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NUTRIÇÃO PARA O RECÉM-NASCIDO PREMATURO / BAIXO PESO Nutrição Materno-infantil 2013.02 RN PREMATURO / BAIXO PESO CLASSIFICAÇÃO (IDADE GESTACIONAL): Prematuro antes da 37ª semana de gestação A termo entre 37ª e 42ª semana de gestação Pós-termo após 42ª semana de gestação CLASSIFICAÇÃO DO RN PELO PESO: RN baixo peso < 2.500g RN muito baixo peso < 1.500g RN peso extremamente baixo ao nascer < 1.000g BAIXO PESO AO NASCER prematuridade ou RCIU Peso ao nascer melhor preditor do padrão de saúde imediato e futuro do recém-nascido (RN). Fatores maternos determinantes: paridade, nível sócioeconômico, raça, altura, tabagismo e estado nutricional. Baixo peso ao nascer repercussão no desenvolvimento cerebral; déficit de aprendizado/memória (desenvolvimento cognitivo); alteração do padrão de crescimento e desenvolvimento; maior risco de doenças metabólicas na infância, adolescência e vida adulta. REPERCUSSÕES - BAIXO PESO AO NASCER O peso de nascimento está inversamente relacionado à mortalidade por doenças cardiovasculares e ao risco de síndrome metabólica na vida adulta. PROGRAMAÇÃO FETAL HIPÓTESE DE BARKER Barker et al. encontraram prevalência de resistência à insulina aos 50 anos 10 vezes maior naqueles que nasceram com menos de 2,5 kg. Exposição fetal à desnutrição materna adaptação metabólica (programação fetal) inadequação à exposição aos nutrientes de forma abundante no período pós-natal. Fonte: Lottenberg et al. (2007) CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS RN PREMATURO / BAIXO PESO Não se desenvolveram integralmente na vida intra-uterina Fisiologicamente diferentes do RN a termo Elevado risco nutricional estoques precários de nutrientes, crescimento rápido, imaturidade fisiológica (TGI) e enfermidade maior demanda. TMB aumentada esgota reservas <32-34 sem reflexos de sucção e deglutição imaturos. Prematuro taxa metabólica, requerimento energético, turnover proteico, catabolismo. SUPORTE NUTRICIONAL INDIVIDUALIZADO - CONSIDERAR: PESO, IDADE GESTACIONAL E CONDIÇÃO CLÍNICA Comitê de Nutrição da Academia Americana de Pediatria A dieta ideal para o Prematuro é aquela que garante crescimento semelhante ao intra-útero, sem acarretar estresse metabólico e sobrecarga às funções excretoras. Meta Nutricional alcançar crescimento pós-natal em uma taxa próxima do crescimento e do ganho de peso intra- uterino de um feto normal de mesma idade gestacional, sem produzir deficiências nutricionais, efeitos metabólicos indesejáveis, ou toxicidades pela oferta nutricional exagerada. SUPORTE NUTRICIONAL RN BAIXO PESO / PREMATURO Líquidos intravenosos nas 1ªs horas de vida até que suporte enteral/parenteral possa ser estabelecido. Perda de água intensa nos < 1kg pele não queratinizada Mesmo com TGI imaturo iniciar aporte nutricional nas 1ªs 24-72 horas de vida baixo estoque de energia. Academia Americana de Pediatria Proteína = 1 a 3g/kg/dia na primeira semana; 3,5 a 4g/kg/dia no crescimento estável e 2,2g/kg/dia após a alta. RN sem complicação alimentação semelhante ao a termo. Menor volume e Maior frequência SUPORTE NUTRICIONAL RN BAIXO PESO / PREMATURO Energia: 1º semana 50-100 Kcal/kg/dia 2º semana 110-150 kcal/kg/dia Leite Materno incentivar a sugar / conta-gotas ou sonda. Regurgitação volume, frequência. NPT*(Nutrição parenteral) Início precoce da NE e NPT para evitar alteração no estado nutricional (promover ganho de peso), minimizar perdas e estimular o desenvolvimento do TGI. SUPORTE NUTRICIONAL RN BAIXO PESO / PREMATURO NUTRIÇÃO ENTERAL: Jejum prolongado = atrofia da mucosa intestinal, translocação bacteriana. Ingestão oral inadequada para prover necessidades diárias recomendadas. A introdução precoce da dieta enteral previne atrofia e estimula a maturação intestinal, evitando a enterocolite necrosante. Importante: avaliar função intestinal Se estável, pode introduzir nos primeiros dias de vida LM ou fórmulas especiais Volume = 0,5-1 ml/h; aumentar gradativamente 1-2 ml. SUPORTE NUTRICIONAL RN BAIXO PESO / PREMATURO NUTRIÇÃO – PARENTERAL: Impossibilidade de receber NE (condição clínica), necessidades nutricionais fornecidas pela NE insuficientes. BP < 1,5 kg ou <24-30 semanas, função TGI diminuída. Permanecer com NPT até que a NE seja suficiente para garantir adequado ganho de peso. SUPORTE NUTRICIONAL RN BAIXO PESO / PREMATURO Leite materno: composição diferenciada; > biodisponibilidade de nutrientes; concentração de proteínas, calorias, sódio e cloro; concentração de lactose; propriedades imunológicas; enzimas e fatores de crescimento epitelial do TGI. Os nutrientes do leite materno podem ser insuficientes para o crescimento suplementação com proteínas e fósforo para aumentar o ganho de peso, a resposta metabólica e a mineralização óssea. 1250 – 1500 g com boa sucção Aleitamento Materno 32-34 sem verificar sucção e deglutição •Colostro por 4 a 6 semanas (1° mês com mais proteínas, lipídios, energia e IgA) * Mãe na unidade neonatal colonização anticorpos no leite Suplementação: 2 mg Fe/Kg/dia por 2 meses a partir do 30º dia de nascimento. Após esse prazo, 1 mg Fe/Kg/dia até 24 meses (Programa Nacional de Suplementação de Ferro do Ministério da Saúde). Fórmulas Pré-nan® Nestlé, Similac Special Care® Abbott, Enfalac- prematuro® Mead Johson, Aptamil-pré® Support SUPORTE NUTRICIONAL RN BAIXO PESO / PREMATURO IMPORTANTE: Monitorar periodicamente o estado nutricional: peso, comprimento, perímetro cefálico Condição clínica MÉTODO CANGURU Vínculo Estimula AM Confiança dos pais após alta Maior controle térmico Risco de infecção Permanência hospitalar Oliveira AG, Siqueira PP, Abreu LC. Cuidados nutricionais no recém- nascido de muito baixo peso. Rev Bras Crescimento Desenvolv Humano. 2008; 18(2): 148-54. Disponível em: http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rbcdh/v18n2/05.pdf Lottenberg SA, Glezer A, Turatti LA. Síndrome metabólica: identificando fatores de risco. J Pediatr. 2007; 83(5): S204-8. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v83n5s0/v83n5Sa12.pdf REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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