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Contabilidade Tributária Aula_02

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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Prof. Mst. Marcos Vinícius Kucera
Rio de Janeiro, 28 de julho de 2011
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RESPONSABILIDADES, NORMAS E CRITÉRIOS PARA ESCRITURAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ATIVOS
OBJETIVOS DA AULA
 
Compreender as responsabilidades assumidas pelas empresas e pelo profissional contábil na escrituração comercial e fiscal;
Compreender e aplicar as principais obrigações acessórias;
Compreender e aplicar os principais critérios de mensuração e avaliação das operações, do patrimônio e de seus resultados. 
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GESTÃO TRIBUTÁRIA
A carga tributária no Brasil é uma das mais elevadas do mudo e o nosso sistema é um dos mais complexos, deixando empresários e executivos extremamente preocupados com os custos dos tributos incidentes, manutenção e cumprimento de obrigações acessórias, estas últimas demandando grande esforço organizacional para gerir toda a estrutura necessária ao completo acompanhamento e procedimentos necessários. 
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GESTÃO X RESPONSABILIDADE DO CONTADOR
A gestão tributária hoje tem peso estratégico nas organizações de qualquer porte, independentemente da atividade econômica desenvolvida. 
Os gestores, além de enfrentar todas as ameaças e flutuações das variáveis econômicas do dia-a-dia das organizações, tem que suportar um alto custo tributário, que quando mal acompanhado inviabiliza o negócio (controle). 
Nesse ambiente, é necessário sistemas contábeis adequados, bem como os contadores precisam de profundos conhecimentos da legislação tributária e dos procedimentos contábeis vinculados a apuração e registro dos inúmeros institutos tributários, assumindo vital importância e grande responsabilidade na sobrevivência organizacional. 
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RESPONSABILIDADE LEGAL
Nos termos da legislação cível e comercial vigente, a escrituração contábil é de responsabilidade dos contabilistas legalmente habilitados. 
Estas normas visam a defesa dos interesses dos proprietários, sócios, credores e outros interessados nas atividades organizacionais. Não obstante, para atender aos interesses da arrecadação, a legislação tributária constantemente se reporta às legislações citadas e aos princípios contábeis no intuito de resguardar os interesses da fazenda. 
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RESPONSABILIDADE LEGAL
A Legislação do Imposto de Renda determina a adoção da Legislação Comercial e Fiscal, no que tange a correta escrituração de todas as operações realizadas pelo contribuinte, apuração de resultados, critérios de reconhecimento contábil e de avaliação de estoques, bem como os tipos de inventário permitidos nos segmentos comercial e industrial.
Caracteriza-se como crime a elaboração e assinatura de qualquer documento ou demonstrativo contendo informações inverídicas, tendenciosas ou eivadas de má fé. Também é considerado crime, a elaboração de demonstrativos divergentes dos registros nos livros oficiais da entidade ou suportados em escrita, sem a devida documentação comprobatória ou desqualificada para tais registros. 
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ESCRITURAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
As pessoas jurídicas devem manter escrituração com observância das leis cíveis, comerciais e fiscais, devendo abranger todas as operações, os resultados apurados em suas atividades no território nacional, bem como os lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior, sendo facultado às pessoas jurídicas que possuírem filiais, sucursais ou agências manter contabilidade não centralizada, devendo incorporar ao final de cada mês, na escrituração da matriz, os resultados de cada uma delas.
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Processamento Eletrônico de Dados 
Os livros comerciais e fiscais poderão ser escriturados por sistema de processamento eletrônico de dados, em folhas contínuas, que deverão ser numeradas, em ordem seqüencial, mecânica ou tipograficamente.
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Falsificação da Escrituração 
A falsificação, material ou ideológica, da escrituração e seus comprovantes, ou de demonstrações contábeis, que tenham por objeto eliminar ou reduzir o montante de imposto devido, ou diferir seu pagamento, submeterá o sujeito passivo a multa, independentemente da ação penal que couber.
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Livros Comerciais 
A pessoa jurídica é obrigada a seguir ordem uniforme de escrituração, mecanizada ou não, utilizando os livros e papéis adequados, cujo número e espécie ficam critério da organização. 
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Livro Diário 
O Livro Diário é obrigatório a todas organizações, guardando as formalidades legais.
Os livros auxiliares, tais como Caixa e Contas-Correntes, que também poderão ser escriturados em fichas, terão dispensada sua autenticação quando as operações a que se reportarem tiverem sido lançadas, pormenorizadamente, em livros devidamente registrados. 
No caso de substituição do Livro Diário por fichas, a pessoa jurídica adotará livro próprio para inscrição do balanço e demais demonstrações financeiras, o qual será autenticado no órgão de registro competente. 
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Livro Razão 
A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá manter, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário, mantidas as demais exigências e condições previstas na legislação, cuja a escrituração deve ser individualizada, obedecendo à ordem cronológica das operações.
A não manutenção do livro, nas condições legais determinadas, implicará o arbitramento do lucro da pessoa jurídica.
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Livros Fiscais
As pessoas jurídicas, além dos livros de contabilidade previstos em leis e regulamentos, deverão possuir os livros de acordo com as legislações específicas de cada tributo, como por exemplo a legislação do imposto de renda determina a adoção de livros como: 
Registro de Inventário; 
Registro de Entradas (compras); 
LALUR; 
Registro Permanente de Estoque; 
Movimentação de Combustíveis, entre outros.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES 
(Art. 292 a 296 - RIR/99)
O Regulamento do Imposto de Renda dispõe que ao final de cada período de apuração a pessoa jurídica deverá promover o levantamento e avaliação dos seus estoques, considerando como tal:
 
 As mercadorias ou produtos prontos para a venda;
 Os produtos em processamento;
 Materiais de embalagem;
 As matérias-primas e os bens em almoxarifado.
 
Os bens acima devem ser avaliados pelo custo de aquisição, enquanto os produtos em fabricação e acabados serão avaliados pelo custo de produção.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES
A entidade que mantiver sistema de contabilidade de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração poderá utilizar os custos apurados para avaliação dos estoques de produtos em fabricação e acabados, neste caso é considerado sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração aquele que for apoiado em valores originados da escrituração contábil (matéria-prima, mão-de-obra direta, custos indiretos de fabricação), que permita determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados, com base livros auxiliares, fichas, folhas contínuas, ou mapas de apropriação ou rateio, 
O valor dos bens existentes no encerramento do período de apuração poderá ser pelo custo médio (CMPM - Custo Médio Ponderado Móvel) ou o valor dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente (PEPS – Primeiro a Entrar Primeiro a Sair), admitida ainda, a avaliação com base no preço de venda, subtraída a margem de lucro.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES 
Se a escrituração do contribuinte não satisfizer às condições definidas em lei os estoques deverão ser avaliados conforme o seguinte:
 
Materiais em processamento - por uma vez e meia o maior custo das matérias-primas adquiridas no período de apuração, ou em oitenta por cento do valor dos produtos acabados;
 
Produtos acabados - setenta por cento do maior preço de venda no período de apuração (o valor
dos produtos acabados deverá ser determinado tomando por base o preço de venda, sem exclusão de qualquer parcela a título de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações – ICMS).
 
OBS: As disposições acima deverão ser reconhecidas na escrituração comercial.
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CUSTO DOS BENS OU SERVIÇOS 
(Art. 289 a 291 – RIR/99) 
Nas entidades industriais o custo das mercadorias revendidas e das matérias-primas utilizadas será determinado com base em registro permanente de estoques ou no valor dos estoques existentes, de acordo com o Livro de Inventário, no fim do período de apuração.
Nas entidades comerciais, o custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda será integrado pelos gastos com transporte e seguro, até o estabelecimento do adquirente e os tributos devidos na aquisição ou importação, onde os gastos com desembaraço aduaneiro integram o custo de aquisição, não se incluindo nestes os impostos recuperáveis (ou compensáveis) através de créditos na escrita fiscal.
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CUSTO DOS BENS OU SERVIÇOS 
Os custos de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderão, obrigatoriamente:
 
O custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção;
O custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção e guarda das instalações de produção; 
Os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na produção;
Os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção;
Os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.
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CUSTO DOS BENS OU SERVIÇOS 
Integrará também o custo o valor das quebras e perdas razoáveis, de acordo com a natureza do bem e da atividade, ocorridas na fabricação, no transporte e manuseio;
As quebras ou perdas de estoque por deterioração, obsolescência ou pela ocorrência de riscos não cobertos por seguros, desde que comprovadas:
Por laudo ou certificado de autoridade sanitária ou de segurança, que especifique e identifique as quantidades destruídas ou inutilizadas e as razões da providência;
Por certificado de autoridade competente, nos casos de incêndios, inundações ou outros eventos semelhantes;
Mediante laudo de autoridade fiscal chamada a certificar a destruição de bens obsoletos, invendáveis ou danificados, quando não houver valor residual apurável.
A aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda a cinco por cento do custo total dos produtos vendidos no período de apuração anterior, poderá ser registrada diretamente como custo.
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ATÉ A PRÓXIMA 
AULA!!!
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