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Casos clinicos FIGADO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - CURSO DE MEDICINA 
Prof. Dr. Ricardo Vieira 
(jrvieira@ufpa.br) 
Perfil Bioquímico da doença hepática 
Discussão de casos 
 
1.  A cirrose é o estágio terminal da lesão hepática crônica causada mais comumente pelo excesso crônico 
da ingestão de álcool, hepatites virais (particularmente a hepatite B) e doenças auto‐imunes. Sabe‐se que 
não  existem  bons  indicadores  bioquímicos  da  cirrose  no  período  precoce,  que  pode  evoluir 
silenciosamente durante muitos anos até o estágio final, onde as análises bioquímicas, devido possuírem 
pouco  valor  para  um  diagnóstico  específico,  são  freqüentemente  solicitadas  juntamente  com  uma 
biópsia hepática. Nesse estágio, as características da doença incluem: 
• Desenvolvimento de icterícia 
• Ascite 
• Tendência ao sangramento 
• Coma hepático 
Explique sobre cada uma das características clínicas citadas que ocorrem em função da cirrose.  
 
 
2.  Um  paciente de  50  anos,  alcoólatra  há  30,  procurou  o  serviço médico de  seu  bairro  alegando dores 
abdominais  no  hipocôndrio  direito,  além  de  hemorróidas  e  episódios  freqüentes  de  vômito 
sanguinolento.  Ao  exame  clínico,  observou‐se  hepato‐esplenomegalia,  além  de  icterícia  na  pele  e 
mucosas.  Como  nunca  teve  acesso  a  nenhuma  forma  de  tratamento  médico,  foi  diagnosticado 
clinicamente cirrose hepática. A partir destes dados, quais os exames  laboratoriais que você sugeriria 
para a elucidação do diagnóstico,  além de discutir a origem da sintomatologia sugerida pelo paciente. 
 
 
3.  Uma  criança  recém‐nascida  de  sangue  Rh  positivo,  segundo  filho  de  mãe  Rh  negativo,  portando 
anticorpos  anti‐rH  (devido  a  sensibilização  em  parto  anterior)  apresentou  a  DHR,  apresentando‐se 
bastante  ictérica  [BT: 18 mg/dL  (referência: até 1,2mg/dL); BI 16,0mg/dL  (referência: 0,8mg/dL)  e BD: 
1,8mg/dL (referência: até 0,4mg/dL)] necessitando de urgente exo‐sangüíneo‐transfusão (retirada total e 
substituição  por  sangue  novo).  Caso  esta  conduta  terapêutica  não  fosse  realizada,  quais  as 
conseqüências  que  poderia  trazer  esta doença  ao RN? Qual  o  padrão  de  coloração  de  fezes  e  urina 
apresentaria. Discuta acerca dos demais tipos de icterícias e como seriam descartadas caso a clínica fosse 
inconclusiva.  
 
4.  Um homem de 62 anos procurou um clínico geral, apresentando icterícia visível que segundo ele, estava 
“cada vez mais forte”, relatou não sentir dor, apresentava perda de peso e fezes de coloração pálida. O 
paciente negou que fazia uso de medicamentos. O perfil hepático revelou: 
Bilirrubina total: 8,5 mg/dL     (Referência: 0,4 a 1,2 mg/dL) 
Bilirrubina direta: 8,4 mg/dL    (Referência: até 0,2 mg/dL) 
TGO: 32 UI/L        (Referência: 10 a 40 UI/L) 
TGP: 35 UI/L        (Referência: 10 a 35 UI/L) 
Fosfatase alcalina: 750 UI/L     (Referência: 56 a 119 UI/L) 
 
• Baseando‐se  nos  dados  clínicos  e  laboratoriais,  qual  o  diagnóstico  diferencial  você  sugere  a  este 
paciente?  
5.  Um paciente de 41 anos, procurou o serviço médico alegando febre fraca freqüente, perda da atenção, 
amarelamento de pele e mucosas. No exame clínico, afirmou que ingeria bebidas alcoólicas raramente, 
negou  o  uso  de  drogas  de  abuso  e  afirmou  ter  recebido  doação  de  sangue  por  ocasião  de  cirurgia 
quando tinha 20 anos. As provas de função hepática indicaram: 
Uréia:    30mg/dL    referência: 10 – 40 mg/dL 
Creatinina:   1,0 mg/dL    referência: 0,7 – 1,2 mg/dL 
TGO:     60 U/L      referência: 12 – 46 U/L 
TGP:     80 U/L      referência: 3 – 50 U/L 
BT:      3,0 mg/dL    referência: até 1,2 mg/dL 
BD:      1,8 mg/dL    referência: até 0,4 mg/dL 
BI:       1,2 mg/dL    referência: até 0,8 mg/dL 
FA:      110 mg/dL    referência: 27 – 100 U/L 
GGT:    58 U/L      referência: 10 – 50 U/L 
Pesquisa de anti‐HCV:    positiva 
Pesquisa de anti‐HBV:    negativa 
 
Comente sobre os resultados e os procedimentos adequados para esse caso. 
 
6.  Um paciente de 30 anos, dentista, procurou o serviço médico de emergência alegando fortes dores no 
hipocôndrio direito, febre alta, vômitos, mal‐estar geral e bastante ictérico. Informou que havia viajando 
recentemente para uma região de pesca no interior do estado em localidade afastada do município sede 
onde a água de consumo era oriunda de pote caseiro de decantação. No exame clínico foi identificada 
icterícia  discreta  eleve  hepatomegalia  sensível  ao  exame  de  percussão. Afirmou  que  não  havia  tido 
hepatite  anteriormente  e  que  havia  tomado  vacina  para  hepatite  B  e  febre  amarela.  Os  exames 
bioquímicos revelaram: 
Uréia:     30mg/dL  referência: 10 – 40 mg/dL 
Creatinina:   1,0 mg/dL  referência: 0,7 – 1,2 mg/dL 
TGP:     350 U/L   referência: 12 – 46 U/L 
TGO:     110 U/L   referência: 3 – 50 U/L 
BT:     3,8 mg/dL  referência: até 1,2 mg/dL 
BD:     2,8g/dL   referência: até 0,4 mg/dL 
BI:      1,0 mg/dL  referência: até 0,8 mg/dL 
FA:     105 mg/dL  referência: 27 – 100 U/L 
GGT:    55 U/L    referência: 10 – 50 U/L 
Pesquisa de anti‐HCV:    negativa 
Pesquisa de anti‐HBV:    positiva 
Pesquisa de anti‐HBs:    positiva 
Pesquisa de HbsAg:    negativa 
 
Comente sobre os resultados e as possíveis conclusões clínico‐laboratorial.

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