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GESTANTE OBESA E BAIXO PESO Nutrição Materno-infantil GANHO DE PESO NA GESTAÇÃO O ganho de peso materno é o fator biológico que mais influencia no peso de nascimento. 1º tri: ganho de peso não relevante; perda de até 3 kg, manutenção ou ganho de até 2 kg são aceitáveis. 2º e 3º tri: ganho de peso relevante. Elementos responsáveis pelo ganho de peso: Peso do feto: 3 kg. Líquido amniótico e membranas fetais: 2,5 kg Aumento das mamas: 1 a 1,5 kg. Aumento do volume plasmático e edema: 2 a 3 kg. Gordura de depósito materno: 1 kg ESTADO NUTRICIONAL INICIAL (IMC) Ganho de peso total no 1º trimestre Ganho de peso semanal médio no 2º e 3º trimestre Ganho de peso total na gestação Baixo Peso 2,3 0,5 12,5 – 18,0 (500g/semana)* Adequado 1,6 0,4 11,5 – 16,0 (400g/semana)* Sobrepeso 0,9 0,3 7,0 – 11,5 (300g/semana)* Obesidade - 0,3 7,0 (300g/semana)* Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação segundo EN inicial *Recomendação para 2° e 3° trimestre – Fonte: SISVAN, 2004 Diagnóstico inicial da gestante: IMC pré-gestacional referido (limite mínimo são 2 meses antes) ou o IMC calculado a partir de medição realizada até a 13a semana gestacional. Curva de IMC, segundo semana gestacional GESTANTE OBESA Fator de risco para DG, DHEG e parto prematuro. Ganho ponderal excessivo → possível causa de obesidade entre mulheres. Ganho ponderal excessivo → Maior risco de macrossomia fetal (obesidade materna induz lipogênese fetal), hemorragias, trauma fetal, baixo peso ao nascer e mortalidade infantil. Determinantes do ganho ponderal excessivo: estado nutricional pré-gestacional, consumo energético, fatores sociodemográficos (escolaridade e idade), presença de companheiro, paridade e intervalo interpartal e fatores comportamentais (tabagismo e trabalho fora de casa). Stulbach et al. (2007) GESTANTE OBESA Tratamento envolve mudança de comportamento alimentar. Gestação ⇒ aumento do metabolismo basal ⇒ redução energética não é tão drástica (VET) Importante: controle da velocidade de ganho de peso (200 a 300g / semana a partir do 2º trimestre) Dieta normocalórica (36 kcal/ kg peso ideal para a semana gestacional) ou hipocalórica (25 a 30 kcal / kg peso ideal) na presença de complicações (HAS ou DG). Dietas de 2000 a 2200 kcal + fracionamento + priorizar CHO complexos. Atenção: garantir fornecimento de glicose Intervenção com base em avaliação dietética detalhada (Rec 24h + inquérito de frequência) Atenção aos alimentos não relatados** GESTANTE BAIXO PESO Gestante com baixo peso = estado nutricional pré-gestacional indicou baixo peso ou o ganho de peso durante a gestação foi insuficiente. Ganho ponderal insuficiente = baixo peso ao nascer, prematuridade e morbi-mortalidade neonatal. Importante: avaliação nutricional detalhada da gestante e alteração da sua curva de ganho de peso. O ganho de peso materno é o fator biológico que mais influencia no peso de nascimento. Estimar GET, verificar peso estimado do feto/idade gestacional. É comum a presença de inapetência, volume gástrico reduzido e anemia. GESTANTE BAIXO PESO Prioridade da intervenção: aumento da densidade energética das refeições sem alterar o volume, fracionamento em 6 refeições (respeitar horários) e conscientização. Estratégia: aumentar o VET em função do consumo relatado. Exemplo: aumentar 500 kcal se VET = 1200 a 1500 kcal. Baixa condição socioeconômica → 1 colher de sopa de óleo nas refeições principais; lanches intermediários ricos em CHO (pães, biscoitos, mingaus, frutas com aveia); sopas com feijão, batata e macarrão. Importante: refeições com elevada densidade energética, baixo custo e nutritivas! Em hospitais → dieta leve ou branda acrescida de suplementos alimentares dependendo do caso. GESTANTE BAIXO PESO Alto poder aquisitivo → avaliar → condição constitucional?; déficit energético por indisciplina na alimentação?; estresse ou fatores emocionais?. Importante: sensibilizar a gestante quanto à importância do ganho adequado de peso (500g/semana*) para não comprometer o ganho de peso do feto. Verificar peso estimado do feto para a idade gestacional → percentil de crescimento do feto → reforço para a mudança da prática alimentar. BIBLIOGRAFIA: Vitolo MR. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008. Stulbach TE, Benício MHA, Andreazza R, Kono S. Determinantes do ganho ponderal excessivo durante a gestação em serviço público de pré-natal de baixo risco. Rev Bras Epidemiol. 2007; 10(1):99-108. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rbepid/v10n1/10.pdf
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