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Dir. Administrativo - PDF

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Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública
Organização da Administração 
Pública
1 – Formas de prestação da atividade 
administrativa
2 – Administração Direta
3 – Administração Indireta
IMPORTANTE – Baixe as noções 
preliminares de Dir. Administrativo 
clicando aqui >> http://bit.ly/1upxwv9
1 – Formas de prestação da atividade 
administrativa
a) Prestação centralizada (direta)
A prestação centralizada é aquela que é exercida pela 
Administração Pública Direta (União, Estados, Distrito 
Federal, Municípios).
b) Prestação descentralizada (indireta)
Não confundir descentralização com desconcentração:
Descentralização: Delegação para a Administração 
pública indireta ou para particulares (Nascem novas 
Pessoas Jurídicas, sem hierarquia e subordinação mas 
com controle e fiscalização.
Desconcentração: Mesma pessoa jurídica (Requisitos: 
Hierarquia e subordinação) Ex. Secretaria de saúde
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública
Nota: Fundações Públicas de Direito Público 
também são espécies de autarquias. Fundações 
Autarquicas.
Descentralização
Formas de descentralização:
a) Outorga – Transfere titularidade e execução.
Quem? Apenas Autarquias e Fundações Públicas 
de Direito Público.
b) Delegação – Se transfere apenas a execução.
Quem? Os demais entes.
Entes da Adm. Pública Indireta:
• Autarquias (Púb)
• Fundações Públicas (Priv ou Púb)
• Empresas Públicas (Priv)
• Sociedades de Economia Mista (Priv)
Só quem transfere a 
titularidade é a Lei
Por contrato, concessão ou permissão. 
OU por Ato Admin. para as autorizadas 
(taxi, despachante etc)
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública
Apenas eles possuem Capacidade Política
(Aptidão para legislar, para produzir os atos
normativos dotados de alto grau de
generalidade e abstração.
2 – Administração Direta (Centralizada)
Compõe a Administração Pública Direta:
• União
• Estados
• Distrito Federal
• Municípios
É a própria Constituição Federal que traz estes 
entes.
Pessoas ou Entes 
Políticos ou Entes 
Federados
Deslocamento INTERNO de 
Competências
Presidente
Ministros
Diretorias
União
Estado X Agentes
Três teorias:
Mandato
Representação
Órgão/Imputação
Não há criação de 
nenhum novo órgão.
Mandato: Não, pois a Pessoa Jurídica, sozinha, não 
poderia emitir procuração.
Representação: O Agente Público representa o Estado. 
Teoria também não adotada, uma vez que o Estado tem 
capacidade para responder por seus próprios atos.
Órgão/Imputação: Teoria idealizada por Otto Gierke, em 
que se imputa ao Estado os atos praticados por seus 
agentes. Esta é a teoria em vigor no Brasil. Presentação do Estado
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública
Órgãos Públicos
Conceito: São núcleos ou centros especializados 
de competência.
Características dos órgãos públicos:
- Os órgãos públicos não possuem 
Personalidade Jurídica própria;
- Não respondem por seus próprios atos;
- Não podem assinar contrato;
- Podem ir a juízo (Personalidade Judiciária) para 
defender suas prerrogativas, atribuições ou 
competências)
- Podem ter CNPJ (Instrução Normativa 
1005/10 da Receita Federal)
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública
3 – Administração Indireta
Quem? 
• Autarquias
• Fundações (Púb. ou Priv.)
• Empresas Públicas
• Sociedade de Economia Mista (S/A)
Esses entes são chamados de Entes Administrativos 
ou Pessoas Administrativas.
Características
- Personalidade Jurídica Própria
POSSUI patrimônio e receita próprios;
RESPONDE pelos seus próprios autos;
POSSUI Autonomia Técnica, Administrativa e 
Financeira (TAF)
- LEI no processo de criação
- Finalidade específica (Princípio da Especialidade)
- Sem finalidade lucrativa (Art. 137 da CF)
- Não sofrem hierarquia da Admin. Púb. Direta
Se não há hierarquia, como é feito o controle? O 
judiciário controlará quando anula atos ilegais, o Poder 
Legislativo controla através das CPI’s, enquanto o 
Executivo supervisiona o uso dos recursos destinados 
para cada um desses entes.
4 - DAS PESSOAS ADMINISTRATIVAS
A) Fundação 
Conceito: É o patrimônio personalizado destacado por 
um fundador para uma finalidade específica.
Fundador Particular = Privada
Fundador Público = Pública
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública
ATENÇÃO: A fundação pública poderá ser tanto 
Fundação Pública de Direito Público quanto Fundação 
Pública de Direito Privado.
A Fundação Pública de Direito Público é uma espécie 
de autarquia. Seu regime é de Direito Público
(Fundação Autárquica ou Autarquia Fundacional)
Por outro lado, a Fundação Pública de Direito Privado, 
possui seu regime predominantemente privado.
B) Autarquias 
Conceito: É pessoa jurídica de direito público da 
administração pública indireta que possui como 
finalidade a prestação de serviços públicos, 
desenvolvendo atividades típicas de Estado.
Características = Todas as vistas anteriormente e que se 
aplicam a todos os entes da administração.
Regime Jurídico
Muito próximo ao da Adm. Púb. Direta. Só não pode 
Legislar (Não possui capacidade política).
• Os seus atos poderão ser considerados atos 
administrativos;
• Os contratos celebrados também serão contratos 
administrativos;
• Possui responsabilidade objetiva(art. 37, §6º da CF);
DERROGAÇÃO x AB. ROGAÇÃO
Derrogação = Revogação Parcial
Ab. Rogação = Revogação Total
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública
• Os seus bens serão considerados bens públicos;
• Regime dos servidores das autarquias:
Autarquia Federal – Regime Único = Estatuto
Autarquia Estadual – Regime Único – CLT
Exemplos de autarquias:
- Universidades Federais;
- INSS;
- IBAMA;
- INCRA;
- Conselhos de Classe.
- Etc.
B) Empresas Púbicas e S/A’s (Empresas estatais)
Características em comum entre EP e S/A.
1ª - São pessoas jurídicas de direito privado;
2ª - Regime Híbrido (Derrogado);
3ª - Podem atuar tanto na Prestação de serviço Público 
quanto na Exploração de Atividade Econômica;
Empresa Pública Sociedade de economia mista
Capital 100% Público Capital Misto (min. De 50%+1 de Púb)
Qualquer modo de composição Somente na forma de Sociedade Anônima
Competência da Justiça Federal Competência da Justiça Estadual
Características DIVERGENTES entre EP e S/A
DICA: 
Se a empresa Pública ou Sociedade de Economia mista for Prestadora de Serviço Público, estará muito mais próximo de um 
regime público. Se, no entanto, for Exploradora de Atividade Econômica, seu regime estará mais próximo do regime privado.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Organização da Administração Pública
Regime Jurídico
a) Regime Falimentar
As EP’s e Sociedades de Economia Mista podem ou 
não podem ir a falência?
Celso Antonio Bandeira de Mello adota o 
posicionamento de que enquanto prestadoras de 
serviço público, não cabe falência. Mas quando 
exploradoras de atividade econômica, sim.
Todavia, não é esse o entendimento que prevalece 
para a maioria das provas. A Nova Lei de Falências 
(11.101/05) prevê que não cabe a aplicação da norma 
das falências para EP’s ou Sociedades de Economia 
Mista, não importando o tipo de exploração.
b) Responsabilidade
Se prestadora de serviço público = Responsabilidade 
Objetiva – O ente que criou a empresa estatal responde 
subsidiariamente.
Se exploradora de atividade econômica = 
Responsabilidade Subjetiva (O Estado não responde 
subsidiariamente)
c) Regime de pessoal
Legal/Estatal = Cargo = Pessoa Pública
Celetista/Contrato = Emprego = Pessoa Pública ou 
Pessoa PrivadaDireito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da Administração
Princípios do Dir. Administrativo
Princípios Explícitos
- Princípio da Supremacia do interesse público –
Havendo necessidade o Estado toma medidas 
restringindo o direito do individual em prol do 
interesse público.
- Indisponibilidade do Interesse Público – O 
administrador público não pode dispor do 
interesse público. (Limitação do Estado – Ex. 
licitação, concurso público etc.)
É possível afirmar que todos os princípios derivam 
desses. E, também, que todos decorrem da 
constituição (expressamente ou implicitamente).
Princípios expressos - Art. 37 da CF
LIMPE
Legalidade - Impessoalidade – Moralidade –
Publicidade - Eficiência
Legalidade
O Administrador só atuará quando a lei autorizar. É a 
subordinação à lei.
Impessoalidade
Não discriminação. É a total ausência de subjetividade.
Sob a ótica do agente público, não é ele que atua, mas 
o Estado através dele.
Princípio da Moralidade
Honestidade – Boa-fé – não corrupção – lealdade na 
atividade pública.
Ex.: 1) Ato obsceno em repartição pública = Moral 
Social 2)Desvio de Verba = Moral Pública)
Princípio da Publicidade
Transparência; a divulgação é uma forma de controle 
dos atos da administração pelo cidadão. É requisito 
de Eficácia (Ex. Placa de trânsito)
É absoluto? Não. Em alguns casos os atos são 
sigilosos (intimidade – vida privada – honra – seg. 
nacional)
ATENÇÃO
Não se confunde com Publicação. Não há 
obrigatoriedade de haver uma publicação, mas que 
os dados estejam disponíveis ao público.
Princípio da Eficiência
Produtividade, busca por resultados , por alcançar 
resultados positivos com o 
mínimo de gastos (EC 19/98). Norma de eficácia plena; 
independe de regulamentação infraconstitucional. 
Art. 41 da CF – Estágio Probatório
Outros princípios (implícitos)
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa 
Art. 5, LV da CF
Contraditório é o direito de saber o que acontece no 
processo, ampla defesa é o direito de se manifestar. 
Inerente a ampla defesa temos direito a defesa prévia, 
defesa técnica e duplo grau de jurisdição
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da Administração
Ampla defesa no Processo Administrativo
Defesa prévia: Manifestar-se antes de uma decisão.
Defesa técnica: Não necessita (advogado) 
Súmula Vinculante nº 5
A falta de defesa técnica por advogado no processo 
administrativo disciplinar não ofende a Constituição
Duplo grau de jurisdição: Recurso
Súmula Vinculante nº 21
É inconstitucional a exigência de depósito ou 
arrolamento prévios de dinheiro ou bens para 
admissibilidade de recurso administrativo.
Princípio da Razoabilidade/Proporcionalidade
Atuação conforme o padrão do homem médio, usar da 
margem de interpretação da lei para aplica-la se valendo 
do razoável.
A proporcionalidade é adequação entre os fins e meios. 
(Ex. Aplicação de pena)
Já caiu em Concurso:
“Não se abatem pardais com canhões.”
De que princípio está sendo destacado nesta frase?
Princípio da Continuidade – (Lei 8.987/95)
A Administração presta um serviço ininterrupto, não pode 
interromper a prestação da atividade administrativa, do 
serviço público. 
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da Administração
Servidor público tem direito de greve? Por
esse princípio, o servidor público só tem direito de
greve em alguns casos (Ex: O militar não tem direito
a greve, nem a sindicalização, a CF proíbe
expressamente – Art. 143 da CF )
Lei específica é que trata do Dir. de Greve do Servidor
Público, não por lei complementar.
Essa Lei específica ainda não existe, e por ser norma
constitucional que garante a greve uma norma de
eficácia limitada, aplica-se por analogia a lei de greve
civil.
ATENÇÃO: Dias parados não serão remunerados,
porém, posterior a greve o servidor poderá
compensar as horas. Esse tem sido o entendimento
do STJ.
Exceção de contrato não cumprido (exceptio
non adimpleti contractus)
É permitida a interrupção do serviço desde que o
inadimplemento da administração ultrapasse os 90 dias
(art.78, XV da Lei 8.666). Os primeiros 90 dias o particular
tem que suportar em face ao Princípio da Continuidade.
Também é possível interromper a prestação do serviço
público por inadimplemento contratual (art.6º, §3º, Lei
8.987/95), ou por motivo de ordem técnica desde que,
nos dois casos, seja uma situação de emergência ou haja
um prévio aviso.
No entanto, por motivo de inadimplemento, não se pode
paralisar um serviço essencial à coletividade, mesmo com
o prévio aviso (Ex: energia em hospital pú(O STJ tem
entendido que a iluminação pública é serviço essencial a
segurança da coletividade).
blico).
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da Administração
Princípio da Autotutela (Sindicabilidade) –
(Súmula 473 do STF)
Poder-dever que a Administração tem de controlar
seus próprios atos. Garantia constitucional implícita.
Pode ser exercida de ofício, a administração pode se
tutelar. independentemente de provocação.
Ex.: Revogação (Conveniência e oportunidade) e
Anulação (Vício)
ATENÇÃO:
Não impede o controle judicial (não impede que
alguém recorra ao Judiciário para fazer o controle dos
atos da administração).
Princípio da Motivação
Dever de fundamentar os atos da Administração Pública,
todo ato administrativo deve ser justificado e motivado,
apontando- lhes os fundamentos de direito e de fato,
assim como a correlação lógica entre os eventos e
situações existentes que deram razões a providência
tomada.
Há certas exceções: Ex.: Exoneração de servidor em cargo
de comissão.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da Administração
Supremacia do interesse público
sobre o interesse privado
Basicamente, significa que o interesse público
prevalece sobre o interesse do particular.
No eventual choque entre interesse primário e
interesse secundário, deverá prevalecer o
interesse público primário. (Ex. Arrecadação
confiscatória: Arrecadar pode ser bom para os
cofres da Administração, mas não é benéfica
para o cidadão.)
Obs.: A CF proíbe a arrecadação tributária com
fins confiscatórios.
Indisponibilidade do interesse público
O Administrador não poderá dispor de um direito 
que não é seu, mas, sim, da coletividade a qual ele 
representa.
Ex.: Contratar sem observar as regras legais. 
Contratar servidor sem concurso público. Policial 
que pratica crime de prevaricação.
Isonomia
Justiça em igualdade de Direitos. Ex. Prova de 
Concurso Público.
Requisitos para discriminação em concurso 
público: Previsão na lei da Carreira; Previsão no 
Edital; Compatível com a natureza do cargo.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da Administração
Supremacia do interesse público
sobre o interesse privado
Basicamente, significa que o interesse público
prevalece sobre o interesse do particular.
No eventual choque entre interesse primário e
interesse secundário, deverá prevalecer o
interesse público primário. (Ex. Arrecadação
confiscatória: Arrecadar pode ser bom para os
cofres da Administração, mas não é benéfica
para o cidadão.)
Obs.: A CF proíbe a arrecadação tributária com
fins confiscatórios.
Indisponibilidade do interesse público
O Administrador não poderá dispor de um direito 
que não é seu, mas, sim, da coletividade a qual ele 
representa.
Ex.: Contratar sem observar as regras legais. 
Contratar servidor sem concurso público. Policial 
que pratica crime de prevaricação.
Isonomia
Justiça em igualdade de Direitos. Ex. Prova de 
Concurso Público.
Requisitos para discriminação em concurso 
público: Previsão na lei da Carreira; Previsão no 
Edital; Compatível com a natureza do cargo.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Princípios da AdministraçãoDireito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público
Agentes Públicos
Generalidades e Conceito
- Quem é o Agente Público? É todo aquele 
que com ou sem remuneração, com ou 
sem caráter de permanência exerce um 
cargo, emprego ou função por mandato, 
por eleição, nomeação, designação, por 
qualquer vínculo.
- Classificação dos Agentes Públicos
a) Agentes Políticos
O Agente político tem a força de constituir 
a vontade do ESTADO.
- Chefes do Poder Executivo
- Auxiliares Imediatos dos Chefes do Exec.
- Membros do legislativo
- Magistrados e membros do MP
[Regime Jurídico]
Se os direitos do trabalhador estão previstos 
na:
Lei + Constituição = Legal/Estatutário – Cargo 
Público (Pessoa Jur. de Dir. Pública)
CLT + Contrato = Celetista/Contratual –
Emprego Público (Pessoa Pública ou Pessoa 
Jurídica de Direito Priv.)
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público
b) Servidor Estatal
Servidor Estatal é todo aquele que atua no 
estado.
Pode ser:
- Servidor Público
- Servidor de Ente Governamental de 
Direito Privado 
1) Servidor Público
Exerce atividade para a Administração Direta 
ou para a Administração Indireta de Direito 
Público (Autarquias e fundações públicas de 
direito público).
[Regime Jurídico]
Regime Jurídico Único= Legal/Estatutário 
A administração direta determina o regime 
jurídico.
2) Servidor de Ente Governamental de Direito 
Privado
Atua em Pessoa Privada. Ou seja, não é 
servidor público, e, consequentemente, não 
possui cargo público, mas, sim, emprego .
Emprego Público. 
Ex. Trabalhador do Banco do Brasil, Petrobras etc..
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público
Em alguns aspectos se equipara com 
servidor público:
- Concurso Público;
- Não acumulação de cargos e empregos;
- Teto remuneratório;
- Improbidade Administrativa;
- Func. Públicos para fins penais;
- Autoridades públicas para remédios 
constitucionais.
E a dispensa, precisa ser motivada? Sim.
c) Particulares em colaboração
Particular que exerce função pública de 
algum modo.
Podem ser:
- Requisitados; 
- Voluntários; 
- Atos oficiais; Ex. MS em face de Dirigente 
de Universidade Privada
- Concessionárias e Permissionárias
- Locação Civil
Acessibilidade
É a aplicação do Princípio da Ampla 
Acessibilidade. Art. 37 da CF
O Cargo Público é de AMPLA acessibilidade.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público
I - os cargos, empregos e funções 
públicas são acessíveis aos brasileiros 
que preencham os requisitos 
estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei;
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público
Regra geral para o acesso : Concurso 
Público
Exceções:
- Cargos eletivos;
- Cargo em comissão (Demissível ad nutum)
- Temporários
Prazo de validade do Concurso
Será de ATÉ dois anos, prorrogável uma vez 
por igual período.
Existe direito subjetivo à nomeação? Em 
regra há uma expectativa de direito. Porém, 
quando aprovado dentro das vagas, existe 
direito subjetivo, bem como quando for
preterido em concurso público (ex.: Ser 
aprovado fora das vagas e chamarem alguém 
pior posicionado que você.) RE 227480
ATENÇÃO: Qualquer pessoa pode exercer 
cargo em comissão, desde que respeitado o 
número mínimo de cargos efetivos. Variando 
de 10% a 20% a depender da estrutura.
ATENÇÃO: Não confundir Função de 
Confiança com Cargo em Comissão.
Função de confiança só é exercida por quem 
já possui cargo público.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público
V - as funções de confiança, exercidas
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento;
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público
II - a investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração;
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público
Posso fazer novo concurso público ainda válido o
concurso anterior?
MUITA ATENÇÃO
SIM! Após a publicação da Emenda Constitucional 19 de 98, que é 
posterior a publicação da Lei 8.112/90 (art. 12, §2º), que alterou o 
artigo 37 da Constituição Federal é possível, desde que respeitada a 
ordem de classificação.
Dessa forma, é necessário que sejam chamados todos do concurso 
anterior antes de chamar o do novo concurso.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público
Estabilidade
Art. 41 da CF
Requisitos:
- Aprovação em Concurso Público para 
Cargo Efetivo;
- 3 anos de efetivo exercício;
- Aprovação em avaliação especial de 
desempenho;
Perda
Hipóteses:
- Decisão Judicial transitada em Julgado;
- Condenação em Processo Disciplinar que 
respeite o contraditório e ampla defesa;
- se não aprovado na avaliação periódica de 
desempenho, assegurada ampla defesa e 
contraditório.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público
São estáveis após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude
de concurso público. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em 
julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja 
assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de 
desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada ampla defesa. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos
ATOS ADMINISTRATIVOS
1 – Conceito e Generalidades
2 – Elementos ou Requisitos
3 – Os elementos nos atos vinculados 
e discricionários
4 – Atributos ou características
5 – Formação
6 – Extinção
FATO JURÍDICO X ATO JURÍDICO
Fato é um acontecimento do mundo que 
vivemos.
Ato é uma manifestação de vontade.
Todo Fato e Ato são jurídicos? Não.
Ato fora do Direito
Ato Jurídico
Ato Admin.
IDEM FATOS
Ex. Casar
Ex. Posse
Ex. Estacionar o meu carro
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos
Diferenças entre ATO e FATO:
ATO – Manifestação de vontade/ goza de 
presunção de legitimidade, legalidade e 
veracidade/ pode ser anulado ou revogado.
FATO – Acontecimento do mundo em que 
vivemos / não goza de presunção de 
legitimidade, legalidade e veracidade / não 
pode ser anulado ou revogado.
TODO o ato da administração pública será 
um ato administrativo? 
REGIME
Ato da Administração
Reg. Privado
Mero Ato da Adm.
Reg. Público
Ato Administrativo
Irá depender do REGIME JURÍDICO
Manifestação de Vontade da 
Administração Pública que pode 
ou não estar submetida ao Reg. 
Jurídico de Dir. Público.
Ex. Desapropriação
Ex. Locação de imóvel
ATENÇÃO: SE O ATO FOR PRATICADO POR
CONCESSIONÁRIA, ESTE VÍNCULO JURÍDICO
PÚBLICO PERMITE QUE SEJA CONSIDERADO
ATO ADMINISRTATIVO.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos
2 - ELEMENTOS OU REQUISITOS DO 
ATO ADMINISTRATIVO
São requisitos ou elementos para existência 
de um ato administrativo válido.
Art. 2ª da LAP (Lei da Ação Popular – 4717/95)
São eles:
- Sujeito competente;
- Forma
- Motivo
- Objeto
- Finalidade
Sujeito [Competente]
- Agente Público
- Capaz
-Não impedido ou suspeito
Em regra os atos praticados por incapazes serão 
anulados. Salvo se se tratar de atos vinculados e que 
estejam presentes os requisitos de validade.
Competência
- Exercício Obrigatório
- Irrenunciável
- Imodificável
- Não admite transação
- Imprescritível
- Improrrogável
- Delegável em algumas situações e vedadas em outras
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos
Poderá ser delegada, porém está 
proibida por lei em três ocasiões:
Lei 9784/99 (Proc. Administrativo no Âmbito Federal)
- Competência Exclusiva
- Atos de caráter normativo
- Decisão em recurso administrativo
Forma
É a exteriorização do ato. Em regra será 
solene. Pois vigora o Princípio da Solenidade 
das Formas.
Será em regra:
• Solene
• Por escrito (Verbal com previsão legal – art. 60, 
§ú, da Lei 8.666)
• Motivação (Salvo, por exemplo, exoneração de 
cargo em comissão)
Motivo – Passado
Objeto – Presente
Finalidade – Futuro
Motivo
Fato e fundamento jurídico que leva a prática 
do ato.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos
O motivo deve ser válido, ou seja, estar 
conforme a Lei. Esta legalidade se fará 
presente se ele for:
(Requisitos)
- Verdadeiro (Materialidade);
- Compatível com a Lei;
- Compatível com o resultado prático do 
ato;
Teoria dos motivos determinantes – É a 
teoria que vincula o administrador aos 
motivos declarados para prática de um ato.
ATENÇÃO – TREDESTINAÇÃO - DESAPROPRIAÇÃO
TREDESTINAÇÃO LEGAL É A MUDANÇA DE MOTIVO 
DA DESAPROPRIAÇÃO, AUTORIZADA PELO 
ORDENAMENTO, E QUE POR ISSO NÃO IMPLICA 
VIOLAÇÃO À TEORIA DOS MOTIVOS 
DETERMINANTES.
OBJETO
Objeto significa nada mais do que o resultado 
prático do ato. É aquilo que o ato faz em si mesmo. 
O que ele autoriza, certifica, atesta. É o ato 
considerado em si mesmo. 
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos
Ex. Peço licença para construir. O poder 
público diz: concedo a licença. O “concedo a 
licença” é o objeto, é o resultado prático 
desse ato, seu efeito jurídico imediato. 
ELEMENTOS DO OBJETO
LÍCITO – é o objeto que está previsto e 
autorizado na lei (p/ o Dir. Adm.; não p/ o 
Dir. Civil). 
POSSÍVEL – é o objeto faticamente possível. 
Ex. promoção de servidor falecido não dá 
(salvo na área militar). 
DETERMINADO – é o objeto cujos aspectos 
já estão definidos. Ex. desaproprio o imóvel 
X; nomeio Maria para o cargo Y. 
FINALIDADE
A finalidade é o bem jurídico que se quer proteger. 
E quando nós pensamos em finalidade, essa 
precisa ser sempre uma razão de interesse público. 
Falamos em finalidade enquanto razão única para 
prática do ato, e essa razão é, justamente, o 
interesse público. 
Todo ato administrativo tem que ter como base 
uma razão de interesse público. E a doutrina 
chama de efeito jurídico mediato. 
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Agente Público
Motivo = tumulto / objeto = dissolução / 
finalidade = proteger segurança e bens públicos.
No segundo, temos: 
Motivo = poluição / objeto = fechamento / 
finalidade = proteção do meio ambiente. 
MOTIVO x FINALIDADE
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos
OUTRA DIDÁTICA
Motivo – é aquilo que provoca a prática do 
ato, que vem antes da prática do ato 
(tumulto, poluição). 
Objeto – é o ato em si mesmo, o que está 
no presente (dissolvo a passeata, fecho a 
fábrica). 
Finalidade – é olhando para frente, pro 
futuro, e se perguntando: com esse ato, o 
que é que eu quero proteger? 
Atrás ou passado = motivo / presente = 
objeto / futuro = finalidade. 
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos
ELEMENTOS DOS ATOS VINCULADOS E DISCRICIONÁRIOS
VINCULADOS DISCRICIONÁRIOS
Sujeito Competente Vinculado Vinculado
Forma Vinculado Vinculado
Motivo Vinculado Discricionário
Objeto Vinculado Discricionário
Finalidade Vinculado Vinculado
Nos atos vinculados todos os elementos estarão previstos em LEI.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos
MÉRITO (OBJETO + MOTIVO) NOS ATOS 
DISCRICIONÁRIOS
É a possibilidade de avaliar, dispor, sobre a 
conveniência e oportunidade para a pratica 
do ato. Por essa razão atinge diretamente o 
Objeto e o Motivo.
Ex. O exemplo é a permissão de uso da 
calçada para a colocação de mesas 
(permissão de uso de bem público). 
Neste caso, o administrador, num juízo de 
valor, conveniência e oportunidade, 
analisará se a rua é tranquila, ou não 
(motivo), e deferirá o pedido, ou não 
(objeto). 
ATENÇÃO
FORMA E FINALIDADE SÃO ELEMENTOS 
VINCULADOS, MAS QUANDO A LEI DER 
ALTERNATIVAS ELES PODEM SER ELEMENTOS 
DISCRICIONÁRIOS. POSIÇÃO DE CELSO ANTONIO 
BANDEIRA DE MELLO ADOTADA NO CONCURSO 
DO MP/BA. 
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ATRIBUTOS OU CARACTERÍSTICAS DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS
Relembrando para não confundir.
D.A.C – Atributos do Poder de Polícia
Discricionariedade, Autoexecutoriedade e 
Coercibilidade 
P.A.T.I – Atributos ou características dos Atos 
Administrativos
Presunção de legitimidade
Autoexecutoriedade
Tipicidade
Imperatividade
CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO
Manifestação de vontade do Estado ou de quem 
lhe represente (ex. concessionaria) que tem por 
finalidade criar, alterar e extinguir direitos, 
submetido ao regime jurídico de direito público, 
perseguindo o interesse público.
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE
É também presunção de legalidade e veracidade 
do ato. A legitimidade tem relação com a moral; A 
legalidade, que tem coerência legal; A veracidade 
como compatibilidade com a verdade.
Essa presunção é ABSOLUTA ou RELATIVA? Relativa 
(Juris Tantum).
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IMPERATIVIDADE (=COERCIBILIDADE)
Imperatividade significa que os atos são 
obrigatórios, são imperativos e devem ser 
observados. 
NORMALMENTE, A IMPERATIVIDADE VAI 
APARECER NOS ATOS ADMINISTRATIVOS QUE 
CONSTITUEM OBRIGAÇÃO. 
AUTOEXECUTORIEDADE
É a possibilidade da Administração Pública 
praticar seus atos sem a anuência do Poder 
Judiciário.
Para uma parte da doutrina ela se divide em:
- EXIGIBILIDADE = decidir sem o Poder 
Judiciário. 
- EXECUTORIEDADE = executar – colocar a 
mão na massa – sem a presença do Poder 
Judiciário. 
Por exemplo
Quando é que o administrador anula um ato 
administrativo? Em que situação
há anulação de ato? Se eu tenho ato ilegal, ele 
vai ser anulado.
Violação de natureza grave = Demissão.
Para cada situação haverá um ato 
administrativo correspondente. 
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TIPICIDADE
A tipicidade foi definida, inicialmente, por DI 
PIETRO. 
Tipicidade para o Direito Administrativo é 
como se pudéssemos dizer, num sentido 
figurado, que cada ato administrativo 
correspondesse a um tipo penal. 
Eu não posso aplicar o ato para qualquer 
coisa. Eu só posso utilizar aquele ato 
administrativo a uma situação determinada.
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FORMAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
• Perfeição (Existência)
• Validade
• Eficácia
- PERFEIÇÃO – situação em que o ato 
administrativo concluiu o seu ciclo de 
formação. 
- VALIDADE – situação em que o ato 
administrativo foi praticado em perfeita 
harmonia, concordância e obediência ao 
ordenamento jurídico. 
- EFICÁCIA – situação em que o ato 
administrativo está apto à produção dos seus 
efeitos 
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos
2. DESAPARECIMENTO 
a) Do SUJEITO = falecimento da pessoa natural 
ou extinção da pessoa jurídica. 
b) Do OBJETO = desaparecimento do terreno 
de marinha. 
3. RENÚNCIA= titular que abre mão da licença 
para construir adquirida. 
4. RETIRADA DO PODER PÚBLICO 
EXTINÇÃO OU DESFAZIMENTO DOS ATOS 
ADMINISTRATIVOS 
Em síntese, temos como hipóteses de 
desfazimento ou extinção dos atos 
administrativos: 
1. CONCLUSÃO 
a) Do OBJETO = término da construção de uma 
obra (ex. escola). 
b) Do PRAZO = término da licença de três anos 
para tratar de interesse particular. 
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2. DESAPARECIMENTO 
a) Do SUJEITO = falecimento da pessoa natural 
ou extinção da pessoa jurídica. 
b) Do OBJETO = desaparecimento do terreno 
de marinha. 
3. RENÚNCIA = titular que abre mão da licença 
para construir adquirida. 
EXTINÇÃO OU DESFAZIMENTO DOS ATOS 
ADMINISTRATIVOS 
Em síntese, temos como hipóteses de 
desfazimento ou extinção dos atos 
administrativos: 
1. CONCLUSÃO 
a) Do OBJETO = término da construção de uma 
obra (ex. escola). 
b) Do PRAZO = término da licença de três anos 
para tratar de interesse particular. 
b) CADUCIDADE
Caducidade também significa a retirada de um 
ato pelo poder público, mas em razão de uma 
norma jurídica que impede que o ato continue 
existindo. 
O exemplo é da permissão de uso de bem 
público para instalação de circos na cidade. É 
corriqueiro que o poder público deixe um 
terreno para o circo que toda vez que chega 
fica no mesmo local. Ocorre que, 
posteriormente, vem a lei do plano diretor e 
estabelece que nesse terreno, agora, nós 
teremos avenida. Assim, o ato de permissão 
deixa de existir através do instituto da 
caducidade. 
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4. RETIRADA DO PODER PÚBLICO 
É a situação em que o Poder Público não mais 
precisa do ato, quer retirá-lo.
a) Cassação
b) Caducidade
c) Contraposição
d) Anulação
e) Revogação
a) CASSAÇÃO 
Cassação é a retirada de um ato administrativo 
pelo poder público em razão do 
descumprimento das condições inicialmente 
impostas. 
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c) CONTRAPOSIÇÃO 
Na contraposição nós temos dois atos 
administrativos, sendo que o segundo elimina 
os efeitos do primeiro.
Se um servidor é demitido do serviço público, 
a demissão elimina os efeitos da nomeação. 
São dois atos administrativos, sendo que o 
segundo exclui e elimina os efeitos do 
primeiro. 
TABELA NO PRÓXIMO SLIDE
ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos
ESPÉCIES CAUSAS EFEITOS QUEM PODE?
ANULAÇÃO Vinculados e 
discricionários
Ilegalidade ou 
ilegitimidade
EX-TUNC Poder Judiciário/
Administração
REVOGAÇÃO Discricionários Inconveniência e 
inoportunidade
EX-NUNC Administração
ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO
Exceção: Atos ampliativos. Ex. Pedido 
de licença para cursar pós-graduação. A 
administração concede o aumento 
salarial sem verificar que na verdade 
não havia sido concluído o curso. 
Durante todo esse tempo houve 
percepção do abono, porém havia boa-
fé do servidor. Não precisará devolver 
os valores percebidos, pois decorreram 
de erro da própria administração.
Atos que 
aumentam os 
direitos dos 
servidores.
Ex-nunc
ATENÇÃO:
NENHUM poder poderá revogar ato 
administrativo praticado por outro poder.
OBSERVAÇÃO:
Independentemente do poder e da função que ele exerça, 
ele poderá revogar os seus próprios atos.
Ex.: O Poder Legislativo tem como função primordial 
legislar, no entanto, administra a sua própria estrutura 
(função atípica) e sobre esses atos ele poderá revogar.
Art. 54. O direito da Administração de anular os 
atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os destinatários decai em cinco 
anos, contados da data em que foram 
praticados, salvo comprovada má-fé.
REVOGAÇÃO
Não há prazo para revogação. Pode ocorrer a 
qualquer tempo.
Atos vinculados, atos que produzem direitos 
adquiridos e atos jurídicos perfeitos não 
podem ser revogados.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Atos Administrativos
PRAZOS PARA ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO
ANULAÇÃO
Inicialmente, em regra, não há prazo para 
anulação de ato.
A lei 9.784/99 (art. 54) – processo 
administrativo – diz que para a administração, 
quando este ato atingir direitos, atingir 
interesses, esse prazo de anulação será de 5 
anos. 
Qual a saída se já se passaram 5 anos? O que 
faz a administração agora? A única saída 
agora é a via judicial. Isso porque o seu poder 
de auto-tutela tem limite de 5 anos 
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
1 – CLASSIFICAÇÃO
2 – SISTEMA DE CONTROLE
3 – CONTROLE ADMINISTRATIVO
4 – CONTROLE LEGISLATIVO
5 – CONTROLE JUDICIÁRIO
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração
SISTEMA ÚNICO
É o sistema inglês, que também é adotado no Brasil. Neste sistema só quem pode
julgar com o caráter de coisa julgada material é o judiciário. Isso, todavia, não
impede ou afasta o controle da Administração, o chamado contencioso
administrativo. Mas pela inafastabilidade da jurisdição, quem dá a última palavra
é o Poder Judiciário. Assim, a coisa julgada administrativa no direito brasileiro
significa dizer que a matéria não pode ser discutida na esfera administrativa, mas
nada impede que a matéria possa ser discutida na esfera judicial. Além disso, não
é preciso esgotar a esfera administrativa para ir para a via judicial (salvo a exceção
da justiça desportiva).
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração
CONTROLE DA 
ADMINISTRAÇÃO
1 – CLASSIFICAÇÃO
2 – SISTEMA DE CONTROLE
3 – CONTROLE ADMINISTRATIVO
4 – CONTROLE LEGISLATIVO
5 – CONTROLE JUDICIÁRIO
1 - CLASSIFICAÇÃO
1.1 – Controle quanto a Pessoa
• Executivo (Interno)
• Legislativo (Externo)
• Judiciário (Externo)
O controle externo é o sistema de freios e 
contrapesos, em que outros poderes farão o 
controle.
1.2 – Quanto a natureza:
Legalidade – Quando se verifica se a ADM agiu 
dentro da lei.
Com previsão na 
Constituição.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração
1.4 – Quanto a oportunidade
• Prévio
• Concomitante
• Posterior
1.5 – Iniciativa
Ofício – Que não depende de provocação
Provocado – Precisa ser provocado
Mérito – Quando se verifica a conveniência e 
oportunidade dos atos da administração.
ATENÇÃO: O Judiciário não faz controle de 
mérito, somente de legalidade. Fará controle 
de mérito apenas sobre os seus próprios atos.
1.3 – Quanto ao âmbito
Hierarquia x Vinculação
Será hierárquico quando ocorrer dentro de do 
mesmo órgão (desconcentração). 
Vinculado é quando há mais de um ente 
(descentralização).
Atos imperfeitos
Atos perfeitos
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração
1.4 – Quanto a oportunidade
• Prévio
• Concomitante
• Posterior
1.5 – Iniciativa
Ofício – Que não depende de provocação
Provocado – Precisa ser provocado
Mérito – Quando se verifica a conveniência e 
oportunidade dos atos da administração.
ATENÇÃO: O Judiciário não faz controle de 
mérito, somente de legalidade. Fará controle 
de mérito apenas sobre os seus próprios atos.
1.3 – Quanto ao âmbito
Hierarquia x Vinculação
Será hierárquico quando ocorrer dentro de do 
mesmo órgão (desconcentração). 
Vinculado é quando há mais de um ente 
(descentralização).
Atos imperfeitos
Atos perfeitos
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Improbidade Administrativa
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
1 – GENERALIDADES
2 – PREVISÃO CONSTITUCIONAL
3 – NATUREZA JURÍDICA DAS SANÇÕES
4 – PARTE MATERIAL
5 – PARTE PROCESSUAL
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração
1 – GENERALIDADESO tema “improbidade” está diretamente
relacionado com o tema “agentes”, porque
normalmente (não sempre) os agentes
públicos são aqueles que praticam atos de
improbidade.
Improbidade está relacionada com
Moralidade (princípio).
Mas nem todo o ato de improbidade será
uma imoralidade.
Improbidade é mais ampla que a
moralidade, segundo a Lei.
1 – PREVISÃO CONSTITUCIONAL
Art. 37, §4º da CF combinado com a Lei 
8429/92.
O STF, em ADI, pacificou que formalmente a 
lei de improbidade é FORMALMENTE 
constitucional.
Quanto a materialidade da Lei, embora haja 
discussão doutrinária e o STF ainda não tenha 
sido acionado sobre isso, prevalece o 
entendimento de que é constitucional.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração
Aqui, as sanções civis serão aplicadas em uma 
ação civil. É a AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO 
DE IMPROBIDADE ou simplesmente AÇÃO DE 
IMPROBIDADE.
ATENÇÃO: As sanções de improbidade 
administrativa não dependem de um processo 
administrativo, mas de um processo civil de 
improbidade.
3 – NATUREZA JURÍDICA
A natureza das sanções é CIVIL. (Cai na prova)
Isso porque a lei de improbidade se aplica para 
agentes públicos e para outros que não são 
agentes públicos. 
É uma lei NACIONAL, de tutela erga omnes 
(para todos).
A lei prevê sanções de natureza civil, sem 
prejuízo das sanções penais e administrativas
eventualmente aplicadas.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração
Atualmente, na doutrina e na jurisprudência, 
o presidente da República e os ministros de 
Estado, nos crimes conexos com o Presidente, 
respondem por crime de responsabilidade e 
não respondem com base na improbidade. 
Hoje, em repercussão geral no STF, há uma 
discussão acerca da aplicação da lei de 
improbidade para prefeitos. A princípio a lei 
de improbidade se aplica a prefeitos, 
governadores, ministros do STF. 
4 – PARTE MATERIAL
Sujeito ativo (que pratica) – Artigo 2º da Lei 
8429/92.
Os particulares que se beneficiarem ou 
concorrerem para a prática do ato também 
podem responder por improbidade.
ATENÇÃO: Os políticos, segundo entendimento 
do STF, não estão sujeitos a Lei 8429/92, uma 
vez que a CF já preceitua o crime de 
responsabilidade, que também tem natureza 
cível. Seria bis in idem.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração
Em suma, os artigos preveem:
Art. 9 – atos de improbidade que ensejam 
enriquecimento ilícito do agente
Art. 10 – atos de improbidade que causam 
dano ao erário público
Art. 11 – atos de improbidade que atentam 
contra princípios da administração
ATENÇÃO: O STF definiu que apenas os atos 
do art. 10 podem ser sancionados a título de 
dolo ou culpa, sendo que nos demais casos 
somente ensejará sanção se comprovada a 
má-fé do agente (dolo).
As sanções podem ser cumulativas ou 
isoladas, a depender da gravidade da situação.
Sujeito passivo (vítima) – Artigo 1º da Lei 
8429/92.
Ou seja, da leitura do artigo percebe-se que a 
lei de Improbidade Administrativa não protege 
apenas o patrimônio da Administração Pública, 
mas, também, das entidades privadas que 
recebam dinheiro público para custeio ou para 
formação do capital.
Dos atos de improbidade – Art. 9, 10 e 11 da 
Lei 8429/92
O Rol trazido pela lei de improbidade é 
meramente exemplificativo.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Improbidade Administrativa
ATOS QUE GERAM ENRIQUECIMENTO 
ILÍCITO
ATOS QUE CAUSAM DANO AO ERÁRIO ATOS QUE ATENTAM CONTRA 
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
Perda da função pública (obs.a) Perda da função Perda da função
Indisponibilidade e perda dos bens 
adquiridos ilicitamente
Indisponibilidade e perda dos bens 
adquiridos ilicitamente
________________________________
Ressarcimento do dano (quando
houver)
Ressarcimento do dano Ressarcimento do dano (quando 
houver)
Multa de até três vezes (3x-) o que 
acresceu ilicitamente
Multa de até duas vezes (2x-) o valor 
do dano causado
Multa de até 100 vezes (100x-) a 
remuneração do servidor (obs. c)
Suspensão dos direitos políticos de 8 a 
10 anos. (obs. b) (810)
Suspensão dos direitos políticos de 5 a 
8 anos (58)
Suspensão dos direitos políticos de 3 a 
5 anos (35)
Impossibilidade de contratar com o 
Poder Público nem de receber 
benefícios fiscais até 10 anos.
Impossibilidade de contratar com o 
Poder Público e de receber benefícios 
por até 5 anos
Impossibilidade de contratar com o 
Poder Público e de receber benefícios 
por até 3 anos
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração
Obs.a – Conforme entendimento da jurisprudência, o agente público perderá o cargo que 
esteja exercendo no momento da aplicação da pena e, não necessariamente, a função de que 
tenha se valido para a prática do ato.
Obs.b – Se a sentença for silente em relação ao prazo de suspensão dos direitos políticos, 
aplica-se o menor prazo previsto em lei para aquela infração. Por exemplo: art. 9º, aplicam-se 8 
anos.
Obs.c – Ressalta-se que o agente público, para fins de improbidade, é todo aquele que exerce 
função pública, mesmo que sem perceber remuneração. Conforme entendimento do STF, 
nesses casos, a multa será de 100x o SM. É a aplicação do princípio da adequação punitiva às 
sanções de improbidade administrativa.
ATENÇÃO: Não cabe TAC ou qualquer negociação em atos de improbidade. Por que? Porque 
são Direitos INDISPONÍVEIS.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Controle da Administração
OBS.: Prerrogativa de foro:
A competência para julgar a ação de 
improbidade é do juiz singular (pode ser 
justiça federal ou estadual). Não há foro 
privilegiado na ação de improbidade. Essa é a 
atual posição, a que prevalece. 
Salvo se for membro da magistratura o sujeito 
ativo do ato de improbidade, ocasião em que 
haverá prerrogativa de foro.
5 – PARTE PROCESSUAL
A ação cabível em face de Atos de Improbidade 
é a Ação Civil Pública, ela possui previsão na Lei 
7.347/85.
5.1 – Sujeito ATIVO da AÇÃO – É o Ministério 
Público ou a Pessoa Jurídica lesada.
Se proposta pelo MP, a pessoa lesada pode, se 
quiser, participar como litisconsorte. É 
obrigatório o convite (intimação) da pessoa 
lesada.
Caso a PJ proponha a ação, o MP não atua 
como parte, como litisconsorte. Mas ele atua 
como fiscal da lei (custus legis). 
Fazer a leitura 
INTEGRAL da Lei 
8429/92.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila - Licitações
LICITAÇÕES
1 – CONCEITO
2 – FINALIDADE
3 – DISPENSA
4 – INEXIBILIDADE
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações
Leitura obrigatória: lei 8.666/93 / 10.520/02. 
1 – CONCEITO
Para Marçal Justen Filho: “A licitação é um procedimento administrativo disciplinado por lei e
por um ato administrativo prévio, que determina critérios objetivos de seleção de proposta da
contratação mais vantajosa, com observância do princípio da Isonomia, conduzido por um
órgão dotado de competência específica.
Conceito simplificado - Licitação nada mais é do que um procedimento administrativo. É
aquele conjunto de atos que vai culminar num contrato administrativo.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações
2 – FINALIDADE
A finalidade da licitação é buscar proteger o 
interesse público. Mais especificamente, 
buscar o interesse público selecionando a 
proposta mais vantajosa. 
A outra finalidade que está na moda em 
concurso é justamente a viabilização de 
oportunidade para que qualquer que preencha 
os requisitos legais um possa celebrar um 
contrato com a administração. (Princípio da 
Impessoalidade)
3 – DISPENSA
A dispensa ocorre nas situações em que, 
faticamente, é possível competir, mas o 
legislador, por sua própria vontade, dispensa a 
licitação. 
Assim, acompetição é possível, mas a lei diz 
que não precisa. Pergunta: se o administrador 
quiser, ele pode licitar? 
Neste caso depende, pois nós temos duas 
situações: tem que ver se a licitação é 
dispensada ou dispensável. 
O ROL é TAXATIVO, se não estiver prevista a dispensa 
em Lei, não é possível
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações
- DISPENSADA 
Se ela já está dispensada, por mais que o administrador queira, ele não poderá licitar. 
Você vai encontrar essa hipótese no art. 17 da lei, que trata da alienação de bens públicos.
- DISPENSÁVEL
Se ela é meramente dispensável, se o administrador quiser, ele poderá licitar. 
Se ele tem liberdade, a lista dessa hipótese está no art. 24 da lei.
ATENÇÃO: Este artigo tem 29 incisos, leia todos!
Exemplo do art. 24 é a licitação deserta, aquela onde não aparecem interessados. Se licitar 
de novo for causar prejuízos, ele pode contratar diretamente. 
O mesmo acontece na licitação fracassada, aquela na qual todos os licitantes são 
desclassificados ( inabilitados – neste caso terá que realizar nova licitação)
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações
4 – INEXIGIBILIDADE
A previsão de licitação inexigível está no art. 25 
da lei. 
Explicita o art. 25: a licitação será inexigível 
quando a competição for inviável, em especial 
nos seguintes casos... 
Na dispensa, a competição era viável, mas a lei 
liberou. Na inexigibilidade temos uma 
competição inviável, impossível.
ATENÇÃO: Na inexigibilidade o rol é 
EXEMPLIFICATIVO.
Hipóteses de inexigibilidade previstas em lei:
- serviços de notória especialização e 
singularidade. 
- trabalho artístico reconhecido pela mídia. 
- fornecedor ou produtor exclusivo.
Mas se o rol é exemplificativo, quais as outras 
hipóteses. A competição será considerada 
inviável quando três pressupostos estiverem 
presentes: Lógico, Fático e Jurídico
a) PRESSUPOSTO LÓGICO = Só é possível a 
competição se houver pluralidade de 
fornecedores do bem ou do serviço.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações
Sobre o pressuposto lógico ainda, temos a 
singularidade do objeto e a singularidade do 
serviço.
Temos singularidade do objeto: 
I) Em caráter absoluto – carro de fabricação 
única no salão do automóvel. 
II) Por evento externo – raquete utilizada por 
Guga na final do campeonato. 
III) Em razão do caráter pessoal – quadro de 
Monet, show de Sidney Magal.
Teremos singularidade do serviço:
I) Se constar no rol do art. 13 da lei.
II) Tem que ser um serviço de notória 
especialização
III) A administração tem que precisar do 
melhor.
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações
PRESSUPOSTO FÁTICO = EU PRECISO DE 
INTERESSE NO MERCADO. 
A falta de interesse de mercado é algo anterior 
ao próprio edital. O mercado não tem interesse 
naquele objeto, então não adianta fazer 
licitação. 
Por isso não se confunde com a licitação 
deserta (caso em que a licitação já começou). 
Imagine que a administração quer contratar um 
médico, cirurgião cardíaco, altamente 
especializado, e quer pagar R$ 300,00. Alguém 
vai participar dessa licitação? 
Se não há interesse de mercado, a minha 
licitação se torna inexigível. Competição 
inviável, licitação inexigível. 
- PRESSUPOSTO JURÍDICO = A LICITAÇÃO 
PRECISA PROTEGER O INTERESSE PÚBLICO. 
Se a licitação, ao invés de proteger o interesse 
público, prejudicar esse interesse, faltará 
pressuposto jurídico. 
Nós vamos encontrar aí o exemplo das 
atividades fins das empresas públicas e 
sociedades de economia mista. 
Se a empresa presta um serviço público, isso é 
razão de interesse público? Com certeza é. 
Direito Administrativo – Prof. Lucas de Ávila – Licitações
Da mesma forma, se a nossa empresa explora 
atividade econômica, nós sabemos que para 
explorar atividade econômica, essas empresas 
só podem atuar em duas situações. Somente 
em caso de segurança nacional ou relevante 
interesse coletivo (Art. 173 da CF). 
Ocorre que tanto um como outro são razões de 
interesse público. 
Se assim não fosse, seria inexigível por falta de 
pressuposto jurídico.
ATENÇÃO:
No lugar da licitação nós vamos realizar um 
procedimento chamado de procedimento de 
justificação, que vem da própria condição do 
ato administrativo. 
INEXIGIBILIDADE – ART. 25 DISPENSA – ART. 17 E 24
Sempre que a competição for impossível, a licitação será 
inexigível.
As hipóteses dispostas na lei não são taxativas, mas 
meramente exemplificativas.
A doutrina majoritária costuma apontar pressupostos da 
licitação e estabelece que a ausência de qualquer um deles 
torna o procedimento licitatório inexigível. Quais sejam:
a) Pressuposto lógico: pluralidade de bens e de fornecedores 
do bem ou do serviço;
b) Pressuposto jurídico: Se a licitação, ao invés de proteger o 
interesse público, prejudicar esse interesse, faltará 
pressuposto jurídico.
c) Pressuposto fático: desnecessidade de contratação 
específica, a licitação será inexigível.
Ex.: o Estado precisa contratar o melhor tributarista do Brasil 
para defende-lo em uma demanda que envolve milhões de 
reais. Não posso fazer isso para qualquer causa.
É VEDADA inexigibilidade de licitação para serviços de 
divulgação e serviços de publicidade.
Nas situações de dispensa é plenamente possível competir, 
mas a lei diz que é dispensada a licitação. Somente a lei pode 
trazer as hipóteses de dispensa, não podendo haver definição 
de novas hipóteses por atos administrativos específicos ou 
decretos.
As hipóteses da lei 8666/93 são 
taxativas/exaustivas/exaurientes.
Art. 17 – estabelece o rol de licitação dispensada.
Art. 24 – estabelece um rol de licitação dispensável.
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1 – GENERALIDADES - CONCEITO
2 – CARACTERÍSTICAS
3 – FORMALIDADES
4 – CLÁUSULAS CONTRATUAIS
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
Raciocínio Introdutório
Primeiramente é importante lembrarmos que nem todo o Contrato realizado pela 
Administração será um Contrato Administrativo.
Contrato DA Administração
Regime Jurídico Privado (Civil) Mero Contrato da 
Administração
Regime Jurídico Público Contrato Administrativo
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
CONCEITO
É um vínculo jurídico em que o sujeito ativo e sujeito passivo se
comprometem a prestação e contraprestação, criando, modificando ou
extinguindo direitos, se submetendo ao regime jurídico de direito público,
com a participação da administração.
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
Características
1 – FORMAL (Devidamente abordado
posteriormente)
2 - CONSENSUAL
Contrato consensual significa que o contrato
se aperfeiçoa no momento em que se
manifesta a vontade. Ex. contrato de compra
e venda.
ATENÇÃO: O contrato consensual é o oposto
do contrato real, aquele que depende da
entrega do bem. Só está pronto com a
entrega do bem.
3 – COMUTATIVO
É o oposto do contrato aleatório.
O contrato comutativo tem que ter prestação
e contraprestação equivalentes. Além disso,
essas prestações devem estar pré-
determinadas.
4 – PERSONALÍSSIMO
O contrato administrativo vai levar em
consideração as qualidades dos contratados.
Em regra isso significa que não seria
permitida a subcontratação.
MAS A LEI ADMITE SUBCONTATAÇÃO?
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
A LEI traz algumas exceções conhecidas como
requisitos LEGAIS e DOUTRINÁRIOS:
LEGAIS: Houver previsão no edital; previsão
no contrato; autorização da administração.
CONTRINÁRIOS: Apenas de parte do
contrato; desde que a subcontratada
preencha os requisitos da licitação.
5 – CONTRATO DE ADESÃO
Aqui não há a possibilidade de se discutir
cláusulas contratuais. Assim, todo contratoadministrativo é de adesão, porque quem
impõe as regras é a administração.
FORMALIDADES dos CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS
A. LICITAÇÃO
B. ESCRITO
C. PUBLICAÇÃO
D. INSTRUMENTO DE CONTRATO
A – LICITAÇÃO
O procedimento licitatório é a primeira
formalidade. Lembrando que se a licitação
for dispensável e inexigível, o que substitui a
licitação é o procedimento de justificação.
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
B – ESCRITO
O art. 60, parágrafo único prevê que é nulo
de pleno direito o contrato verbal, salvo o de
pronta entrega, pronto pagamento e até 4
mil reais (requisito triplo cumulativo).
C – PUBLICAÇÃO
A publicação é obrigação da administração e
deve correr a cargo dela (art. 61, §ú, Lei
8666/93).
A lei diz mais: a publicação do contrato é
condição de eficácia do contrato. O que
significa dizer que se ele não for publicado
ele é válido, mas não será eficaz. Ele não vai
produzir efeitos enquanto não for publicado.
Informação: A posição majoritária diz
que o prazo de publicação é de até 20
dias, não podendo ultrapassar o 5º dia
útil do mês seguinte ao de sua
assinatura.
D – INSTRUMENTO DE CONTRATO
Quando eu preciso de contrato e quando eu
não preciso?
LEIA O ARTIGO 62 NOS SLIDES POSTERIORES
Artigos Mencionados
Art. 60, parágrafo único da Lei 8666/93
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de
pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a
5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em
regime de adiantamento.
Art. 61, parágrafo único da Lei 8666/93
Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos
na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela
Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no
prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus,
ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.
Artigos Mencionados
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de
tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços
estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades e licitação, e
facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros
instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa,
autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
Comentário:
A referência a ser considerada aqui é o valor de cada uma destas modalidades (Concorrência
e Tomada de preços) para determinar se é ou não obrigatório o instrumento de contrato.
O que não significa que apenas nestas modalidades haverá o instrumento de contrato, mas,
sim, em todo e qualquer contrato que estiver dentro dos valores da modalidade Concorrência
e Tomada de preços de licitação.
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
CLÁUSULAS CONTRATUAIS
• NECESSÁRIAS
• EXORBITANTES
NECESSÁRIAS
A)GARANTIA
B)DURAÇÃO
EXORBITANTES
Art. 55 da Lei 8.666/93
Art. 58 da Lei 8.666/93
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
A – GARANTIA DO CONTRATO
A primeira questão, a saber, é se a
administração pode ou deve cobrar a
garantia.
(VER SLIDES DOS ARTIGOS 55 e 56 ADIANTE E RETORNAR)
A Lei traz que a administração PODE, ou seja,
que seria discricionário a administração
constar ou não uma garantia nos contratos.
Porém, para a maioria dos concursos esse
PODE significa DEVE.
A não ser que o examinador pergunte DE
ACORDO COM A LEI.
A garantia é exigível pela administração,
porém, quem decidirá a forma de prestá-la
será o contratado.
Formas de prestação da garantia:
- título da dívida pública (TDP – inclusive é
uma excelente oportunidade para a
administração engolir os seus títulos);
- caução em dinheiro;
- fiança bancária (é a garantia fidejussória
prestada por um banco);
- seguro garantia.
Artigos Mencionados
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;
Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que
prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia
nas contratações de obras, serviços e compras.
Comentário: Os termos seguintes do artigo determinam que: a
administração pode exigir até 5% do limite do contrato. Sendo que, quando esse
contrato for de grande vulto, de alta complexidade, ou de riscos financeiros para
a administração, a garantia poderá chegar até 10% do valor contratual
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
B – DURAÇÃO DO CONTRATO
O que devemos nos perguntar é:
Qual o prazo máximo de um crédito
orçamentário? Quanto tempo dura uma lei
orçamentária? 12 meses.
A duração do contrato deve ser compatível
com a duração do crédito orçamentário, logo,
prazo máximo de 12 meses.
TODO contrato administrativo tem que ter
prazo determinado. Hoje não se permite
contrato sem prazo determinado. Mas a lei
estabelece, no art. 57, prevê algumas
exceções a esse prazo.
O art. 57 traz três exceções ao crédito
orçamentário, sendo que nós vamos incluir
mais duas que não estão na lei 8.666. As
hipóteses são:
i) contratos que possuem previsão no plano
plurianual (PPA) = até 4 anos.
ii) contratos de prestação contínua = até 60
meses ou 60+12 = 72 meses em caso de
interesse público.
iii) contratos de aluguel de programas e
equipamentos de informática = até 48 meses.
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
iv) contratos de concessão e permissão de
serviço = quando o nosso contrato for de
concessão e permissão de serviço, quem vai
determinar o prazo do contrato é a lei do
serviço.
v) contratos sem desembolso pela
administração = podem ter prazo maior, só
que determinado.
É hipótese que não está expressa, mas
decorre de interpretação da lei de
responsabilidade fiscal (LC 101). Se a
administração não tiver que pagar mais nada,
não precisa respeitar a lei orçamentária.
CLÁUSULAS EXORBITANTES (ART. 58).
a) ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO 
PELA ADMINISTRAÇÃO
b) RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO 
PELA ADMINISTRAÇÃO
c) FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO PELA 
ADMINISTRAÇÃO 
Mais do que a fiscalização, temos que é
possível até uma intervenção na gestão da
empresa. Lembrando que a fiscalização não é
faculdade da administração. Ela deve
fiscalizar.
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
d) APLICAÇÃO DE PENALIDADES – art. 87
Que tipo de penalidades? Advertência, multa
(a depender da previsão do contrato),
suspensão de contratar com o poder público
e declaração de inidoneidade.
e) OCUPAÇÃO PROVISÓRIA DOS BENS DO
CONTRATADO - Art. 80, II da lei.
Há uma regrinha que você tem que entender
e observar que é a seguinte: quando a
administração celebra um contrato e, no
meio do caminho, a empresa não cumpre
esse contrato, a administração pode retomar
e rescindir o contrato.
Mas rescisão é ato administrativo. SENDO
ATO ADMINISTRATIVO, COMO CONDIÇÃO DE
FORMA O STF DIZ: PRECISA DE
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. Precisa
contraditório, ampla defesa. (art. 78, §ú da
Lei)
Ex. da coleta de lixo. Enquanto corre o
procedimento de rescisão, quem realiza a
coleta?
Encerrado o processo, eu vou realmente
extinguir o contrato; qual será a
consequência para esses bens? Aqui há
possibilidade de reversão.
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
ATENÇÃO: Ocupação e reversão são passíveis
de indenização. Depende do que está
previsto no contrato. Mas é possível
indenização.
Eu não posso ocupar e reverter qualquer
bem. A ocupação e a reversão estão ligadas à
continuidade e à manutenção do serviço. O
bem tem que ser indispensável à
continuidade.
Pergunta:EXCEPTIO NON ADIMPLETI
CONTRACTUS É CLÁUSULA EXORBITANTE?
Se a administração não paga, o contratado é
obrigado a continuar coletando o lixo? Sim,
mas só por 90 dias.
Então a partir dos 90 dias a EXCEPTIO é
aplicada. O que não se pode fazer é aplicá-la
de imediato.
Essa a posição da doutrina majoritária. A
EXCEPTIO É APLICADA DE MANEIRA
DIFERENCIADA (Art. 78, XII e 79, §2º, III da
lei).
Mas ela é ou não cláusula exorbitante? NÃO!
afinal, se ela também está no contrato
comum, não se trata de cláusula exorbitante.
Direito Administrativo – Artigo mencionado
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em
relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os
direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados
ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais
pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
§ 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas
sem prévia concordância do contratado.
§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas
para que se mantenha o equilíbrio contratual.
Direito Administrativo – Artigo mencionado
Art. 79, § 2º Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo 
anterior, sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos 
regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a:
I - devolução de garantia;
II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão;
III - pagamento do custo da desmobilização.
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO
PELA ADMINISTRAÇÃO – art. 65.
Pela lei, a administração pode alterar
unilateralmente o contrato em duas
hipóteses.
Primeiro; a administração pode alterar
unilateralmente as chamadas
ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO. Ex. tipo de
tinta, tipo de cerâmica que seria utilizada. É
alteração qualitativa, pois incide sobre a
qualidade do projeto.
Segundo; a alteração, que será admitida até
a marca de 25%. quantitativa
A natureza do objeto, como visto, nunca
poderá ser alterada. Aqui nós estamos
alterando a quantidade. Se eu comprei
canetas só posso receber canetas.
SE O CASO FOR DE REFORMAS DE EDIFÍCIOS
OU EQUIPAMENTOS O ACRÉSCIMO (e só ele,
não se aplicando à supressão) PODE CHEGAR
ATÉ 50%.
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
ALTERAÇÃO BILATERAL DO CONTRATO
ADMINISTRATIVO = ACORDO ENTRE AS
PARTES
Primeiramente vale ressaltar que as
alterações bilaterais NÃO SÃO CLÁUSULAS
EXORBITANTES.
Dito isso, são as seguintes hipóteses de
alteração bilateral:
1. SUBSTITUIÇÃO DA GARANTIA 
2. REGIME DE EXECUÇÃO 
3. FORMA DE PAGAMENTO – lembrar que é 
vedado o pagamento antes do recebimento. 
4. BUSCA DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO E 
FINANCEIRO DO CONTRATO 
A busca do equilíbrio econômico leva em
consideração a TEORIA DA IMPREVISÃO, que
NADA MAIS É DO QUE A REVISÃO
CONTRATUAL COMO MODALIDADE DE
ALTERAÇÃO BILATERAL VISANDO A
MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO
E FINANCEIRO.
O fato tem que ser: novo, imprevisto (as
partes não programaram) e imprevisível
(ninguém, no lugar delas, podia imaginar
essa situação)
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
Se não há nada de novo não há que se falar
em teoria da imprevisão. As três hipóteses
aqui que mais interessam são:
- FATO DO PRÍNCIPE
É aquela atuação unilateral do poder público,
abstrata e geral, que atinge o contrato de
forma indireta ou reflexa. Não toca o seu
objeto principal. Ex. alteração da alíquota de
um tributo.
- FATO DA ADMINISTRAÇÃO 
É atuação unilateral do poder público,
específica, e que atinge diretamente o nosso
contrato. Construção de viaduto dependente
de desapropriação de área. O Estado nega o
pedido.
- INTERFERÊNCIAS IMPREVISTAS 
Falamos que interferência imprevista é
aquela característica, aquele evento da
natureza que já existia ao tempo da
celebração do contrato, mas que só pôde ser
descoberto e identificado ao tempo da sua
execução.
São situações que aumentam o custo da obra 
e que eu não tinha como saber antes de 
começar o trabalho. (Ex. Grande Rocha)
Caso fortuito e força maior também podem 
ser incluídos nessa lista, sabendo que há 
divergência na doutrina e não há posição 
majoritária. 
Direito Administrativo – Extinção dos Contratos Administrativos
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1 – CONCLUSÃO DO OBJETO/TERMO FINAL
2 – RESCISÃO (ADMINISTARTIVA – JUDICIAL – AMIGÁVEL)
3 – ANULAÇÃO
4 – DE PLENO DIREITO
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
1 – CONCLUSÃO DO OBJETO / TERMO FINAL
FATO DO PRÍNCIPE
Ex. contrato de construção de uma escola = 
finda concluída a obra. 
Ex. contrato de serviço de segurança por 12 
meses = finda vencidos os doze meses. 
2 - RESCISÃO 
a) Rescisão Administrativa 
É a extinção do contrato de modo unilateral 
pela administração. Se for por interesse 
público, a administração indeniza. Se for por 
descumprimento de cláusula contratual pelo 
contratado, quem indeniza é o próprio 
contratado. 
Indeniza ou não indeniza? Se esta sendo 
desidioso, não está cumprindo o contrato, 
não há que indenizar. Se for por interesse 
público, indenizará.
b) Rescisão Judicial 
É a situação na qual o contratado não quer 
mais o contrato. Neste caso, a saída para ele 
não é outra senão a via judicial. Lembre-se: 
só a administração poderá rescindir 
unilateralmente. 
c) Rescisão por acordo, bilateral, consensual 
ou amigável 
É o que lá em Direito Civil você vai chamar de 
distrato. 
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
3 - ANULAÇÃO
Se o nosso contrato possuir uma ilegalidade 
ele poderá ser extinto por anulação. 
4. EXTINÇÃO DE PLENO DIRIETO 
É hipótese que a doutrina reconhece como 
aquela extinção que decorre de 
circunstâncias estranhas à vontade das 
partes, por exemplo: falecimento, 
incapacidade civil, são situações estranhas à 
vontade das partes. 
Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
Previsão Legal – Art. 37, §6º da CF
1 – GENERALIDADES
2 – FUNDAMENTO TEÓRICO
3 – EVOLUÇÃO
4 – DE PLENO DIREITO
Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado
1 – GENERALIDADES
Sendo o Estado um prestador de serviços e 
que exercita seus atos de maneira impositiva, 
eis daí que surge o dever de indenizar em 
caso de eventual prejuízo causado por agente 
público. Integral proteção à vítima.
2 – FUNDAMENTO TEÓRICO
1) Princípio da Legalidade
O primeiro fundamento teórico da 
responsabilidade civil é o princípio da 
legalidade. 
Ex. Delegado que tortura gera dano e 
responsabilidade do Estado. Trata-se de 
conduta ilegal. 
2) Princípio da Isonomia
Nem toda a responsabilidade do Estado 
decorre de condutas ilícitas, também poderá 
decorrer de condutas lícitas.
Ex. Um presídio que é construído ao lado de 
um condomínio residencial acarretará na 
desvalorização daqueles imóveis. Esta 
desvalorização será indenizada com base no 
princípio da isonomia.
Uma vez que toda a sociedade se beneficiará 
com a construção do cárcere, não é justo 
razoável que apenas os moradores do 
condomínio paguem por isso.
Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado
3 – EVOLUÇÃO
São três os principais momentosda evolução 
do tema Responsabilidade Civil do Estado no 
Brasil:
1) Teoria da Irresponsabilidade do Estado
2) Teoria da reponsabilidade subjetiva
3) Teoria da responsabilidade objetiva
1) Teoria da Irresponsabilidade do Estado
Em um primeiro momento o Estado apareceu 
como irresponsável, em que sempre é 
lembrada a frase “the king can do not wrong” 
– O rei nunca errava.
E se o Rei não errava e ele era o Estado, 
então, logo, o Estado não poderia cometer 
erros e por isso não precisava indenizar.
2) Teoria da responsabilidade subjetiva
A partir da promulgação do Código Civil de 
1916 o quadro mudou. A partir deste 
momento há responsabilidade do Estado em 
Atos Ilícitos. Necessitando haver culpa em 
sentido estrito.
Seriam necessários o seguintes elementos:
Conduta (ação/omissão) – Dano – Nexo –
Culpa (dolo ou culpa em sentido estrito)
A ausência de qualquer um deles 
descaracteriza a responsabilidade.
Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado
Em um primeiro momento esta teoria se
apresentou mais protetiva ao Estado, em
deveria ser necessário ainda à vítima provar a
culpa do agente.
Diante desta incoerência, que trazia serias
dificuldades ao prejudicado provar a culpa do
agente, houve a evolução para Teoria da
Culpa do Serviço ou faute du service que não
se baseia na culpa do agente, mas do serviço.
Ficando conhecida como Culpa Anônima.
3) Teoria da responsabilidade OBJETIVA
Nesta caso a responsabilidade decorrerá
tanto de condutas lícitas quanto ilícitas.
Para esta teoria serão necessários apenas
três elementos para caracterizar a
responsabilidade:
Conduta – Nexo - Dano
Como Culpa (latu sensu) é elemento
subjetivo, não esta presente nesta teoria.
No Brasil a nossa Teoria da Responsabilidade
Objetiva está fundamentada sob o Risco
Administrativo (Regra), admitindo
excludentes de responsabilidade.
Excepcionalmente será aplicada a Teoria do
Risco Integral (que não admite excludentes).
Ex. Dano ambiental, dano nuclear ou de
material bélico.
Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado
Será afastada a responsabilidade objetiva do
Estado por retirar o elemento CONDUTA em
caso de:
Caso fortuito - Força maior – Culpa exclusiva
da vítima.
(Salvo na Teoria do Risco Integral)
Se o Nexo de Causalidade ou Dano forem
afastados também será afastada a
responsabilidade do Estado.
Vejamos o que diz o artigo 37 da CF
Art. 37, da CF
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e
as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa.
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
A responsabilidade é Contratual ou Extracontratual? Extracontratual. Pois não depende da 
violação de cláusula contratual para que se caracterize a responsabilidade.
Quem é o sujeito ativo? Pessoa Jurídica de Direito Pública ou de Direito Privado desde que 
Prestadora de Serviço Público.
A responsabilidade do Estado perante as prestadoras é solidária ou subsidiária? Subsidiária, 
pois há benefício de ordem. Primeiro responde a prestadora por ato praticado pelo seu 
funcionário e DEPOIS, caso não haja a resolução da questão, responderá o Estado.
Em alguns casos o Estado responde objetivamente pela omissão Teoria do Risco Criado: Casos 
em que o Estado cria a situação de risco, se desse risco criado pelo Estado decorre um dano, a
responsabilidade do Estado é objetiva, ainda que não haja conduta direta do agente. (Ex: preso 
mata outro na prisão). Tal risco se apresenta toda vez que o Estado tiver alguém sob custódia, 
ainda que não haja uma conduta comissiva direta do agente público; o Estado é garantidor da 
pessoa ou coisa que ele custodia.
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
Responsabilidade decorrente de obra pública: 
1) Decorrente da má execução da obra varia de acordo com o executor da obra: 
a) executada diretamente pelo Estado: responsabilidade objetiva do Estado. 
b) particular contratado: pessoa jurídica de direito privado exploradora de atividade econômica 
(e não prestador de serviço publico), por isso a responsabilidade é subjetiva. O Estado só 
responde se ficar comprovado que este foi omisso no dever de fiscalizar o contrato. 
2) Decorrente da obra em si; pelo simples fato da obra: Não interessa saber quem está 
executando a obra, a responsabilidade civil é sempre do Estado e sempre objetiva. (ex: construir 
um viaduto sobre uma casa).
Direito Administrativo – Processo Administrativo
Processo Administrativo
1 – GENERALIDADES
2 – PRINCÍPIOS
3 – ESTRUTURAÇÃO
Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado
1 – GENERALIDADES
É uma Lei subsidiária. Significa que a lei 
somente irá se aplicar quando não houver 
outra lei regulando outro processo (PAD, 
PAF). 
2 – PRINCÍPIOS
Aqui temos que lembrar primeiro dos 
princípios básicos, o LIMPE (Legalidade, 
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, 
Eficiência)
Princípios expressos
OFICIALIDADE
Depois de iniciado o processo, os atos 
subsequentes acontecem de ofício. Os atos 
seguintes não dependem de provocação. 
Assim, mesmo naqueles processos que se 
iniciam por provocação do particular 
acontece o impulso oficial. Os demais atos 
surgem independentemente da provocação 
do particular. 
Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA
Garantia de se manifestar no processo 
administrativo e de saber o que está 
acontecendo nesse processo. Art. 5º, LIV e 
LV da CF.
Lembrar súmula vinculante 3, 5 e 21. 
INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS
Mesmo que determinados atos do processo 
tenham forma determinada, essa forma ela 
existe para se alcançar o interesse público. 
Por isso, o vício de forma é a rigor sanável. 
Assim, as formalidades do processo são 
meramente instrumentais. 
É aquela ideia de que não há nulidade sem 
prejuízo. O simples vício de forma não faz 
com que o processo administrativo seja 
viciado. 
INFORMALISMO (hoje, FORMALISMO 
NECESSÁRIO) 
O processo tem forma predeterminada na lei. 
Mas a forma só é obrigatória quando ela for 
necessária a garantir os interesses do 
cidadão. Só se pode exigir a forma que seja 
necessária a garantir os direitos do cidadão. 
Direito Administrativo – Responsabilidade Civil do Estado
VERDADE REAL
A busca da verdade real se contrapõe aquela 
ideia do processo civil de verdade formal. 
Hoje se diz que verdade formal não existe 
mais, e que no processo o que se busca é a 
verdade real. 
Acontece que a busca pela verdade real 
acaba por permitir a produção de provas 
mesmo terminada a instrução probatória, 
reformatio in pejus, etc. 
E por isso a autoridade administrativa pode 
rejeitar provas, por exemplo, se justificar e 
mostrar que elas são meramente 
protelatórias. 
E por isso a autoridade administrativa pode 
rejeitar provas, por exemplo, se justificar e 
mostrar que elas são meramente 
protelatórias. 
GRATUIDADE
Não há pagamento de custas nem 
emolumentos no processo administrativo.
Como disse, a lei de processo estabelece regras gerais 
e muitos dos pontos dessa lei já foram explicados 
quando falamos de atos (ex. anulação, revogação e 
convalidação; delegação etc.)
Agora nós vamos falar basicamente da estruturação e 
regras gerais do processo administrativo 
Fim
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Se você leu esta apostila 
até o final, parabéns! 
Você está mais próximo de 
alcançar seus objetivos.

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