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PROCESSO PENAL I. CASO CONCRETO. SEMANA 16 (REVISÃO). ESTÁCIO. FIC. 2017

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PROCESSO PENAL I
CASO 16
Descrição
CASO 1 Os arts. 5º, II, 18, 26, 156, I, 241, retratam a atuação de ofício pelo juiz ainda na fase investigativa. Diga se esses dispositivos são compatíveis com o atual sistema vigente na CRFB/88, estabelecendo as principais diferenças entre o sistema acusatório e o inquisitivo.
	Os dispositivos são incompatíveis com o atual sistema de ampla defesa e do contraditório disposto na nossa constituição federal e o acusatório adotado pelo nosso código de processo penal, pois em todos eles os atos são praticados ainda na fase investigativa do inquérito penal, ou seja, são regidos pelo sistema inquisitivo, quando não há ainda um processo instaurado, sendo a parte denominada um sujeito de investigado. 
No sistema inquisitivo a autoridade policial pode conduzir o feito como bem lhe aprouver, há a junção do órgão investigativo e julgador na mesma pessoa. Entretanto, uma vez concluído o relatório com o indiciamento do acusado, segue-se para à análise do magistrado, e este deverá conceder vistas ao ministério público, que decidirá se oferece denúncia (se a ação for ação pública) ou requer o arquivamento do inquérito. Caso o juiz acolha a primeira pretensão do parquet, inicia-se, agora como requisito fundamental, todo o espaço de ampla defesa e contraditório ao antes indiciado que passa a ser réu, e poderá requerer todas as disposições dilatórias para comprovação de sua defesa que o código de processo penal permita. Possui como características: 
a) as três funções (acusar, defender, julgar) concentram-se nas mãos de uma só pessoa, iniciando o juiz, ex officio, a acusação, quebrando assim, sua imparcialidade; b) o processo é regido pelo sigilo, de forma secreta; c) não há contraditório nem ampla defesa; d) o sistema de provas é o da tarifada, e consequentemente a confissão é a rainha das provas.
		No sistema acusatório, aplicado pelo nosso código penal, há nele a característica da separação entre a função acusatória e a julgadora, garantindo a imparcialidade do órgão julgador, e por consequência, assegura a plenitude de defesa e o tratamento igualitário das partes. Nesse sistema, ao considerarmos que a iniciativa é do órgão acusador, o defensor tem sempre o direito de se manifestar por último, A produção das provas é incumbência das partes. Possui como características:
a) há separação entre as funções de acusar, julgar e defender; b) o processo é regido pelo princípio da publicidade dos atos processuais; c) os princípios do contraditório e da ampla defesa informam todo o processo; d) o sistema de provas é o do livre convencimento; e) imparcialidade do órgão julgador.
CASO 2 A instrução contraditória é inerente ao próprio direito de defesa, pois não se concebe um processo legal, buscando a verdade processual dos fatos, sem que se dê ao acusado a oportunidade de desdizer as afirmações feitas pelo Ministério Público em sua peça exordial (Almeida, Joaquim Canuto Mendes de. Princípios Fundamentais do Processo Penal. São Paulo: RT). Analise os princípios informados acima e responda se eles são aplicados na fase pré-processual, fundamentando sua resposta.
	Os princípios da ampla defesa e do contraditório não são aplicados na fase pré-processual de uma ação penal, visto que a investigativa do inquérito se dá sob a regência do sistema inquisitivo, sendo a característica deste o aglutinamento da autoridade investigativa, julgadora, e defensora em uma só pessoa. 
	Contudo, torna-se oportuno ressaltar que no seguimento regular do devido processo legal a busca da verdade real deve ser o objetivo primordial. E que não há verdade processual sem que, para que se possa descobri-la, respeitem-se os procedimentos delineados em lei. Não há como se respeitar o contraditório, estabelecendo a igualdade das partes na relação jurídico-processual, sem o cumprimento dos dispositivos legais. Sem o devido processo legal, não pode haver contraditório. O devido processo legal é o princípio reitor de todo arcabouço jurídico processual. 
CASO 3 Catarina, no dia 10/03/08, praticou o crime de homicídio doloso. Em agosto de 2008 entrou em vigor a lei 11.689/08, que revogou o art. 607 do CPP, extinguindo assim com o protesto por novo júri, um recurso exclusivo da defesa que era cabível para os condenados à uma pena igual ou superior a vinte anos de reclusão. Em dezembro de 2008 o magistrado proferiu a sentença condenando Catarina à 21 anos de reclusão. Essa lei processual nova se aplica à Catarina?
	Sim, levando em consideração que a aplicação da lei nova no processo penal é de caráter imediato (Atr. 2º do CPP), não havendo que se falar em irretroatividade da lei penal mais grave e retroatividade da mais benéfica, como é aplicado no código penal pátrio. 
“A lei processual penal entrando em vigor após promulgação, publicação e eventual vacatio legis, terá efeito imediato. Os atos processuais praticados sob a égide da lei anterior revogada, continuam válidos, e manterão sua eficácia, inclusive no que diz respeito aos prazos que já começaram a correr. Contudo nada impede que o legislador, querendo, estabeleça, expressamente, a retroatividade ou irretroatividade da lei nova. Em havendo normas processuais mistas, com caráter processual e penal, não se aplica quanto aos efeitos penais o princípio tempus regit actum (aplicação imediata), mas sim os princípios constitucionais que regem a aplicação da lei penal: a ultratividade e a retroatividade da lei mais benigna”
Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. (CPP)
CASO 4 Determinado inquérito policial foi instaurado para apurar a prática do crime de tráfico de drogas, figurando como indiciado Regiclécio da Silva, mais conhecido como Águia. Durante as investigações, seu advogado, devidamente constituído, requereu à autoridade policial a vista dos autos do respectivo inquérito. Argumentou para tanto que, não obstante em tramitação sob regime de sigilo, considerada a essencialidade do direito de defesa, prerrogativa indisponível assegurada pela Constituição da República, que o indiciado é sujeito de direitos e dispõe de garantias legais e constitucionais, cuja inobservância, pelos agentes do Estado, além de eventualmente induzir-lhes à responsabilidade penal por abuso de poder, pode gerar a absoluta desvalia das provas ilicitamente obtidas no curso da investigação policial. A autoridade policial não permitiu o acesso aos autos do inquérito policial, uma vez tratar-se de procedimento sigiloso e que tal solicitação poderia comprometer o sucesso das investigações. Diga a quem assiste razão, fundamentando a sua resposta na doutrina e jurisprudência.
	Assiste razão ao Advogado, uma vez que é direito do investigado, através de seu patrono, ter inteiro acesso aos autos do inquérito e as provas já coligidas e documentadas no mesmo. Nesse sentido:
Súmula Vinculante 14 (STF)
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
CASO 5 O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do inquérito policial, em razão da atipicidade, com fundamento no artigo 395,II do CPP. O juiz concordou com as razões invocadas e determinou o arquivamento do IP. Um mês depois, o próprio promotor de justiça tomou conhecimento de prova substancialmente nova, indicativa de que o fato realmente praticado era típico. Poderá ser instaurada ação penal? A decisão de arquivamento do IP faz coisa julgada material?
No caso em tela, não há que se falar em possibilidade de instauração da ação penal, visto a ocorrência da coisa julgada material do fato considerado em análise de mérito como atípico. Portanto, visto a imutabilidade da sentença penal absolutória transitada em julgado, com seu efeito de dentro para fora do processo, não hámais possibilidade de se desarquivar o feito no caso sob análise. 
CASO 6 Maneco Branco estava sob suspeita de traficar drogas nas imediações de uma casa noturna frequentada por jovens da classe média da zona sul da cidade. Foi assim que policiais da circunscricional local postaram-se em condições de observar a dinâmica do negócio espúrio: de tempos em tempos, Maneco entrava e saía da de uma casa próxima, para entregar alguma coisa a pessoas, que iam na direção da referida casa noturna. Sendo assim, os policiais, às 22h, ingressaram na casa mediante pontapés, e lograram encontrar 100kg de cocaína, 1000 papelotes de ácido e 5000 comprimidos de êxtase. Maneco foi preso em flagrante. A prisão de Maneco foi legal?
	Sim, haja vista o caráter permanente do delito de ter em depósito substância entorpecente ilícita, podendo assim ser executada a prisão em flagrante por todo o período em que se der a permanência do crime. Nesse sentido:
 Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
 I - está cometendo a infração penal;
 II - acaba de cometê-la;
 III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
 IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
 Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. (CPP)
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...).
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (CF) 
CASO 7 Claudão estava na porta de uma casa noturna, pretendendo nela ingressar, de qualquer maneira, mesmo não dispondo de dinheiro para pagar o ingresso ou de convite distribuído a alguns frequentadores. Vendo que não conseguia o seu intento, resolveu apelar para o golpe: vou entrar só para ver se encontro um amigo, que marcou aqui na porta, disse ao porteiro. Como o porteiro não foi na conversa, Claudão começou a insultálo e nele desferiu dois socos bem colocados, causando-lhe um inchaço na testa e escoriações no cotovelo direito, ferimento esse decorrente da queda do agredido ao chão. Policiais-militares, chamados ao local, deram voz de prisão ao Claudão, e o conduziram, juntamente com a vítima, à circunscricional, onde Claudão foi logo autuado em flagrante delito. Indaga-se: a. foi correta a prisão de Claudão pelos policiais militares? b. O fato narrado, por si só, ensejava a lavratura do auto de flagrante?
	A prisão foi correta, haja vista a circunstância do flagrante próprio do caso exposto, nos termos do artigo 302, II, do CPP. 
	Contudo, é preciso mencionar que o crime cometido no caso sob análise fora o delito de lesões corporais de natureza leve (art. 129 do CP), cuja pena é de detenção de no máximo um ano, trazendo assim a competência para os juizados especiais cíveis, em consonância ao que dispõe os artigos 60 e 61 da lei nº 9.099/95. Dito isso, o que deve ocorrer é a soltura do agente ativo, mediante assinatura do termo circunstanciado de ocorrência (TCO) no qual se comprometa a comparecer, quando intimado, aos atos posteriores do feito nos juizados especiais cíveis e criminais. Não havendo, deste modo, não há necessidade de se manter a prisão em flagrante. Nesse sentido:
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
 Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
 Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. (Lei nº. 9.099/95)
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
 I - está cometendo a infração penal;
 II - acaba de cometê-la;
 III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
 IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (CPP)
Lesão corporal
 Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
 Pena - detenção, de três meses a um ano. (CP)
CASO 8: Wladimir e Otaviano, policiais civis, vão até a uma favela da região e, no intuito de incriminar Godofredo como traficante de droga, fingem ser compradores de maconha e o induzem a lhes vender a erva. Quando Godofredo traz a droga, os policiais efetuam a prisão em flagrante por infringência do art. 33, da Lei nº 11.343/06. Pergunta-se: Essa prisão é legal? Resposta fundamentada.
	Em uma análise perfunctória, poderia ter-se o entendimento sobre a ilegalidade da prisão no caso em tela, tendo em vista o caráter do flagrante preparado que o mesmo apresenta, constituindo deste modo em crime impossível, e com isso atípico, em respeito a súmula 145 do STF.
	Todavia, em razão da característica permanente que o crime de tráfico de drogas apresenta, em suas múltiplas formas de estado flagrancial (ter, possuir, levar consigo, e outras dispostas no art. 33 da lei 11.343/06), vislumbra-se que os agentes policiais não induziram Godofredo a transportar o entorpecente, tendo aí a circunstância do flagrante ainda em permanência. Portanto, não se pode declarar a ilegalidade da prisão, pois houve a consumação do tipo penal no ato de portar a droga ilícita. O inquérito deverá ser instaurado pela autoridade policial. Nesse mesmo sentido: 
Súmula 145 (STF)
Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a
sua consumação.
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. (Lei nº 11.343/06)
CASO 09 Genésia, 13 anos de idade, foi vítima do crime previsto no art. 217-A do CP praticado por Regiclécio. Genésia, assustada, foi pra casa e comunicou o fato a seu pai, que imediatamente noticiou o fato à delegacia local. Após algumas diligências, horas depois do crime, a autoridade policial logrou prender Regiclécio em sua residência. O auto de prisão em flagrante foi lavrado nos termos do art. 306 do CPP. Diante do exposto, pergunta-se:
a) A situação acima caracteriza flagrante delito? Em caso positivo, diga qual a espécie, indicando o dispositivo legal.
	O caso exposto apresenta o estado de flagrante em sua forma própria, visto a curta duração entre a comunicação do fato ocorrido e o início à procura do autor pela autoridade policial, conseguindo, como nota-se, a encontrá-lo ainda na mesma ocorrência. Assim dispõe o artigo 302, II, do CPP:
 Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem:
        I - está cometendo a infração penal;
        II - acaba de cometê-la;
        III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido oupor qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
        IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (CPP)
b) Agiu corretamente a autoridade policial na condução da diligência, bem como na lavratura do auto de prisão em flagrante?
	A autoridade policial agiu conforme é disposição expressa em lei, pois o crime ocorrido no caso sob análise é de ação pública incondicionada, pois fora cometido contra menor incapaz, nos termos do parágrafo único do artigo 225 do CP. Nesse sentido:
Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Ação penal
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (CP)
CASO 10 Rosivaldo Loureiro foi preso em flagrante por policiais militares pela prática do crime previsto no art. 12 da lei 10.826/03. Narra o auto de prisão em flagrante, que o preso guardava em sua residência 03 (três) revólveres calibre 38, em desacordo com a regulamentação legal. O APF foi comunicado ao juiz no prazo legal acompanhado da folha de antecedentes criminais de Rosivaldo, onde não constava nenhuma anotação. À luz das características das prisões cautelares, diga se é possível que Rosivaldo responda ao processo em liberdade.
	Sim, é claramente possível conceder a liberdade provisória a Rosivaldo, uma vez que o crime não é inafiançável, não se mostra presente as circunstâncias para a decretação da prisão preventiva. Portanto, mediante prestamento de fiança, o agente pode responder ao processo em liberdade provisória. 
	Ademais, torna-se oportuno mencionar sobre a possibilidade de se aplicar outras medidas diversas da prisão acautelatória, até mesmo medida restritiva de direitos, pois o crime não passa de 3 anos de detenção e o agente possui bons antecedentes e é primário. 
	Portanto, em respeito ao princípio da homogeneidade que rege as prisões acautelatórias, quando nos informa que a medida cautelar a ser adotada deve ser proporcional a eventual resultado favorável ao pedido do autor, não sendo admissível que a restrição, durante o curso do processo, seja mais severa que a sanção a ser aplicada caso o pedido seja julgado procedente. Nesse sentido:
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - Necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - Adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
 Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - Nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - Se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência;(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. 
 Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
VI - Suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
IX - Monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
 Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
 Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Lei nº 12.826/03)
11- Considere a seguinte situação: Acidente de trânsito, no qual um caminhão
transportando 3 mil garrafas de óleo de soja, desgovernado, vem a tombar em rodovia. Nesse contexto, moradores da vila próxima ao local do acidente, sem qualquer vínculo, aproximam-se e iniciam o saque da carga do veículo. A hipótese:
a) é de continência concursal ou por cumulação subjetiva.
b) é de conexão objetiva ou consequencial.
Xc) é de conexão intersubjetiva por simultaneidade ou ocasional. Correto:
Art. 69. Determinará a competência jurisdicional:
 I - o lugar da infração:
 II - o domicílio ou residência do réu;
 III - a natureza da infração;
 IV - a distribuição;
 V - a conexão ou continência;
 VI - a prevenção;
 VII - a prerrogativa de função.
 Art. 76. A competência será determinada pela conexão:
 I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por váriaspessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras;
 II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;
 III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.
Art. 77.  A competência será determinada pela continência quando:
        I - Duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;
        II - No caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal
Fala-se em conexão intersubjetiva quando houver necessariamente vários crimes E vários agentes, pouco importando se esses se uniram em concurso, reciprocidade ou simultaneidade.
a) Conexão intersubjetiva por concurso: duas ou mais infrações penais praticadas por várias pessoas em concurso;
b) Conexão intersubjetiva por reciprocidade: duas ou mais infrações penais cometidas por duas ou mais pessoas, umas contra as outras;
c) Conexão intersubjetiva por simultaneidade: duas ou mais infrações penais praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, sem qualquer ajusto prévio, sem uma saber da outra. Fala-se em conexão intersubjetiva ocasional.
Por conseguinte, a conexão objetiva (lógica ou material) se revela quando o crime é praticado para facilitar a execução de outro, ocultar-lhe ou garantir a manutenção da sua vantagem. E, por derradeiro, a conexão instrumental (probatória ou processual), que se concretiza quando a prova de um crime influencia na existência de outro.
d) não caracteriza conexão e nem continência.
12-Para fixação da competência por prevenção é necessário que:
a) as partes requeiram;
Xb) tenha o magistrado praticado ato com judicialidade pertinente à causa; Correto:
CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA POR PREVENÇÃO
        Art. 83.  Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3o, 71, 72, § 2o, e 78, II, c). (CPP)
c) tenha o juiz despachado em inquérito policial, com devolução do mesmo à delegacia de origem para prosseguir na investigação;
d) tenta suscitado conflito positivo de competência.
13-Prefeito Municipal e sua esposa, cometendo crime doloso contra vida, em concurso de agentes, deverão ser julgados:
a) ambos pelo Tribunal do Júri.
b) ambos pelo Tribunal de Justiça.
Xc) o Prefeito pelo tribunal do Justiça e a esposa pelo Tribunal do Júri.
O julgamento do HC nº 693253/GO, quando o STF decidiu que, quando houver um particular que tenha praticado um crime de competência do tribunal do júri, juntamente com alguém que tenha prerrogativa de função, haverá, sim, a cisão processual, sendo que um será julgado pela competência constitucional do tribunal do júri, enquanto o outro será julgado pela competência constitucional de prerrogativa de foro.
d) o Prefeito pelo STJ e o vereador pelo Tribunal de Justiça.

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