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RESUMO Reabilitação Auditiva

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Resumo – Reabilitação Auditiva
(Tratamento das deficiências auditivas)
PATOLOGIAS DA AUDIÇÃO
Reabilitação Auditiva
A reabilitação auditiva pode ser a única forma de tratamento para determinadas deficiências auditivas, como pode, também, ser associadas à outras condutas. Pode ser empregada em qualquer forma de deficiência auditiva irreversível.
A Reabilitação Auditiva é um conjunto de ações com a finalidade de devolver e desenvolver a capacidade de percepção auditiva não adquirida, ou adquirida e perdida posteriormente pelo deficiente auditivo.
Esse processo envolve algumas etapas: detecção, identificação, discriminação, reconhecimento e a compreensão dos estímulos sonoros.
O paciente que já passou pela avaliação médica através de exames realizados, e já foi constatado a deficiência auditiva, precisa iniciar imediatamente a intervenção com uso de dispositivos que amenizam e suprimem essa perda.
Isso acontece com a utilização de aparelhos que amplificam o som e devolvem a capacidade de percepção ao paciente.
São eles o Aparelho de Amplificação Sonora (AAS) e o Implante Coclear este é indicado para quem tem perda auditiva profunda.
Indivíduos com deficiência auditiva precisam aprender ou reaprender a ouvir novamente. O ouvir envolve a percepção auditiva, a compreensão dos estímulos, aquisição de linguagem e o desenvolvimento da fala.
As pessoas que já tem uma memória auditiva o processo de reabilitação é considerado mais fácil.
As crianças com deficiência auditiva pré-lingual, não possuem essa memória auditiva, por isso, tem sua linguagem oral bastante comprometida.
Devolver as habilidades auditivas permite uma grande mudança de qualidade de vida dessas pessoas.
Aumentam a sua independência, sua autoestima, eles se sentem mais motivados e como consequência melhora o seu relacionamento com a sociedade.
O sucesso da reabilitação auditiva depende de vários fatores, como por exemplo: o que originou essa perda, por quanto tempo o paciente ficou com essa privação auditiva, engajamento e a participação da família nesta recuperação, entre outros.
Adaptação do AASI (Aparelho de Amplificação Sonora Individual)
Normalmente a deficiência auditiva não é do tipo “tudo ou nada”, de modo que o indivíduo escuta de acordo com o seu resíduo auditivo. Os graus de perda variam desde uma perda suave até uma perda profunda, passando por perdas moderadas e severas. Para cada tipo e grau de perda dispomos atualmente de aparelhos de amplificação sonora que auxiliam cada indivíduo de forma muito significativa, pois os aparelhos auditivos são selecionados e adaptados sob medida de acordo com o tipo e grau de perda apresentada pelo deficiente auditivo.
Os aparelhos auditivos constituem-se em sofisticados instrumentos eletrônicos miniaturizados e alimentados por uma pequena pilha. Eles amplificam o som ambiental e os sons da fala, aumentando o volume desses sons e permitindo, dessa forma, que o usuário do aparelho escute mais e compreenda melhor. Para o uso de aparelhos de amplificação sonora existe a necessidade de um exame auditivo minucioso (exame audiométrico) que irá possibilitar a indicação mais adequada.
Componentes internos dos AASIS
As partes internas principais do AASIs são o microfone, o sistema de amplificação e o receptor.
MICROFONE – O microfone, que converte o sinal acústico do ambiente em um sinal elétrico equivalente, é, portanto denominado transdutor de entrada da prótese auditiva. (CAMPIOTTO, LEVY, HOLZHEIN, e cols, 1997).
Os microfones podem apresentar características especiais no que diz respeito à sensibilidade, à direção da fonte sonora e a resposta de frequências transmitida. Quanto à sensibilidade à direção da fonte sonora, os microfones podem ser omnidirecionais ou direcionais. 
AMPLIFICADOR – É o sistema que tem a função de aumentar a intensidade do sinal elétrico gerado pelo microfone. E o principal responsável pelas características de ganho da prótese auditiva (CAMPIOTTO, LEVY, HOLZHEIN, e cols, 1997).
Uma prótese auditiva normalmente não possui apenas um amplificador, mas vários estágios de amplificação (na realidade uma sequência de amplificadores). O tipo do último amplificador do conjunto identifica algumas características da prótese auditiva. Os amplificadores usados em próteses auditivas dividem-se em:
O amplificador Classe A é normalmente usado em próteses auditivas de pequeno ganho e saída máxima reduzida. Apresenta um nível importante de distorção quando usado em altas intensidades de sarda e possui um consumo de pilha bastante grande.
O amplificador Classe B— push-pull, por sua vez, é caracterizado pela baixa distorção, sendo capaz de fornecer um maior ganho, melhor resposta de frequências e maior saída máxima, com menor consumo de pilha, do que o amplificador Classe A. Sua grande desvantagem é o espaço necessário na prótese para sua construção.
Os amplificadores Classe O e Classe H - são amplificadores de alta eficiência que também fornecem uma melhor resposta de frequências, maior ganho e maior saída máxima, com menor consumo de pilha, do que o amplificador Classe A. Sua principal vantagem em relação à Classe B — push-pull é, porém, o fato de ser pequeno o suficiente para permitir que próteses como as intracanais incorporem os benefícios anteriormente descritos.
RECEPTOR – Segundo ALMEIDA & IORIO (1996), a função do receptor é oposta ao do microfone, pois transforma o sinal elétrico em mecânico.
O receptor é o componente da prótese auditiva que tem a função de retransformar o sinal elétrico amplificado em sinal acústico. Sendo assim, tal qual o microfone, é um transdutor, no caso o transdutor de saída, da prótese auditiva. Todos os receptores utilizados em próteses auditivas são magnéticos, embora o tipo varie conforme seja um receptor interno (em próteses retroauriculares e intra-aurais) ou externo (em próteses auditivas convencionais) (CAMPIOTTO, LEVY, HOLZHEIN, e cols, 1997).
De acordo com ALNMEIDA & IORIO (1996), teremos os tipos: armadura balanceada e tipo telefone.
Acompanhamento fonoaudiológico 
O trabalho fonoaudiológico que visa à aquisição da oralidade tem sido um dos principais eixos de propostas clínicas para a criança com deficiência auditiva. Implica considerar suas particularidades na constituição do desenvolvimento social, emocional, psíquico e cognitivo, além de reordenar as situações de interação, favorecendo, assim, o modo de comunicação desse grupo de pacientes.
Porém, para que esse ideal seja alcançado, é necessário que os pais das crianças com deficiência auditiva entendam o que buscam no Serviço de Saúde Auditiva, para fazer suas escolhas com clareza e discernimento, compreendendo as potencialidades de seus filhos e ajustando suas expectativas no decorrer desse processo.
A intervenção envolve diversos profissionais com capacidade de absorver e atender com cautela essa demanda de pacientes que precisam de atenção especial. Desta forma, é importante que o profissional da saúde tenha condições de perceber as mudanças que eventualmente ocorram no contexto familiar, as angústias diante do problema e as possíveis negações, para que possa contribuir no processo de reorganização da família diante do diagnóstico, acompanhando o desenvolvimento da criança(11).
Os contatos da família com o fonoaudiólogo no processo de adaptação de Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) servem também para a explicitação dos objetivos do tratamento e das opções clínicas e educacionais disponíveis na comunidade. No âmbito da saúde auditiva, é fundamental esclarecer, ainda, a função do uso de amplificação para o desenvolvimento auditivo e de linguagem oral.
Implante Coclear
Conhecido popularmente como ouvido biônico, o implante coclear é um dispositivo eletrônico que tem o objetivo de substituir as funções das células do ouvido interno de pessoas com surdez profunda que não são beneficiadas pelo uso de aparelhos auditivos. É um equipamento implantado cirurgicamente na orelha que tem a função de estimularo nervo auditivo e recriar as sensações sonoras.
O implante coclear é composto de dois sistemas principais: um externo e um interno. A parte interna é formada por um receptor e um arranjo de eletrodos que fica posicionado dentro da cóclea (órgão da audição com formato de caracol). Eles se conectam a um receptor, que funciona como um decodificador, implantado na região atrás da orelha, por baixo da pele. Com o receptor, ficam uma antena e um ímã, que servem para fixar a unidade externa e captar os sinais elétricos.
A unidade interna normalmente funciona por radiofrequência, ou seja, o mesmo meio usado para transmitir informações para a unidade interna é responsável pelo funcionamento dela.
A parte externa é composta por um processador de fala, uma antena transmissora e um microfone. Esta é a parte do implante que fica aparente.
Acompanhamento Fonoaudiológico
Uma criança deficiente auditiva que recebe o implante coclear precisa aprender a entender os sons, a escutar e depois a falar através da terapia fonoaudiólogica e o estímulo dos pais.
Cada criança tem um desempenho individual e não deve ser comparada a outras crianças. Devemos estar atentos para a evolução individual de cada uma delas, é importante saber se a criança está evoluindo. E nesse momento deve-se prestar atenção para sinais de evolução que às vezes passam despercebidos aos pais:
Olhar em resposta a algum som apresentado, ou seja: procurar o que está fazendo barulho.
Saber que o que está fazendo aquele som (ex. quando há um latido a criança identifica que é o cachorro).
Responder ao nome quando chamado.
Aumento da produção de sons e da frequência dos mesmos, como se ele estivesse “falando em outra língua”.
É muito importante ressaltar que o aprendizado das LIBRAS não impede que a criança aprenda a linguagem oral. As LIBRAS nos casos de pais surdos e crianças surdas, muitas vezes podem ser fundamentais e não impede que a oralização dessas crianças aconteça paralelamente.

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