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UFPR Mecânica das Estruturas I – Prof. Marcos Arndt 1 2. TRELIÇAS ISOSTÁTICAS 2.1. Métodos de Cálculo a) Método dos Nós ou Analítico Se a treliça está em equilíbrio, cada um de seus nós também está. Logo, cada nó da treliça nos fornece duas equações de equilíbrio: 0H e 0V . Teremos então um sistema de 2n equações lineares, onde n é o número de nós da treliça. Fases de cálculo: a) Isolamos cada nó e aplicamos os esforços atuantes: esforços externos (cargas e reações de apoio) e substituímos cada barra pelo esforço normal que nela atua, supondo inicialmente que sejam de tração. b) Aplicamos as equações de equilíbrio de cada nó: 0H e 0V . c) Resolvemos o sistema de equações. Resultados positivos indicarão tração e resultados negativos compressão. b) Método de Ritter O método de Ritter permite a obtenção de esforços normais isolados, sem a necessidade de calcularmos toda a treliça. Seja a treliça apresentada na figura abaixo. Vamos dividi-la em duas partes através de uma seção, conforme figuras a seguir. UFPR Mecânica das Estruturas I – Prof. Marcos Arndt 2 Como a treliça estava em equilíbrio, as partes obtidas pela seção S-S também devem estar em equilíbrio. Logo, podemos aplicar as 3 equações de equilíbrio da estática para as partes, ou seja, 0H , 0V e 0M . Fases de cálculo: a) Dividimos a treliça em 2 partes por uma seção qualquer e substituímos as barras cortadas pelos seus esforços normais considerados como tração. b) Aplicamos as equações de equilíbrio a uma das partes: 0H , 0V e 0M , ou 0V , 0 1O M e 0 2O M , ou 0H , 0 1O M e 0 2O M . c) Escolhemos novas seções e repetimos o processo até calcularmos todos os esforços normais. Devemos escolher seções que interceptem três barras não paralelas nem concorrentes em um mesmo ponto. 2.2. Treliças Compostas Podemos definir treliças compostas isostáticas como aquelas obtidas pela ligação de treliças simples através de três barras não paralelas nem concorrentes no mesmo ponto, ou por um nó e uma barra não concorrente a este nó. Treliças compostas podem também ser obtidas pela substituição de uma ou mais barras de uma treliça simples (principal) por outras treliças simples (secundárias). Os métodos de solução apresentados a seguir são específicos para cada um dos tipos de treliça composta aqui descritos. Métodos de Solução: a) Associação de treliças simples: A partir do método de Ritter encontram-se os esforços normais nas barras e/ou nó de interligação e depois se resolvem as treliças simples componentes, conforme ilustrado nas figuras abaixo. UFPR Mecânica das Estruturas I – Prof. Marcos Arndt 3 b) Treliças formadas por treliças secundárias: Resolve-se a treliça principal substituindo-se as treliças secundárias por barras retas. O esforço normal, obtido na barra substituta, é aplicado na treliça secundária equilibrada e esta é resolvida como treliça simples, conforme ilustra a figura a seguir.
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