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RESUMO Ototoxidade

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Resumo – Ototoxidade
PATOLOGIAS DA AUDIÇÃO
O que é?
É o comprometimento da função coclear e/ou vestibular resultante da exposição a substâncias químicas.
Estima-se que existam cerca de 200 remédios considerados ototóxicos. Dentre eles os mais comuns são: antibióticos aminoglicosídeos, salicilatos, quinino, agentes antineoplásicos e diuréticos de alça. Na maioria dos casos, a ototoxicidade é temporária e não causa distúrbios por longos períodos, mas é importante que o uso inadequado deles possa provocar prejuízos à audição. 
A ototoxicidade, envenenamento ou orelha, refere-se a uma condição em que os produtos químicos ou drogas danificar o nervo vestíbulo-coclear, ou ouvido interno. O ouvido interno tipicamente é responsável pela recepção e envio de sons para o cérebro, bem como controlar o equilíbrio.
Sintomas
Os sintomas de ototoxicidade podem incluir zumbido, vertigem, plenitude auricular, náuseas e vômitos. Ototoxicidade também pode causar problemas de audição e equilíbrio de perda. Tipicamente, as substâncias mais comuns que causam ototoxicidade incluem antibióticos tais como gentamicina, tobramicina e estreptomicina. Estas drogas são uma classificação de antibióticos conhecidos como antibióticos aminoglicosídicos. Eles geralmente invadem o ouvido interno através da corrente sanguínea, por inalação, ou quando administrado por via intravenosa. 
As substâncias tóxicas geralmente exercem sua ação predominante na orelha interna, mas podem agir em mais de um local.
As substâncias tóxicas geralmente exercem sua ação predominante em uma das porções da orelha interna, mas podem agir em mais de um local. As áreas mais afetadas costumam ser as células ciliadas da cóclea, o vestíbulo e a estria vascular.
Pode ser:
Temporária ou Permanente
Reversível ou irreversível e dependente.
Diagnóstico
Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito no nível da atenção primária com base apenas nos sintomas. Todavia, a anamnese cuidadosa é fundamental para o diagnóstico correto da ototoxidade, indagando-se sempre sobre o uso de medicamentos. Todos os pacientes com queixas de zumbido, hipoacusia, vertigem e desequilíbrio que estejam sendo ou foram submetidos a tratamento com drogas ototóxicas devem ser avaliados para a possibilidade de ototoxidade. Nas crianças com atraso de desenvolvimento da fala, deve-se sempre pensar na possibilidade de surdez por ototóxicos, quando elas forem submetidas a terapias endovenosas, principalmente com uso de antibióticos. A perda auditiva pode ser rápida ou progressiva, e o seu grau depende da concentração da droga usada, da duração do tratamento e da associação com outras drogas ototóxicas. Os sinais e sintomas relacionados com o sistema vestibular estão especialmente ligados com a perda de reflexo vestíbulo-ocular, que vão desde vertigem e desequilíbrio, oscilo-cópia (incapacidade de fixar o olhar e embaralhamento visual) até marcha atáxica (deficiência na capacidade em coordenar os movimentos necessários para a caminhada normal). 
Prevenção e monitoração
A prevenção é a medida mais segura para se evitar a ototoxidade. A monitoração cuidadosa dos pacientes, principalmente daqueles que apresentam fatores de risco, é a medida correta para a adequação de prevenção. Nesses pacientes, deve-se realizar os exames para avaliação auditiva e vestibular antes do inicio do tratamento e avaliações periódicas a cada dois dias durante o tratamento, sendo que esses cuidados são fundamentais para o diagnóstico precoce das lesões, observando-se sempre as altas frequências (5.000 a 8.000 Hertz) no caso de drogas com potencial de toxidade coclear. Na presença de alterações nos exames de medida auditiva e vestibular, é recomendado à equipe ou ao médico-assistente que faça a adequação da dose de medicação ou mesmo que substitua, informando a real necessidade de mudanças do tratamento. As emissões otoacústicas se mostram grandes aliadas na monitoração das lesões ototóxicas nos dias de hoje, devido à sua facilidade de execução nos ambientes hospitalares, principalmente no leito e nos ambientes de unidade de terapia intensiva neonatal. Nos casos de ototoxidade causados por substância de ação tópica, usadas para a antissepsia pré-operatória, recomenda-se a proteção do ouvido médio com algodão hidrófobo e, no caso do uso de gotas otológicas, recomenda-se o uso de doses seguras, pelo menor tempo possível, evitando-se seu uso sem perfurações timpânicas traumáticas.
Fatores de risco
O conhecimento dos fatores de risco para ototoxidade é fundamental à adequada condução dos pacientes que necessitam do uso de medicação com potencial efeito ototóxico. As crianças prematuras e em idade pré- linguística e os idosos são bastante suscetíveis aos efeitos ototóxicos, fato com grande repercussão socioeconômica em razão de sua perda auditiva. As alterações das funções hepáticas e renais são fatores que aumentam as concentrações séricas das drogas ototóxicas em função de sua menor eliminação e metabolização. O aumento da concentração das drogas nos líquidos do ouvido interno potencializa sua ação tóxica. As associações de drogas ototóxicas, como os aminoglicosídeos e a furosemida, têm seu efeito tóxico aumentado, e assim com a sua associação com ambientes ruidosos. A história familiar de ototoxidade é um fator de risco importante, visto que estudos mostram a predisposição genética para as lesões tóxicas. A desnutrição, o mau estado geral e a presença de sintomas auditivos e vestibulares prévios são fatores de risco para a ototoxidade.
Tratamento
Nos pacientes em quem as lesões já estão instaladas, deve-se proceder ao tratamento das sequelas. Aquelas com diagnóstico de lesões auditivas com perda parcial devem ser encaminhadas ao especialista para a adequação reabilitação auditiva com aparelhos de amplificação e, nos casos de perda total da audição, encaminhados para a realização do implante coclear. Nas lesões do sistema vestibular, o tratamento é realizado pelo uso de depressores labirínticos e reabilitação labiríntica para a adequação compensação cerebral.

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