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Contabilidade Tributária Aula_01

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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Prof. Mst. Marcos Vinícius Kucera
Aula 1
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA, CONTEXTUALIZAÇÃO E ESTUDO DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
OBJETIVOS DA AULA
 
Apresentação do plano da disciplina
Contextualização da Contabilidade Tributária 
Compreender o Sistema Tributário Nacional 
Identificar e compreender os principais conceitos relacionados a tributos 
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PLANO DA DISCIPLINA
APRESENTAÇÃO:
O aluno deverá identificar, compreender e aplicar o tratamento contábil mais adequado aos tributos inerentes ao sistema tributário brasileiro, incidentes nas atividades empresariais, bem como a compensação de tributos não cumulativos e ser capaz de identificar as melhores alternativas para a apuração, o controle e o planejamento tributário nas organizações.
Compreender e interpretar a legislação tributária constante do sistema tributário brasileiro;
Compreender e aplicar os conceitos inerentes aos tributos nacionais;
Adotar o tratamento contábil mais adequado às diversas espécies tributárias;
Analisar, apurar, compensar, escriturar e evidenciar os tributos incidentes nas atividades empresariais;
Analisar e planejar o impacto financeiro e dos procedimentos fiscais nas atividades empresariais;
Controlar e aplicar as obrigações principais e acessórias inerentes ao sistema tributário.
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CONTEXTUALIZAÇÃO
Conforme estudado em outras disciplinas, a Contabilidade é uma Ciência Social que objetiva controle do patrimônio das entidades e de seus resultados. 
Da mesmam forma, o Direito é uma Ciência Social que tem como objetivo a interpretação e aplicação das normas jurídicas que disciplinam o relacionamento social nas suas diversas vertentes. Dentre os diversos ramos do Direito, o que se ocupa da ordem pública e, como subdivisão deste, está o Direito Financeiro e Tributário, que se ocupa da normatização da tributação, arrecadação e divisão dos tributos arrecadados pelo estado. 
A Contabilidade e o Direito possuem forte vínculo tendo em vista a própria conceituação de ciência social e a aplicação da legislação nos diversos segmentos das organizações e mercados, não obstante ao forte impacto da tributação sobre os fluxos financeiros das organizações. 
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CONTEXTUALIZAÇÃO
A Contabilidade é dividida em segmentos voltados às áreas específicas como: Contabilidade Financeira, Comercial, Societária, de Custos, Gerencial, Tributária, entre outras, que interagem entre si, para que a Ciência Contábil adquira a necessária harmonia e uniformidade no cumprimento dos seus objetivos. 
No presente estudo, a Contabilidade Tributária tem como objeto principal o reconhecimento dos institutos tributários incidentes sobre o patrimônio, as operações e relações ambientais, à luz dos regulamentos comerciais, fiscais e tributários, bem como das normas e princípios contábeis. 
Do ponto de vista das organizações, o objetivo da mesma é reconhecer os tributos, registrá-los e cumprir as obrigações principais e acessórias, na forma da Lei, de forma menos onerosa.
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A Contabilidade Tributária é o ramo da contabilidade responsável pelo controle (reconhecimento, apuração, lançamento ou escrituração e evidenciação) e planejamento dos tributos incidentes nas diversas atividades organizacionais ou grupos societários, que busca harmonizar à atividade empresarial aos direitos e obrigações tributárias, de forma a usurfruir dos direitos e cumprir as obrigações, sem expor a entidade às possíveis infrações fiscais e legais.
CONHECIDO POR PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
O Estado tem por finalidade a realização do bem comum por meio da administração pública, que executará as políticas públicas, planos de ação para que o Estado funcione, tendo como referência a sociedade. Contudo, as atividades estatais não são auto-sustentáveis, e é uma importante função do Estado estabelecer e cobrar tributos para o financiamento das políticas públicas, visando o bem comum.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
 A atividade tributária do Estado tem origem remota e certamente acompanhou a evolução do homem, desde a criação das primeiras sociedades e concepções políticas, sendo hoje um dos fundamentos da existência de qualquer sociedade, independente da forma de governo ou concepções econômico-sociais.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
No nosso modelo de governo federalista a Constituição Federal não cria tributo, ela cumpre o papel essencial de estruturação do sistema tributário ao definir as competências tributárias dos entes políticos da Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), consagrar os princípios e normas gerais de direito tributário, instituir limitações ao poder de tributar, estabelecer a repartição das receitas tributárias e vinculações compulsórias. 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
De acordo com o Código Tributário Nacional – Lei 5.172/76, tributo é definido como: 
 
Toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei, que não constitua sanção pecuniária decorrente de ato ilícito, cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
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ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Os três elementos da obrigação tributária são:
 
A Lei – é o principal elemento da obrigação tributária (cria o tributo, as hipóteses de incidência, as condições de apuração e cobrança);
 
O objeto do tributo – são as obrigações que o sujeito passivo (contribuinte) deve cumprir com base nos ditames legais (obrigação principal e obrigações acessórias);
 
O fato gerador – é a situação definida em lei como necessária e suficiente para ocorrência da obrigação tributária (principal) e qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de ato, ou abstenção de ato, que não configure obrigação principal (acessórias).
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PARTES DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
 Qualquer obrigação tributária envolve: 
Sujeito ativo é o ente público que tem o direito de instituir e cobrar o tributo;
Sujeito passivo é a pessoa sobre a qual incide a obrigação de pagar a obrigação principal ou multa pecuniária. As espécies de sujeito passivo são:
Contribuinte - tem a relação direta com a situação legal que constitua o fato gerador;
Responsável Tributário - é a pessoa que embora não revista a condição de contribuinte, tem obrigação por disposição expressa de lei.
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ESPÉCIES DE TRIBUTOS
Conforme dispõem os artigos 145 da Constituição Federal e 5º do Código Tributário Nacional - CTN, as espécies tributárias são:
 
 Os impostos;
 As taxas;
 As contribuições de melhoria.
 
Contudo, há a previsão de dois outros institutos tributários que se encaixam perfeitamente na definição de tributo:
 
 Os empréstimos compulsórios (art. 148 CF) e;
 As contribuições especiais ou parafiscais (art. 149 CF). 
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TRIBUTO DIRETO
É aquele em que a pessoa que paga (contribuinte de fato) é a mesma que faz o recolhimento aos cofres públicos (contribuinte de direito). 
Exemplos: IRPJ, IRPF, IPVA, IPTU e CSSL.
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TRIBUTO INDIRETO
É aquele em que o contribuinte de fato não é o mesmo que o de direito. O exemplo clássico é o ICMS. É falsa a idéia de que o comerciante é quem paga esse imposto; em geral, ele simplesmente recebe do consumidor e recolhe ao Estado o imposto que está embutido no preço da mercadoria vendida. 
Exemplos: ICMS, IPI, ISS, PIS e COFINS.
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TRIBUTO PROGRESSIVO
 
É aquele cujo percentual aumenta de acordo com a capacidade econômica do contribuinte. Existem alíquotas diferenciadas que aumentam à medida que os rendimentos ficam maiores. 
Exemplo: IRPF, IRPJ.
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TRIBUTO REGRESSIVO
É aquele que não considera o poder aquisitivo nem a capacidade econômica do contribuinte. Com isso, quem gasta praticamente tudo o que ganha no consumo de produtos, como é o caso de muitos assalariados, proporcionalmente contribuem mais do que aqueles
que têm possibilidade de poupar ou de investir. Exemplo: ICMS.
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NÃO CUMULATIVIDADE
É uma característica de determinados tributos em que o contribuinte tem o direito de compensar os montantes devidos nas operações anteriores com os montantes devidos nas operações subseqüentes. 
Exemplos: IPI, ICMS, PIS e COFINS.
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IMUNIDADE E ISENÇÃO TRIBUTÁRIA
As imunidades são privilégios instituídos na CF, onde algumas entidades ou pessoas ficam livres de obrigação legal: 
 
Entes estatais instituírem impostos sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos outros, não obstante à tributação de atividades econômicas reguladas pelo direito privado;
Entes estatais instituírem impostos sobre patrimônio, renda ou serviços de templos de qualquer natureza;
Entes estatais instituírem impostos sobre patrimônio, renda ou serviços de entidades representativas de partidos políticos, sindicatos de trabalhadores, instituições de educação e de assistência sem fins lucrativos;
Entes estatais instituírem impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
 
A isenção tributária consiste na dispensa concedida em Lei. 
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ATÉ A PRÓXIMA 
AULA!!!
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