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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
UNIDADE ACADÊMICA DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
PROFESSORA: LÚCIA OLIVEIRA
ESTUDO DIRIGIDO – TEMA: PERSPECTIVAS SOBRE OS RUMOS DA ENFERMAGEM
ALUNO: MARIA LARISSE RIBEIRO DA SILVA
DESENVOLVIMENTO
É difícil predizer com certeza qual será o rumo da Enfermagem, pois ao longo da história grandes transformações ocorreram e que ninguém conseguiu prever com antecipação, então em decorrência disso pode-se afirmar que as perspectivas são quase que infinitas, mas podemos imaginar algumas hipóteses do que poderia acontecer no futuro. Esses cenários imaginários poderiam ser altamente positivos ou altamente desfavoráveis para a profissão. Assim a título de exercício podemos imaginar algumas hipóteses: em um primeiro cenário, com o avanço da tecnologia, não é mais necessário procurar um profissional de saúde para cuidar ou tratar de um problema de doença; em um segundo cenário, uma revolução no sistema de saúde brasileiro, o governo decide privatizar todos os serviços de saúde, assim cada cidadão deve procurar os serviços de saúde que puder e encontrar formas de ser atendido, como por pagamento direto, pelos planos de saúde ou por convênio com empresas. Assim os profissionais das instâncias públicas são transferidos para empresas privadas; Em um terceiro cenário, o governo e empresas investiriam no setor de saúde e educação, somando-se a educação em saúde ao desenvolvimento tecnológico, cada cidadão ainda jovem, é convidado a fazer um mapeamento genético sobre os riscos potenciais de doenças que poderia desenvolver no futuro, podendo assim iniciar um controle preventivo antes que a doença se instale assim os profissionais seriam incentivados a se especializarem em tecnologias sofisticadas de diagnóstico e tratamento; em uma quarta e último cenário, as doenças incuráveis, tornaram-se preveníeis com vacinas eficientes, os profissionais juntos aos serviços desenvolveriam atividades de promoção da saúde e preventivas.
A Enfermagem configura-se como uma ciência que permite a atuação em diversas áreas, seja na prática docente, pesquisa ou assistência exija etapas necessárias para a construção do conhecimento e consolidação da ciência da mesma, assim na maioria dos países, como na Europa, Ásia e África, os enfermeiros da prática institucional não são profissionais de formação superior, em outros países a Enfermagem ainda é vista como uma atividade mais técnica e manual, sem grandes intelectuais. Assim como, por exemplo, na Holanda, para ser professor de enfermagem, há necessidade de formar-se em curso específico para o ensino de enfermagem, de acordo com a matéria que pretende lecionar, não exige assim que seja profissional da mesma área de ensino. Na Europa, não exige que o professor (a) seja pesquisador (a), pois a pesquisa é uma atividade dissociada do ensino. A visão integralista do ensino e pesquisa é uma característica norte-americana, especificamente dos Estados Unidos, e no Brasil, adotamos tal modelo. Do ponto de vista técnico, é o país africano que conta com maiores recursos e pessoal mais qualificado, com programas de mestrado e doutorado em enfermagem. Diante dessa visão sobre a enfermagem nas diversas regiões do mundo, verifica-se que não há existe um padrão nas etapas da construção do conhecimento e consolidação da enfermagem, assim em cada País essa ciência possui sua própria particularidade, seja a forma de ingresso no curso de Enfermagem, como as especializações e ainda a visão de que a enfermagem ainda é vista como uma ativadade técnica e manual, sem grandes intelectuais.
As transformações do mundo em geral trouxeram consequências, especificamente as mudanças ocorridas na economia, sendo algumas positivas como os crescentes e constantes avanços tecnológicos, globalização, tais fatos geraram mudanças nas formas de gerenciamento do trabalho de diversos setores. Mas foram observadas, também, consequências negativas tais quais: o desemprego crescente, o aumento da desigualdade e pobreza, a desqualificação profissional, profissionais sem qualificação necessária e a contratação crescente de mão-de-obra temporária. Então se observa que inúmeros fatores concomitantemente decorrentes da globalização da economia, como consequência desta, constata-se que à necessidade de contenção dos custos com o aumento da demanda, principalmente na redução dos recursos para o setor da saúde (redução quantitativa de hospitais, redução do tempo de permanência de pacientes de leitos hospitalares) não foi acompanhada do estabelecimento de uma infraestrutura na comunidade para receber pacientes, egressos de hospitais. Então cabe um papel importante dos governos de promover uma distribuição equitativa de recursos, acessibilidade de toda a população aos serviços e atualização continuada do pessoal da enfermagem. Diante disso conclui-se que a redução dos gastos, para efetivar a economia não foi acompanhada de estabelecimento de uma infraestrutura adequada, o que torna inviável para a sociedade como um todo.
Há especialidades muito amplas, existe um crescimento desordenado de especialidades, sem um controle central por parte da profissão em sua totalidade, o que poderia conduzir a uma fragmentação dos cuidados de enfermagem. O conselho Internacional de Enfermeiras (CIE), ao examinar essa questão, verificou que seja em nível nacional ou internacional, não há uma uniformidade de alguma relação ao sistema ou critérios para obtenção do título. Diante desse fato, o CIE recomenda fixar normas mínimas, pois não há uma avaliação no âmbito da prática em termos de formação, experiência e desempenho profissional na especialidade, assim estabelecer padrões mínimos para a assistência especializada e um mecanismo regulador para cada especialidade seria uma forma de avaliar a assistência prestada e assim que a mesma possa ser melhorada e aperfeiçoada a cada dia. Em relação à formação de especialistas em outros países, observa-se que em alguns países persiste uma formação totalmente separada entre o enfermeiro com conhecimento teórico adquirido do curso de graduação, esse que têm conhecimentos e habilidades para a prestação da assistência geral e o enfermeiro de formação especialista, esse que foi qualificado para alcançar os resultados desejados na assistência, aperfeiçoando-se diariamente. Assim sendo é preciso reconhecer também que existem forças convergentes muitos grandes que levam ao caminho da especialização, uma vez que precisamos de especialistas altamente qualificados, não apenas em cursos de especialização ou aprimoramento, mas até mesmo de mestrado e doutorado.
 
O pano de fundo sobre o a temática das perspectivas e tendências da enfermagem, tem como propósito de apontar desafios a serem enfrentados pela Enfermagem. Esse caminho responde pelo nome de “home care”, pode ser definido como aquele cuidado à saúde proporcionado as pessoas no seu domicílio. Estudos da Organização Mundial da Saúde Mundial da Saúde demonstram que o modelo home care está associado com melhor qualidade de vida e que a relação custo-benefício é mais favorável nos casos que substituíram longas internações. Assim a atual tendência é a desinstitucionalização de pacientes, com a expansão de serviços residenciais para a assistência; Outra tendência é o programa de treinamento de leigos, denominados cuidadores, para cuidarem em sua própria casa do pessoal enfermo; Outro setor que a Enfermagem deverá pensar a médio ou longo prazo, é imaginar as conquistas que a profissão alcançará, como por exemplo, enfermeiros teriam competência técnica e legal para realizar anestesias e pequenas cirurgias; Por fim o profissional inserido no campo político, apesar de que é uma área em que enfermeiros encontrarem pouca expressão, especificamente no Brasil, porém é uma aspiração pessoal de alguns estudantes que essa posição possa ser alcançada seja a médio ou longo prazo. Em virtude dos fatos mencionados compreende-se que a assistência domiciliar ou modelo home care é uma fortetendência para os rumos da enfermagem, uma vez que esta possui dois lados da moeda, uma que pacientes tratados em casa recuperam-se mais rapidamente e a outra que abraçar o atendimento residencial é essencialmente econômico ou ainda por falta de leitos.
A Lei 9.394/96 em vigor, que, no art.41 dispõe que “o conhecimento adquirido na educação profissional, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos” Esta demanda surgiu da lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB, historicamente, foi a partir de meados da década de 1990 que houve aumento da demanda pela certificação profissional, notadamente em algumas atividades de risco, no serviço de saúde o Ministério da Saúde com o Programa de Profissionalização de Trabalhadores na área da Enfermagem (PROFAE) certificou centenas de milhares de pessoas que trabalhavam em serviços de saúde e hospitais.
Dentro da proposta governamental de certificação profissional a palavra certificação é compreendida como sendo o processo negociado pelas representações dos setores sociais e regulado pelo estado que identifica, avalia e valida os conhecimentos, saberes, competências, habilidades e aptidões profissionais decorrentes da aprendizagem permanente e de promoção do acesso ao mundo do trabalho. Segundo Caldas (2005) é o reconhecimento formal dos conhecimentos, habilidades, atitudes e competências dos indivíduos requeridos pelos sistemas produtivos tomando como base padrões previamente estabelecidos. Destina-se a promover a validação e reconhecimento dos saberes dos trabalhadores, articulando-os à diplomação e programação e cursos da educação formal. Apresenta, assim, melhor organização do mercado de trabalho que toma como base as funções do trabalho, destinando-se a promover a validação e reconhecimento dos saberes dos trabalhadores, articulando-se à diplomação e a programação e cursos da educação formal.
No contexto contemporâneo da avaliação da qualidade em saúde, especialmente no âmbito hospitalar, tem-se dado destaque para o sistema de acreditação, que é definido como estratégia sistemática, periódica, reservada e, por vezes, voluntária, na qual seus métodos propiciam avaliar a qualidade dos serviços mediante padrões previamente definidos. Mediante tal avaliação, a acreditação pode ou não resultar em uma certificação. Assim acredita-se que proporcione segurança para os pacientes e profissionais, melhoria na qualidade da assistência e constitua um útil instrumento de gerenciamento. Cabe aludir que a acreditação, para produzir melhorias na qualidade da assistência, exige trabalho interdisciplinar e superação da atenção fragmentada. Nessa perspectiva, para viabilizar a qualidade almejada, é preciso que os profissionais internalizem a lógica do cuidado integral e considerem o usuário como foco do processo de atendimento.
 A certificação visa validar o conhecimento do enfermeiro sobre sua especialidade e atestar que o profissional preenche os requisitos técnicos nacionalmente estabelecidos. Diante disso a certificação está ligada a Capacitar para o exercício das atividades profissionais, orientar a formação/força de trabalho com otimização dos recursos, pois informar e orientar a formação e as possibilidades de emprego, avaliando e acreditando as competências necessárias para esse exercício profissional e a empregabilidade, tanto na aprendizagem formal como na informal, além de constituir um instrumento de avaliação da formação e da situação da instituição empregadora. Nessa perspectiva, para viabilizar a qualidade almejada ,o objetivo primordial dessa estratégia ou sistema de gestão da qualidade é viabilizar a educação permanente em toda a organização de saúde e isso quer dizer que não se almeja a atuação fiscalizadora.

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