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A ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO D SINDICAL

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ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a agência das Nações Unidas que tem 
por missão promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter acesso a 
um trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e 
dignidade. O Trabalho Decente, conceito formalizado pela OIT em 1999, sintetiza a sua 
missão histórica de promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter 
um trabalho produtivo e de qualidade, em condições de liberdade, equidade, segurança e 
dignidade humanas, sendo considerado condição fundamental para a superação da 
pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da governabilidade democrática 
e o desenvolvimento sustentável. 
O Trabalho Decente é o ponto de convergência dos quatro objetivos estratégicos da 
OIT: o respeito aos direitos no trabalho em especial aqueles definidos como 
fundamentais pela Declaração Relativa aos Direitos e Princípios Fundamentais no 
Trabalho e seu seguimento adotada em 1998: 
(i) liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva; 
(ii)eliminação de todas as formas de trabalho forçado; 
(iii) abolição efetiva do trabalho infantil; 
(iv) eliminação de todas as formas de discriminação em matéria de emprego e ocupação, 
a promoção do emprego produtivo e de qualidade, a extensão da proteção social e o 
fortalecimento do diálogo social. 
A ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO: COMPOSIÇÃO E 
ESTRUTURA . 
O Tratado de Versalhes, na sua Parte XIII, arts. 387 a 427, dispõe sobre a estrutura, 
funcionamento e finalidades da Organização Internacional do Trabalho. 
A OIT é composta dos seguintes órgãos: 
1. Conferência Internacional do Trabalho - órgão supremo da OIT, tem por função 
básica a discussão e a adoção de instrumentos internacionais de caráter normativo, a 
saber, convenções e recomendações, bem como o sistema de supervisão e controle de 
sua aplicabilidade. 
A Conferência Internacional do Trabalho é a Assembleia Geral de todos os Estados-
Membros, possuindo cada um deles 4 delegados, a saber: 2 designados pelos 
respectivos governos; 1 designado pelos empregadores e 1 designado pelos 
trabalhadores, ambos indicados pelas organizações correspondentes mais 
representativas. Além do Plenário da Conferência, funcionam, simultaneamente, várias 
comissões tripartites, permanentes ou não, com objetivo de estudos preliminares das 
questões submetidas à Assembleia Geral. A única comissão que não é tripartite é a de 
questões financeiras. 
 
2. Conselho de Administração - órgão colegiado que administra a OIT, tem por função 
promover o cumprimento das deliberações da Conferência. Além dessa, entre outras 
atribuições, o Conselho supervisiona o Bureau, designa seu Diretor-Geral, prepara a 
ordem do dia da Conferência, elabora o projeto de orçamento da Organização. 
 
3. Repartição Internacional do Trabalho - Com sede em Genebra, é o órgão 
executivo da OIT. Tem por competência: 
“a centralização e a distribuição de todas as informações concernentes à regulamentação 
internacional das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores e, em particular, o 
estudo das questões a serem submetidas à discussão da Conferência, para a adoção de 
convenções internacionais, assim como a realização de inquéritos especiais 
determinados pela Conferência ou pelo Conselho de Administração.” (§ 1º do art. 10 da 
Constituição da OIT). 
NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO – SUA ELABORAÇÃO 
EFICÁCIA E VALIDADE 
A Conferência Internacional do Trabalho tem a competência, na qualidade de 
assembleia geral, de elaborar e aprovar as normas internacionais de trabalho. Existem 
três instrumentos básicos para esta regulamentação: a convenção, recomendação e 
resoluções. 
A convenção necessita ser 
ratificada pelo Estado-
membro. 
As convenções constituem 
tratados multilaterais (se 
ratificado passar a ser 
obrigatório), abertos à 
ratificação dos Estados-
membros, que, uma vez 
ratificados, devem integrar a 
respectiva legislação 
nacional. 
Já a recomendação deve ser 
submetida à autoridade para que 
se legisle sobre a matéria. 
Já as recomendações (não é 
obrigatório) se destinam a 
sugerir normas que podem ser 
adotadas por qualquer das fontes 
diretas ou autônomas do Direito 
do Trabalho, embora visem, 
basicamente, ao legislador de 
cada um dos países vinculados à 
OIT. 
As resoluções, como terceira 
espécie não vinculam o Estado-
Membro, apenas convidam os 
organismos internacionais e 
governos a adotarem certas 
medidas ou adotarem certos 
posicionamentos, fazendo 
observações e sugestões. 
 
Ao conjunto de normas das convenções e recomendações se denomina “Código 
Internacional do Trabalho”, que possui outros documentos como anexos. 
Por ser o documento com maior hierarquia e eficácia jurídica serão as convenções 
internacionais do trabalho. Após a ratificação ela passa a integrar o mundo jurídico do 
Estado-membro. 
PRINCIPAIS NORMAS DE DIREITOS HUMANOS NO ÃMBITO DO TRABALHO 
Em junho de 1988 a 86ª Conferência Internacional do Trabalho aprovou a Declaração 
da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, reafirmando o 
desígnio de que o desenvolvimento de cada nação do ponto de vista econômico não 
pode deixar de ser acompanhado pelos ideais da justiça social. 
A Declaração é uma resposta à realidade de globalização da economia e determina uma 
agenda social mínima de abrangência mundial. É fato que reafirma princípios já 
existentes em outras convenções da OIT, sendo um documento a que cumpre catalogar 
os direitos fundamentais do trabalho, ou seja, um elenco básico cuja aplicação seja 
assegurada por todos os membros. 
Saliente-se que mesmo os membros que não tenham ratificado as convenções 
correspondentes tem o compromisso de respeitar os direitos fundamentais objeto destas 
convenções conforme item 2 desta da Declaração, abaixo transcrito: 
“Declara que todos os Membros, ainda que não tenham ratificado as convenções 
aludidas tem um compromisso derivado do fato de pertencer à Organização de respeitar, 
promover e tornar realidade, de boa fé e de conformidade com a Constituição, os 
princípios relativos aos direitos fundamentais que são objeto dessas convenções, isto é: 
a) a liberdade sindical e o reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva; 
b) a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório; 
c) a abolição efetiva do trabalho infantil; e 
d) a eliminação da discriminação em matéria de emprego e ocupação.” 
A OIT executa programas com a finalidade de promover esta declaração baseado na 
divulgação, no significado dos direitos e princípios fundamentais para o 
desenvolvimento, democracia e justiça e para a promoção de políticas que conduzam à 
realização destes princípios. 
O SISTEMA DE SUPERVISÃO E CONTROLE DE APLICAÇÃO DAS NORMAS 
DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. 
 
A OIT conta com um sistema de controle da aplicação das normas composto por vários 
órgãos e instrumentos, dentre os quais: 
a) Comissão de Peritos para a Aplicação das Convenções e das Recomendações 
(CEACR), que examina os relatórios dos governos dos Estados-Membros sobre as 
convenções por eles ratificadas; 
b) Comissão de Aplicação das Normas da Conferência, onde o relatório anual da 
Comissão de Peritos é examinado por ocasião da Conferência Internacional do 
Trabalho; 
c) Reclamações e Queixas, canal por meio do qual as organizações de empregadores ou 
de trabalhadores têm o direito de apresentar à OIT reclamações contra qualquer Estado-
Membro que, na sua opinião, não tenha assegurado de forma satisfatóriao cumprimento 
de uma convenção ratificada; 
d) Comitê de Liberdade Sindical, que examina as queixas relativas às violações dos 
princípios da liberdade sindical e da negociação coletiva (convenções 87 e 98), ainda 
que o Estado-Membro acusado de infrações não tenha ratificado tais convenções. 
Além do sistema de supervisão normativa, a OIT, por meio de suas atividades de 
assistência técnica, pesquisa, formação e fortalecimento institucional, apoia seus 
constituintes nas diversas regiões do mundo com o objetivo de promover e garantir a 
efetiva aplicação das Normas Internacionais do Trabalho. Em 1998, a OIT adotou a 
Declaração Relativa aos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu 
Seguimento, que constitui uma reafirmação universal do compromisso dos Estados-
Membros da Organização, e da comunidade internacional em geral, de respeitar, 
promover e aplicar um patamar mínimo de princípios e direitos no trabalho, 
reconhecidos como fundamentais para o desenvolvimento sustentável e uma 
globalização equitativa. 
As 8 Convenções Fundamentais da OIT 
» Convenção sobre o Trabalho Forçado, 1930 (nº 29) 
» Convenção sobre a Liberdade Sindical e a Proteção do Direito Sindical, 1948 (nº 87) 
 » Convenção sobre o Direito de Sindicalização e de Negociação Coletiva, 1949 (nº 98) 
» Convenção sobre a Igualdade de Remuneração, 1951 (nº 100) 
 » Convenção sobre a Abolição do Trabalho Forçado, 1957 (nº 105) 
 » Convenção sobre a Discriminação (Emprego e Profissão), 1958 (nº 111) 
» Convenção sobre a Idade Mínima para Admissão a Emprego, 1973 (n° 138) 
 » Convenção sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação 
Imediata para a sua Eliminação, 1999 (n° 182) 
O Brasil ratificou um total de 82 das 189 convenções da OIT. Ratificou todas as 
convenções fundamentais, salvo a 87. 
FONTE: 
http://www.justica.sp.gov.br/StaticFiles/SJDC/ArquivosComuns/ProgramasProjetos/NE
TP/Relat%C3%B3rio.%20OIT%20no%20Brasil.pdf 
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6787 
http://www.mesquitabarros.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2
5:direito-i

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