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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS – UNIS/MG BACHARELADO ARQUITETURA E URBANISMO CLEISSON DO NASCIMENTO MOREIRA DAYANNE HELENA CAMILO TIAGO HENRIQUE PENHA MENDES WAGNER DOS SANTOS BUENO PROJETO INTERDISCIPLINAR DE CURSO: Implantação de equipamento público comunitário Varginha 2017 CLEISSON DO NASCIMENTO MOREIRA DAYANNE HELENA CAMILO TIAGO HENRIQUE PENHA MENDES WAGNER DOS SANTOS BUENO PROJETO INTERDISCIPLINAR DE CURSO: Implantação de equipamento público comunitário Trabalho Acadêmico apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo Noturno do Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS/MG como pré-requisito para obtenção do grau de (bacharel ou licenciatura), sob orientação do(s)Prof.(s). Eduardo Augusto. Varginha 2017 RESUMO Este trabalho aborda a questão de analisar e observar um bairro mediante suas configurações naturais em relação a todo resto da cidade. Tem como objetivo suprir os pontos negativos que contem no bairro, através de pesquisas foi definido o equipamento público, que através do mesmo vai melhorar o espaço trazendo melhorias e atrações para o bairro. Por base, a relação de pesquisa e contexto urbano, foi utilizada na adaptação e reconhecimento da área, criando vínculos reais do que realmente as pessoas sentem em relação ao local em que vivem. Através das entrevistas feitas e visitas cotidianas, obtivemos de resultados algumas falhas em relação ao incentivo criativo e expansivo dos moradores e falta de infraestrutura. Elaborando projetos sociais para os moradores, trazendo mais atrativos melhorando o aproveitamento de habilidades que dali pudesse ser descobertas com o centro cultural poderiam ser supridas. O objetivo foi transparecer um local onde as pessoas possam se sentir livre para pensarem e socializarem uns com os outros e que possa fazer com que o bairro seja mais dinâmico e com isso consiga se reabilitar como um grande potencial para o município. Analisamos projetos de centros culturais que entrassem nesse contexto de recursos sociais para o bairro e a partir dessa analise conseguimos propor um projeto que se adequasse ao cotidiano das pessoas que moram no local e também ao restante do meio urbano da cidade. Palavras-chave: Implantação, Equipamentos Públicos, Viabilidade. ABSTRACT This work addresses the question of analyzing and observing a neighborhood through itsnatural settings in relation to the rest of the city. Its purpose is to supply negative points that make that space forgotten, without use, and of great viability for society, so the definition of public equipment was used in the adaptation of these needs of the neighborhood, totaling in what concerns what is really Of need for the local people. On the basis of the research and urban context, it was used in the adaptation and recognition of the area, creating real bonds of what people really feel in relation to where they live, with the help of interviews and daily visits, it was possible to perceive the Lack of infrastructure and sloppiness of an entire housing complex. Analyzing all this context and identifying the main points for choosing the equipment, the objective was to show a place where people can feel free to think and socialize with each other and that can cause the neighborhood to grow morally and with that achieve Rehabilitate as a great potential for the municipality. With this we base the current context in the neighborhood with what we obtained from the results of the surveys conducted. We pointed out flaws in relation to the creative and expansive incentive of the residents, since such failures could be overcome with the elaboration of social projects that directed a better posture for the social and economic income of the neighborhood and better use of skills that could be discovered there. We analyzed projects of cultural centers that entered this context of social resources for the neighborhood and from this analysis we managed to set up a project that suited the daily life of the people who live in the place and also the rest of the urban environment of the city. Keywords: Implantation, Public Equipment, Feasibility. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01:Mapa do Brasil .................................................................................................... 10 Figura 02: Mapa da cidade de Elói Mendes ........................................................................ 10 Figura 03: Cidade de Elói Mendes – 1877 .......................................................................... 15 Figura 04: Cidade de Elói Mendes – 2016 .......................................................................... 15 Figura 05: Mapa do espaço estudado ................................................................................. 16 Figura 06: Vista do bairro a partir da Av. Ayrton Senna .................................................... 16 Figura 07: Vista do bairro a partir ....................................................................................... 16 Figura 08: Vista do bairro a partir da rua Professora Hermínia Vilhena ............................. 16 Figura 09: Mapa de insolação, ventos ................................................................................. 23 Figura 10: Mapa de uso e ocupação do solo ........................................................................ 24 Figura 11: Mapa de fluxo de vias ........................................................................................ 24 Figura 12: Mapa de equipamentos ao entorno da cidade .................................................... 25 Figura13: Mapa delimitando as áreas dos terrenos ............................................................. 25 Figura14: Mapa de relevo .................................................................................................... 26 Figura 15: Mapa topográfico de Elói Mendes ..................................................................... 26 Figura 16: Levantamento planialtimétrico .......................................................................... 27 Figura 17: Medidas do terreno............................................................................................. 27 Figura 18: Primeiro Centro Cultural – Biblioteca de Alexandria (Séc. II a.C.) .................. 29 Figura 19: Primeiros Centros Culturais no Brasil – Centro Cultural Jabaquara (Déc. 80) . 29 Figura 20: Centro cultural Univates .................................................................................... 29 Figura 21: Implantação centro cultural Univates ................................................................ 31 Figura 22: Planta de cobertura ............................................................................................. 31 Figura 23: Planta baixa acervo ............................................................................................ 31 Figura 24: Planta baixa mezanino ....................................................................................... 32 Figura 25: Planta baixa térreo .............................................................................................. 32 Figura 26: Corte ................................................................................................................... 32 Figura27: Fachada ...............................................................................................................33 Figura 28: Fachada do centro cultural Porto Seguro ........................................................... 33 Figura 29: Lado esquerdo Centro cultural ........................................................................... 35 Figura 30: Implantação ........................................................................................................ 35 Figura 31: Planta térrea........................................................................................................ 35 Figura 32: Planta 1º pavimento ........................................................................................... 35 Figura 33: Planta subsolo .................................................................................................... 35 Figura 34: Corte BB ............................................................................................................ 36 Figura 35: Corte CC ............................................................................................................ 36 Figura 36: Volumetria do projeto ........................................................................................ 37 Figura 37: Croqui Inicial..................................................................................................... 38 Figura 38: croqui inicial........................................................................................................38 Figura 39: croqui Inicial....................................................................................................... 38 Figura 40: croqui finalizado..................................................................................................39 Figura 41: Croqui Finalizado.................................................................................................39 Figura 42: Planta Finalizada.....................................................................................................39 Figura 43: Planta Finalizada.....................................................................................................40 Figura 44: Setorização..............................................................................................................40 LISTA DE TABELAS Tabela 01:Dados do município ............................................................................................ 17 Tabela 02: Pirâmide etária – Elói Mendes .......................................................................... 17 Tabela 03: Fluxograma destinado a escolha do equipamento público ................................ 21 Tabela 04: Programa de necessidade...................................................................................22 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01: Relações de ensino, cultura, saúde e transporte durante alguns períodos Anuais .............................................................................................................. 18 Gráfico 02: Entrevistados por faixa etária ........................................................................... 22 Gráfico 03: Rendimento mensal dos moradores.................................................................. 22 Gráfico 04: Ensino dos entrevistados .................................................................................. 22 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 8 2 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 9 3 OBJETIVO ESPCÍFICO .............................................................................................. 10 4 ROTEIRO ....................................................................................................................... 10 5 METODOLOGIA .......................................................................................................... 11 6 ANÁLISE ........................................................................................................................ 11 6.1 Análise de estudo .......................................................................................................... 11 6.1.1 Histórico da cidade .................................................................................................... 12 6.1.2 Área de pesquisa – Bairro São Cristóvão ................................................................... 13 7 DIAGNÓSTICO. ............................................................................................................ 18 7.1 Pesquisa Inter-Urbana ................................................................................................... 18 8 ANALISE DA AREA DO PROJETO. ........................................................................ 22 9 FUNDAMENTAÇÃO. ................................................................................................... 24 9.1 Pesquisa de campo ........................................................................................................ 24 9.2 Legislação. .................................................................................................................... 26 9.3 Pesquisa Projetual ......................................................................................................... 27 9.3.1 Definição de centro cultural ....................................................................................... 27 9.3.2 Referência Projetual. .................................................................................................. 29 9.3.2.1 Centro Cultural Univates / Tartan Arquitetura e Urbanismo .................................. 29 9.3.3.2 Centro Cultural Porto Seguro / São Paulo Arquitetura ........................................... 34 9.3.3.2.1Proposta para Centro Cultural de Eventos e Exposições em Paraty / Grupo Sarau .............................................................................................................................................38 10. PROPOSIÇÃO. ............................................................................................................ 47 10.1 Introdução ................................................................................................................... 47 10.2 Conceito ...................................................................................................................... 47 10.3 Partido. ........................................................................................................................ 48 10.4 Programa de nescessidades. ........................................................................................ 49 10.4 Setorização .................................................................................................................. 52 11. CONCLUÇÃO ............................................................................................................. 53 12. REFERÊNCIAS. .......................................................................................................... 5 9 1.INTRODUÇÃO O conceito de equipamentos comunitários e equipamentos urbanos são definidos da seguinte forma:consideram-secomunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares e consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado. Já a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, no documento NBR 9284, cujo título é Equipamento Urbano, é mais específica e classifica os equipamentos que dão sustentação às funções urbanas, de forma diferenciada à da lei federal 6.766/79, não os subdividindo em categoria de equipamentos comunitários e equipamentos urbanos. A norma NBR 9284, define a existência de apenas um grupo de equipamento: o equipamento urbano.A citada norma subdivide equipamento urbano em categorias e subcategorias e define o conceito de que equipamento urbano é: “todos os bens públicos ou privados, de utilidade péblica, destinados à prestação de serviços necessários ao funcionamento da cidade, implantados mediante autorização do poder público, em espaços públicos e privados.” A norma define como categorias:circulação e transporte, cultura e religião, esporte e lazer, infra-estrutura, sistema de comunicação, sistema de energia, sistema de iluminação pública, sistema de saneamento, segurança pública e proteção, abastecimento, administração pública, assistência social, educação, saúde. Salientamos que a lei federal de parcelamento do solo, não contempla a abrangência conceitual que a norma dispões. Segundo nossa experiência empírica os conceitos existentes na norma, por sua maior abrangência e especificidade, promovem uma melhor compreensão do que seja equipamentos urbano. (MARIO BARREIRO) Através de estudos e visitas na cidade de Elói Mendes se apresenta para nós. Uma pequena cidade de poucos habitantes e com atividades rotineiras, e com um vasto teor de melhorias que esta precisa, nos deparamos com o bairro São Cristóvão, onde se encontra bem afastado do centro da cidade, periférico e por ser mal valorizado, os moradores precisam sempre estar se deslocando para fazer suas atividades rotineiras como trabalho, escola e lazer, como também necessitam de muitas melhorias no bairro onde moram. Através de pesquisas e diálogo com os moradores teve-se a idealização de implantação do equipamento público comunitário escolhido. Depois de analisar três terrenos, foi escolhido um que se adequasse com grande potencial que compusesse a mudar o cotidiano da população ao entorno, se ocupando de modo adequado. Pensar em um projeto que leve em conta a rotina dos moradores do bairro, a falta de equipamentos de cultura e lazer, a falta de melhorias no bairro e que contribua para uma melhor qualidade de vida é o objetivo desde trabalho. E assim estimular a socialização de qualquer faixa etária, tanto de quem já vem de um dia cansado de trabalho, jovens que ficam por horas atoa nas ruas, e idosos sem ocupação nenhuma que procuram um entretenimento em seu tempo livre. Um projeto de centro cultural municipal que mostre para tanto os moradores do bairro quanto ao resto da população que existem outros métodos que auxiliam na recuperação de um local desvalorizado pela sociedade. Assim com a inserção de um centro cultural no bairro irá resolver todos os pontos negativos como atrativos para as crianças como aula de pintura de escultura e também para que elas se socializem e para os jovens não ficar nas ruas sem terem ocupação nenhuma possam ter aula de informática, aula de teatro, de pintura, desenho e outros; os idosos não precisam mais ficar em casa poder mostrar seus conhecimentos através de aulas de artesanato pintura, montagem de cenários para as peças de teatro como também aprender. 2 OBJETIVO GERAL Pretende-se levar aos moradores entretenimento e incentivo cultural, de modo a preencher o tempo dos mesmos com as atividades e exposições disponíveis no centro cultural. Após análise de entrevistas realizadas no local, e com as visitas técnicas foi possível detectar falta de atividades de lazer, além de notar que a população predominante é de classe média baixa. O projeto vem com o intuito de solucionar estes problemas através da arte e da cultura, dando oportunidade a todos que vivem no entorno. 3 OBJETIVO ESPECÍFICO O primeiro passo foi a escolha do local, bairro São Cristóvão, como implantação de equipamento público comunitário, o centro cultural municipal. Ao identificar as limitações do local escolhido, quanto a oportunidade de acesso à cultura e a atividades como as que serão promovidas no centro comunitário, nota-se que o bairro é totalmente descredibilizado deste tipo de iniciativa além de manter grandes índices de violência e tráfico de drogas. Pretende-se com o projeto gerar oportunidade para a população na área artística, levar a eles a arte e a cultura, modificar e reestruturar o fluxo da área, criar uma ocupação para os moradores que trazer outros meios de interação através das atividades disponíveis no centro cultural. 4.ROTEIRO Para o inicio do projeto foi feito - Pesquisas referentes como é e como funciona um espaço público - Análises do espaço na cidade que melhor se adequasse - A escolha do bairro São Cristóvão - Analise do bairro como funciona no dia a dia - Identificação dos três terrenos escolhidos - Estudo da área - Visitas Técnicas - Analisar o espaço como topografia; ventos; insolação Finalizado a escolha de qual terreno seria, para inicializar o projeto - Voltamos ao bairro - Conversamos com os moradores do entorno - Realizamos outro estudo da área, anotando novamente todos os dados - Após uma entrevista com as pessoas foi realizado a escolha do equipamento público - Foi feito em seguida gráficos para a análise das respostas dos moradores - Soluções de falhas encontradas - Elaboração de planilhas - Inicializamos as pesquisas: o que era um centro cultural; como funcionava; - Partimos para referencias projetais de centros culturais - Levantamento do terreno e analise; topográfico; ventos; norte; insolação - Para o início do projeto feito croquis - Depois para a setorização - Conceito - Partido - Volumetrias - Adequação no terreno - Determinamos os acessos principais; secundários; de pedestres; veículos - Recolocamos as salas para determinados áreas - Colocado layout nas plantas - Cortes - Escrevemos nome das áreas dos cômodos - Cotas - Elevações - Planta cobertura -Planta de situação - Planta de implantação - Estrutural - Foi definido o paisagismo do local os tipos de arvores; arbustos e forrações - Tabela de vegetação 5 METODOLOGIA Os processos de análise da cidade atráves de mapas, tabelas de como funciona os espaços públicos do local, quantidade de moradores, o fluxo da cidade tudo que seria necessario para o desenvolvimento do trabalho. A analise do terreno foi primordial para o projeto, foi estudado todo o bairro São Cristovao, tivemos muito dialogo com os moradores para conhecermos melhor ainda o local, a entrevista com eles foi de grande importancia para a escolha do equipamento publico, conhecimento da renda de cada entrevistado, o dia a dia deles tudo que favorecesse em nosso trabalho. Atraves da visita tecnica podemos ter mais conhecimento da area de estudo, insolaçao, ventos, topografia tiramos foto do local. O conceito de pesquisa de campo foi primordial na adequação de estruturação do trabalho. Partimos do levantamento de informações do bairro, o que levou em consideração à entrevistar os moradores para melhor compreensção do espaço. Em seguida, contruimos planilhas de anotações que compusessem essas informaçõesrelativas ao bairro, com seus pontos positivos e negativos, e a relevancia em que ele se situa na cidade, o que acarretou na montagem de tabelas e gráficos que definissem um melhor entendimento de tal pesquisa. Dividimos o processo em 3 fases: •Descrição e levantamento in loco; •Conceituação e adequação do espaço; •Idealização e projetualização do contexto analisado. Dentre esses processos, obtivemos como resultado a composição que levasse a escolha do projeto a ser inserido como uma das formas de suprir uma das necessidades do bairro. So assim comecamos a iniciar o projeto proposto que foi o centro cultural, com referencias projetuais entendemos melhor como funciona este espaço. 6 ANÁLISE 6.1 Análise de estudo- Elói Mendes – MG O centro comunitário será inserido em Elói Mendes- MG, cidade localizada no sul de minas gerais com uma população de 27.505 habitantes segundo senso de 2016, distribuída em uma área aproximada de 499.537 Km² segundo IBGE. 6.1.1 Histórico da cidade Fonte: Google Maps Fonte: Google Maps Figura 02: Mapa da cidade de Eloi Mendes Figura 02: Mapa do Brasil Às margens do Ribeirão Mutuca existia um povoado com o mesmo nome desde fins do século XVIII, bem localizado numa colina do Vale do Rio Verde. Alguns desbravadores chegaram às margens de um ribeirão. O clima da região e sua vegetação, com campos e terras férteis, eram muito agradáveis e propiciaram logo a concentração de pessoas. Mas o local tinha um inconveniente: era infestado por nuvens de mosquitos hematófagos chamados Mutuca. Por conta disso, o ribeirão e as terras às suas margens, passaram a ser chamado de Mutuca, sendo seu primeiro morador e fundador José Gonçalves de Souza, que era natural de São João Del Rey, filho de Sebastião Gonçalves Pombeiro e de Joana de Souza. Foi casado com Inácia Maria Ramos, natural de Taubaté, filha de João Vás Cardoso e de Isabel de Souza. Os Rios, Verde e Sapucaí foram descobertos pelos Bandeirantes no século XVII. Nas margens foram se instalando núcleos de povoamentos que, se aproveitando dos diversos afluentes dos rios mais importantes da região, foram se infiltrando cada vez mais para o interior, entre montanhas do sul de Minas. As terras adjacentes começaram a serem ocupadas e exploradas, formando-se vários povoados, todos pertencentes hoje ao município de Elói Mendes, entre os primeiros podemos citar: Salto grande (1793), Barreto (1794), Cubatão (1794), Fortaleza (1794), São Domingos (1797), Estiva (1799), Cafundó (1817), Cachoeira (1818) e muitos outros. 6.1.2 Área de pesquisa – Bairro São Cristóvão O bairro São Cristóvão teve surgimento há 24 anos e hoje abriga mais de 500 famílias dentro de Elói Mendes. Fonte: José Machado Mendes Figura 03: Cidade de Elói Mendes - 1877 Fonte: Café com Mutuca Cidade de Eloi Mendes -2016 O bairro possui um contexto bem imparcial em relação a outros bairros periféricos ao redor da cidade, pois, muitos afirmam ser um espaço perigoso e de maiores necessidades de atenção. Com diversas pesquisas ao espaço e identificação do entorno e a relação estabelecida com os moradores do local, pode-se perceber a carência de vários equipamentos públicos necessários para um atendimento aos moradores da área que pudessem satisfazer todo o contexto social dentro de uma comunidade. A falta de espaços de lazer mais amplos e direcionados ao entretenimento das crianças, a carência de um espaço mais elaborado para atendimento da saúde dos moradores, locais para espera de transporte, vigilância e segurança ao entorno do bairro, incentivo ao aprendizado geral da comunidade, carência de manutenções de vias, calçadas, iluminação, dentre outras. Mesmo tendo alguns auxílios da Prefeitura como a construção de escolas e creches, a revitalização da área do Lago São Cristóvão, pavimentações de algumas das áreas do espaço, ainda deixa-se muito a desejar junto à população. Foram feitas entrevistas para compreender de perto o que os moradores pensam e afirmam no que diz respeito a essas carências e o que poderia ser feito para suprir tal necessidade, assim, relatando também toda a infra-estrutura do bairro e o cotidiano vivido dentro do próprio. Através das figuras 05 mostra a vista de cima de todo o bairro São Cristóvão, na figura 06 Mostra a vista de cima do bairro mostrando as três possíveis localizações para a realização do projeto descrito. Através das figuras 07 podemos notar o terreno da Av. Ayrton Senna, destacado em vermelho, na Figura 08 vemos o terreno na Av. Três destacado em amarelo, na Figura 09 destacado azul é o terreno escolhido na Rua Prof. Hermínia Vilhena. Fonte: Google Maps Figura 05: Mapa do Espaço estudado Fonte Google Maps Figura 06: Mapa delimitando as áreas dos Terrenos Fonte: Os autores Fonte: Os Autores Figura07: Vista do Terreno destacado em vermelho Av. Ayrton Senna Figura 08: Vista do terreno destacado em amamarelo na Av. Três Fonte: Os autores Figura 09: Vista do terreno destacado em azul, Rua Prof. Herminia Vilhena Nas Figuras 10,11,12 mostra o levantamento topográfico dos possíveis terrenos para estudo. Fonte: Os Autores Figura 10: Levantamento Planialtimétrico, do terreno Av Ayrton Senna, destacado em vermelho. Fonte: Os Autores Figura 11: Levantamento Planialtimétrico, do terreno Av. Três, destacado em amarelo. Fonte: Os Autores Figura 11: Levantamento Planialtimétrico, do terreno Rua Professora Herminia vilhenadestacado em azul. Na Figura 13 mostra o mapa relevo para melhor compreensão topográfica do local. Na figura a baixo demonstra o estudo topográfico da área para melhor entendimento. 7. DIAGNÓSTICO Fonte: Os Autores Figura 13: Mapa de relevo Fonte: Os Autores Figura 14: Mapa topográfico de Elói Mendes 7.1Pesquisa Inter-Urbana Mediante essas pesquisas pode-se relatar a partir de gráficos, como sistema social, econômico e cultural se propaga dentro do próprio bairro. Através de pesquisas foi feito a tabela abaixo com os dados do município. Tabela 01: Dados do município PIB per capita a preços correntes – 2014 17.255,78 reais Matrícula - Ensino fundamental - 2015 3.566 matrículas Matrícula - Ensino médio – 2015 895 matrículas Área da unidade territorial – 2015 499,537 km² Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Abaixo a tabela com de faixas etárias. Tabela 02: Pirâmide etária – Elói Mendes IDADE HOMENS MULHERES 0 a 4 anos 872 902 5 a 9 anos 949 1.000 10 a 14 anos 1.092 1.086 15 a 19 anos 1.038 1.113 20 a 24 anos 1.041 996 25 a29 anos 1.047 1.017 30 a 34 anos 979 984 35 a 39 anos 862 887 40 a 44 anos 865 842 45 a 49 anos 869 869 50 a 54 anos 857 767 55 a 59 anos 765 675 60 a 64 anos 522 490 65 a 69 anos 370 383 70 a 74 anos 265 295 75 a 79 anos 184 217 80 a 84 anos 107 129 85 a 89 anos 42 54 90 a 94 anos 17 17 95 a 100 anos 4 6 Mais de 100 anos 1 2 Fonte: IBGE - Instituto Brasileirode Geografia e Estatística O cotidiano do bairro é centrado no Parque São Cristóvão, com usos religiosos, sociais, esportivos e de lazer. Na área escolar, o fluxo de pessoas e o fluxo de veículos são constantes. Foram entrevistadas 30 pessoas que identificaram diversos problemas no bairro e o que elas sentem de perto por conviverem neste espaço. Os 3 (três) relatos mais comuns vieram a ser questão de ensino sociocultural, saúde e segurança. De acordo com a pesquisa, a diferença de melhorias decorrente aos anos não foram muito significativas mesmo tendo números elevados de inserção ao meio. Moradores relataram a falta de idealizações congruentes que de fato pudessem fazer grandes melhorias no bairro, isso gerou em contexto com a comunidade, exemplos de construções mal feitas e sem planejamento adequado, com isso, agregou-se carência de equipamentos públicos funcionais no bairro. Abaixo um gráfico com a relação de ensino, cultura, saúde e transporte durante períodos anuais. Gráfico 01: Relações de ensino, cultura, saúde e transporte durante alguns períodos anuais. 0 1 2 3 4 5 Ensino Meio cultural Saúde Transporte Ano de 2017 Ano de 2010 Ano de 2005 De acordo com a pesquisa em média de 60% das pessoas identificaram o Centro cultural como falta principal no bairro, 30% disseram que a falta de uma unidade básica de saúde poderia ser mais ampla e 10% levantaram em questão da segurança do bairro e de uma unidade de policiamento dentro do espaço. Abaixo um fluxograma destinado a escolha do equipamento público. Fonte: Os Autores No gráfico abaixo mostra os índices de entrevistados por faixa etária com idades de 15 a 50anos. Tabela 03: Fluxograma destinado a escolha do equipamento público Gráfico 02: Entrevistados por faixa etária Fonte: Os Autores Neste outro gráfico abaixo mostra o rendimento mensal dos moradores com renda de 0 a 1 salários mínimos até 3 salários. Gráfico 03: Rendimento mensal dos moradores Fonte: Os Autores Logo abaixo mostra o grau de ensino dos entrevistados do fundamental até o ensino superior. 0 1 2 3 4 5 Idade de 15-22 anos Idade de 23 a 35 anos Idade de 36 a 50 anos Acima de 50 anos Centro cultural Unidade Básica de Saúde UPP 0 1 2 3 4 5 6 Renda de 0-1 salário mínimo Renda de1,5- 2 salários mínimos Renda de 2-3 salários mínimos Renda de 3 salários mínimos Centro cultural Unidade Básica de Saúde UPP Gráfico 04: Ensino dos entrevistados Fonte: Os Autores Os gráficos demonstram a variação mediante aos resultados da pesquisa com rendas variadas entre si, até dos mais jovens aos idosos, ambos procuram melhorias que possam fazer a diferença no bairro. Portanto, o equipamento público escolhido deu-se por meio dessas pesquisas, tendo como maior ponto de necessidade e por uma visão geral, o centro cultural, que talvez consiga suprir toda falta de motivação que o bairro representa por não ter atividades que possam contribuir para o crescimento moral, social e ético da comunidade. 8.1 ANALISE DA AREA DO PROJETO O bairro possui grandes áreas livres ao seu entorno, com isso, a possibilidade de expansão em si se torna mais acessível mediante as áreas disponíveis para os projetos. Dentre 3 terrenos estudados, obtivemos a escolha de um principal que possa sustentar todo o projeto e atender aos moradores do bairro de modo a criar interações aos locais que ali estão ao redor. 0 1 2 3 4 5 Ens. Fundamental Ens. Médio Ens. Superior Ens. Fund. Médio Incompleto Centro cultural Unidade Básica de Saúde UPP Figura 09: Mapa de insolação, ventos Fonte: autores No mapa abaixo de uso e ocupação do solo mostra o mapa do bairro São Cristóvão com imagens e cores diferenciadas de equipamentos públicos. Figura 10: Mapa de uso e ocupação do solo Logo abaixo mostra o mapa do fluxo das vias, com o trajeto do sistema viário público. Figura 11: Mapa de fluxo de vias Fonte: Os Autores No mapa a seguir demostra a cidade toda de Elói Mendes com todos os equipamentos públicos. Figura 12: Mapa de equipamentos ao entorno da cidade 9 FUNDAMENTAÇÃO 9.1 Pesquisa de campo NOME IDADE ENDEREÇO PONTOS NEGATIVOS PONTOS POSITIVO RENDA Thiago Henrique Santos Mendes 35 anos Rua Professora Maria José Penha Deveria melhorar a segurança Construíram uma creche 2 Salários Dimas Rogério Roque 56 anos Rua Zé da Prata ruas que estão esburacadas e mal iluminadas Unidade básica de saúde 2 Salários Ana de Fátima Martins 63 anos Rua Ana Bárbara de Jesus fazer a sinalização das ruas Construíram a escola e a creche 1 Salário José Manuel Gonsalves 66 anos Rua Ana Bárbara de Jesus construir um posto policial Iluminação 1 Salário Sebastião Reis Lemos 50 anos Rua Aurelino Gonçalves Pereira Tem muita briga. Sem incentivo para atividades aos moradores calçamento 3 Salários Francislene Pereira 36 anos Rua professora Hermínia Vilhena não tem bueiro, as pessoas não tem atividades no cotidiano Para mim é sossegado Do lar Carla Maximiano Dias 32 anos Rua João Semboloni ruas mal pavimentadas e mal iluminadas Creche e escola 2 Salários Dalva Maria Vita dos Santos 46 anos Rua Quinca Bueno construção de uma UPP para mim o bairro é bem tranquilo 1 Salário Tamires Aparecida Celestino 23 anos Rua Aurelino Gonçalves Pereira jovens ficam nas ruas sem incentivo algum Bem seguro 2 Salário Maria De Fátima Costa 40 anos Rua Ayrton Senna construir um centro de apoio para auxiliar as pessoas PSF 1 Salário Maria Helenice Ribeiro 60 anos Rua Nenê Azevedo necessidade de espaços culturais Creche Do lar Marcilene Simão 28 anos Rua Vitor Camargo Bueno Vendas de drogas descontrolada O bairro em si é um bairro muito bom 1 Salário Keriman Maximiano 24 anos Rua João Semboloni violento Povo humilde 1 Salário Silvana Aparecida Do Nascimento Moreira 46 anos Rua professora Hermínia Vilhena O bairro está muito esquecido Construção da escola Do lar Sueli De Oliveira 45 anos Rua professora Hermínia Vilhena Pontos de ônibus pois não há Escola 1 Salário 9.2 LEGISLAÇÃO SIGLA USO GABARITO RECUOS MÍNIMOS (m) VAGA P/ AUTO TAXA OCUPAÇÃO MÁXIMA COEFICIENTE IMPERMEABILIZAÇÃO MÁXIMA FRENTE LATERAIS FUNDO R1 Residencial Unifamiliar Uso Misto até 02 Pavimentos Até 7 m 0 1 Lado 1,50 m 0 1 Vaga 70% 0,9 S1 C1 E1 I1 Serv. / Com. / Inst. / Ind. de Pequeno Porte Até 70,00 A.C. Até 7 m 0 1 Lado 1,50 m 0 Isento 70% 0,9 S2 C2 E2 I1 Serv. / Com. / Inst. / Ind. de Médio e Grande Porte acima de 70,00 A.C. Até 10 m. 4,00 1 Lado 2,00 m 0 1 vaga p/ 75,00 m² de A.C. 70% 0,9 S3 C3 E3 I1 Serv. / Com. / Inst. / Ind. de Médio e Grande Porte acima de 70,00 A.C. H 5,00 De cada Lado H/6 H/7 1 vaga p/ 75,00 m² de A.C. 70% 0,9 . Mínimo = 1,50 m . R2 Residência Multifamiliar combinada com C1 / S1 Até 7 m. 0 1 lado 1,50 0 1 vaga p/ cada residência+ 1 vaga p/ atividade > 75 m² A.C. 70% 0,9 R3 Residência Multifamiliar de uso Misto acima de 3 pavim. H 5,00 m De cada lado H/6 H/6 1 vaga p/ cada residência + 1 vaga p/ atividade a cada75 m² A.C 70% 0,9 . Mínimo = 1,50 m . I2 Industria Baixo impacto ambiental e ruído Até 10 m. 6,00 m De cada lado 3,00 5 1 vaga p/ 75,00 m² A.C. 50% 0,7 I3 Indústria de Alto impacto ambiental H 10,00 De cada lado H/2 H/2 1 vaga p/ 75,00 m² A.C. 50% 0,7 . Mínimo = 5,00 m . Nos ajudou a influenciar através das leis e entrevistas a compreender melhor o funcionamento do projeto, adequação dos espaços, das áreas, afastamentos, estatuto da cidade na estruturação do fluxo de pessoas no bairro. 9.3Pesquisa Projetual 9.3.1 Definição de centro cultural O conceito de centro tem a sua origem no latim centrum Uma das acepções refere-se ao lugar onde se reúnem as pessoas com alguma finalidade. Um centro cultural é, portanto, o espaço que permite participar em atividades culturais. Estes centros têm o objetivo de promover a cultura entre os habitantes de uma comunidade e sua interação com diferentes formas de expressar seus conceitos artísticos. A estrutura de um centro cultural pode variar conforme o caso. Os centros maiores têm auditórios, bibliotecas, salas de informática e outros espaços, com as infraestruturas necessárias para organizar workshops ou cursos e realizar concertos, peças de teatro, projeção de filmes, etc. O centro cultural costuma ser um ponto de encontro nas comunidades, onde as pessoas se reúnem para conservar tradições e desenvolver atividades culturais que incluem a participação de toda a família. A regra é que as atividades dos centros culturais são gratuitas ou bastante acessíveis, de modo que nenhuma pessoa fique de fora ou afastada por questões econômicas. Os Centros Culturais são tidos como um exemplo de participação, onde são realizadas oficinas de música, canto, arte, contação de histórias e diversos outros tipos de manifestações culturais. Estes proporcionam momentos de descontração, valorização, reconhecimento, prazer e, ao mesmo tempo, conscientizam a população de que indiferente da classe socioeconômica, o lazer é um direito de todos. A partir deste estudo, será possível perceber se as manifestações de lazer desenvolvidas nos Centros Culturais colaboram para que as pessoas encontrem novos estímulos, que podem vir dos Centros Culturais da cidade, mostrando como as classes socioeconômicas podem contribuir para o desenvolvimento do turismo, através de tais manifestações de lazer. Pode contribuir também para uma maior conscientização das pessoas a respeito dos problemas sociais que perturbam nossa sociedade, como o preconceito, a marginalidade, o analfabetismo e o desemprego, a partir do estímulo a um maior engajamento nas ações dos Centros Culturais (SILVA, LOPES, XAVIER, 2009). “Os centros culturais costumam tratar-se de instituições sem fins lucrativos, as quais comportam uma estrutura de uso coletivo onde são realizadas oficinas e exposições de música, literatura, dança, teatro, artes plásticas, dentre outras manifestações artístico- culturais.”(PINTO et al., 2012). Figura 20: Primeiros Centros Culturais no Brasil-Centro Cultural Jabaquara (Déc. 80) Figura 19: Primeiro Centro Cultural – Biblioteca de Alexandria (Séc II a.C.) 9.3.2 Referência Projetual 9.3.2.1 Centro Cultural Univates / Tartan Arquitetura e Urbanismo Figura 20: Centro cultural Univates Arquitetos: Tartan Arquitetura e Urbanismo Localização: Av. Avelino Talini, 171 - Universitário, Lajeado - RS, 95900-000, Brasil Área: 9501.0 m² Ano do Projeto: 2014 Fotografias: Estúdio Objetivo Fabricante: Atlas Schindler, Somax, Gypsum, Neocom System, Luxaflex, Beaulieu, TarkettFademac, 3form, Portinari, Docol, Andaluz, Engemix, ArcelorMittal, Deca, Poolmak, GE, Trane Construtora: Engenhosul Obras Projeto Estrutural: Simon Engenharia A biblioteca e o teatro são os lugares que abrigam a palavra e que acolhem e tornam possível a narrativa da história da humanidade. Relaciona-se ao poder do conhecimento, ao poder político e, ainda, ao poder religioso. Monumentos que abrigam documentos. É um espaço generoso, repleto de possibilidades e percursos, permeado de trajetos por onde será possível transpor a praça de forma natural e cotidiana, aproximando os setores do campus. Um convite ao pensamento livre, sonhos, devaneios. Na composição plástica externa, a imagem de maior impacto é a caixa revestida de chapas metálicas que abriga o acervo e é vazada por baixo pelo caminho que a transpõe transversalmente. Nesse trecho em que é atravessada, a barra parece flutuar e proteger. Por fora instigante, por dentro acolhedora. Seu entorno tem papel fundamental guiando o usuário à sua entrada. O acervo será o protagonista da paisagem. Flutuará e liberará a praça para a circulação, protegerá os que nele ingressam e finalmente convidará para entrar e sentar. Além das questões formais e conceituais, foram consideradas soluções baseadas em conceitos bio-climáticos (sustentabilidade) que viabilizam o correto funcionamento da edificação sem desconsiderar a dimensão poética dos espaços propostos. Terraços, jardins horizontais e verticais, fachadas ventiladas, e a constante presença da água nos espaços públicos auxiliam para a diminuição da incidência solar direta e produção de calor. Figura 21: Implantação centro cultural Univates Fonte: Archdaily Figura 22: Planta de cobertura Figura 23: Planta baixa acervo Figura 24: Planta baixa mezanino Fonte: archdaily Figura 25: Planta baixa térreo Fonte: archdaily Figura 26: Corte Fonte: archdaily Figura 27: Fachada Fonte: archdaily Foi escolhido como referência projetual para o projeto do centro cultural, Centro Cultural Univates da Tartan Arquitetura e Urbanismo, por sua proposta arquitetônica fazendo um cruzamento de dois eixos conceituais que representam a passagem do tempo e a comunidade. Estes eixos devem se cruzar em um espaço de contemplação e circulação, que neste caso se faz em uma praça que concentra as principais edificações da instituição. É um espaço amplo com várias possibilidades e percursos, com diversos trajetos que possibilitam ainda um passeio pela praça ainda que de forma natural e cotidiana, trazendo ainda uma alusão de liberdade, pensamentos livres e sonhos. Contando com edifícios de paisagem externa atrativa e moderna, leve e com movimento. Contando também com a estética da biblioteca e do teatro, com uma paisagem externa mais tradicional. Algo que também nos chamou atenção foi que incorporado com toda esta paisagem e estética, o centro cultural ainda trabalha com propostas sustentáveis que viabilizam o funcionamento das edificações sem desconsiderar sua proposta poética dos espaços. Terraços, jardins horizontais e verticais, fachadas ventiladas, e a constante presença da água nos espaços públicos ajudam na diminuição da incidência solar e calor. Com tudo isto é possível ainda destacar a contribuição da arquitetura, para o marketing do centro cultural. 9.3.2.2 Centro Cultural Porto Seguro/ São Paulo Arquitetura Figura 28: Fachada do centro cultural Porto Seguro Fonte: archdaily Arquitetos: São Paulo Arquitetura, Yuri Vital, Miguel Muralha Localização: Campos Elíseos, São Paulo - SP, Brasil Equipe: AlejandraFerrera, Bruno Santucci, José Amorim, Roni Ebina Área: 3800.0 m² Ano do projeto: 2016 Cliente: Porto Seguro-Seguros Construtora: Teixeira Duarte SA Engenheiro Civil: Luiz Fernando Büll Coordenador: Bruno Paisana Estrutura de Concreto: JKMF Engenharia - Eng. Ângela Tozzo A edificação tem convite ao público é feito através de grandes entradas, sem barreiras físicas e com caráter acolhedor. As dobras orientam o percurso e aguçam a curiosidade de descobrir o novo espaço. Um monólito puro em concreto aparente da vida ao novo equipamento cultural da cidade de São Paulo, Brasil. Localizado nos Campos Elíseos, área central da cidade, no encontro da Alameda Barão de Piracicaba com a Alameda Nothmann, a Arquitetura proposta vem de encontro com uma série de medidas que visam a revitalização urbana dessa região. O novo equipamento cultural veio para catalisar transformação da região, e melhorar o cenário urbano local. Concebido para ser local de desenvolvimento e apresentação das mais variadas expressões artísticas contemporâneas, o espaço tem como objetivo abrigar: exposições, ateliês, cursos, workshops, simpósios, feiras, festas e festivais. Portanto, a diversidade da espacialidade dos espaços internos foi pensada para conferir grande flexibilidade de uso, o que possibilita, assim, diversos arranjos de curadoria e escalas de exposições. Fatos que enriquecem a experiência do usuário no local. Com uma fachada arrojada de concreto, com dobras que parecem dobraduras, a arquitetura brinca com sombras que se transformam em luz quando acessada pelo visitante. O programa do Espaço Cultural se divide em áreas de apoio (administração, curadoria, salas de aula e sanitários) e espaços expositivos. A edificação recebe dobras que fazem um contraste ao formalismo tradicional de uma galeria de arte. Estas dobras conferem arranjos técnicas como dividir os espaços expositivos, orientar os acessos e garantir uma boa acústica devido a quebra do paralelismo. Figura 29: Lado esquerdo Centro cultural Fonte: archdaily Figura 30: Implantação Fonte: archdaily Figura 31:Planta térrea Fonte: archdaily Figura 32: Planta 1º pavimento Fonte: archdaily Figura 33: Planta subsolo Fonte: archdaily Figura 34: Corte BB Fonte: archdaily Figura 35: Corte CC Fonte: archdaily A segunda referência projetual escolhida foi o Centro Cultural Porto Seguro da São Paulo Arquitetura. Chamou-nos atenção por suas grandes entradas, sem barreiras físicas e com design atraente e acolhedor. Com elementos que trazem curiosidade de descobrir novos espaços. Este projeto fez parte de uma iniciativa de revitalização desta área da cidade e melhorar o cenário urbano local. Veio com o intuito de desenvolvimento e apresentações variadas de arte contemporânea, além de abrigar diversas exposições, ateliês, cursos, workshops, simpósios, feiras, festas e festivais. Sendo assim para atender a toda esta diversidade de atividades os espaços internos foram pensados para ser mais flexíveis possível possibilitando várias escalas de exposições, enriquecendo a experiência dos usuários locais. A sua fachada acompanha a mesma ideia inicial, com dobras que fazem um contraste de luz e sombra na visão de quem observa. 10.PROPOSIÇÃO 10.1ntrodução As idealizações apresentadas abaixo, foram pensadas de acordo com o resultado da análise urbana do bairro e seu contexto dentro da cidade, observando seus vários atributos, pensamos em diluir formas que conseguissem expressar as relações que as pessoas possam ter em contato com o projeto e suas orientações planejadas. 10.2 Conceito A arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras. A arte apresenta-se através de diversas formas como, a plástica, música, escultura, cinema, teatro, dança, arquitetura etc. Existem várias expressões que servem para descrever diferentes manifestações de arte, por exemplo: artes plásticas, arte gráfica, artes visuais entre outras. Artes plásticas é um conjunto constituído pela arquitetura, a escultura, as artes gráficas e o artesanato artístico. Amplamente centros culturais são formas de divulgar resquícios da cultura de um local, histórias, características específicas de uma cultura, transparecendo em vários tipos de artes, desde música, pinturas, teatro, dança, entre outros. Analisando as diretrizes de conceito para o projeto de Centro Cultural, a adesão de interação social dentro do projeto serão formas essenciais para transmitir a idealização de um espaço harmonioso e familiar, colocar o efeito de bairro acolhedor, com tendências inovadoras dentro de um espaço que possa não só fazer interagir as pessoas, mas que elas possam usufruir de um novo conceito urbano dentro do próprio bairro. 10.3 PARTIDO O partido vai ser o uso de três blocos retangulares horizontais ambos com níveis diferentes devido ao declive do terreno, com isso, a criação desses blocos permite trabalhar com tipos de ambientes diferentes e com localizações específicas. Os 3 blocos são interligados de forma a parecer um edifício elevado tendo ao seu entorno uma área verde que possa transmitir o conceito de lugar calmo, tranquilo. Nas partes laterais o uso do vidro faz com que a interação com o externo seja mais direta, transparecendo as atividades realizadas no local. Na figura abaixo mostra a volumetria do projeto demostrando o partido. Figura 36: Volumetria do Projeto Figura 37: Croqui Inicial Figura 38: Croqui Inicial Figura 40: croqui finalizado Figura 41: croqui finalizados Figura 39: croqui inicial Figura 42: plantas definidas Figura 43: planta definida 10.4 SETORIZAÇÃO Figura 44: setorização 10.5 Programa de Necessidade Aprendizado Área técnica Descrição Área (m²) Hall de entrada Local de encontro dos alunos e docentes 30m² Almoxarifado Sala para armazenar documentos referente ao centro cultural 16m² Corredor central Local para que os alunos possam se dirigir as salas de aula 180m² Laboratório de Informática/ Sala de design gráfico Destinada para uso de internet e softwares educativos. Destinado para atividade estratégica, técnica e criativa de imagens. 100m² Sala de pintura Local para aprendizado de técnicas que utilizam pigmentos em forma 100m² liquida para colorir uma superfície, atribuindo tons e texturas, podendo ser tela e papel ou parede Sala de escultura espaço que são ministrados cursos de cerâmicas esculturas modelagem em argila, e moldes 100m² Ateliê de desenho Destinado ao aluno ter domínio da linguagem do desenho, desenvolvendo formas expressivas noateliê. 100m² Sala de artesanato Aprendizado de técnicas manuais para produção de objetos a partir de matéria prima natural. 100m² Sala de cenografia e figurino Local de aprendizagem para criação de figurinos, cenários, pesquisas e criação de croquis. 100m² Banheiro feminino/ masculino Destinado para higienização pessoal 48m² Áreas livres Destinada para que os alunos possam ter aulas ao ar livre. 52m² Estacionamento para automóveis Local para que os visitantes deixem seus carros 170m² Estacionamento para ambulância e para cadeirantes Local para que os visitantes deixem seus carros 679m² Exposição Área técnica Descrição Área (m²) Sala de exposições Destinada para apresentações e exposições de pinturas, esculturas, desenho entre outros 402m² Banheiro feminino/ masculino Destinada para higienização pessoal 54m² Auditório Área técnica Descrição Área (m²) Foyer Local onde os 48m² espectadores aguardam o início das apresentação. Área alimentação Local destinado para que os visitantes possam se alimentar no intervalo das apresentações 150m² 2 Salas de reunião Local onde os apresentadores possam se reunir, utilizando para fechar contrato 200m² Sala de convivência Local onde as pessoas possam relaxar com jogos e tv 100m² Camarim Local para a troca de roupa e maquiagem dos apresentadores 60m² Banheiros femininos / masculinos Local para o uso somente dos apresentadores 38m² Área das cadeiras Local para que os visitantes possam assistir as apresentações 662m² Área de circulações Local destinado para que os visitantes possam circular entre as cadeiras 94m² Palco Local onde ocorrem os espetáculos. 75m² Hall de entrada para o auditório Destinado para que os espectadores se encontrem para ir a suas cadeiras 61m² Área de preparação Local para que os apresentadores esperam a sua vez para apresentar 30m² Local para armazenar instrumentos Local onde encontra toda a parte técnica do auditório 43m² Estacionamento Local para os visitantes deixem seus carros 5000m² Áreas Externas Lanchonete Descrição Área (m²) Área de cadeiras Local para os visitantes se acomodarem 129m² Banheiro feminino/ masculino Destinada para higienização pessoal 13m² Cozinha Destinado para preparação e armazenamento de alimentos 28m² Áreas Externas Biblioteca Descrição Área (m²) Área dos livros Local para os visitantes possam escolher os livros desejados 129m² Banheiro feminino/ masculino Destinada para higienização pessoal 43m² Área das cadeiras Local para os visitantes possam ler os livros mais reservados 81m² Área das cadeira aberta Área aberta para a leitura de livros 296m² Área de vegetação Local com vegetações 18733 Área de apresentação externa Local onde poderão haver aulas externas 1000m² Áreas de descanso externa Local onde os alunos possam descansar nos horários sem aula, com vegetação 2000m² Total em m² 27.376m² Área construída: 27.376² Área do terreno: 40.794m² 11 CONCLUSÃO Referente aos processos aqui descritos, a solução adotada para a criação do Centro Cultural mediante as anotações e pesquisas no bairro, conclui-se que os dados levantados mostram que o bairro mesmo com suas aversões em meio ao município de Elói Mendes, pode receber a infraestrutura adequada para criação de tal equipamento público, pois todos os contras citados pelos moradores que se referem as partes negativas do local, estão inseridos em qualquer outra área ou espaço de outras cidades. O intuito de preservar e construir um ambiente mais comunicável e harmonioso vem a partir da interação dos moradores e do incentivo a buscar melhoras para o lugar onde vivem. O centro poderá modificar, movimentando mais a área e dando uma ocupação cultural para os moradores e o incentivo aos adolescentes a não se marginalizarem e procurar novas formas de se ocupar o espaço, através de atividades disponíveis no centro cultural. Com base na aquisição de idealização do projeto e em todas as etapas seguidas para chegar na conclusão de um modelo arquitetônico satisfatório, percebemos o quão amplo são as relações de identificação e personalização de uma área de estudo, levando em conta suas variáveis e seu contexto de expressão social dentro do meio urbano. Percebemos o quão importante são as etapas de estudos e todo o material levantado para garantir uma leitura mais ampla e de fácil entendimento do que se passa dentro de toda a sociedade que envolve o projeto de pesquisa e com isso desenvolver formas que atribuam de modo positivo na elaboração de projetos que possam somar dentro de áreas excluídas e sobrepostas dentro do contexto urbano. 12. REFERÊNCIAS Site abc da cultura <http://www.abc.es/cultura/arte/20130611/abci-ranking- 201306102205.html> Acesso em: 20 mar. 2017. Site barreiros <http://barreiros.arq.br/textos/conceito_equipamentos.pdf>Acesso em: 22 mar. 2017. Site IBGE <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=312360&search;=||infograficos:- informaes-completas.> Acesso em: 22 mar. 2017. Site da cidade de Elói mendes <http://www.eloimendes.mg.gov.br/cont_pag1.asp?pag=41 >Acesso em: 21 mar. 2017. Site concurso de projetos <https://concursosdeprojeto.org/2014/03/22/premiados-centro- cultural-de-eventos-e-exposicoes-de-paraty-rio-de-janeiro/.> Acesso em 20 mar.2017. Site archdaily <http://www.archdaily.com.br/br/search/projects/categories/centro-cultural> Acesso em 19 mar. 2017 Site scielo < http://www.scielo.br/pdf/cm/v17n34/2236-9996-cm-17-34-0503.pdf> acesso em 20 mar. 2017 Site USP <https://www.usp.br/nutau/nutau_2012/2dia/AN%C3%81LISE%20ESPACIAL%20E%20GEST%C3%83 O%20DE%20EQUIPAMENTOS%20P%C3%9ABLICOS%20DE%20EDUCA%C3%87%C3%83O%20SEGURA N%C3%87A%20E%20LAZER%20.pdf. >Acesso em 22 mar. 2017 Site pdf soluções para cidades <http://www.solucoesparacidades.com.br/wp- content/uploads/2013/11/Manual%20de%20espacos%20publicos.pdf > Acesso em 20 mar. 2017 Site Helena Dregrans <https://helenadegreas.wordpress.com/2010/03/12/algumas-tiplogias-de- espacos-livres-publicos-pracas-atrios-largos-patios/ > acesso em 19 mar. 2017 Site archdaily <http://www.archdaily.com.br/br/870892/estacao-da-cultura-presidente-itamar- franco-jo-vasconcellos-plus-rafael-yanni-acustica-and-sonica-plus-jose-augusto-nepomuceno > acesso em 19 mar. 2017 13. ANEXO Planta de situação; Implantação; Planta de cobertura; Planta baixa com mobiliário; Planta baixa cotada; Corte a b; Corte c d; Corte e f; Corte g h; Planta estrutural de pilar; Planta estrutural de fundação; Planta paisagística; Tabela de vegetação;
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