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Perda auditiva induzida por ruído – PAIR PATOLOGIAS DA AUDIÇÃO O que é? PAIR é uma diminuição gradual da acuidade auditiva decorrente da exposição continuada a elevados níveis de pressão sonora. Possui caráter sensórioneural, irreversível e, quase sempre é simétrica. Raramente leva a perda auditiva profunda. Constitui a principal causa de perda auditiva ocupacional. Enquanto no trauma acústico a perda auditiva é causada por um som abrupto de grande intensidade, na PAIR, a exposição é prolongada e de menor intensidade. A PAIR frequentemente está relacionada à atividade ocupacional, mas também pode ocorrer em atividades recreativas (shows, festas). A PAIR representa a doença profissional irreversível mais prevalente em todo o mundo. Existe suspeita de que associação entre perda auditiva e ruído tenha iniciado há pelo menos 2 mil anos. O termo ruído é usado para descrever sons indesejáveis ou desagradáveis. Quando o ruído é intenso e a exposição a ele é continuada, em média 85 decibéis (dB) por oito horas por dia, ocorrem alterações estruturais na orelha interna, que determinam a ocorrência da Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR). Como ocorre? Ocorre devido à redução da capacidade da célula de captar e transmitir sons para o cérebro. A perda auditiva induzida por ruídos é, portanto, um tipo de perda auditiva sensorioneural. Causas Perda auditiva induzida por ruído é causada por excesso de som alto durante um longo período de tempo, por exemplo, no ambiente de trabalho, ao participar de shows, ao ouvir som no smartphone, ou pode ser causada também através de alta intensidade de ruído como de disparo de tiro, buzinas e fogos de artifício. A PAIR é o agravo mais frequente à saúde dos trabalhadores, estando presente em diversos ramos de atividade, principalmente siderúrgia, metalurgia, gráfica, têxteis, papel e papelão, vidraria, entre outros. O excesso de som que é fator dessas alterações também pode vir ao participar de shows, exagerar no volume ao usar fones de ouvido, alta intensidade de ruído como disparo de tiro, buzinas e fogos de artifício. Consequências Em relação à percepção ambiental: dificuldades para ouvir sons de alarme, sons domésticos, dificuldade para compreender a fala em grandes salas (igrejas, festas), necessidade de alto volume de televisão e rádio. Sinais e sintomas: Perda auditiva lentamente progressiva e simétrica IPRF diminuído na presença de ruído competitivo Recrutamento Zumbido Alterações do sono Transtornos neurológicos Transtornos vestibulares Transtornos digestivos Transtornos hormonais Cardiovasculares Transtornos comportamentais Tratamento Já que a PAIR é uma doença com característica irreversível, o único caminho é a reabilitação com aparelhos de amplificação sonora individual (AASI), quando indicado. Não existe tratamento clínico ou cirúrgico para a PAIR, por isso a chave é a prevenção. No ambiente do trabalho, é importante a formação de uma equipe com diversos profissionais (médicos, FONOAUDIÓLOGOS, técnicos de segurança) para a detecção dos níveis de ruído nos diferentes ambientes e para a promoção de um programa de educação e monitoramento que vise à proteção auditiva. Limites de Tolerância para ruído contínuo ou intermitente - Nível de ruído (dB) /Máxima exposição diária permissível 85 / 8 horas 86 / 7 horas 87 / 6 horas 88 / 5 horas 89 / 4 horas e 30 minutos 90 / 4 horas 91 / 3 horas e 30 minutos 92 / 3 horas 93 / 2 horas e 30 minutos 94 / 2 horas 95 / 1 hora e 45 minutos 98 / 1 hora e 30 minutos 100 / 1 hora 102 / 45 minutos 104 / 35 minutos 105 / 30 minutos 106 / 25 minutos 108 / 20 minutos 110 / 15 minutos 112 / 10 minutos 114 / 8 minutos 115 / 7 minutos
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