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Síndrome Metabólica na Infância e na Adolescência Nutrição Materno-infantil 2013.02 Definição – Síndrome Metabólica Grupo de distúrbios que inclui obesidade, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão. Está fortemente associada ao desenvolvimento subsequente de doença cardiovascular e diabetes tipo 2 (vida adulta). É altamente prevalente em adultos, sendo que a coexistências dessas múltiplas variáveis (obesidade abdominal, PA, HDL-c, TG , RI) de risco cardiovascular também ocorre com frequência em crianças. Chen e Berenson (2007) Definição – Síndrome Metabólica • Há poucos estudos avaliando a prevalência de SM em crianças e adolescentes, não existindo consenso sobre critério diagnóstico na faixa etária pediátrica. • Presença de 3 ou mais dos seguintes critérios: PA HDL-c TG RI Obesidade abdominal Buff et al. (2007) Fatores de risco: Baixo peso ao nascer Ganho acelerado de peso no período pós-natal Khuc et al. (2012) Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia (2005) Epidemiologia • 59 Crianças e Adolescentes com excesso de peso acompanhados em um ambulatório universitário no ABC, São Paulo, com idade média de 10,9 anos 42,4% diagnosticados com SM. Buff et al. (2007) Obesidade, por si só, pode ser um determinante expressivo da SM, inclusive em crianças e adolescentes Tratamento • Envolve mudanças no estilo de vida prática regular de atividade física; abstenção do fumo; dieta (ênfase na reeducação alimentar). • Objetivo do tratamento: normalização da glicemia, da PA, dos lipídeos séricos e do peso corporal. • Empregar medidas educacionais de saúde focadas na busca de padrões alimentares saudáveis. • Prioridade máxima Prevenção da obesidade com dieta e AF repercussão direta e positiva na melhora da dislipidemia, da hipertensão arterial e da intolerância à glicose/resistência à insulina. • AF controle do peso, melhora dos parâmetros metabólicos (dislipidemia, resistência à insulina), PA, bem-estar psíquico, predisposição para manter AF na vida adulta risco cardiovascular Brandão et al. (2005); Sociedade Brasileira de Cardiologia (2005) Tratamento – Sociedade Brasileira de Cardiologia (2005) ▪ Plano Alimentar para redução de peso, associado ao Exercício Físico são considerados terapias de primeira escolha para tratamento da SM. ▪ Essa associação provoca a redução expressiva da circunferência abdominal e da gordura visceral; melhora significativamente a sensibilidade à insulina; reduz os níveis plasmáticos de glicose (retardando / evitando DM-2), a PA e os níveis de TG; aumenta o HDL-c. ▪ O Plano Alimentar deve ser individualizado e estabelecido a partir de avaliação nutricional (IMC, CA, composição corporal e perfil metabólico). A intervenção nutricional visa reduzir a ingestão de calorias, gorduras (saturadas/trans), açúcares simples e aumentar o consumo de fibras. ▪ VCT compatível com a obtenção e/ou manutenção de peso desejável; ▪ Fracionamento em 5 refeições diárias, sendo 3 principais e 2 lanches; ▪ Dar preferência aos alimentos integrais e incluir frutas e hortaliças; ▪ Dar preferência aos grelhados, assados, cozidos no vapor, crus; Tratamento – Sociedade Brasileira de Cardiologia (2005) Plano Alimentar • Evitar processados, como embutidos, conservas, enlatados, defumados e salgados de pacote do tipo snack. • Evitar alimentos gordurosos em geral, tais como carnes gordas, embutidos, laticínios integrais, frituras, gordura de coco, molhos e cremes, doces gordurosos, e alimentos refogados e temperados com excesso de óleo ou gordura. • O consumo de peixes deve ser incentivado pela sua riqueza em ácidos graxos ômega-3. • Excessos proteicos devem ser evitados. • Temperos naturais (salsa, cebolinha e ervas aromáticas) são recomendados em vez de condimentos artificiais. • Deve-se respeitar as preferências individuais e o poder aquisitivo da família. Tratamento – Síndrome Metabólica na Infância e Adolescência Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia (2005) Provocada por endocrinopatias. Provocada por balanço energético positivo Referências Bibliográficas • Buff CG, Ramos E, Souza FIS, Sarni ROS. Frequência de síndrome metabólica em crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade. Rev Paul Pediatr. 2007;25(3):211-6. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rpp/v25n3/a05v25n3.pdf • Chen W, Berenson GS. Síndrome metabólica: definição e prevalência em crianças. J Pediatr. 2007;83(1):1-3. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v83n1/v83n1a01.pdf • Khuc K, Blanco E, Burrows R, Reyes M, Castillo M, Lozoff B, et al. Adolescent metabolic syndrome risk is increased with higher infancy weight gain and decreased with longer breast feeding. Int J Pediatr. 2012. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3398649/pdf/IJPED2012-478610.pdf • Brandão AP, Brandão AA, Berenson GS, Fuster V. Síndrome metabólica em crianças e adolescentes. Arq Bras Cardiol. 2005;85(2):79-81. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abc/v85n2/25307.pdf • Pergher RNQ, Melo ME, Halpern A, Mancini MC. Liga de Obesidade Infantil. O diagnóstico de síndrome metabólica é aplicável às crianças? J Ped. 2010;86(2):101-8. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v86n2/v86n2a04.pdf • Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2005;84(Supl 1). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abc/v84s1/a01v84s1.pdf • Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2005;84 (Supl 6):3-36. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abc/v85s6/v85s6a01.pdf
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