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INTOLERÂNCIA À LACTOSE Nutrição Materno-infantil 2013 Afecção da mucosa intestinal que a incapacita de digerir a lactose devido à deficiência de uma enzima denominada LACTASE. Hipolactasia (diminuição da atividade da enzima lactase na mucosa do intestino delgado). DEFINIÇÃO CHO: • fonte calórica • intolerância leva a alterações nutricionais e no desenvolvimento físico. 1)Após o desmame, ocorre uma redução geneticamente programada e irreversível da atividade da lactase, cujo mecanismo é desconhecido, resultando em má absorção da lactose deficiência primária – mais comum na população. 2) Hipolactasia secundária a doenças que causam dano na borda em escova da mucosa do intestino delgado (enterites infecciosas, doença celíaca, doenças inflamatórias intestinais, parasitoses, etc.) pode ser transitória e reversível. 3) Deficiência congênita da enzima defeito genético raro. TIPOS DE INTOLERÂNCIA À LACTOSE Lactose não hidrolisada Passa rapidamente para o cólon (intestino grosso) gás carbônico e gás hidrogênio (bactérias da flora) fermentação, flatulência, ↑ trânsito intestinal (diarreia), inchaço (distensão) abdominal + cólicas. Sintomas: náusea, dores abdominais, diarreia ácida e abundante, gases e desconforto. Severidade dos sintomas quantidade ingerida x grau de tolerância. SINAIS E SINTOMAS DIAGNÓSTICO Os testes de tolerância à lactose são realizados com desafio: ingestão de 25 a 50g de lactose e avaliação dos sintomas por 2 a 3 horas. Teste respiratório de hidrogênio expirado (dosagem do H2 expirado) padrão-ouro Avaliar digestão e absorção da lactose (açúcar e pH fecal) Retirar leite e seus produtos por 2 semanas (observação) Reintrodução em pequenas qtds (observação) Endoscopia (biópsia para teste enzimático) CUIDADOS NUTRICIONAIS NA INTOLERÂNCIA À LACTOSE dieta deve obedecer às necessidades nutricionais do paciente. exclusão total e definitiva da lactose da dieta deve ser EVITADA → prejuízos nutricionais (↓densidade óssea/↑fraturas) - A maioria dos intolerantes à lactose pode ingerir 12g de lactose/dia (1 copo de leite) sem sintomas adversos. Fase aguda: suspensão do leite, limitar sacarose (lesão na mucosa elimina sacarase) lactentes: substituir leite por fórmulas isentas de lactose e à base de soja (isentas de lactose). - Terapia de reposição enzimática (forma líquida, cápsulas ou tabletes) adição a alimentos que contêm lactose ou ingestão com refeições com lactose para ↓ sintomas. No entanto, esses produtos podem não ser capazes de hidrolisar completamente toda a lactose da dieta (resultados variáveis em cada paciente). Exclusão inicial da lactose → reintrodução gradual de acordo com o limiar sintomático de cada indivíduo. Medidas não farmacológicas para elevar esse limiar e contribuir para a adaptação à lactose: -Ingestão junto com outros alimentos; -Fracionamento ao longo do dia; -Iniciar pelos substitutos do leite (iogurte); -Ao reintroduzir a lactose, utilizar as preparações; -Consumir preferencialmente leite integral (gordura auxilia absorção da lactose), queijos (pouca lactose); leites com baixo teor de lactose; leites aromatizados. Crianças maiores podem tolerar produtos lácteos isentos ou com traços de lactose: iogurtes, queijos e coalhadas. Atenção: produtos industrializados que utilizam leite (biscoitos) orientar leitura de rótulos. Há produtos sem lactose (queijo, leite e sorvete) Suplementação (cálcio e vitamina D). BIBLIOGRAFIA Mattar R, Mazo DFC. Intolerância à lactose: mudança de paradigmas com a biologia molecular. Rev Assoc Med Bras. 2010;56(2):230-6. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n2/a25v56n2.pdf
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