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Antipsicóticos - Farmacologia e Fisiopatologia

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1 
 
ANTIPSICÓTICOS / NEUROLÉPTICOS / ANTIESQUIZOFRÊNICOS 
 
Psicose - Esquizofrenia 
 Paciente perde contato com a realidade 
 Etiologia multifatorial com componente genético que é mais significativo do que a doença de Parkinson (muito 
frequente em gêmeos idênticos) 
 Fator ambiental pode desencadear (estresse emocional ou físico, virose) o aparecimento dos sintomas. 
 Geralmente é uma doença de paciente jovem (começa no final da adolescência) 
 Distúrbio crônico, sem cura e incapacitante (só dá para melhorar os sintomas). 
 Sintomas positivos e negativos 
 
Fisiopatologia (mais aceita – o que tem sido utilizado para tratar) 
 Hiperatividade dopaminérgica em locais específicos do cérebro 
 Região Meso-límbica: Todo o sistema límbico (controla emoções, memória e cognição). Predominância de receptores 
D2 e D4. Sintomas POSITIVOS. 
 Região Meso-cortical: Predomina receptores D2 e D5. Sintomas NEGATIVOS. 
 Nessas duas regiões é que acontecem os sintomas da esquizofrenia. 
Outras teorias da Fisiopatologia 
 Teoria neuroanatômica: Não tem um tratamento voltado para ela. Ocorre tipo uma atrofia cerebral principalmente na 
região pré-frontal e hipocampo. Perda neuronal em regiões específicas. Estudos pós-morte demonstrando aumento do 
tamanho do ventrículo e diminuição da região cortical cerebral. 
 Teoria da Serotonina: Baseada no fato de que o LSD, que é um agonista parcial do receptor do tipo 2 da serotonina 
produz alucinações semelhantes a esquizofrenia. Então se pensa que a esquizofrenia poderia ser por aumento da 
atividade da serotonina em receptores específicos (alguns antipsicóticos atípicos bloqueiam esses receptores, logo esse 
é o único que tem uma explicação justificável.) 
 Teoria glutamatérgica: Baseada na ação que os antagonistas NMDA do glutamato induzam uma psicose semelhante a 
esquizofrenia. Estudos pós-morte demonstrando diminuição da concentração do glutamato no córtex e hipocampo. 
Então antagonistas NMDA aumentaria a dopamina nesses lugares. 
 
Estratégias de tratamento 
 Reduzir a ação da Dopamina 
 Bloqueio dos receptores da Dopamina (antipsicóticos típicos). 
 Efeitos colaterais: Bloqueio dos receptores periféricos pois não são específicos. Inibem também os muscarínicos, alfa 2 
e histamínicos (os mesmos que os antidepressivos tricíclicos inibem não seletivamente). 
 
 
2 
 
Sintomas 
 Positivos: Sintomas que são considerados como anormais. Região MESO-LÍMBICA. “Comportamento do doido”. Coisas 
que não são normais de acontecer. 
 Delírios 
 Alucinações visuais, auditivas e sensoriais. 
 Ilusão 
 Transtornos de pensamento 
 Desorganização de discurso e comportamento 
 
 Negativos: Perda de funções normais. Região MESO-CORTICAL. 
 Apatia 
 Embotamento emocional (perde a capacidade de manifestar sentimentos, parece que não sente nada e fala 
com tranquilidade “não sinto nada por você”). 
 Desinteresse e afastamento do contato social 
 Voz monótona e mímica facial pobre 
 Pobreza de li colnguagem 
 Falta de iniciativa, falta de comportamento orientando para meta. 
 
 Muitas vezes esses sintomas negativos são confundidos com sintomas de depressão. 
 Geralmente as pessoas tem ou positivo ou negativo. Pode acontecer de ter os dois com predomínio de algum. 
 
Neurolépticos típicos (de primeira geração) 
 Tratam principalmente os sintomas positivos (delírio e alucinação) – agem muito nos receptores D2, que predominam na 
região meso-límica. 
 Boa absorção por via oral 
 Podem ser usados por IM e EV. 
 Meia vida permite administrações diária 
 Alto metabolismo de primeira passagem (menos biodisponibilidade, dose oral deve ser maior do que a por via parenteral). 
 Alta taxa de ligação as proteínas plasmáticas. 
 Tem pouco efeito sobre os sintomas negativos. 
 Têm maior risco de complicações porque são muito potentes. 
 
Interações 
 Diminuem a ação da Levodopa (porque antagoniza dopamina) 
 Ação nos antiparkinsonianas que agem nos receptores da dopamina, os agonistas da dopamina 
 Potencializa o efeito de anti-histamínicos e de benzodiazepínicos (bloqueiam receptores histamínicos, e são sedativos). 
 
 
 
3 
 
Efeitos adversos 
 Síndrome maligna neuroléptica: Rara, mas pode ser fatal. Se dá por causa de um bloqueio dos receptores D2 no 
hipotálamo. Vai acontecer com a droga mais potente, que é o Haloperidol. 
 Catatonia (comportamento de paralisia) 
 Estupor (estado de sedação grande, quando comatoso) 
 Febre 
 Instabilidade do sistema nervoso autônomo 
 Efeitos extrapiramidais (ação em sítios nigroestriatais que vão simular o Parkinson) 
 Discinesia tardia: Movimentos involuntários, geralmente após 2 anos de uso. Deve-se a mecanismos adaptativos dos 
receptores (hipersensibilização) com atividade dopaminérgica induzida por neurolépticos. 20% dos casos. 
 Aumento da prolactina: Por causa de bloqueio de receptores da dopamina na região temporo-infundibular/hipófise. 
 Mulheres: Ausência de menstruação, lactação, falso positivo para gravidez. 
 Homens: Ginecomastia e diminuição da libido. 
 Podem produzir tolerância, mas dependência física é RARA. 
 Efeitos anticolinérgicos: Boca seca, náusea, vomito, constipação, retenção urinária, midríase, taquicardia. 
 Efeitos antiadrenérgicos: Hipotensão postural, taquicardia reflexa, sonolência, ausência de ejaculação 
 Efeitos anti-histamínicos: Ganho de peso e sonolência. 
 
 
Típicos de baixa potência 
 Também usados como sedativos. 
 Clorpormazina (amplictil) 
 Levonepromazina (neozine) 
 Proclorpromazina 
 Tioridazina 
 
Alta potência 
 Haloperidol (haldol): Principal representante do grupo de alta potência. Incisivos. Os mais indicados para o manejo de 
agitação de delírios (em crises também). Tem efeitos colaterais mais graves. 
 Pimozida 
 Tiotixeno 
 Flufenazina 
 
 
 
 
 
4 
 
Neurolépticos atípicos (antipsicóticos de nova geração) 
 Ação melhor sobre os sintomas negativos (agem melhor na região meso-cortical) 
 Menor risco de complicações (sintomas parkinsonianos, etc.). 
 Agem de uma forma mais leve sobre os receptores D2 na área nigroestriatal (se desprende mais rápido) 
 Bloqueio de receptores D4 da dopamina 
 Bloqueio dos receptores da serotonina 5HT2 
 Geralmente são usados quando o paciente não responde bem ao tratamento típico. 
 Tem menos efeitos colaterais quando comparado aos típicos. 
 Sintomas extrapiramidais mais leves 
 
 Risperidona: Muito usada no autismo. 
 Quetiapina: Também tem sido usado como antidepressivo por tratar os sintomas negativos. 
 Clozapina 
 Olanzapina 
 Zisprasidona 
 
Outros usos dos antipsicóticos 
 Prevenção de náuseas e vômitos -> neurolépticos TÍPICOS (porque eles bloqueiam os receptores D2 na zona 
quimiorreceptoras do vômito). 
 Principalmente os vômitos induzidos por fármacos 
 Tranquilizantes: Agitação psicomotora ou associada a outros distúrbios 
 Dor crônica com ansiedade grave, associada com narcóticos. 
 Soluço intratável -> Clorpromazina 
 Tratamento da irritabilidade e comportamento inconveniente do autismo -> Risperidona

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