento derrubando a planta, colocará a espiga em contato com o solo, favorecendo a germinação dos grãos e ataque de microrganismos. � Em áreas ocupadas anteriormente por milheto, nas quais se planta milho, os prejuízos pela broca-da-cana são maiores, já no início da cultura. Este fato é comum em Goiás. Broca-da-cana (Diatraea saccharalis) � Controle: � Geralmente não é feito, a não ser que o ataque se inicie muito cedo. 15/6/2017 20 Broca-da-cana Controlebiológico Broca-da-cana Na imagem, a vespa Cotesia flavipes parasita a broca-da-cana. Pragas das folhas 1. Lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) Descrição � Lagartinhas se alimentam das folhas mais novas do milho � Duração do período larval 12-30 dias � Tamanho: 50mm de comprimento � A mariposa mede aprox. 2cm de comp. 3,5 de envergadura � Coloração: varia de pardo escuro, verde, até quase preto. 15/6/2017 21 � Período pupal: 21 dias no verão, 50 dias no inverno; � Mariposa mede 35mm de envergadura. Lagarta do cartucho Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) Prejuízos � Ataca o cartucho; � Sensível ao ataque de 8-10 folhas; � Redução da produção do milho em 20%. Lagarta do cartucho Controle químico � Deve ser feito com inseticida Controle natural: � Coleoptera (besouros), da família Carabidae; � Hemiptera (percevejos), da família Reduviidae; � Dermaptera (tesourinhas), várias famílias. Lagarta do cartucho 15/6/2017 22 Carabidae Besouros (Coleoptera) Percevejo-das-plantas (predador) espetou em sua tromba um besouro vaquinha. Percevejos (Hemiptera) Zelus longipes Reduviidae Percevejos (Hemiptera) Família Forficulidae Dermaptera 15/6/2017 23 2. Curuquerê-dos-capinzais (Mocis latipes) Importância econômica � Importância secundária � 70% do material consumido ocorrem no último instar da fase larval, aprox. 4 dias. Prejuízos � Se alimentam das folhas deixando somente a nervura central; � Quando ocorre competição por alimento migram para o milho. Curuquerê-dos-capinzais Curuquerê-dos-capinzais Controle químico � O mais utilizado e eficiente; � O inseticida pode ser aplicado por pulverização convencional ou via água de irrigação por aspersão Controle biológico � Bactéria Bacillus thuringiensis para o controle das lagartas ainda pequenas (até 1,5 cm de comprimento) Curuquerê-dos-capinzais 15/6/2017 24 3. Pulgão � Rhopalosiphum maidis (Fitch, 1856) � Prejuízos: Embora pela sucção da seiva tenha pouca importância para a cultura do milho, este inseto encontra nesta gramínea o local ideal para multiplicação, sendo limitante para outras culturas como a cana-de-açúcar, como transmissor de viroses (mosaicos). � Controle químico: Normalmente não é feito. 3. Pulgão Joaninha Família Coccinellidae (Coleoptera) Controle biológico: 4. Cigarrinha-das-pastagens � Deois flavopicta (Stal, 1854) � Prejuízos: Os adultos migram de pastagens e injetam toxinas nas folhas, provocando o amarelecimento das mesmas em formas de estrias, e posterior secamento. Normalmente as ninfas não colonizam no milho. � Nos primeiros 20 dias, as plantas são mais sensíveis ao ataque, secando sob uma infestação de 3-4 cigarrinhas por planta. � Controle: Normalmente não é executado. 15/6/2017 25 5. Cigarrinha-do-milho � Dalbulus maidis (DeLong & Wolcott, 1923) � Descrição e Biologia: O adulto é de coloração amarelo pálido com duas pontuações negras no dorso da cabeça e asas transparentes, medindo de 3-4 mm. Suas ninfas vivem com os adultos. � Seu ciclo é de 20 a 40 dias. Fêmea Macho 5. Cigarrinha-do-milho � Dalbulus maidis (DeLong & Wolcott, 1923) � Prejuízos: Transmissores de patógenos (vírus). As plantas doentes apresentam descoloração dos bordos das folhas (avermelhamento ou amarelecimento) e, às vezes, estrias cloróticas no limbo foliar; freqüentemente ocorre redução no porte da planta e diminuição no tamanho das espigas. � Controle: Tratamento das sementes e aplicação de inseticidas. Também é importante a escolha de híbridos tolerantes à doença. Pragas das espigas 15/6/2017 26 Lagarta da espiga (Helicoverpa zea) Lagarta da espiga Aspectos biológicos � A mariposa coloca seus ovos nos estilos – estigma (cabelo do milho). � Prejuízos: É uma praga bastante nociva ao milho, prejudicando a produção de três formas: � atacando os “cabelos”, impede a fertilização e, em conseqüência, surgirão falhas nas espigas; � alimentando-se dos grãos leitosos, destrói os mesmos; � os orifícios deixados facilitam a penetração de microrganismos, que podem causar podridões. � As perdas causadas por esta praga em algumas regiões, são da ordem de 8%. Lagarta da espiga � Controle: Quando é feito deve-se visar apenas as espigas na região do “cabelo”. Essa aplicação só será conseguida através de pulverizações manuais. Daí ser problemático o controle desta praga em grandes áreas, dependendo da disponibilidade de mão-de-obra. Os inseticidas podem ser os mesmos indicados para S. frugiperda; Controle biológico � Uso de predadores e parasitóides: �Trichogramma pretiosum é eficiente parasitóide de ovos em milho comercial e doce. �Tesourinha- Doru luteipes, põe seus ovos nas primeiras camadas de palha da espiga: Lagarta da espiga 15/6/2017 27 Tesourinha �Apresentaum ciclo de vida longo, com o adulto apresentando longevidade próxima a um ano. Ninfas e adultos são predadores de ovos e lagartas pequenas de Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea e também de pulgões. Trichogramma �Micro vespa que parasita os ovos de várias espécies de outros insetos, principalmente lepidópteras, incluindo a lagarta do cartucho. �Esta entre os menores insetos do mundo: � Um grama de preparado comercial = 37 mil ovos Trichogramma spp. Asylus atromaculatus (besouro manchado do milho, larvas também atacam sementes e plantas recém germinadas) 15/6/2017 28 • Representadas por diferentes gêneros e espécies de insetos; • Causam os maiores danos as pastagens introduzidas no Brasil; • Reduzem o crescimento e a qualidade nutricional das forragens susceptíveis; • A pecuária brasileira é fortemente afetada. CIGARRINHAS DAS PASTAGENS Espécies � Zulia entreriana: � “corintiana” 7 mm e preta brilhante com faixa branca abdômen e as pernas das cigarrinhas desta espécie são pretos. 15/6/2017 29 Espécies � Deois flavopicta: � 10 mm, asas pretas com duas faixas transversais amarelas e uma faixa longitudinal também amarelada em cada asa anterior, além de abdome e pernas avermelhados. Espécies � Mahanarva fimbriolata: cigarrinha da raiz. � “flamenguista” - 12mm e avermelhada com faixas escuras. � Regiões canavieiras Macho Fêmea � Mahanarva fimbriolata “cigarrinha da raiz” � Prejuízos: � Extração de grande quantidade de água e nutrientes das raízes pelas ninfas; � Redução do teor de açúcar nos colmos; � Aumento do teor de fibras; � Aumento dos colmos mortos, o que diminui a capacidade de moagem; � Aumento do teor de contaminantes, o que dificulta a recuperação do açúcar e inibe a fermentação. Deois incompleta Notozulia entrerianaDeois schach Espuma protetora da ninfa 15/6/2017 30 Deois spp. • Hábito alimentar • Época de ocorrência •Ovos diapáusicos Fases do ciclo Z. entreriana D.flavopicta D.schach M.fimbriolata Ovo 20 11 14 15 Ninfa 33 34 48 50 Pré-oviposição 3 4 3 5 Total 56 49 65 70 Longevidade Macho 10 10 10 20 Fêmea 19 11 19 20 Preferência alimentar pastagens pastagens pastagens Pastagens e cana Fonte: Alves & Lopes (2006) Tabela 1. Ciclo biológico das principais espécies de cigarrinhas-das-pastagens. • Danos – 25 adultos/m2 de Notozulia entreriana: – Redução de 30% MS de B. decumbens em 10 dias; –↑ teor de fibra – ↓ digestibilidade “in vitro” PB, P, Mg, Ca e K – ↓ capacidade de suporte Cigarrinhas • Controle – Recomendações Embrapa Gado de Corte 1. Práticas culturais - Diversificaçãode forrageiras 0 - ausência de cigarrinhas; 1 - presença de cigarrinhas e ausência de danos; 2 - pontuação ou listras cloróticas nas folhas; 3 - áreas cloróticas nas folhas; 4 - folhas com a ponta seca; 5 - folhas inteiramente secas. Fonte: Balsalobre e Santos, 2006 15/6/2017 31 • Ajuste da carga animal – ↓ altura da gramínea (evitando super pastejo) e da quantidade de palha acumulada ao nível do solo – para ovos diapáusicos. – 25 a 30 cm para plantas estoloníferas (coast-cross, braquiarias) e 40 a 45 cm para as cespitosas (colonião, napier,) durante a época de incidência das cigarrinhas. •Utilização de leguminosas Cigarrinhas � Reduzir a taxa de lotação das pastagens de capins susceptíveis, durante a época das cigarrinhas, deslocando a maior parte do rebanho para as pastagens de capins mais resistentes. �Manter rebaixada, sem sobra de matéria seca, as pastagens de capins susceptíveis, no final do período da seca. � Acompanhar o nível de infestação de ninfas na pastagem, para viabilizar a prática de manejo acima sugerido. � Corrigir o nível de fertilidade das pastagens quando necessário. 3. Controle biológico •Proteçãodos inimigos naturais –Preservar matas ou faixas de vegetação nativa para abrigar e multiplicar os inimigos naturais das cigarrinhas. – Reflorestar áreas impróprias para pastagens, com a mesma finalidade acimamencionada. •Uso da mosca Salpingogaster nigra; • E dos fungos, Metarhizium anisopliae, Furia e Batkoa. Cigarrinhas 15/6/2017 32 �O desenvolvimento do fungo Metarhizium depende de condições favoráveis de temperatura e umidade. A germinação dos esporos ocorre em temperaturas entre 18 e 36oC, sendo a faixa ótima entre 25 e 27oC, e umidade superior a 80%. M.fimbriolata com Batkoa sp Fonte: Leite, 2002. D. schach com Furia sp Fonte: Leite, 2002. A. Ninfa de M. fimbriolata com M. anisopliae B. Interferencia de M. anisopliae no processo de ecdise e muda de M. fimbriolata Fonte: Macedo, 2005. TABELA 3: Inimigos naturais das cigarrinhas das pastagens. Cigarrinhas CONTROLE INTEGRADO 15/6/2017 33 Fonte: Silveira Neto (1994) * Prof. Rômulo Augusto Guedes Rizzardo Introdução � Os cereais constituem a maior fonte de alimentos, tanto para os seres humanos como para os animais. � Aproximadamente 90% dos grãos produzidos para o consumo provêm dos cereais, predominando o trigo, o milho e o arroz, que representam a base da alimentação de praticamente todos os povos modernos. 15/6/2017 34 � Os principais insetos de grãos e subprodutos armazenados pertencem à ordem Coleoptera, pequenos gorgulhos, e à ordem Lepidoptera, mariposas ou traças. � As mariposas são frágeis e, em geral, permanecem na superfície da massa de grãos, causando assim menos prejuízos que os gorgulhos. *PRAGAS DE PRODUTOS ARMAZENADOS * PRAGAS SEVERAS * Insetos, ácaros, fungos, bactérias, roedores e aves * Perdas totais: 20% * Perdas por ataques de pragas: 10% produção total mundial * *a) Elevado potencial biótico : condições favoráveis *b) Infestação cruzada: capacidade de infestação tanto em condições de campo como de armazém. *c) Polifagia: alimenta-se de vários tipos de grãos. 15/6/2017 35 * *1.1. Quantitativos * perda de peso: devido ao consumo dos produtos pelas pragas * Sitophilus oryzae (Col., Curculionidae): perda de peso de até 15% * Sitotroga cerealella (Lep., Gelechiidae): de 18-48% de perda Sitophilus oryzae (Col., Curculionidae) Sitotroga cerealella (Lep., Gelechiidae) *1.2. Qualitativos * perda do poder germinativo; * depreciação do grão para o consumo; * perda do valor nutricional: consumo de partes protéicas dos grãos pelas pragas; *quando os prejuízos causados por Sitophilus zeamais = 25,9% de perda de peso, o valor nutricional é zero * perda do valor comercial * *2.1. Primárias * são aquelas capazes de romperem os grãos intactos *2.1.1. Primárias internas * rompem os grãos e se alimentam do seu conteúdo interno * Ex: Sitophilus spp; Sitrotoga cerealella; Acanthoscelides obtectus. *2.1.2. Primária externa * rompem os grãos e se alimentam da parte externa * Ex: Lasioderma serricorne (pulga do fumo), Plodia interpunctella. 15/6/2017 36 *2.2. Secundárias * incapazes de romperem os grãos intactos, necessitam que o grão esteja danificado * infestam subprodutos * Ex: Tribolium spp. (coleópteros) *2.3. Associadas * estão presentes nos grãos mas não os atacam. Alimentam-se de detritos e fungos e podem alterar a qualidade do produto. * Ex: ácaros *2.4.Ocasionais ou Acidentais * raramente atacam os produtos armazenados. * Ex: cupins * *a) Gorgulhos/carunchos (Coleoptera: Curculionidae, Bruchidae) *b) Besouros (Coleópteros em geral) *c) Traças (Lepidoptera) 15/6/2017 37 Gorgulhos/Carunchos CARUNCHO: Zabrotes subfasciatus GORGULHO: Sitophilus oryzae DESENVOLVIMENTO � Pragas Primárias � Potencial biótico � Infestação cruzada � Polífagos 15/6/2017 38 � São seres que causam perdas tanto quantitativasquanto qualitativas. � Sitophilus zeamais: Gorgulho do milho � Sitophilus oryzae: Gorgulho do arroz � Danos: * Praga primária * Perda de peso do grão * Valor nutritivo * Germinação/vigor Besouros 15/6/2017 39 � Controle: * Preventivo� cultivar, assepsia do local *Natural� Folhas de Azadirachta indica 15/6/2017 40 � Depois da Coleóptera, esta é a ordem que apresenta o maior número de espécies conhecidas. � Adulto não causa nenhum dano, enquanto suas formas larvais (lagartas, de hábitos fitófagos) são muito prejudiciais. � A maioria das espécies é um ser alado, de hábitos terrestres, inofensivo e geralmente dotado de cores que o tornam um dos mais belos ornamentos da natureza. � Como todo inseto as mariposas tem o corpo dividido em 3 partes: Cabeça, Tórax e Abdômen. � Os Lepidópteros são insetos holometabólicos, ovíparos, apresentam 4 fases distintas no seu desenvolvimento: ovo, lagarta, crisálida ou casulo e mariposa ou imago. �Assim que saem do casulo, as mariposas estão prontas para se reproduzir. � As cores são importantes para que machos e fêmeas se possam reconhecer como sendo da mesma espécie, cores brilhantes também servem para avisar; aos predadores, em geral aos pássaros, que uma determinada mariposa é tóxica (Mariposas-tigre). Bertholdia trigona Hylesia sp. Taturana 15/6/2017 41 Lonomia obliqua - Macho Lonomia obliqua - Fêmea Ephesia kühniella (Traça da farinha),desenvolve-se bem em clima temperado, seu habitat preferido são locais que armazenam farinhas, ciclo de vida de 60 dias. Ephestia elutella (Traça do fumo ou Traça), ocorrem em regiões temperadas, atacam sementes de cacau, folhas de fumo, cereais, frutos secos, nozes e seus subprodutos, ciclo de vida de 10 a 15 semanas. Sitotroga cerealella (Traça dos cereais), ocorrem principalmente em zonas tropicais, séria praga do milho, trigo, arroz e sorgo, também atacam cereais a campo, com ciclo de vida 4 semanas. Plodia interpunctella (Traça comum), ocorre em todas as regiões do Brasil, atacam milho, trigo, arroz, sorgo, feijão, soja, farinhas, fubás e doces secos, com ciclo de vida de 26 dias. 15/6/2017 42 15/6/2017 43 Traças da Cera Galleria mellonela (traça maior) Achroia grisella (traça menor) � Danos provocados pelo ataque de insetos aos grãos armazenados: � Perda de peso e desvalorização comercial, do valor nutritivo dos grãos alimentícios e do poder germinativo das sementes. � Contaminação dos alimentos pela penetração de outros organismos. � Deterioração dos grãos pela atividade dos insetos. �Atualmente, o manejo integrado de pragas dos grãos armazenados tem sido adotado para solucionar o problema de perdas ocasionadas no armazenamento. �Medidas de controle podem ser adotadas: Capacitação técnica. Limpeza, higiene e preparo da unidade armazenadora. Secagem, pré-limpeza dos grãos e uso correto da aeração. Conhecimento do potencial de destruição de cada praga. Monitoramento de pragas. * *3.1. Temperatura: evitar temperatura ótimo de desenvolvimento das pragas dentro dos armazéns. *3.2. Umidade: usar UR desfavorável ao inseto-praga. Por exemplo fora do intervalo de 12-15% de umidade, evitando o emboloramento e mantendo o equilíbrio higroscópio. *3.3. Luz: iluminação periódica do armazém causa estresse nos insetos-praga. 15/6/2017 44 * *Depósitos para proteção de grãos: silo vertical, graneleiro, armazém, paiol e tulha. * Armazenamento granel = perdas de até 35% do total de grãos. *Limpeza das Instalações * controle preventivo * lixo e restos de produtos do chão * ninhos de roedores e aves Controle por métodos Físicos * *Utilização de argila, calcário, sílica mata o inseto por dessecação. 15/6/2017 45 * *Utilização de embalagens (sacos plásticos, caixas de papel, garrafas pet) * *Ascender uma vela dentro de um latão cheio de grãos. Método Comportamental * Armadilhas de feromônio, monitorar a pulga do fumo em armazéns de fumo. *Ex: Serricornin Controle químico Inseticidas Fumigação Pulverização 15/6/2017 46 *Controle Químico – preventivo *expurgo ou Fumigação; *aplicação de proteção; *aplicação residual; * *a) Expurgar todo produto que entra no paiol. *b) Limpar máquinas beneficiadoras e transportadoras. *c) Expurgar sacarias usadas e vazias. *c) Evitar misturar produtos de diferentes colheitas. *e) Limpar os arredores do depósito. *f) Inspeções periódicas nos produtos: peneiramento, visual; *Conscientização da unidade armazenadora. *
Compartilhar