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Plano de Mestre de Produção, MRP e MRP II

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Plano de Mestre de Produção 
 MRP e MRP II 
 
 
 
 
Aluno: 
Alex Pedroza de Souza 
 
Matricula: 
201403199361 
 
Disciplina: 
PCP 
 
Professor: 
Antonio 
 
 
Data 
 
10/06/2014 
 
 
Plano Mestre de Produção ( PMP ) 
 
O Programa Mestre de Produção (PMP), Plano Mestre de Produção ou Planejamento 
Mestre da Produção (do inglês Master Production Schedule - MPS) é um documento 
que diz quais itens serão produzidos e quando cada um será produzido, em determinado 
período. Geralmente este período cobre algumas poucas semanas, podendo chegar de 
seis meses a um ano. 
O PMP faz o cálculo das necessidades de produtos finais, indicando a quantidade e 
período de tempo em que deverão estar prontos. Para isso, são utilizados dados sobre 
a demanda dependente, sobre a demanda independente dos produtos em carteira e do 
nível de estoque desses produtos. Entretanto esta etapa não detalha o planejamento da 
produção dos componentes de cada produto. Assim, o resultado do Plano Mestre, 
alimenta uma próxima etapa que verificará essas necessidades. 
Chegar a um Plano Mestre de Produção que compatibilize as necessidades de produção 
com a capacidade disponível pode-se revelar uma tarefa complexa, principalmente se 
os produtos envolvidos exigirem muitas operações, em regime intermitente, ou seja, 
com a utilização do mesmo equipamento para diversos produtos. O processo é 
conduzido por tentativas, testando-se cada PMP para verificar a capacidade produtiva 
que ela exige, além de servir para transladas o planejamento agregado e programações 
individualizadas, portanto, o PMP serve também para avaliar as necessidades imediatas 
de capacidade produtiva, além disso, servirá também para definir compras 
eventualmente necessárias, bem como estabelecer prioridades entre os produtos na 
programação. 
O programa mestre de produção (MPS) é um programa gerado a partir do plano 
agregado de produção, onde este plano deve se desdobrar para que o programa mestre 
de produção se desenvolva. O MPS na verdade é um planejamento de produção de 
estrutura global que gerado a partir do plano agregado de produção, guiará as ações 
em um horizonte de tempo de normalmente 4 à 12 meses em base semanal 
considerando os pedidos existentes, desagregando os produtos acabados em função 
desses produtos acabados e dos componentes críticos e não em termos agregados 
como no processo do plano agregado de produção. 
Estabelecendo assim quando e em qual quantidade cada produto deverá ser produzido 
dentro do horizonte de tempo estabelecido, executando a função de conciliar a 
capacidade disponível e demanda existente para o período, com o intuito de atender 
aos pedidos dentro dos prazos estabelecidos, podendo fazer uma previsão de quando 
poderá ocorrer algum atraso nesses pedidos. 
Isso é possível porque o programa mestre de produção permite a simulação de 
planejamento da linha de montagem, podendo-se assim medir a quantidade de estoque 
gerado, o custo médio do produto fabricado e o número de pedidos atrasados, 
estabelecendo então a melhor programação dos pedidos na fábrica. 
Para a realização da simulação do MPS deve se considerar informações importantes 
como: pedidos atrasados, pedidos em carteira, capacidade disponível, pedidos 
programados, produtos e listas de materiais entre outras informações. 
O MPS tem como uma atividade importante a chamada gestão de pedidos, que através 
de uma verificação automática da capacidade durante o processo de entrada do pedido 
e da disponibilidade de materiais, possibilita saber se a empresa é capaz ou não de 
cumprir o prazo estipulado pelo cliente, visando desse modo a garantia de atendimento 
do pedido desde o processo de vendas. 
 
Material Requirements Planning (MRP) 
O MRP é um sistema computadorizado de controle de inventário e produção que assiste a 
otimização da gestão de forma a minimizar os custos, mas mantendo os níveis de material 
adequados e necessários para os processos produtivos da empresa. 
Este sistema possibilita às empresas calcularem os materiais dos diversos tipos que são 
necessários e em que momento, assegurando que os mesmos sejam providenciados no 
tempo certo em que se possa executar os processos de produção. O MRP utiliza como 
informação de input os pedidos em carteira, assim como a previsão das vendas que provêm 
da área comercial da empresa. 
 
Componentes de um sistema MRP 
• Sistema informativo de produção; 
• Sistema computadorizado 
• Inventário de produção; 
• Calendário de produção; 
• Sistema de gestão de 'inputs' (entrada) para produção. 
• Sistema de previsão de falhas produtivas 
 
Parâmetros fundamentais 
• Políticas e dimensão do lote: 
• política de lotes mínimos 
• política de lotes máximos 
• política de períodos firmes 
• Estoque de Segurança 
• Lead time 
• Unidade de medida 
 
Dados de Entrada do MRP 
Os dados utilizados num sistema MRP provêm (Carravilla, 1997): 
• Plano Diretor de Produção (PDP); 
• Inventário geral; 
• Estrutura dentada dos produtos. 
 
� Plano Diretor de Produção (PDP) 
O plano diretor de produção permite-nos saber (Carravilla, 1997): 
• O que produzir; 
• Quando produzir; 
• O plano de produção alcançado através de previsões de vendas e encomendas firmes; 
• A dimensão suficiente do horizonte temporal de planejamento, de modo a englobar os 
lead times de todos os componentes integrantes nos produtos finais. 
 
� Inventário Geral 
O inventário geral contém informações sobre (Carravilla, 1997): 
• Os estoques disponíveis em armazém; 
• Necessidades brutas; 
• Recepções programadas; 
• Início das encomendas/ordens de fabricação dos produtos; 
• Tamanho dos lotes; 
• Lead-times; 
• Níveis de estoques de segurança; 
• Níveis limite de produtos defeituosos. 
 
� Estrutura dentada dos produtos 
Todos os produtos da linha de produção devem ser "expandidos" ao nível dos seus 
componentes, subcomponentes e peças (Conceitos básicos de MRP, MRPII e ERP). A 
estrutura dentada dos produtos possui (Carravilla, 1997): 
• Dados sobre cada componente ou grupo necessário para a produção de produtos finais, 
discriminando: 
• Referência; 
• Descrição; 
• Quantidades. 
• Definir a partir da necessidade do produto, as necessidades dos componentes. 
 
Estrutura de materiais de nível único 
Este tipo de estrutura possui (MRP - Manufacturing Resource Planning): 
• Único Nível; 
• Itens; 
• Quantidades dos itens filhos. 
 
Estrutura de materiais escalonado 
Este tipo de estrutura possui (MRP - Manufacturing Resource Planning): 
• Vários níveis; 
• Itens iguais em diversos pontos da estrutura; 
• Itens processados; 
• Item adquiridos; 
• Lista de materiais do planeamento agregado. 
 
Dados de saída do MRP 
Os dados que um sistema MRP tem como output (Carravilla, 1997): 
• Para o planejamento (Plano Diretor da Produção); 
• Conclusões da simulação de um Plano Diretor da Produção; 
• Informação da ordem de encomendas por satisfazer. 
• Para a gestão; 
• Índices de performance. 
• Para o CRP; 
• Dados sobre novas de ordens de fabricação. 
• Para Compras e a Produção; 
• Confirmação das ordens de fabricação. 
 
Quando utilizar o MRP 
Os sistemas MRP são usualmente implementados quando uma ou mais condições das 
seguintes se verificam: 
• Quando a utilização (procura) de material é descontinua ou altamente instável durante 
o ciclo normal de operação de uma empresa. Esta situação é tipicamente classificada 
como produção intermitente ou operação job shop, ao contrário de um processo 
continuo de produção ou mesmo produção em série; 
• Quando a procura de material depende diretamente da produção de produtos acabados 
ou de outro inventário específico. O MRP I pode ser visto como componente primário do 
planejamentoda produção onde, a procura pelos componentes ou materiais depende 
da procura do produto final; 
• Quando o departamento de compras e os seus fornecedores, bem como as próprias 
unidades de produção da empresa possuem a flexibilidade para satisfazer encomendas 
e entregas semanalmente. 
 
Vantagens do MRP 
Algumas das vantagens de um sistema MRP (Mesquita): 
• Diminuição dos estoques; 
• Melhor controle da produção e das encomendas; 
• Processo Hierárquico; 
• Integração das várias áreas funcionais (ERP); 
• Estrutura formal de dados e procedimentos; 
• Simulações; 
• Integração JIT/MRP. 
 
Desvantagens do MRP 
O MRP I tem alguns contratempos e desvantagens que devem ser examinados 
minuciosamente por qualquer empresa que considere adotar o sistema em questão. O MRP 
I não tem tendência a otimizar os custos de aquisição dos materiais. Como os níveis de 
estoques são estabelecidos ao mínimo possível, os materiais têm que ser comprados em 
quantidades pequenas e de uma forma mais frequente, o que resulta em um incremento dos 
custos de aquisição. Maiores custos de transporte é o efeito, visto que a empresa está 
menos apta a descontos de encomendas de grandes quantidades. A empresa tem que 
comparar antecipadamente a redução nos seus custos de armazenamento de material em 
estoque aos aumentos nos custos associados a encomendas frequentes e de pequenas 
quantidades. 
Outra desvantagem do MRP I é o potencial perigo de uma redução, ou mesmo parada da 
produção que pode se originar de fatores como: problemas de entrega não previstos e 
escassez de material. A existência de um estoque de segurança fornece à produção alguma 
proteção contra imprevistos. Como os estoques de segurança são reduzidos, este nível de 
proteção é perdido. A desvantagem final do MRP I é devida à utilização de pacotes de 
software padronizados, que, podem ser dificeis de adaptar a situações específicas de 
produção de uma determinada empresa. O software tem então que ser adaptado e 
modificado pela empresa de forma que se consiga satisfazer as necessidades únicas de 
determinada situação. 
Estas desvantagens podem ser facilmente eliminadas através de uma parametrização do 
software utilizado. Nele podem ser definidos estoques de seguranca e lotes mínimos de 
compra, que reduziriam drasticamente os efeitos citados acima. 
 
 
 
Manufacturing Resources Planning (MRP II) 
O MRP I ainda é usado nos dias de hoje por bastantes empresas mas, este tem vindo a ser 
desenvolvido, adaptado e expandido de forma a incluir elementos de compras, financeiros, 
e marketing. Esta nova versão é chamada MRP II (manufacturing resource planning).O MRP 
II (manufacturing resource planning ou planejamento dos recursos de produção) inclui um 
conjunto completo de atividades envolvendo o planejamento e controle de operações de 
produção. 
 
Componentes de um sistema MRP II 
O MRP II consiste em uma variedade de módulos e funções que incluem: 
• Planejamento de produção; 
• Planejamento das necessidades; 
• Calendário geral de produção; 
• Planejamento das necessidades dos materiais (MRP I); 
• Shop floor control (SFC); 
• Compras. 
 
Vantagens do MRP II 
• Redução de estoques; 
• Maior rotação de estoques; 
• Maior consistência nos tempos de entrega ao cliente 
• Redução nos custos de aquisição de material; 
• Redução nos tempos de mão-de-obra. 
 
Aplicação de um Sistema MRPII 
A implementação de um sistema MRP II não se constitui, no seu âmago, e na generalidade, 
uma tarefa inteligível, compreendendo, na maioria das vezes, um espaço temporal de 
aprendizagem que poderá alcançar 24 meses. Os dados oficialmente reconhecidos 
designam uma taxa de êxito (classe A de acordo com a classificação da consultora norte-
americana Oliver Wight) nas implementações de apenas 25%. Nesta etapa, a empresa 
estará habilitada a executar simulações do tipo what-if, sendo que o sistema MRP 
proporciona um melhor entendimento das inter-relações estabelecidas em atividades como 
vendas, finanças, produção e suprimento. No entanto, para que uma empresa alcance este 
limiar, tem de procurar subjugar diversos fatores críticos, os quais se constituem a partir de 
uma composição limítrofe de aspectos técnicos e humanos, entre os 
quais (Barbastefano,1996): 
• Apoio dos altos cargos das empresas e organizações; 
• Definição translúcida de metas e objetivos; 
• Cooperação e comunicação interdepartamental; 
• Visibilidade da implementação; 
• Programa de treinamento profissionalmente construtivo e educação; 
• Equipe comprometida e motivada; 
• Conhecimento dos princípio de MRP II, especialmente pelos elementos constituintes do 
setor de vendas; 
• Adequação de hardware e software; 
• Validade e incorruptibilidade dos dados; 
• Expertise em Tecnologia de Informação; 
� Apoio da alta gerência 
Permitir o cumprimento dos prazos de entrega dos pedidos dos clientes com mínima 
formação de estoques, planejando as compras e a produção de itens componentes para 
que ocorram apenas nos momentos e nas quantidades necessárias, nem mais, nem antes, 
nem depois (Barbastefano,1996). 
O sistema MRP II, essencialmente pela sua exigência no cumprimento dos prazos de 
entrega dos pedidos dos clientes, claro, com o mínimo aprovisionamento e estoques, deve 
ser constantemente acompanhado e edificado sob uma base sustentável. Para isso, deve 
estar comprometida, quando a implementação do sistema, a criação de um comitê diretor, 
havendo destacamento para um líder do projeto. Esta escolha deve ser consciente, sendo 
levado em consideração os seguintes aspetos(Barbastefano,1996): 
• Prática em cargos de chefia de distintos departamentos da organização como os de 
produção, abastecimento e vendas; 
• Elevada credibilidade em toda a organização. 
Além da escolha do líder do projeto, os altos cargos devem também assumir as seguintes 
responsabilidades: 
• Convocar reuniões cíclicas para avaliação da equipa responsável pelo projeto; 
• Decisão para alocação de recursos financeiros de grande porte; 
• Estabelecimento de um cronograma completo para a realização do projeto; 
 
� Definição clara de metas e objetivos 
As metas e objetivos que pretendem ser alcançados com a implementação do MRP II devem 
ser, indubitavelmente, propagados por toda a organização, sendo que, só dessa forma se 
pode evitar que seja estabelecida uma percepção distorcida da representatividade deste 
novo sistema, além, claro, de permitir uma tomada de decisão mais eloquente no que 
concerne aos aspectos técnicos do sistema relativamente ao software e 
hardware (Barbastefano,1996). 
 
� Comunicação e coordenação interdepartamental 
Inúmeras vezes surgem conflitos originários da inexistência de canais eficientes de 
coordenação e comunicação entre os vários departamentos que constituem uma 
organização, sendo que é, obviamente, fundamental para a vitalidade da empresa, evitar 
tais pleitos. É, assim, crucial, para tornar exequível um fluxo de informações necessárias à 
edificação de dados externamente relevantes ao sistema MRP II, bem como para haver a 
possibilidade de previsão de vendas e planejamento da produção, a estruturação de um 
fluxo inter-comunicacional entre departamentos (Barbastefano,1996). 
 
� Visibilidade da implementação 
É, muitas vezes, sintomático que as grandes organizações considerem desnecessárias 
certas medidas de transparência, já que muitas delas podem, sob uma perspectiva imediata, 
mostrar-se tão claras que seria quase que risível a sua demonstração. No entanto, nem 
todos os membros de uma organização possuem a mesma disponibilidade mental e 
perceptiva para determinados entendimentos, sendo que, para evitar a ocorrência de 
surpresas desagradáveis, é imprescindível fornecer uma visão clara das mudanças que um 
sistema MRP II implica, e divulgar todas as etapas de implementação,de forma detalhada, 
aos membros da organização, fomentando também, dessa forma, o aparecimento de uma 
discussão global acerca das mudanças e a possibilidade de um maior entrosamento nas 
mesmas (Barbastefano,1996). 
 
� Treinamento e educação 
Dois dos principais responsáveis pelas implementações executadas com sucesso são, 
indubitavelmente, o treinamento da equipe e a sua educação. De fato, ambos devem 
atingir criteriosamente, no mínimo, 80% do total de todos os componentes da organização, 
pelo menos na fase primária da implementação (Habeck, 1996). Os envolvidos não só 
devem compreender a parte do sistema com a qual vão ter contato, mas também a lógica 
global do sistema para que concebam a importância de fatores como a entrada precisa de 
dados e atualização dos sistemas em tempo real. Deve-se procurar conceber um ambiente 
formal onde existam agendas, objetivos e registro dos fatos, auxiliando na criação de 
equipes de trabalho auto-dirigidas e auto-suficientes. Assim, as simulações são altamente 
recomendáveis para que os membros da organização possam ter um acesso mais direto 
ao sistema antes da sua efetiva implementação (Barbastefano,1996). 
 
� Equipe comprometida e motivada 
A motivação da equipe é crítica já que são seus membros os principais utilizadores e 
alimentadores dos dados do dia-a-dia do sistema. É necessário, portanto, criar um ambiente 
de responsabilidade, dentro da organização, para a mudança. Para isso, deve-se tomar 
algumas medidas como o estímulo para que os funcionários assumam riscos junto com a 
aceitação de eventuais problemas que isto possa significar. Além disso, é totalmente 
inaceitável atitudes como a repressão a fracassos, já que isso inibe, totalmente, a 
participação das pessoas no processo (Barbastefano,1996). 
� Conhecimento dos princípios de MRP II por parte do sector de vendas 
O entendimento, por parte do setor de vendas, de alguns princípios básicos do sistema MRP 
II suprimiria potenciais desentendimentos com o setor de produção da empresa. A origem e 
o conteúdo destes conflitos são descritos por Melo (1995) e dizem respeito a questões de 
planejamento e controle da produção no curto prazo. Por outro lado, a previsão e o 
planejamento de vendas de uma empresa num sistema MRP II não é incumbência única do 
setor de vendas, devendo seus membros enfrentar com despretensão a mudança do 
desígnio de responsabilidades (Barbastefano,1996). 
 
� Adequação de hardware e software 
Algumas das principais características no que concerne o hardware e software necessários 
a implementação bem sucedida de um sistema MRP II. 
• Hardware: o sistema deve ser capaz de funcionar em sistemas de grande porte, como 
em computadores ligados diretamente ao banco de dados e MRP; 
• Software: deve facultar facilmente a execução de determinadas tarefas, como é o caso 
da transferência de dados, atualização e registo das listas de materiais, determinação 
das paradas para preparação e manutenção de máquinas, e sobretudo, permitir a 
execução de cenários do tipo what-if, comparando diversos programas de produção com 
base na eficiência, níveis de estoque e serviço ao cliente (Barbastefano,1996). 
 
� Validade e integridade dos dados 
Um sistema MRP II para ser efetivo carece de uma base da dados válida e atualizada. 
Começar a utilizar o MRP II antes de serem obtidos níveis de validação de dados da ordem 
de 95%, no mínimo, relativamente às estruturas de produtos, registos de estoque e lead-
times, corresponde a assumir um grande risco de desconceituar o sistema junto aos seus 
utilizadores. O esforço de se alcançar altos níveis de validade de dados pode conduzir a um 
longo e exaustivo processo de mudanças de rotinas e procedimentos, as quais podem 
passar pela implantação de um regime de inventários cíclicos ou, então, eliminação de hot-
list’s (Barbastefano,1996). 
 
� Expertise em Tecnologia de Informação 
É imprescindível a existência de uma pessoa com a capacidade técnica suficiente para 
interferir na seleção do hardware e software mais indicados para a implementação do 
sistema, podendo, dessa forma, evitar dispêndios exagerados na compra destes 
componentes (Barbastefano,1996). 
� A importância dos projetos-piloto 
A aplicação de projectos-piloto na execução de um sistema MRP II é extraordinariamente 
importante, na medida em que, dessa forma, pode-se percorrer a curva de aprendizagem 
do sistema sem que ocorram problemas nefastos, como por exemplo a queda de eficiência 
ou a perda da confiança por parte dos membros da organização(Barbastefano,1996). 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
• BARBASTEFANO, Rafael Garcia Barbastefano - Fatores críticos na implementação de 
sistemas mrp IIs [Em linha]. Rio de Janeiro, 1996. [Consult. 29 Mai. 2008]. Disponível 
em WWW: <URL:http://www.centrodelogistica.com.br/new/fs-public.htm>. 
• Breve História do MRP [Em linha]. Brasil: Instituição Toledo de Ensino. [Consult. 24 
Mai. 2008]. Disponível em WWW: 
<URL:http://www.ite.edu.br/apostilas/resumo_mrp.doc> 
• CARRAVILLA, Maria Antónia - MRP & CRP. In PCP 1999/2000 [Em linha]. Porto: 
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, 1997. [Consult. 31 Maio 2008]. 
Disponível em WWW: 
<URL:http://paginas.fe.up.pt/~mac/ensino/docs/PCP19992000/AMrpCrp.ppt> 
• Conceitos básicos de MRP, MRPII e ERP [Em linha]. [S.l.]: Prodel. [Consult. 21 Mai. 
2008]. Disponível em WWW: <URL:http://www.prodel.com.br/conceitoerpmrp.htm> 
• MESQUITA, Marco Aurélio de Mesquita - “Enterprise Resources Planning” - ERP [Em 
linha]. [S.l.]: EPUSP-PRO. [Consult. 03 Jun. 2008]. 
• MRP - Manufacturing Resource Planning [Em linha]. [S.l.]:Log-Ba. [Consult. 30 Mai. 
2008]. Disponível em WWW: 
<URL:http://www.geteq.ufsc.br/controle/upload/arquivos/OP1406.pdf> 
• MRP - Planejamento das necessidades dos materiais [Em linha]. São Paulo: Editora 
Atlas. [Consult. 20 Mai. 2008]. Disponível em WWW: 
<URL:http://www.salaviva.com.br/livro/ppcp/arquivos/transp/Cap%2003%20MRP%20pl
anejamento%20das%20necessidades%20de%20materiais.ppt> 
• Resumo MRP [Em linha]. [S.l.]: Getec. [Consult. 21 Mai. 2008]. 
• LOCKE, Dick - Global supply management: a guide to international 
purchasing . Chicago, IL: Irwin, 1996. ISBN 0-7863-0797-8

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