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Universidade Estadual do Centro-Oeste Departamento de Ciências Biológicas Acadêmicos: Eloisa Pontarolo, Jaqueline Vaz e Priscila Rudiak Disciplina: Zoologia II Professor: Rafael Gregati Curso: 3º CBM – Turma B RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA FILO ANNELIDA DISSECÇÃO DE MINHOCA Guarapuava, 2015. 1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA Elo 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Observação da morfologia externa e interna do corpo de uma minhoca pertencente ao Filo Annelida. 2.2 Objetivos Específicos - Identificação e análise de cada estrutura externa da minhoca, como poros genitais, cerdas, prostômio, peristômio, pigídio, clitelo e segmentos. - Identificação e análise de cada estrutura interna da minhoca, como vesícula seminal, intestino, moela, vasos sanguíneos, arcos aórticos, espermateca, glândulas prostáticas, tiflossole, etc. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Materiais Luvas, jaleco, esteromicroscópio, bacia com minhocas, minhoca, placa de Petri, substância anestésica (álcool 70%), placa de cera, alfinetes, palito e lâmina de bisturi. 3.2. Metodologia Primeiramente foi escolhida uma minhoca pelo grupo, de tamanho mediano, a qual em seguida foi anestesiada no interior da placa de Petri que continha álcool 70%. Por conta da movimentação brusca do animal, é necessário logo após a sua inserção no interior da placa o seu fechamento com a tampa. Após 20 segundos no interior da placa com a solução, a minhoca se torna amortecida, e consequentemente, para de se movimentar. A minhoca é retirada da solução. Em seguida, a minhoca é esticada sobre a placa de cera, em posição anatômica – ventre para cima, dorso em contato com a placa, com prostômio situado anteriormente e pigídio posteriormente – e presa nesta placa pelas suas duas extremidades, prostômio e pigídio, por alfinetes. Feito isso, a placa foi observada com a utilização de uma lupa. Nesse primeiro momento foi analisada a morfologia externa do animal, identificando diversos órgãos e estruturas, que foram fotografadas. Após a observação da morfologia externa, a placa foi retirada da lupa para que fosse feito um corte bem superficial na parede do corpo do animal, na sua região ventral, buscando desviar o vaso ventral, com o auxílio de uma lâmina de bisturi. O corte precisa ser superficial para que não danifique órgãos internos e a parede do intestino seja rompida. O corte é feito desde o pigídio até alguns segmentos abaixo do peristômio. Feito o corte, a parede do corpo do animal foi afastada e presa por alfinetes na placa de cera, de modo a manter o animal aberto. Em seguida, a placa foi observada com a utilização da lupa. Nessa etapa foi analisada a morfologia interna do animal, identificando diversos órgãos e estruturas, que também foram fotografadas. Por fim, para que a tiflossole pudesse ser observada, a parede do intestino foi cortada com o auxilio da lâmina de bisturi e o conteúdo intestinal foi afastado com o auxilio de um palito para que a prega, localizada dorsalmente, fosse exposta. Toda a aula prática foi realizada dentro das normas de segurança, ou seja, com o uso de jaleco, luvas e cabelo preso. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante a aula prática, foi possível observar alguns órgãos do corpo da minhoca e identificados. No sistema circulatório pode-se ver o vaso dorsal, o vaso ventral e arcos aórticos, porém, não foi possível a visualização dos corações laterais, pelo motivo de que a moela se localizava na parte superior dos corações trancado a visão dos mesmos. Entretanto como estudado anteriormente sabe que os corações encontram-se em quatro, dois pares e envolvem a vesícula. Das estruturas do sistema digestivo, conseguiu-se visualizar a cavidade bucal, a faringe, a moela, o intestino e par de cecos intestinais, no entanto, não obtivemos sucesso na visualização das células cloragógenas, presentes na porção dorsal do intestino. Já do sistema nervoso, o cordão nervoso ventral não foi observado, pois a porção posterior do tubo digestivo estava sobre o mesmo. O gânglio cerebral ou supra faríngeo foi ligeiramente observado. Nada se pode observar dos conectivos, pois não conseguimos identificá-los. Ao analisar o sistema reprodutor, notavelmente observamos às vesículas seminais, os sacos testiculares, a glândula prostática, a espermateca, contudo não foi possível identificar e nem visualizar os ovários. As estruturas vistas na morfologia externa são: poro genital feminino, poros genitais masculino, cerdas, clitelo, prostômio, peristômio, pigídio e segmentos. Já as estruturas vistas na morfologia interna: vesícula seminal, intestino, moela, vaso ventral, vaso dorsal, arcos aórticos, espermateca, glândulas prostáticas, tiflossole e septos. ÓRGÃOS DO CORPO DE UMA MINHOCA a)Morfologia externa b)Morfologia interna Figura a) 1 – Clitelo. 2 – Segmentos: metâmeros (epiderme externa). Figura b) 1 – Intestino. 2 - Parede do corpo: pregas internas dos metâmeros. 3 – Moela. 4 - Vesícula seminal. SISTEMA CIRCULATÓRIO a)Morfologia interna b)Morfologia interna Figura a) 1 - Vaso dorsal: tem a função de levar sangue coletado para os corações e tubo digestivo. E geralmente este vaso dorsal possui um calibre maior que o vaso ventral. Também apresenta ramificações que ligam-no ao vaso ventral. 2 – Ramificações do vaso dorsal: sangue do animal é vermelho, ou seja, o pigmento respiratório é a hemoglobina. Figura b) 1 - Vaso ventral: recebe o sangue bombeado que vai em direção posterior. 2 – Intestino. Glândulas sanguíneas: responsável pela produção de células do sangue (RIBEIRO-COSTA & MOREIRA DA ROCHA, 2006). 4.3 SISTEMA DIGESTIVO a)Morfologia interna b)Morfologia externa c)Morfologia interna d)Morfologia interna Figura a) 1 – Vaso dorsal. 2 - Tiflossole: é uma prega dorsal presente no intestino que tem função de aumentar a área da superfície de absorção do intestino da minhoca. Esta área que aculuma gordura e glicogênio no seu interior, por isso a cor amarelada. 3 – Ramificações do vaso dorsal. Figura b) 1 – Prostômio: é o nariz carnoso, primeira estrutura que entra em contato com o substrato. Probóscide: ou faringe eversível: órgão de percepção que o invertebrado usa para o deslocamento, para perceber calor. Bulbo faringeano: ligado por muitas fibras musculares que permite o movimento de protração e retração da faringe. 2 – Peristômio: é o segmento que contem a boca. Figura c) 1- Septos intestinais: os septos tem função de ligar o intestino à parede do corpo do animal, mantendo-o fixo. 2 – Intestino. 3 - Parede do corpo: presença de bolo digestivo com terra (epiderme interior). Cecos intestinais: são curtos e cônicos voltados para a região anterior. Figura d) 1 - Vaso ventral. 2 – Intestino: órgão mais extenso do tubo digestivo. 3 - Glândulas prostáticas. 4 – Vaso dorsal. 5 - Vesícula seminal. Esôfago: localiza-se logo após a moela, órgão curto encoberto por estruturas globosas do sistema reprodutor. Glândulas calcíferas: aparecem como esferas anexas ao tubo digestivo, tem função de excretar carbonato de cálcio. Reto: porção do intestino a partir da onde a tiflossole desaparece. Células cloragógenas: células que formam um tecido amarelado sobre o intestino que tem a função de sintetizar proteínas e estocar glicogênio (RIBEIRO-COSTA & MOREIRA DA ROCHA, 2006). 4.4 SISTEMA EXCRETOR e) Morfologia externa Figura e) 1 – Pigídio: é o segmento que contem o ânus das minhocas. 4.5 SISTEMA NERVOSO Gânglio cerebral ou gânglio suprafaríngeo: é o principal centro de controle motor e de reflexosvitais, e domina os gânglios sucessores da cadeia (RUPPERT & BARNES, 1996). Conectivos: ligam ventralmente o gânglio subfaringeano aos gânglios cerebrais. SISTEMA LOCOMOTOR & REPRODUTOR a) Morfologia externa b) Morfologia interna c) Morfologia externa d) Morfologia interna Figura a) 1 – Cerdas: O deslocamento dos anelídeos é ajudado pela presença destas, na parte ventral dos animais. São quitinosas e impedem o animal de deslizar para trás, reforçando o movimento para diante das camadas musculares circulares e longitudinais. Nas minhocas existem quatro fileiras. 2 – Segmentos: Cada um dos segmentos constitui o corpo dos anelídeos e é chamado metâmero. A metamerização apresenta a vantagem adicional de permitir a especialização de segmentos ou grupos de segmentos para diferentes funções, embora este aspecto não tenha sido muito desenvolvido nos anelídeos (ao contrário dos artrópodes). Figura b) 1 - Arcos aórticos. 2 – Moela: órgão volumoso do tubo digestivo que tem a função de triturar as partículas de alimentos. 3 – Vesícula Seminal. Figura c) 1 – Poro genital feminino (gonopóro feminino): situa-se na face ventral do clitelo. 2 – Poro genital masculino (gonóporo masculino): situa-se posteriormente ao clitelo. 3 – Vaso ventral. 4 – Clitelo: é um anel glandular que secreta muco, onde se formará um casulo para desenvolver um embrião. Ovários: recebem os óvulos e gonoductos. Figura d) 1 - Espermatecas: localizada na face ventral, recebem os espermatozóides do parceiro reprodutor. (RIBEIRO-COSTA & MOREIRA DA ROCHA, 2006). 5. CONCLUSÃO Conclui-se que após a teoria, foi muito mais fácil realizar a prática e fixar o conteúdo. Pois após a observação das estruturas em lupa, pode-se compreender sua morfologia relacionando com a sua função. Podendo obter uma reflexão à cerca da abordagem do ensino nas escolas e universidades atuais. Qual será a forma de ação mais eficaz para concretizar o ensino-aprendizagem do dia-a-dia dos alunos e acadêmicos? 6. REFERÊNCIAS BARNES, R. S. K. et al. Os invertebrados: uma síntese. São Paulo: Atheneu, 2008. BRUSCA, R. C. & BRUSCA G. J. Invertebrados, 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara, 2007. RIBEIRO-COSTA, C. S. & DA ROCHA, R. M. Invertebrados: manual de aulas práticas, 2ª edição. Ribeirão Preto-SP, 2006. RUPPERT, E. E. & BARNES, R. D. Zoologia dos invertebrados, 6ª edição. São Paulo: Roca, 1996.
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