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Conceitos de delito Conceito clássico do delito: é uma ação ou omissão voluntária ou imprudente castigada e penalizada pela lei. Elementos: Ação: é um conceito puramente descritivo, não se preocupava com o conteúdo da ação a preocupação era meramente objetiva, me preocupava com a causação do resultado e não com o conteúdo da ação Tipicidade: e o tipo penal representavam o aspecto externo da ação ou seja, somente os aspectos objetivos do fato descrito na lei. A tipicidade deixa de fora do tipo e da tipicidade todas as circunstâncias subjetivas ou internas do delito. Elas não são encontradas na tipicidade e sim na culpabilidade (os aspectos subjetivos). Os motivos que levaram a fazer o crime não é da tipicidade e sim da culpabilidade Anti juridicidade: é um elemento objetivo, valorativo, e formal. A constatação da anti juridicidade implica um juízo de desvalor da ação ou seja, uma valoração negativa da ação. Basta a comprovação de que a conduta é típica e que não ocorreu nenhuma causa de justificação Causas de exclusão da antijuridicidade: nada mais são do que as excludentes de ilicitudes, legítima defesa, etc Culpabilidade: comprova a existência de um vínculo subjetivo entre o autor e o fato. Caráter descritivo do tipo: em 1915 Meyer, trouxe a chamada teoria indiciaria, situação eu tenho indícios de antijuridicidade Conceito neoclássico de delito: a formulação clássica do conceito de delito sofreu uma transformação profunda embora sem abandonar completamente seus princípios fundamentais foi substituída a coerência formal de um conceito de delito voltado para os fins pretendidos pelo Direito Penal por perspectivas valorativas que o embasava. Teoria teleológica do delito: Com essa nova orientação todos os elementos do conceito clássico do crime sofreram um processo de transformação a começar pelo conceito de ação. Conceito de delito no finalista do delito: A teoria finalista concentrou na culpabilidade somente aquelas circunstâncias que condicionam a reprovabilidade da conduta contraria ao direito, Welzel Conceito analítico de crime: diz que o conceito formal (crime é toda ação ou omissão proibida por lei sob ameaça de pena) e material e crime é ação e omissão que contraria os valores ou interesses do corpo social exigindo sua proibição com ameaça de pena. Para essa teoria o conceito de crime continua sendo sustentado na ação ou omissão típica e antijuridica mas precisa dos elementos da culpabilidade. O objeto da valoração é a ação humana ou conduta humana. Tida como censurável. Subjetivo é o dolo Definição de crime no Brasil: está na lei de introdução ao código penal que é o decreto lei 3.914/41 Infração penal - gênero Espécies: crime e contravenção O CP adotou a teoria dicotômica por que nós temos crimes e delitos com expressões sinônimas 4 sistemas de conceituação de crimes: Formal: é aquele sob o aspecto legal ou seja o aspecto positivo e formalidade, a tipicidade do delito Material: ele analisa o crime buscando a razão que levou o legislador a tipificar aquela conduta como conduta criminosa formal e material e vão incluir a personalidade do agente. Vai ser a junção dos dois, analisa os dois em conjunto formal, material e sintomatica: inclui a personalidade do agente Fato típico: Conceito analítico de crime: ele nos dar os elementos estruturais do crime e ele divide o crime em 3 substratos Fato típico Ilicitude Culpabilidade Fato típico: Direito penal do fato (DP se preocupa com o fato) Natureza: não se preocupa com fatos da natureza Humanos: vai se preocupar com os fatos humanos indesejados Fato típico: é um fato humano indesejável consistente em uma conduta, causadora de um resultado ajustando-se a um tipo penal Requisitos: 1- Conduta 2- Resultado 3- Nexo de causalidade (elo de ligação entre conduta e resultado) 4- tipicidade OBS: teoria da imputação objetiva: é que não seja responsabilizado objetivamente pelo fato Tipicidade penal x tipo penal Tipicidade penal: é uma operação de ajuste fato/norma. Vou pegar o fato indesejado, humano, e vou ver se encontro algum tipo penal em que ele se enquadre Adequação típica : tipicidade na operação de ajuste fato/norma Tipo penal: é um modelo descritivo de uma conduta indesejada Esse tipo formal é formado por alguns elementos: Objetivos: eles vão compor o elemento. Descritivos: tem relação com o tempo, o lugar, com o modo, com o meio de execução do crime, com a descrição do objeto material do crime. Também tem relação com os sentidos você consegue perceber com os sentidos Elementos objetivos normativos: dizem respeito a um juízo de valor, demandam um juízo de valor Científicos: eles transcendem o elemento normativo e o seu significado é extraído da ciência Elementos subjetivos: Positivos: são aqueles que animam o agente, ou seja, é a finalidade que deve animar o agente Negativos: são aqueles que devem desanimar o agente Requisitos do fato típico 1- conduta: não há crime sem conduta Conduta se difere do ato reflexo ela tem que ser voluntária o ato reflexo é involuntário Comportamento humano, voluntário causador de relevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico protegido Teoria sistêmica: ou monista ou radical. Pra essa teoria conduta é comportamento humano voluntário causador de um resultado violador do sistema Jakobs. O CP: adotou a teoria finalista O código penal militar: adotou a teoria causalista Não confundir vontade dá conduta e vontade do resultado Crimes omissivos podem ser próprios ou impróprios Os próprios são aqueles que a omissão está descrita no próprio tipo penal. São chamados crimes omissivos próprios Impróprios: são aqueles que são praticados através de uma ação mas em virtude de uma omissão dolosa do agente o resultado acontece Consciência: a conduta do agente tem que ser consciente. A falta de consciência exclui a conduta. Ou seja a inconsciência exclui a conduta Causas de exclusão da conduta: 3 causas 1- caso fortuito: é o evento que tem origem em uma causa desconhecida. Ex. Um fio parte e incendeia a casa 2- força maior: um fato da natureza que ocasiona o evento. Ex. Um raio que cai e ocasiona um incêndio. Esses fatos excluem a conduta 3- inconsciência: é a incapacidade de dirigir a conduta de acordo com uma finalidade essa inconsciência pode ser completa, por exemplo sonambulismo, hipnose. Sao os excludentes da conduta. Movimentos reflexos: é o sintoma de uma reação automática do organismo a um estímulo externo, ex. Um susto Nem todo crime apresenta resultado naturalístico O crime é classificado em: Material: é aquele que tem resultado naturalístico descrito no tipo penal sendo indispensável a sua ocorrência para a consumação do crime Ex: homicídio 121cp Formal: aquele que tem o resultado naturalístico descrito no tipo penal, sendo dispensável sua ocorrência para a consumação do crime, nesse crime a consumação se contenta com a conduta Mera conduta: não há resultado naturalístico, descrito no tipo penal Ex: violação de domicílio, 150 do CP Resultado jurídico ou naturalístico: lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico Todos os crimes tem resultado (material, formal ou de mera conduta) Exigem resultados júridicos Resultado jurídico ou normativo Classificação dos crimes; Quanto ao resultado jurídico: pode ser de dano ou de perigo Dano: é aquele que há efetiva lesão ao bem jurídico ele se consuma com a lesão ao bem jurídico O crime de dano não é necessariamente material pode ser formal. Ex: extorsão mediante sequestro Perigo: quando não atinjo efetivamente o bem jurídico, mas ele é exposto ao perigo O de perigo : É aquele que se consuma com a exposição do bem jurídico ao perigo Pode ser dividido em: Abstrato: o perigo é proveniente da lei, se eu praticar aquela conduta ela coloca em perigo a sociedade e o crime tá consumado. Ex porte ilegal de arma, tráfico de drogas Concreto: é aquele em que o perigo advindo da conduta, deve ser demonstrado Ex: incêndio art 250 Crime de perigo abstrato de perigosidade real: o perigoadvindo da conduta deve ser comprovado (se aproxima do crime de perigo concreto) e dispensa o risco para a pessoa certa e determinada. Andar na contramão, avançar o sinal. É crime de perigo abstrato segundo o STF e STJ. Obs: parte da doutrina sustenta a insconstitucionalidade dos crimes de perigo abstrato pois viola o principio da lesividade O STF tem entendimento pacificado que os crimes de perigo abstrato são constitucionais Nexo causal: ligação entre a conduta do agente e o resultado Causa: ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido Teoria adotada pelo CP: teoria da conditio sine qua non. Condição sem a qual não Teoria da equivalência dos antecedentes causais Teoria da equivalência das condições Teoria da condição simples Teoria da condição generalizadora Teoria da condição simples: teoria conditio sine qua non Apresenta: Relação entre causa eficiente e efeito ou resultado ocasionando Finalidade: é saber se esse resultado pode ser atribuído objetivamente ao sujeito ativo Teoria da eliminação hipotética dos antecedentes causais ou teoria da eliminação hipotética de thyren: É um método que é empregado de forma mental, no campo da suposição. Vamos suprimir mentalmente o fato e vamos saber se suprimindo o fato o resultado teria ocorrido “E se..O resultado teria ocorrido” Qual a causa da morte? Qual foi a ação ou omissão determinante para o resultado? Formula da causa objetiva do resultado: TEORIA DA EQUIVALÊNCIA (TE) + TEORIA DA ELIMINAÇÃO HIPOTÉTICA (TEH) Vou suprimir as causa e ver se foi determinante ao crime TEH Causa ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido art 13 Crime doloso e culposo Teoria da imputação: CAUSA OBJETIVA (TE+TEH) + CAUSALIDADE PSÍQUICA (DOLO A CULPA) CO+CP CO- ART 13 CP- ART 18 DOLO: intenção Concausas: é o conjunto de comportamentos entre os quais a conduta do agente que aparecem como elementos desencadeantes do resultado Podem ser: Absolutamente independentes: é aquela em que a causa efetiva do resultado não se origina do comportamento concorrente Relativamente independente: é aquela em que a causa efetiva do resultado se origina ainda que indiretamente do comportamento concorrente Preexistentes: quando a causa efetiva antecede o comportamento do agente Concomitantes: quando a causa efetiva é simultânea ao comportamento do agente Supervenientes: quando a causa efetiva for posterior ao comportamento do agente Concausas absolutamente independente preexistentes pesquisar exemplo Concausas absolutamente independente concomitante: Caio ministra veneno para Tício. De repente surge Mévio no momento que o veneno está sendo ministrado que atira em Ticio causando a sua morte Causa afetivo: o disparo Causa concorrente: veneno Obs: o disparo se origina do veneno? Não, é independente ; São simultâneos? Sim O autor do disparo responde por qual crime? Homicídio consumado O Caio que ministrou o veneno responde por qual crime? Tentativa de homicídio Concausas absolutamente independente supervenientes: fulano ministra veneno para beltrano, antes de fazer efeitos, enquanto descansava beltrano foi atingido por um lustre que caiu atingindo a cabeça e causando a morte por traumatismo craniano Causa afetiva: o lustre Causa concorrente: o veneno Obs: a queda do lustre de origina do veneno? Não, é absolutamente independente A queda do lustre é anterior, posterior? Posterior De acordo com a causalidade simples posso atribuir a morte de beltrano a fulano? Não, fulano responde por tentativa de homicídio Conclusão: na concausas absolutamente independente concomitante, preexistentes, supervenientes. O sujeito sempre responderá pelo crime tentado, pela tentativa. A causa concorrente deve ser punida na forma tentada. Concausas relativamente independente: Preexistente: fulano portador de hemofilia, é vítima de um golpe de faca desferida por beltrano o ataque para matar produziu lesão leve mas em razão da doença preexistente acabou sendo suficiente para matar fulano. Causa afetiva: hemofilia Causa concorrente: facada Obs: a doença a sua consequência, se originou com o golpe de faca? Sim, se ele nao tivesse levado a facada não tinha levado a morte, é relativamente independente A doença é preexistente, concomitante ou superveniente? Preexistente A morte pode ser atribuída a doença? Sim, a causa da morte foi a doença De acordo com o art 13, a morte de fulano pode ser atribuída a beltrano? Sim, ele deu a facada e foi consumado. Não matou pela facada mas sim pela doença (nessa situação só pode ser atribuída a morte de fulano a beltrano se ele soubesse a doença, se ele soubesse responde pela morte, se ele não soubesse responde só pela tentativa) Concomitante: beltrano dispara contra fulano, este ao perceber a ação do agente tem um ataque cardíaco e morre Causa afetiva: ataque cardíaco Causa concorrente: o disparo O ataque cardíaco se origina do disparo? Sim, ele é relativamente independente O ataque cardíaco e o disparo são concomitantes? Sim, eu tenho a causa relativamente independente concomitante O resultado morte advém do ataque cardíaco? Sim De acordo com a causalidade simples posso atribuir a morte ao beltrano? Sim, ele responde por homicídio consumado Teoria da causalidade adequada. Onde ela está? No parágrafo 1 do art 13 do CP Até a concomitante é a teoria da causalidade simples ou dá conditio sine qua non Superveniente: causalidade adequada. Beltrano deu uma facada em fulano, fulano é socorrido por uma ambulância e saiu, no trajeto até o hospital, a ambulância sofre um capotamento, fulano é arremessado da ambulância e bate a cabeça no asfalto sofrendo traumatismo craniano. Fulano morreu de traumatismo cranioencefalico, ele por si só causou o resultado? Não, ele foi decorrente do acidente. Ele sofreu o acidente dentro da ambulância por que levou uma facada. Não produz por si só o resultado, o beltrano responde por tentativa de homicídio Causalidade adequada: ou teoria da condição individualizadora: pra essa teoria se considera causa a pessoa, fato ou circunstância que além de praticar um antecedente indispensável a produção do resultado (para a causalidade simples é o que basta) realize uma atividade adequada a sua concretização Que por si só produziu o resultado: a causa efetiva superveniente. Não está na linha de desdobramento causal da conduta concorrente. A causa efetiva é um evento imprevisível Ex: fulano atira pra matar Beltrano, beltrano é socorrido e morre de um incêndio no hospital. Fulano responde por tentativa de homicídio. O incêndio por si só produziu o resultado. Que não produz por si só: a causa afetiva superveniente está na linha de desdobramento causal na conduta concorrente. A causa efetiva é um evento previsível, ainda que não prevista Ex: fulano, atira para matar Beltrano, beltrano é socorrido mas morre durante uma cirurgia por conta de um erro médico. Fulano responde homicídio. O erro médico que não por si só produziu o resultado Sujeito do crime Sujeito ativo: quem pratica a conduta nubio do tipo penal, que pratica a ação Denominação: agente quando ainda não se tem processos. Art 14, II. Juizado especial: autor do fato sujeito ativo de menor potencial ofensivo Investigado: investigação criminal Indiciado: quando é o sujeito que pratica o ato delituoso Acusado ou réu: quando o juiz recebe a denuncia contra ele se ao final do processo ele for condenado vai ser chamado de apenado. Se ele apelar, ele vai ser chamado de apelante. Se o recurso for uma apelação. Se não for apelação, se for em sentido estrito vai ser chamado de recorrente. Se o recurso for um embargo vai ser chamado de embargante. Se for um HC é chamado de paciente Qualidade do sujeito ativo: Comum: qualquer pessoa que tenha capacidade de ser responsabilizado penalmente Próprio: é aquele em que se exige uma qualidade especial do sujeito ativo art 312 do CP. Ex, funcionário público, gestante no caso de aborto Crime de mão própria: preciso dá qualidade especial do sujeito ativo e preciso que o crime sejapraticado pelo próprio sujeito ativo. Crime de falso testemunho O crime de mão própria não admite apenas a coautoria Sujeito passivo: a vítima, a pessoa que sofre a ação, a pessoa titular do direito que é lesado ou exposto ao perigo Constante ou formal: o estado. O estado sempre será atingido por que todo crime praticado vai ofender a coletividade, vai atingir a ordem pública Eventual: é a vítima, aquele que eventualmente sofre as consequências do crime Sujeito passivo principal: vai depender do bem júrido protegido Sujeito passivo principal: estado Patrimônio, a pessoa que foi subtraída e o estado é secundário. Quem pode ser sujeito passivo de um crime: qualquer ser humano ainda que incapaz o feto pode ser sujeito passivo no crime de aborto 1- ser humano. 2- o feto 3- recém nascido 4- a família 5- pessoa jurídica Objeto material do delito: a pessoa ou a coisa sob a qual recai a conduta do sujeito ativo Objeto jurídico: é o bem juridicamente protegido (no crime contra a vida, o bem jurídico a vida) Objeto material e sujeito passivo: são a mesma coisa, mas em algumas situações eles podem se confundir, ex o aborto. Existe crime sem objeto material? Sim, mas não existe crime sem objeto juridico Classificação dos crimes: tem como finalidade encontrar o perfil do delito. E traçar suas características levando em consideração a gravidade do fato o modo operante, o resultado do crime. Crime de perigo concreto: perigo deve ser efetivamente demonstrado Crime de perigo abstrato: aquele em que se consuma com a simples conduta independentemente da demonstração de perigo. Ex porte ilegal de arma Crime de perigo individual: se consumam com a exposição ao perigo de pessoa certa e determinada Crime material é aquele em que o tipo penal, descreve uma conduta, um resultado, e exige a ocorrência do resultado para a consumação do crime Crime formal é aquele em que o legislador descreve uma conduta um resultado mas não exige a produção desse resultado para a consumação do crime . Crime de resultado antecipado ART 317 Crime de mera conduta a lei descreve uma conduta mas não faz referência a um resultado Crime de dano são aqueles que exigem uma lesão ao bem júridico, tem que sofrer um dano, homicídio Crime de perigo: são aqueles que se consumam com a mera probabilidade de lesão ao bem júridico Crime de perigo coletivo é aquele em que o perigo é dirigido a um número indeterminado de pessoas Crime instantâneo é aquele que se consome, se esgota num determinado momento não se prolongando com o tempo. Lesão corporal Crime permanente: é aquele em que o momento consumativo se prolonga no tempo. O tempo vai passando e o crime vai se prolongando. Extorsão mediante sequestro Crime instantâneo de efeito permanente são aqueles que se consumam num determinado momento mas as consequências se prolongam no tempo. Homicídio Crimes necessariamente permanente: são aqueles em que o prolongamento do tempo é exigido para a consumação Crimes eventualmente permanente: são aqueles delitos que normalmente são instantâneos mas a conduta no caso concreto se prolongou com o tempo por vontade do agente Ex: furto de energia o gato Crime a prazo: são aqueles que para a consumação a lei exige um determinado lapso de tempo art 129 do CP, parágrafo 1, IX Crime comissivo ou por ação: aqueles praticados por meio de uma conduta positiva em que a lei descreve uma ação Crime omissivos: praticados atraves de uma inação,ouseja, pela abstenção da conduta Crime omissivos proprios: omissivo puros aqueles em que a lei descreve a omissão Crimes omissivos improprios: Impurio, expurio ou comissivo por omissão, aqueles em que a lei descreve uma ação incriminadora e atribui o resultado a pessoa que tinha o dever de impedir o resultado Crime de conduta mista: é aquele em que a lei descreve inicialmente uma ação mas a consumação depende de uma omissão Crime unisubjetivo: cometido por uma só pessoa Crime plurisubjetivo/concurso necessário: são aqueles em que se exige a presença de duas ou mais pessoas Crime de subjetividade passiva são aqueles que possuem uma única vitima Crime de dupla subjetividade passiva: são aqueles que a lei exige a presença de duas ou mais vítimas. Ex, violação de correspondência Crime simples são aqueles que para se consumar basta a realização de um único tipo penal. Ex, estelionato, ART 151, 121 Crime complexo: é aquele formado pela reunião de 2 ou mais crimes Ex. Latrocínio, roubo seguido de morte Crime mono ofensivo é aquele em que se atinge um único bem jurídico ex furto Crime pluriofensivo atinge mais de um bem jurídico. Latrocínio Crime unisubsistente: é aquele que é realizado por um único ato de execução (não admite tentativa) Crime plurisubexistente: é aquele que cuja a conduta é realizada através de mais de um ato de execução Crime de forma livre: ou crime livre é aquele que pode ser praticado de qualquer forma não existe um meio de execução determinado. Homicídio, furto, ameaça Crime de conduta vinculada ou crime vinculado: é aquele em que o tipo penal específica a forma como ele deve ser praticado ex. Art 130. Crime transeunte é aquele que não deixa vestígios Materiais: (não se exige exame pericial). Ex: injúria verbal Crime não transeunte é aquele que deixa vestígios materiais (exige exame pericial) ex homicídio Crime progressivo: é aquele em que para se praticar o crime mais grave é necessário praticar primeiro um menos grave ex. Homicídio. Pra eu praticar um homicídio preciso de uma lesão corporal antes Crime multitudinario: é aquele cometido por multidão ex arrastão, linchamento Crime habitual: é aquele que só se consuma com a reinteracao da conduta. Pra que ele se consuma é necessário que ele seja realizado várias vezes. Crime de ação múltipla: ou crime de ação múltipla ou de conteúdo variado. É aquele em que o tipo penal descreve vários verbos separados por vírgula ou pela conjunção "ou" ex. Art 33 DOLO: vontade consciente dirigida a realizar (ou aceitar realizar) a conduta descrita no tipo penal. Obs: esse conceito tem que abranger todos os elementos e circunstâncias na infração penal Apresenta 2 elementos e a doutrina divide em: elemento volitivo e intelectivo Volitivo: vontade de praticar a conduta Intelectivo: é a consciência da conduta e do resultado Obs: a liberdade da vontade não é elemento do dolo mas circunstância que deve ser analisada na culpabilidade. Teoria da vontade: é a vontade consciente de querer praticar a ação penal Teoria da representação: o dolo é a possibilidade que o agente tem de prever o resultado compulsivo e ainda assim prosseguir com a conduta (engloba o conceito de culpa consciente) Teoria do assentimento ou consentimento: ocorre quando o agente tiver a previsão do resultado compulsivo e ainda assim decide prosseguir com a conduta assumindo o risco de produzir o resultado Teorias adotadas pelo Brasil: a vontade inciso I primeiro parte. Segunda parte do assentimento. Dolo eventual. Espécies de dolos: Dolo normativo: ou híbrido ou colorido; agente possui uma vontade consciente de praticar uma conduta objetivando alcançar um resultado que sabe ser ilícito. Dolo natural: é o dolo adotado pela teoria finalista é o dolo que apresenta apenas consciência e vontade pra essa teoria o dolo está no fato típico Dolo direto: é aquele em que o agente prevê um resultado e dirige a sua conduta na busca da realização desse resultado. Dolo indireto ou indeterminado: vai se subdividir em duas espécies: Dolo alternativo: o agente prevê uma pluralidade de resultado dirigindo a sua conduta na realização de qualquer deles. Alternativo objetivo: é aquele em que a vontade indeterminada do agente está relacionada com os resultados em face da mesma vitima. Ex: o sujeito atira pra outro sujeito na intenção de matar ou machucar, ele queria qualquer um dos resultados. Alternativo subjetivo: a vontade indeterminada do agente, envolve várias vítimas de um mesmo resultado. Ex minha vontade é matar, atiro em um grupo de pessoas,ou seja quero matar qualquer uma delas. Várias vítimas pra um resultado Dolo eventual: aquele em que o agente prevê uma pluralidade de resultados dirigindo sua conduta pra realizar um deles mas assumindo o risco de realizar outros. Ex eu quero lesionar uma pessoa com uma pedrada e sei que ela dirige um ônibus, fico esperando o ônibus passar com a pedra na mão, posso prevê que posso atingir várias pessoas Dolo cumulativo: é aquele em que o agente pretende alcançar dois resultados em sequência (chamada progressão criminosa) ex o criminoso estupra a vítima e depois quer matar em sequência, latrocínio porém depende de outros fatores Dolo de primeiro: é o dolo direto DOLO DE DANO: é aquele em que o agente quer ofender o bem jurídico. DOLO DE PERIGO: é aquele em que o agente quer expor o bem jurídico ao perigo. DOLO GENERICO: é aquele em que o agente atua com vontade de realizar a conduta descrita no tipo penal sem uma finalidade específica. Dolo essencial: é aquele que corresponde ao motivo determinante da pratica do ato. A pessoa praticou por que foi induzido Dolo acidental: não corresponde ao motivo determinante do ato, portanto não vicia DOLO ESPECIFICO: é aquele em que o agente atua com a vontade descrita no tipo penal com a finalidade de atingir um objetivo específico. Art 159 OBS: como advento do finalismo esta Classificação entrou em desuso, hoje temos apenas o dolo. Dolo de segundo grau ou de consequência necessária é aquele em que o agente dirige a sua vontade aos meios utilizados para alcançar determinado resultado. Abrangendo os efeitos colaterais do crime de verificação praticamente certo Dolo antecedente: anterior da conduta, mas não é relevante ao direito penal. Dolo concomitante: no momento que a conduta está se realizando, quero dois resultados em sequência, importa ao DP Dolo subsequente: é o dolo posterior a conduta. Em regra, ele não importa ao direito penal. Dolo de propósito: é aquele em que a vontade do agente é refletida, pensada. (No direito penal brasileiro, a premeditação não é agravante ou qualificadora do crime) Dolo de ímpeto: é aquele que surge de repente, sem intervalo a cogitação e a execução. Crime culposo. Conceito de culpa: consiste numa conduta voluntária que realiza um evento ilícito, não querido, e não aceito pelo agente, mas que lhe era previsível (culpa inconsciente) ou excepcionalmente previsto (culpa consciente) e que poderia ser evitado se o agente empregar-se a cautela necessária (dever objetivo de cuidado) Violação do dever objetivo de cuidado: é o comportamento normal na sociedade, aquele comportamento que as pessoas tem normalmente. Modalidades de culpa: formas de violação do dever objetivo de cuidado Imprudência: é o faltar com a cautela ou seja é a afroiteza a precipitação. Se desenvolve ao mesmo tempo que a conduta. Negligência: omitir a cautela, o sujeito omite a cautela devida. Ele deveria antes da conduta ter tomado as precauções. É anterior a conduta Imperícia: é a falta de aptidão técnica para o exercício de arte, profissão ou ofício. Não tem conhecimento técnico para realizar aquele serviço Resultado naturalístico involuntário: no crime culposo o sujeito tem vontade na conduta o resultado é involuntário Nexo causal: tem que a ver um nexo causal entre a conduta e o resultado. É necessário no crime doloso e culposo. Resultado involuntário previsível: previsível é a a possibilidade de prever o perigo advindo da conduta. Tipicidade: art 18, parágrafo único. Conjunto dos atos, ou dos tipos que compoem o delito Espécies de culpa: Culpa consciente: ou com previsão, ou ex lascívia. É aquela em que o agente prevê o resultado mas espera que ele não ocorra supondo poder evita-lo com suas habilidades ou com a sorte. Qual a diferença dela com o dolo eventual? No dolo deventual ele aceita a ocorrência do resultado e quer a conduta, na culpa consciente o sujeito quer a conduta mas não aceita a ocorrência do resultado. Dolo eventual é o foda-se a culpa consciente é o fudeu Culpa inconsciente: o agente não prevê o resultado que entretanto era previsível, ou seja, qualquer pessoa de diligência mediana teria condição de prevê o risco. Culpa própria: ou propriamente dito, o agente que não quer e não assume o risco produzir o resultado. Mas acaba lhe dando causa por imprudência, negligência ou imperícia. Obs: a culpa própria é gênero de onde são espécies a culpa consciente e inconsciente. Culpa imprópria: ou por equiparação ou assimilação ou por extensão. É aquela em que o agente por erro de tipo evitável imagina certa situação, de fato que se presente excluiria a ilicitude. Ex: legítima defesa imaginaria se fosse real estaria excluída a ilicitude dele. Crime culposo: é uma conduta voluntária, sem intenção de produzir o resultado ilícito, porém, previsível, que poderia ser evitado. A conduta deve ser resultado de negligência, imperícia ou imprudência. Crime preterdoloso ou crime agravado pelo resultado: art 19 do CP. É uma figura híbrida por que é doloso e culposo ao mesmo tempo. Por que tenho uma conduta dolosa e resultado culposo. Crime preterdoloso: dolo no antecedente (conduta). Culpa no consequente (resultado) Elementos do crime: Resultado culposo: Tenho uma conduta dolosa visando um resultado, tem que está presente o nexo causal . Elementos do crime culposo: Conduta humana voluntária: é ação ou omissão dirigida e orientada pelo querer causando um resultado involuntário Elementos: resultado culposo, nexo causal, conduta dolosa e a tipicidade 1) crime doloso agravado/qualificado pelo dolo: art 121, parágrafo II. 2) crime culposo agravado/qualificado pela a culpa: art 250 crime de incêndio, desse incêndio pode resultar a morte culposa de alguém art 258 3) crime culposo agravado/qualificado pelo dolo: Ex. Homicídio culposo agravado qualificado pela omissão de socorro. 121 parágrafo 3° e 4° Tipicidade: para que o crime preterdoloso seja punido tem que haver a tipicidade Obs: num crime preterdoloso o resultado deve ser culposo se for proveniente de caso fortuito ou força maior o resultado não poderá ser imputado ao agente sob pena da responsabilidade penal objetiva Crime consumado: é aquele em que foram realizados todos os elementos constantes de sua definição legal atingindo o objetivo percebido pelo agente Crime exaurido: é aquele que já produziu seus efeitos finais, últimos efeitos. É diferente do consumado, que ocorre quando se conclui a realização do fato típico descrito na lei. Conceito: inter criminis, são as etapas necessárias para a realização de um crime. 1ª etapa é a cogitação: nessa etapa o agente mentaliza o crime. Não é punido 2ª etapa, são os atos preparatórios: preparação para o crime, não é punido 3ª etapa é a execução: eu pensei, preparei e agora vou executar o crime. É punivel, é o momento em que o bem júridico começa a ser atacado. Nessa fase o agente inicia a realização do núcleo do tipo penal 4ª etapa, consumação. Quando crime se consuma, é punivel. Obs: atos preparatórios: é aquele que possibilita, mas não é ainda sob o prisma objetivo o ataque ao bem jurídico Ato de execução: é aquele que ataca efetiva e imediatamente ao bem júridico Atos preparatórios: são aqueles que o agente planeja a execução do crime Ex: crime de homicídio estará consumado com a morte do agente. Crimes de consumação antecipada ou crimes formais: art 317, corrupção passiva o crime é consumado no momento que a vantagem indevida é realizada Tentativa: art 14, II. Conceito: não consumação de um crime cuja execução foi iniciada por circunstâncias alheias a vontade do agente Natureza jurídica: é de uma norma de extensão temporal da figura tipica. Elementos da tentativa: Início da execução do crime. Não consumação. Por circunstâncias alheias a vontade do agente. Quando eu sei que tô diante de um ato de execução e não de um ato preparatório?Vou saber com o primeiro ato idôneo para a consumação do delito. O ato tem que ser também inequívoco. Critério adotado pelo CP: O CP adotou o critério logico formal: Somente haverá tentativa se o agente começar a realizar condutas descritas no núcleo do tipo penal. Formas de tentativa: conatus Imperfeita: é aquela em que o agente não realiza todos os atos de execução do crime por circunstâncias alheias a vontade do agente Perfeita: ou crime falho. Essa tentativa é aquela em que o agente pratica todos os atos de execução mas o crime não se consuma por circunstâncias alheias a vontade do agente Branca: incruenta: ex. O sujeito disparou e o projétil não saiu. É aquela em que a vítima não é atingida, não há lesão Cruenta: aquela em que a vítima é atingido vindo a lesionar-se. Não admite tentativa: crimes culposos não admitem a tentativa Obs: salvo a chamada culpa imprópria, para parte da doutrina. E nos crimes preterdolosos. Não cabe nos crimes omissivos, próprios Tentativa (continuação) Teorias Subjetiva = sustenta que a tentativa deve ser punida da mesma forma que o crime consumado. O importante é a infração. Objetiva= sustenta que deve haver uma redução da pena, quando o crime tentado ( não consumado) a ofensa ao bem jurídico foi menor. Teoria adotam ao cp : teoria objetiva Critério p redução da pena : de um terço a dois terços: O magistrado ao fazer a utilização do critério para redução da pena pela tentativa, levará em consideração a proximidade com a consumação do crime. Quanto mais próximo a consumação menor será a redução da pena Desistência voluntária: (art 15, 16, 17) Arrependimento eficaz (artigo 15,16, 17 A desistência voluntária e o arrependimento eficaz são espécies de tentativa abandonada ou qualificada: Tem natureza jurídica de causa geradora de atipicidade, pois provocam a exclusão da adequação típica indireta, fazendo com que o autor não responda pela tentativa do crime, mas apenas pelos atos já praticados Elementos da tentativa abandonada 1 início de execução 2 não consumação 3 interferência da vontade do próprio agente Obs; desistência voluntária diferente da tentativa (fórmula de Frank) Frank disse: "quero prosseguir, mas, não posso. " (Tentativa) "Posso prosseguir, mas não quero" (desistência) Especies de tentativa abandonada Desistência voluntária: Conceito: o agente que interrompe voluntariamente a execução do crime, impedindo com isso, a sua consumação. Arrependimento eficaz. Conceito : o agente após encerrar a execução do crime, impede a produção do resultado. o sujeito prática todos os atos de execução, mas dps se arrepende e impede que o resultado se produza Diferença entre desistência voluntária; o agente não esgota os atos de execução do crime Arrependimento eficaz: o agente esgota os atos de execução do crime. Consequência: o sujeito responde apenas pelos atos já praticados, nao responde pelo crime consumado Ponte de ouro: permite uma readequação típica mais benéfica ao autor. Arrependimento posterior Natureza jurídica: de causa obrigatória de redução de pena Conceito: o arrependimento posterior é um instituto que permite a redução de pena nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça a pessoa em que o mesmo realiza de forma voluntária a reparação do dano. Ou a restituição da coisa, até o recebimento da denúncia ou queixa Arrependimento posterior 1- crime praticado sem violência ou grave ameaça a pessoa 2 - voluntariedade do agente 3 - reparação do dano, ou restituição da coisa 4 - até o recebimento da denuncia ou queixa Aplicação Diferença. 1 no arrependimento eficaz o crime pode ser praticado com violência ou grave ameaça a pessoa, no arrependimento posterior não. 2. No arrependimento eficaz o sujeito não responde por tentativa, no arrependimento posterior o sujeito responde pelo crime praticado Crime impossível (tentativa inedonia) (tentativa inadequada) (quase crime) Conceito: consiste naquele em que o meio usado na intenção de cometê-lo, ou o objeto-alvo contra o qual se dirige, tornem impossível sua realização. Natureza jurídica: O crime impossível é uma causa geradora de atipicidade Hipóteses 1 ineficiência absoluta do meio 2 impróprio absoluta do objeto Erro do tipo: está prevista no art 20 do CP, quando o sujeito não tem consciencia do que está fazendo, que por erro acha que está fazendo algo licito, quando na verdade está fazendo algo ilicito. Falta percepção na realidade. O agente não sabe o que faz Espécies de erro do tipo 1. (1) Essencial -art 20, CP- Se o agente souber que com o erro ele estaria criminosamente, ele pararia a conduta, a ação. Recai sobre os dados principais do tipo penal Pode ser 1 evitável ou inescusavel: exclui o dolo. Mas pune a culpa, se previsto em lei. 2. Inevitável ou escusável: ele exclui o dolo. E também exclui a culpa (o sujeito não responde por nada) 2. Acidental O que recai sobre dados secundário do tipo penal. Espécies Erro sobre o objeto: Aquele em que o agente se confunde sobre o objeto material( coisa) por ele visado. (Eu quero subtrair um Rolex e subtraído uma réplica.) Não exclui o dolo e nem a culpa, não isenta o acusado de pena. Obs: Somente haverá está espécie de erro se a confusão dos objetos materiais não inferferer na essência do crime, caso contrário deverá ser tratado como erro de tipo essencial. Erro sobre a pessoa: A equivocada representação do objeto material (pessoa visada pelo agente) em decorrência do erro o agente acaba atingindo pessoa diversa da pretendida. Erro da execução. Conceito:
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