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PERFIL NUTRICIONAL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA Deficiência de iodo e vitamina D Nutrição em Saúde PúblicaNutrição em Saúde Pública 20132013 Deficiência de IODO Segundo o Conselho Internacional para o Controle das Doenças causadas pela Deficiência de Iodo (ICCIDD), a Deficiência IODO deficiência de iodo é a causa mais comum e prevenível de retardo mental e danos cerebrais no mundo. Deficiência IODO Prevalência: � Estima-se que 1,6 bilhão de pessoas vivem em áreas onde essa deficiência é prevalente, destes: • 655 milhões são afetados pelo bócio (aumento da glândula tireóide) • 11 milhões pelo cretinismo (expressão mais grave da deficiência de iodo) � Estima-se 60 mil abortos naturais, natimortos e mortes de recém-nascidos decorrentes de grave deficiência de iodo no início da gestação Deficiência IODO Impacto Sócio-econômico: • Contribui para o maior gasto com o atendimento à saúde, • Maiores taxas de repetência e evasão escolar • Redução da capacidade para o trabalho Efeito de um programa de intervenção (iodação do sal) na vila de Jixian, China, em 1978, então conhecida como “vila dos idiotas”. Populações de risco • população que reside em regiões com solos pobres em iodo: Solos naturalmente pobres - regiões montanhosas e distantes do mar Solos exauridos – práticas inadequadas de agricultura, enchentes e superutilização da terra. Deficiência IODO Grupos de risco: • Gestantes; • Fetos e recém-nascidos; • Crianças de zero a cinco anos. enchentes e superutilização da terra. • população que consome sal não iodado; Deficiência IODO Deficiência IODO Recomendação de iodo: O iodo não é estocado, portanto deve ser ingerido continuamente. Deficiência IODO Prevalência no Brasil: � 1955 - 1ºinquérito nacional • foram avaliados 86.217 escolares • detectou-se prevalência de bócio de 20,7% � 2000 – (Projeto Thyromobil na América Latina, do Conselho Internacional para o Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo (ICCIDD) - Financiado pelo setor privado, Mercosul e Ministério da Saúde: • foram avaliados 1.977 escolares de 6 a 12 anos de idade, de ambos os sexos • detectou-se prevalência média de bócio no Brasil de 1,4%. Pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde a partir da obrigatoriedade de iodação do sal, na década de 50. Fortificação do sal com iodo Deficiência IODO Estratégia brasileira de prevenção: sal iodado (uso diário) → O sal é regularmente consumido pela população → O processo de iodação possui tecnologia de processamento bem estabelecida, com custo operacional baixo. → Consumo contínuo e em pequenas quantidades → Fácil aquisição pela população→ Fácil aquisição pela população →Fácil controle de qualidade → Não altera cor, sabor e odor do sal Os programas de prevenção e controle da deficiência de iodo devem garantir que todo sal para consumo humano esteja adequadamente iodado (quantidade recomendada). Fortificação do sal com iodo Deficiência IODO Estratégia brasileira de prevenção: sal iodado (uso diário) • 19531953 →→→→→→→→ promulgadapromulgada aa primeiraprimeira leilei (nº(nº 19441944)) obrigandoobrigando aa iodaçãoiodação dodo salsal parapara consumoconsumo humanohumano.. •1974 → decreto de obrigatoriedade da iodação do sal (consumo humano•1974 → decreto de obrigatoriedade da iodação do sal (consumo humano e animal) •• Legislação sanitária de 1999 → 40 a 100 mg/kg sal • Legislação sanitária de 2003 → 20 a 60 mg/kg sal • Legislação sanitária de 2013 (RDC 23/2013 )→→→→ 15 a 45 mg/kg sal Diminuição do teor de iodo no sal Deficiência IODO Para populações a qual, a ingestão de sal esteja em torno de 10g/dia, a faixa de iodação do sal deve estar entre 20 a 40 mg/kg, segundo a OMS. POF 2008-2009 consumo médio de sal pela populaçãoPOF 2008-2009 consumo médio de sal pela população brasileira, com mais de 10 anos de idade, em 8,2g/pessoa/dia. Esta ingestão de sal associada ao sal proveniente de alimentos processados e dos alimentos consumidos fora de casa contribuem para um aumento de ingestão de iodo em nossa população. Consumo excessivo de iodo Diminuição do teor de iodo no sal • Década de 90: faixa de iodação do sal entre 40 a 100 ppm Em 2001, média de iodúria no Brasil de 360 µg/L (Estudo Thyromobil) • RDC nº 130 de 26 de maio de 2003 – sal para consumo humano com teor igual ou superior a 20 mg até o limite máximo de 60 mg de iodo porteor igual ou superior a 20 mg até o limite máximo de 60 mg de iodo por Kg de produto. Em 2004, consumo excessivo de iodo foi reconfirmado em pesquisa realizada em São Paulo (iodúria média >300µg/L em 58,5% das amostras-829 indivíduos de 20 a 70 anos). O consumo excessivo de iodo pode ocasionar doenças autoimunes da tireóide Deficiência IODO Programa Nacional para Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo – Pró-Iodo • Programa coordenado pelo Ministério da Saúde, em parceria com outros órgãos e entidades; • Destina-se a promover a eliminação dos Distúrbios por Deficiência de Iodo. Entre as suas principais linhas de ação estão: → o monitoramento do teor de iodo do sal para consumo humano; → o monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da população; → a atualização dos parâmetros legais dos teores de iodo do sal destinado ao consumo humano; → a implementação contínua de estratégias de informação, educação, comunicação e mobilização social. Deficiência de Vitamina DDeficiência de Vitamina D Vitamina DVitamina D • Ergocalciferol ou vitamina D2 – provitamina encontrada em alimentos de origem vegetal, fortificação dos alimentos • Calciferol ou vitamina D3, resultante da• Calciferol ou vitamina D3, resultante da transformação do precursor 7-deidrocolesterol existente na pele, pela ação dos raios UV do Sol. FUNÇÕES •Principalmente mineralização óssea: estimula absorção de cálcio e fósforo. ↓ risco de doenças crônicas (CA, DCV e doenças infecciosas). ↓ risco dos elementos envolvidos na Síndrome Metabólica (HAS, obesidade, Resistência à Insulina e Intolerância à Glicose) DefiniçãoDefinição Falta de consenso na literatura 25-hidroxivitamina D<20ng⁄mL = deficiência 25-hidroxivitamina D entre 21 a 29ng⁄mL = insuficiência relativa 25-hidroxivitamina D>30ng⁄mL = vitamina D suficiente25-hidroxivitamina D>30ng⁄mL = vitamina D suficiente Níveis de 25-hidroxivitamina D são inversamente proporcionais aos hormônios paratireoidianos. Holick MF. Medical Progress: vitamin D deficiency. N Engl J Med. 2007; 357(3):266-81 CAUSAS • Síntese cutânea reduzida • Absorção reduzida• Absorção reduzida • Doenças que interferem no metabolismo da vitamina PrevalênciaPrevalência Segundo estimativas → Há 1 bilhão de pessoas no mundo com deficiência ou insuficiência de vitamina D → 40 a 100% dos idosos (homens e mulheres) norte-→ 40 a 100% dos idosos (homens e mulheres) norte- americanos e europeus apresentam deficiência de vitamina D. → Mais de 50% das mulheres na pós-menopausa, em uso de medicamentos para osteoporose, apresentam níveis insuficientes de vitamina D. Holick MF. Medical Progress: vitamin D deficiency. N Engl J Med. 2007; 357(3):266-81 Epidemiologia Epidemiologia –– Deficiência de Vitamina DDeficiência de Vitamina D • População européia → risco aumentado → inverno rigoroso + baixa disponibilidade de alimentos fortificados com Vit D. • Populações que residem próximo ao Equador → maior exposição solar sem proteção →→ maior exposição solar sem proteção → níveis mais elevados de vit D no organismo • Arábia Saudita, Turquia, Índia e Líbano → 30 a 50% das crianças e adultos com deficiência → adequada exposição solar, porém vestuário que esconde a pele.Holick MF. Medical Progress: vitamin D deficiency. N Engl J Med. 2007; 357(3):266-81 Determinantes do Aumento da Determinantes do Aumento da Deficiência de Vitamina D Deficiência de Vitamina D NHANES (1988/94 a 2000/2004)NHANES (1988/94 a 2000/2004) • Redução do consumo de leite (nos EUA os produtos lácteos são fortificados com vitamina D) • Maior uso de protetor solar • Redução da exposição ao sol • Aumento global da obesidade (incremento IMC) RETENÇÃO DA VITAMINA D NO TECIDO ADIPOSO VITAMINA É POUCO LIBERADA PARA A CIRCULAÇÃO Adams JS, Hewison M. Update in Vitamin D. J Clin Endocrinol Metab. 2010; 95: 471-8 CONSEQUÊNCIASCONSEQUÊNCIAS →Na gestação e na infância: retardo de crescimento, deformidades ósseas, aumento do risco de fraturas (quadris). Holick MF. Medical Progress: vitamin D deficiency. N Engl J Med. 2007; 357(3):266-81 CONSEQUÊNCIASCONSEQUÊNCIAS →Em adultos: precipitação ou agravamento da osteopenia e da osteoporose; osteomalácia (osteo- osso, -malacia amolecimento) e fraqueza muscular; aumenta o risco de fraturas.aumenta o risco de fraturas. Sem a vitamina D, apenas 10 a 15% do cálcio dietético e 60% do fósforo são absorvidos Holick MF. Medical Progress: vitamin D deficiency. N Engl J Med. 2007; 357(3):266-81 CONSEQUÊNCIASCONSEQUÊNCIAS OsteopeniaOsso normal Osteoporose → risco aumentado de esquizofrenia e depressão [níveis adequados de vitamina D na vida intra- OUTRAS CONSEQUÊNCIASOUTRAS CONSEQUÊNCIAS [níveis adequados de vitamina D na vida intra- uterina e na infância são importantes para o desenvolvimento cerebral e para a função mental]. Holick MF. Medical Progress: vitamin D deficiency. N Engl J Med. 2007; 357(3):266-81 Recomendações de Ingestão Dietética Diária (Vitamina D) segundo “Institute of Medicine”. Grupo Etário Recomendação Ingestão Diária Crianças e Adultos até 50 anos 200 UI 50 anos Adultos 51 a 70 anos 400 UI Idosos acima de 71 anos 600 UI Crianças e Adultos sem exposição solar adequada 800 a 1000 UI800 a 1000 UI PrevençãoPrevenção • Evidências sugerem que o consumo da população é inadequadopopulação é inadequado • 800 UI/dia vitamina D3 são difíceis de obter pela dieta • Aumentar a exposição solar??? � CA pele • Exposição solar e uso de suplementos são necessários para atingir as recomendações VITAMINA DVITAMINA D • Exposição solar → quando adequada, fornece níveis suficientes de vitamina D, que será armazenada na gordura corporal e liberada durante o inverno. Exposição de braços e pernas por 5 a 30 minutos entre 10 as 15h 2x/semana Síntese pode variar em função: Da latitude, pigmentação da pele e estação do ano. • Dieta • Suplementos Fontes AlimentaresFontes Alimentares • Peixes com maior teor de gordura - anchova, salmão, sardinha, arenque, atum • Gema de ovo • Fígado • Manteiga• Manteiga • Óleo de fígado de peixe • Leite integral Fontes AlimentaresFontes Alimentares
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