Buscar

MATERIA DA NP1 (INICIO) PROFº NEWTON

Prévia do material em texto

FACULDADE ASPER
DIREITO - 2º PERÍODO - NOTURNO - NP1 ALUNO: JASON SOARES DE LIMA
ILICITUDE E CULPABILIDADE
PROFESSOR: NEWTON NOBRE	
AULA DO DIA 10.02.2014
CRIME FATO TIPICO - CONDUTA (DOLOSA OU CULPOSA)
(DELITO) - RESULTADO JURIDICO
 - NEXO DA CAUSALIDADE
 - TIPICIDADE PENAL
 (PRIME DA INSIGNIFICÂNCIA) EXCLUI A TIPICIDADE
ANTIJURIDICO - ESTADO DE NECESSIDADE
 (ILICITO) - LEGITIMA DEFESA
 - EXERCICIO REGULAR DE UM DIREITO
 - ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
 - CONSENTIMENTO DO OFENDIDO
CULPAVÉL - IMPUTAVÉL
 - POTENCIAL CONCIÊNCIA DA ILICITUDE
 - EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
 (INEXEGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA)
1. Tipo
 Tipo é a discrição de um comportamento humano feita pela lei penal. É um modelo abstrato de conduta que o Estado, por intermédio da lei visa impedir que seja praticada.
2. Tipicidade 
 É a correspondência perfeita entre a conduta praticada pelo agente e um modelo abstrato previsto na lei penal (tipo).
 A tipicidade autoriza uma presunção relativa de ilicitude ou (antijuridicidade) , ou seja todo fato típico se presume ilícito. Porém , essa presunção é relativa porque podem estar presentes alguns escrudentes de ilicitude.
3. Tipicidade Formal
 Haverá tipicidade formal se existir adequação perfeita entre a conduta do agente e o modelo abstrato previsto em lei (tipo).
4. Tipicidade Material
 È quando ocorre um critério de seleção do bem a ser protegido pelo ordenamento jurídico. O principio da insignificância exclui a tipicidade material.
AULA DO DIA 11.02.2014
5. Tipicidade Conglobante - TIPICIDADE MATERIAL
 - ANTINORMATIVIDADE
TIPICIDADE PENAL= TIPICIDADE FORMAL + TIPICIDADE CONGLOBANTE
 Para que se possa falar em tipicidade Conglobante é preciso que a conduta praticada pelo agente seja antinormativa e que haja tipicidade material. Para que uma conduta seja considerada antinormativa é preciso que esta não seja imposta ou fomentada (incentivada), pelo ordenamento jurídico. O ordenamento jurídico constitue um sistema onde não podem coexistir (existir ao mesmo tempo) normas incompatíveis. Caso exista uma delas devem ser eliminada.
 Ex. Lembrar exemplo da pena de morte por fuzilamento (só em caso de guerra declarada)
 A tipicidade Conglobante abrevia a análise do crime, resolvendo a questão já no primeiro elemento (fato típico) sem precisar analisar seu segundo elemento (antijurisdicidade ou ilicitude).
ADEQUAÇÃO NORMA DE
 TIPICA E EXTENÇÃO
ADEQUAÇÃO TIPICA - SUBORDINAÇÃO IMEDIATA (DIRETA)
 - SUBORDINAÇÃO MEDIATA (INDIRETA)
ADEQUAÇÃO TIPICA E NORMA DE EXTENÇÃO
 Adequação tipica é sinônimo de tipicidade formalL ou seja quando a conduta do agente se amolda perfeitamente a um tipo penal previsto em lei.
 A adequação tipica pode ser de subordinação imediata ou direta, bem como de subordinação mediata ou indireta.
 A subordinação imediata ou direta ocorre quando houver a perfeita adequação entre a conduta do agente e o tipo penal incriminador. 
 Já a subordinação mediata ou indireta ocorre quando, embora o agente atue com a vontade de praticara conduta proibida, seu comportamento não consegue se adequar perfeitamente a essa figura típica, precisando se utilizar da chamada norma de extenção. 
 A Norma de Extenção tem a finalidade de ampliar o tipo penal, abrangendo hipóteses não previstas expressamente na lei (tentativa-art. 14 $ II do CP).
AULA DO DIA 18.02.2014
6. Tipicidade Penal = Tipicidade Formal + Tipicidade Conglobante 
Ou Tipicidade Formal corrigida pela Tipicidade Conglobante
3 - Teorias do Tipo
3.1 - Teoria da “Ratio Cognoscendi” este Crime é = a Fato Tipico + Ilicito + Culpavél 
 De acordo com essa teoria a ilicitude é analisada em um segundo momento. Ou seja, primeiro se analisa o fato típico (conduta, resultado,nexo causal e tipicidade), para depois se analisar a ilicitude (se houve algum excludente).
 A tipicidade é tida como indicio de ilicitude ou seja uma vez praticado o fato típico ele se presume ilícito, a não ser que esteja presente alguma excludente de ilicitude.
 Essa é a teoria aceita pelo nosso ordenamento jurídico, onde o crime é considerado o fato típico ilícito e culpavél
3.2 – Teoria da “Ratio Essendi” este Crime é = Fato Tipico + Culpavél + Ilicito 
 - Tipo Total
 - Elementos Negativos do Tipo
 De acordo com essa teoria nós teríamos o chamado tipo total, pois há uma junção entre os dois primeiros elementos do crime, ou seja fato típico e Ilicito. Teríamos também os chamados elementos negativos do tipo, que na outra teoria funciona como excludente de ilicitude. Aqui, como (Estado de Necessidade, Legitima Defesa, Estrito Cumprimento do dever Legal, Exercício Regular de um Direito e o Consentimento do Ofendido) estão dentro do primeiro elemento do crime, eles excluem o próprio fato típico e não a ilicitude, porisso que são chamados de elementos negativos do tipo.
 Na teoria da Ratio Essendi crime é = ao tipo total + culpável
Conduta Dolosa
Conceito e Elemento de Dolo - Intelectual (Conciencia)
 - volitivo (vontade)
 Dolo é a vontade e consciência dirigida para realizar uma conduta prevista no tipo penal.
Especie de Dolo - Direto ( 1º Grau - Fim Proposto e Meio Escolhido e 2º Grau – Consequências Necessarias)
 - Indireto (Alternativo e Eventual) (Subjetivo e Objetivo)
 - Geral (Aberration Causae)
 Dolos de Consequencias Necessarias com relação aos efeitos colaterais do ato praticado.
Ex. Terrorista 
 AULA DO DIA 24.02.2014
O Dolo Indireto Alternativo Objetivo é com relação ao resultado pretendido pelo agente ou um ou outro. 
Já o dolo Indireto alternativo subjetivo é com relação as pessoas a serem atingidas, ou uma ou outras
O Dolo indireto eventual o agente assume, mesmo sem querer diretamente, assume o risco de produzir o resultado. E se esse ocorrer para ele tanto faz.
O Dolo Geral ocorre quando o autor acredita haver consumado o delito, quando na realidade o resultado somente se produz por uma ação posterior, com a qual buscava encobrir o fato.
Conduta Culposa
01 - Conceito: È um ato humano voluntário dirigido a realização de um fim licito que por imprudência, Negligência ou imperícia da causa ao resultado não querido ou assumido pelo agente, tipificado como crime culposo
02 – Elemento do Crime Culposo
Conduta Humana Voluntária (Dirigida a um fim licito)
 Inobservãncia de um Dever de Cuidado (Imprudencia, Negligência ou Impericia)
Resultado Lesivo não querido ou não assumido pelo agente (Se fosse querido seria Dolo Direto e se fosse assumido seria Dolo eventual)
Nexo de Causalidade (Entre a conduta e o resultado)
Previsibilidade ( O Resultado Deveria ser previsto peloagente, que deixou de prever o que era Previsível)
Tipicidade (Previssão Expressa)
03 - Imprudência, Negligência, imperícia
04 - Tipo Aberto: O tipo é considerado aberto quando há uma necessidade de complementação. Os crimes culposos são tipos abertos, porque é o juiz analisando o caso concreto e vai dizer se o agente agiu com Imprudência, Negligência ou Imperícia
05 – Culpa Conciente X Dolo Eventua
Imprudência: Prática de um ato perigoso sem os cuidados que o caso requer .
Negligência: Deixar de fazer aquilo que o dever de cuidado normal exige.
Imperícia: È quando ocorre uma inaptidão do agente para o exercício de uma profissão.
Diferença entre Culpa Conciente e Dolo Eventual: Na culpa conciente, embora prevendo o resultado, o agente acredita sinceramente que ele não vai ocorrer. Já no dolo eventual, embora o agente não queira diretamente o resultado, assume o risco de produzi-lo
AULA DO DIA 25.02.2014
Relação de Causalidade
01 – Conceito: Nexo Causal é o elo necessário que liga a conduta praticada pelo agente ao resultado por ela pretendido.
 Nosso Código Penal em seu artigo 13, adotou a teoria da equivalência dos antecedentes causais (Conditio Sine Qua Non), segundo a qual considera-se causa toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Todos os fatos que antecedem o resultado se equivalem, desde que indispensáveis a sua ocorrência.
 Verifica-se se o fato antecedente é causa do resultado apartir de uma técnica chamada de eliminação 
hipotética, onde se eliminado aquele fato ocorre uma modificação no resultado, aquele fato é causa do resultado.
Para evitar uma regressão “Ad Infinitum” a cadeia causal deve ser interrompida no instante em que não houver dolo ou culpa por parte daquelas pessoas que tiveram alguma importância na produção do resultado. 
02 – “Conditio Sine Qua Non” (Teoria da Equivalência dos Antecedentes Causais)
03 – Eliminação Hipotética
Resultado
01 – Resultado Jurídico
(Lesão ou Perigo de Lesão)
 Nem todos os crimes produzem um resultado naturalístico, ou seja, que tragam alguma modificação no mundo exterior. Ex. homicídio.
 Existem alguns crimes (Crimes omissivos, Crime de mera conduta) que se consumam independentemente da produção de algum resultado naturalístico.
 Assim, quando o artigo 13 do CP fala em resultado não quer dizer apenas resultado naturalístico, mais sim resultado jurídico, que ocorrem quando há uma lesão ou perigo de lesão para o bem jurídico protegido pelo direito penal.
 01 - Ilicitude ( Antijuridicidade)
 Conceito: È a relação de contrariedade entre a conduta praticada pelo agente e o ordenamento jurídico. 
 02 - Ilicitude Formal e Material
 Conceito: Para que uma conduta seja considerada ilícita basta que o agente contrarie uma norma jurídica ou seja basta que seja formal, não sendo necessário que haja uma efetiva lesão ao bem jurídico protegido (Ilicitude Material).
 03 – Ilicitude Subjetiva e Objetiva
 Conceito: A ilicitude Subjetiva dirigi-se apenas as pessoas imputáveis. Já para a ilicitude Objetiva basta a contrariedade entre o fato praticado pelo agente e o ordenamento jurídico, independentemente de quem a pratique.
 Assim para o nosso ordenamento jurídico a ilicitude é formal e objetiva.

Outros materiais