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LA FILOSOFÍA AMERICANA 
COMO FILOSOFIA SIN MÁS 
por 
LEOPOLDO ZEA 
• 
siglo 
v e n t u n o 
e d r t o r e s 
LA FILOSOFÍA AMERICANA 
COMO FILOSOFÍA SIN MÁS 
por 
LEOPOLDO ZEA 
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edtores 
siglo xxi editores, s .a . de c.v. 
C E R R O DEL AGUA 248, R O M E R O D E T E R R E R O S . 043!G. MÉXICO. D i . 
s i g l o x x i e d i t o r e s , s . a . 
G U A T E M A L A 4B24. C 1 4 2 5 B U P . B U E N O S A I R E S . A R G E N T I N A 
siglo xxi de españa editores, s.a. 
M E N É Í j D E Z P l D Á L 3 B I S : 2 6 0 3 6 . M A D R I D . E S P A Ñ A 
primera edición,1969 
undécima reimpresión, 1987 
segunda edición, corregida, ¡989 
novena reimpresión, 2010 
© siglo xx i editores, s.a. de c.v. 
isbn 978-968-23- ¡487-2 
derechos reservados conforme a la ley 
impreso y hecho en méxico/printed and made i n mexico 
impreso en mújica impresor, s.a. de c.v. 
camelia núm. 4 
col. el manió, iztapalapa 
INDICE 
% LA FILOSOFIA EN LATINOAMERICA COMO 
PROBLEMA DEL HOMBRE 9 
I I . LA FILOSOFÍA COMO ORIGINALIDAD 26 
m . ¿LA FILOSOFÍA COMO IDEOLOGIA O COMO CIENCIA? 44 
IV. FILOSOFÍA EUROPEA Y TOMA DE CONCIENCIA 
AMERICANA 62 
V. LA FILOSOFIA OCCIDENTAL TROPIEZA CON EL 
HOMBRE 81 
V I . DE LA AUTENTICIDAD EN LA FILOSOFÍA 100 
[5] 
I I 
LA F I L O S O F I A C O M O O R I G I N A L I D A D 
América es el país del porvenir. En tiem-
pos futuros se mostrará su importancia 
histórica, acaso en ¡a lucha entre Améri-
ca del Norte y América del Sur. Es un país 
de nostalgia para los que estaban hastia-
dos del museo histórico de la vieja Euro-
pa. América debe apartarse del suelo en 
que, hasta hoy, se ha desarrollado la his-
toria universal. Lo que hasta ahora acon-
tece allí no es más que el eco del viejo 
mundo y el reflejo de ajena vida. 
GEORG WILHELM FRIEDRJCH HECEL 
Eco, ajena v ida es lo que r jarece exp re s a r s e _ enAm e r i ca , 
en esta" pa r t e de "América, América L a t i n a . Los f i lósofos 
l a t i n o a m e r i c a n o s h a n s ido y son consc ientes de este he-
cho enfocándolo desde d ive rsos ángulos. En foques que , 
en su c o n j u n t o , apuntarán a u n a so la g r a n m e t a , l a o r i g i -
n a l i d a d . " L a América n u e s t r a —decía Simón Rodríguez, 
"maestro de l L i b e r t a d o r Bol ívar— n o debe i m i t a r . . . n i a 
E u r o p a , que es i gno ran t e en política, c o r r o m p i d a en sus 
c o s t u m b r e s y de fectuosa en su c o n j u n t o ; n i a los Es tados 
Unidos , cuyas c i rcunstanc ias son enteramente d i s t i n t a s . . . 
Debe ser o r i g i n a l . " 1 E n lo c u l t u r a l , c omo en l a f i l oso f i a , 
la imitación debería desaparecer. E n t o d o caso, c o m o pe-
día el mex i cano A n t o n i o Caso, si no se puede d e j a r d e - i m i -
t a r _ _a l -menos - in v en ta run .poco," a s i m i l a r . A s i m i l a r es ha-
c e r p r o p i o l o j que parecía extraño, a c o m o d a r l o a l o que 
se es, s i n p r e t e n d e r , p o r el c o n t r a r i o , a c o m o c ^ r e^pro -
pio_ser_a_lo que le es extraño. ¿Cómo ha de ser esa o r i g i -
n a l i d a d de que hab l a Hege l y r e c o m i e n d a p a r a los ame-
r i c anos? Ser o r i g i n a l i m p l i c a , y a anticipábamos, p a r t i r 
de s¿m_isrno_S. .dé l o que se es, de la p r o p i a r e a l i dad . Y u n a 
filosofía o r i g i n a l l a t i n o a m e r i c a n a no puede ser aque l l a 
que i m i t e o r e p i t a p r o b l e m a s y cues t iones que sean aje-
nos a l a r e a l i d a d de la que hay que p a r t i r . Pero ser o r i g i -
n a l ijooujíuje-ducjr, t a m p o c o , ser t a n d i s t i n t o que nada 
1 Cf. mi libro £í pensamiento latinoamericano, t. I . p. 135. 
Í261 
LA FILOSOFÍA COMO ORIGINALIDAD 27 
se tenga_g_ue_Yer_ p u r a y s i m p l e m e n t e , c o n l a F i l o so f i a . 
ÉiruTtímo término l a problemática que l a r e a l i d a d con -
c r e t a p lan tee a t o d a filosofía tendrá que c u l m i n a r en. so-
luc i ones o respuestas que también pueden ser válidas 
p a r a o t r a s rea l idades . De allí la l l a m a d a u n i v e r s a l i d a d de 
la f i l o so f i a , pese a que l a m i s m a se h a o r i g i n a d o f r en te 
a los p r o b l e m a s que p l a n t e a u n a r e a l i d a d conc r e t a , o r i -
g i n a l , en t end i endo esto p o r el o r i g e n de que h a s u r g i d o . 2 
La filosofía, e l Verbo , decíamos, es una expresión del h o m -
b r e ^ y e l j i o m b r e sólo.es o r i g i n a l p o r su"or igen, p o r su con-
c r e t a p e r s o n a l i d a d , por- s u i n d i v i d u a l i d a i j . e r o s i n que 
la. jma^la-otra4_npliquen-distÍncioj ies tales que hagan 
i m p o s i b l e o t r a de las expres iones s i n la cua í e l h o m b r e , 
"también, dejaría de ser h o m b r e : la s o c i a b i l i d a d , la c o n v i -
venc ia , el o b l i g a d o ser o e s t a r c o n el o t r o . Este ser o es-
t a r c o n el o t r o , o ios o t r o s , que s i r ve a su vez de e n r i q u e -
c i m i e n t o a la i n d i v i d u a l i d a d , a la p o s i b i l i d a d de elección, 
a la l i b e r t a d que hace de l h o m b r e u n H o m b r e , pe ro que 
sólo se da ante u n c o n j u n t o de esas pos ib i l i dades , las que, 
de u n a u o t r a f o r m a , o r i g i n a la conv i v enc i a . 
Los prr jb lerna^e- ja^ foso f ía n o son, a f i n de cuentas , 
s ino p r o b l e m a s que p l an t ean al h o r n b r e .la.relación c p n 
la j iaXuxaleza^yJa^ cojíjhELQtros. Una relación que 
es común a todos l o s l i o m b r e s , a l o r i g e n de t o d o pos ib l e 
r e f l e x i ona r , de t odo f i l o so fa r . P rob l emas a r e so l v e r con 
pre tens iones que a veces a sp i r an a ser d e f i n i t i v a s o, a ve-
ces, c o n la conc ienc ia de la c i r c u n s t a n c i a l i dad de las m i s -
mas . Así l o ha e n t e n d i d o la fi losofía o c c i d e n t a l c u a n d o 
se ha p l a n t e a d o y r e p l a n t e a d o u n a problemática que pa-
recía habe r s ido r e sue l t a , p e r o cuyas so luc iones , lejos de 
ser lo p a r a o t r o s hombres y sociedades, se t r a n s f o r m a b a n 
en nuevos p r o b l e m a s . Una filosofía, o r i g i n a l , n o p o r q u e 
cree, u n a y o t r a vez, nuevos y extraños s i s t emas , nuevas 
y exóticas so luc iones , s ino p o r q u e t r a t a de d a r respues-
ta a los p r o b l e m a s que u n a de t e r j o i nad_a_real ¡dad, y en 
urfdéíer m i n a d o t i e m p o , ha o r i g i n a d o . U n a filosofía c u -
yas so luc i ones n o h a n s ido n u n c a cons ide radas c o m o la 
solución pór exce lenc ia y, p o r ende, c o m o la única y po-
s ib le solución. De habe r s i d o así n o existiría u n a h i s t o r i a 
de l a filosofía. Pero este n o ser la única y pos ib l e so lu -
* Cf. mi libro Introducción a la filosofía <La conciencia del Hombre 
en la lilosufia), 3a. ed.. México, 1967. 
28 LA FILOSOFIA COMO ORIGINALIDAD 
ción n o i m p l i c a , a su vez, estrañeza con. o t r a s pos ib les so-
luc i ones . De u n a m a n e r a u o t r a , lo podemos segu i r en esa 
h i s t o r i a de la f i losofía e n l a que se d a u n encadenami en -
to de p r o b l e m a s y so luc i ones que pueden ser, a s u vez, 
nuevos p r o b l e m a s y, c o n e l lo , la o b l i g a t o r i a búsqueda de 
nuevas so luc iones que p u e d e n semejarse a a l gunas que 
ya h a n s ido dadas. Relación histórica que es, también, ex-
presión de l a i n e v i t a b l e conv i v enc i a h u m a n a . 
¿En dónde está, pues, l a solución a l p r o b l e m a de l a o r i -
g i n a l i d a d que se p l a n t e a n ios l a t i n o a m e r i c a n o s respec to 
a su c u l t u r a y a su filosofía en c o n c r e t o ? ¿Se entenderá 
p o r o r i g i n a l i d a d la c a p a c i d a d de los l a t i n o a m e r i c a n o s 
p a r a c r ea r s is temas f i losóficos t a l y c o mo lo h a n hecho 
los f i lósofos europeos? E s t o es. ¿para d a r f r u t o s seme-
jan tes a los de e l los, independ i en temente de que estos f r u -
tos sean o n o p r o p i o s de l a c i r c u n s t a n c i a en que se qu i e -
r e n hacer s u r g i r , t a l y c o m o lo son de la c i r c u n s t a n c i a 
europea? Nues t ros p r i m e r o s pensadores, llamémosles así, 
s i s en t imos e l c o m p l e j o de n o c o n s i d e r a r l o s fi lósofos, 
aquel los románticos de que hab lamos , fue ron ya conscien-
tes de este hecho. A s p i r a b a n , r e p e t i m o s , a la creación de 
u n a c u l t u r a y, c o n e l la , dé u n a ser ie de filosofías nac io -
na les .TaTy c omo E u r o p a había hecho p o s i b l e la c u l t u r a 
y fi losofía f rancesa , ing lesa y a l emana , s in de ja r p o r e l l o 
de ser europea . Pero, ¿cómo i b a n a r ea l i z a r esto? ¿Imi-
t a n d o , r e p i t i e n d o los f r u t o s de esa c u l t u r a y su fi losofía? 
E n t odo caso, si a lgo habría que i m i t a r , n o serían Ios - f ru-
tos , s ino el espírku7Ia"_actitud. e l ánimo que había hecho 
posibTe~s~tales f r u t o s . Los g randes s i s temas fi losóficos 
europeos , c o m o todas sus o t r a s expres iones filosóficas, 
n o han s u r g i d o de l espíritu de c o m p e t e n c i a p o r parecer -
se a a l gu i en , p o r semejarse a a l gu i en , s ino s i m p l e m e n t e 
an t e u n a r e a l i d a d cuyos p r o b l e m a s le h a n o b l i g a d o a re-
f l e x i ona r , a pensar , a f i l o so f a r . Para Platón f i l o s o f a r e ra 
p r o d u c t o de la admiración, en t end i endo ésta c o m o e x t r a -
ñeza, ante algo que r e su l t aba fue ra de l o que e ra co t i d i ano 
aT h o m b r e . Por e l l o e l f i lósofo no descansaba has ta po-
der resolver el p r o b l e m a que le p lanteaba d i c h a extrañeza, 
h a s t a que la c o t i d i a n i z a b a ; o b i e n t r a n s f o r m a b a l o c o t i -
d i a n o buscando c a m b i a r s i tuac iones que ya le e r a n ex t ra -
ñas p o r anacrónicas, y que sólo podrían d e j a r de se r l o 
s i las comprendía, esto es, si las a s i m i l a b a a l a s n u e v a s 
c i r c u n s t a n c i a s . 
LA FILOSOFIA COMO ORIGINALIDAD 29 
EM_tíj_noamericano, decían l o s . p r o c e r e s de n u e s t r a 
emanc ipac ioTTmenta l , se l i a empeñado en r epe t i r , en co-
p i a r , los f r u t o s de l a c u l t u r a europea en l u g a r ^ i e - i m i t a r 
el espíritu que l os .ha o r i g i n a d o . "¿Estaremos condena-
dos —decía Andrés B e l l o — todavía a r e p e t i r s e r v i l m e n t e 
las lecc iones de l a c i enc i a europea , s i n a t r e v e m o s a d is -
c u t i r l a s , a i l u s t r a r l a s c o n ap l i cac iones locales, a dar l e s 
u n a e s t ampa de n a c i o n a l i d a d ? " Si así lo hiciéramos, con-
t es taban , traicionaríamos el espíritu de esa m i s m a c i en -
c i a " q u e nos p r e s c r i b e el e xamen , l a observación a t en ta 
y p r o l i j a , la discusión l i b r e , la convicción c o n c i e n z u d a " . 
¡Jóvenes! agregaba, " a p r e n d e d a j u z g a r p o r voso t ros m i s -
mos ; a s p i r a d a la i n d e p e n d e n c i a de p e n s a m i e n t o . Bebed 
en las fuentes ; a l o menos en los r auda l e s más cercanos 
a e l l a s . . . I n t e r r o g a d a cada civil ización en sus o b r a s ; pe-
d i d a cada h i s t o r i a d o r sus garantías. Ésa es la p r i m e r a 
filosofía que debemos a p r e n d e r de E u r o p a , " 3 
A p a r t i r de este espíritu, de esta f o r m a de o r i g i n a l i d a d , 
o t r o m i e m b r o de esta generación, J u a n B a u t i s t a A lber -
d i , p l a n t e a el p r o b l e m a sobre u n a fi losofía a m e r i c a n a o 
l a t i n o a m e r i c a n a . " N o h a y u n a filosofía u n i v e r s a l —de-
cía—, p o r q u e n o hay u n a solución u n i v e r s a l de las cues-
t iones que la c ons t i tuyen en el fondo. Cada país, cada épo-
ca, cada filósofo h a t en ido una filosofía p e c u l i a r . . . p o r q u e 
cada país, cada época y cada escue la ha d a d o so luc i ones 
d i s t i n t a s a los p r o b l e m a s de l espíritu h u m a n o . " ¿Quiere 
esto d e c i r que los l a t i n o a m e r i c a n o s n o v a m o s a t o m a r en 
cuen ta el f i l o so f a r europeo? Desde luego que no , habrá 
que conocer lo , habría que i n f o r m a r s e , p a r a n o d e s c u b r i r 
mediterráneos y p a r a t o m a r de él los i n s t r u m e n t o s y so-
luc i ones que ex i j an los p r o b l e m a s de n u e s t r a r e a l i d a d . 
" V a m o s a e s t u d i a r — a g r e g a A l b e r d i — la filosofía ev iden-
temente ; p e r o a f i n de que este e s t u d i o , p o r ¡o común es-
téril, nos t r a i g a a lguna ventaja pos i t i va , vamos a e s tud i a r , 
como hemos dicho, n o la filosofía en sí, n o la filosofía ap l i -
cada al mecan i smo de las sensaciones, no la filosofía apl i¬
cada a la teoría a b s t r a c t a de las c i enc ias h u m a n a s , s ino 
la filosofía a p l i c a d a a los ob je tos de interés más i n m e -
d i a t o p a r a noso t r o s ; en u n a p a l a b r a , l a fi losofía política, 
la fi losofía de n u e s t r a i n d u s t r i a y riqueza, la filosofía de 
nuestra l i t e r a t u r a , la filosofía de nues t r a religión, de nues-
3 Cf. mi l ibro Eí pensamiento latinoamericano, t. 1, p. 148. 
30 LA FILOSOFIA COMO ORIGINALIDAD 
t r a h i s t o r i a . " T o d a filosofía h a " e m a n a d o de las necesi-
dades más impe r i o sas de cada período y de cada paítf'. 
Así habrá de e m a n a r la fi losofía de n u e s t r a América. 
Las f i losofías rea l i zadas , las emanadas de u n a c i e r t a 
c i r c u n s t a n c i a , de los p r o b l e m a s de u n a c i e r t a r e a l i d a d , 
pueden de a l g u n a f o r m a s e r v i r a l a solución de los p r o -
b l emas de o t r a r e a l i d a d , d a r luces sobre l a m i s m a , aun-
que las so luc iones que o f rezcan n o sean necesa r i amente 
las m i s m a s . T o m a r , se lecc ionar , e l e g i r esta o aque l l a so-
lución filosófica p a r a a y u d a r a r eso l ve r la p r o p i a n o i m -
p l i c a r e n u n c i a r a esa f o r m a de o r i g i n a l i d a d que. nos ha 
enseñado E u r o p a . L a filosofía c r i s t i a n a no deja de ser c r i s -
t i ana , esto es, adecuada p a r a en f r en ta r se a los p r o b l e m a s 
de la fe y la religión p o r q u e u n Agustín de H i p o n a haya 
e n c o n t r a d o apoyo en la filosofía de Platón, o p o r q u e u n 
Tomás de A q u i n o haya c r eado la escolástica apoyándose 
en l a fi losofía aristotélica. E l m u n d o de Platón y Aristó-
teles es u n m u n d o d i s t i n t o de l c r i s t i a n o , pe ro n o d i s t i n t o 
de l h o m b r e que , en u n a y o t r a c i r c u n s t a n c i a , se ha p l a n -
teado p r o b l e m a s que, p o r d i s t i n t o s que sean, n o p o r e l l o 
de jan de ser p r o b l e m a s de l h o m b r e , de l h o m b r e de aho-
ra , de aye r o de mañana. L o m i s m o se puede d e c i r de la 
fi losofía m o d e r n a y contemporánea, que no es o r i g i n a l 
p o r q u e en cada situación haya sacado so luc iones s in apo-
yo en o t r o f i loso far , s ino po rque este o t r o f i l o so fa r ha ser-
v i d o de antecedente , de i n s t r u m e n t o , de p u n t o de p a r t i -
d a a so luc iones que , p o r d i s t i n t a s que sean, n o p o r e l l o 
de jan de estar r e l ac i onadas c o n tos p r o b l e m a s generales 
de l h o m b r e . De aquí, también, ta p e r e n n i d a d de a l gunas 
fi losofías, en la m e d i d a en que m u c h o s de sus p r o b l e m a s 
y so luc i ones continúan repitiéndose per manen t e men te . 
Cada filosofía, a f i n de cuentas , n o hace s ino a p l i c a r la 
negación dialéctica de que hab l a Hege l , l a m i s m a nega-
ción que ped ia a l a m e r i c a no p a r a que dejase de ser eco 
y re f l e j o de v idas a jenas. Negación que_es-asimilación, 
autodevoración del espíritu. Ser l o que se h a s ido p a r a 
rió t ener que segu i r siéndolo. Asunción del pasado p a r a 
que éste s i r v a de escalón a l f u t u r o ascendente . N o a m p u -
t a r n o negar en términos de u n a lógica f o r m a l de con-
t r a d i c c i o n e s i r r e d u c t i b l e s , s ino en función de u n a lógica 
dialéctica que a l negar a f i r m a y3La_f.irrn.ar n i e ga - ong i -
J lbíd..v- 151. 
LA FILOSOFIA COMO ORIGINALIDAD 31 
n a n d o nuevas so luc iones , las que la r e a l i d a d va ex ig ien-
do a cada h o m b r e , a cada c o m u n i d a d , a cada c u l t u r a o 
civi l ización. T a l es l o que h a hecho l a fi losofía europea , 
consc iente o i n consc i en t emen t e . Ta l es l o que , de a l g u n a 
manera , ha hecho la filosofía en esta América, acaso más 
inconsc i en te que consc i en t emente . L a conc i enc i a de este 
hecho la dará la ins i s t en te búsqueda, el i n s i s t en t e pre -
g u n t a r sobre las pos i b i l i d ades de u n a filosofía amer i ca -
na, de u n a filosofía de n u e s t r a América. 
Y_ejL__sta ins+sKyicia,se nos ofrecej jnaTi losof ía , t a l y 
c omo la proponía A l b e r d i , si n o y a de n u e s t r a i n d u s t r i a 
y r iqueza , sí de n u e s t r a política. U n a filosofía en la que 
no han cab ido d i squ is i c iones sobre Dios , el A lma , la V i d a 
la M u e r t e , e l M u n d o o el Ser. s ino u n a filosofía de ! o r d e n 
socia l y pol í t ico que nos correspondió u n a vez que for-
mamos pa r t e de E u r o p a , del o rbe l l a m a d o occ identa l . P r i -
m e r o bajo España, después bajo las poderosas nac iones 
de E u r o p a o c c i d en ta l y, p o s t e r i o r m e n t e , ba jo la nación 
que f u e r a su heredera , Estados Un idos . N u e s t r a ex is ten-
c ia en este m u n d o , y a lo v imos , se i n i c i a c o n u n a p r e g u n -
ta respecto a la h u m a n i d a d de los indígenas y respecto 
del o r d e n que los d e s c u b r i d o r e s , c o n q u i s t a d o r e s y colo-
n izadores i be ros habrán de i m p o n e r a los h a b i t a n t e s de 
estas t i e r r a s . L a filosofía f u n c i o n a c omo ideología, d a ra-
zones n o del ser o los entes, c o m o a l gunas expres i ones 
d e j a fi losofía o c c i den ta l , s ino de ! o r d e n polít ico y soc ia l 
l a t i n o a m e r i c a n o . P r i m e r o p a r a a f i a n z a r l o en n o m b r e de 
u n a escolástica que no h a b l a de l E n t e y su Esenc ia , s ino 
de u n o r d e n d i v i n o del que se d e r i v a el o r d e n que e l m u n -
do i b e r o ha i m p u e s t o a esta América. Y después, f r e n i e 
a este o r d e n , el i l u m i n i s m o , c omo antes el c a r t e s i an i smo , 
la ilustración, t r a t a n d o de d e s t r u i r l o p a r a c r ea r o t r o ' 
aque l que hic iese p o r la América L a t i n a lo que esta f i l o -
sofía había hecho p o r E u r o p a o c c i d e n t a l . Y, a c o n t i n u a -
ción, el p o s i t i v i s m o , p a r a d a r f i n a l a anarquía, a las gue-
r r a s i n t e s t i nas en t r e qu ienes pedían u n o r d e n semejante 
a l ibero , e n t r e quienes pedían u n o r d e n que se asemejase 
a de los g randes mode l os , a las nac iones occ identa l es ; 
el p o s i t i v i s m o que l o m i s m o o f r e c i a u n i n s t r u m e n t o edu-
ca t i vo , f o r m a i i v o , de h o m b r e s capaces de c r e a r ese or -
den, que i n s t i t u c i o n e s p a r a u n nuevo o r d e n que s u s t i t u -
yese:al c o l o n i a l y pusiese f i n a l a anarquía l i b e r a l . A con-
tinuación la c onc i enc i a de u n a nueva subordinación, c o n 
32 LA FILOSOFIA COMO ORIGINALIDAD 
LA FILOSOFÌA COMO ORIGINALIDAD 33 
la adopción de o t r a fi losofía que daba al l a t i n o a m e r i c a -
n o conc i enc i a de su ser c o n c r e t o y de s u c i r c u n s t a n c i a , 
u n ser y u n a c i r c u n s t a n c i a que j u s t i f i c a b a n su nueva re-
beldía y los esfuerzos p o r c r e a r u n o r d e n más j u s t o en 
e l que n u e s t r a Amér ica tuv i ese o t r o pape l que el de s i m -
ple i n s t r u m e n t o , que e l de s i m p l e d o n a d o r de r i queza , e n 
f a vo r de intereses que le e ran ajenos. L a h i s t o r i a de nues-
t r a s ideas nos o f r ece u n p a n o r a m a y u n h o r i z o n t e que n o 
es, en nada , i n f e r i o r al que ofrece l a h i s t o r i a de las ideas 
y filosofías europeas , s ino s i m p l e m e n t e d i s t i n t o . D i s t i n -
t o c o m o expresión de u n a expe r i enc i a h u m a n a en o t r a s i -
tuación, en u n a relación que había s i d o ajena a l m u n d o 
o c c i d e n t a l . U n a situación que este m u n d o habría o r i g i -
n a d o en su expansión pe ro que , p o r l o m i s m o , n o e ra p o r 
e l l o menos i m p o r t a n t e . 
¿Se.puede c o n s i d e r a r a jena a l a f i losofía esta supues t a 
f o r m a de f i l o s o f a r ? t A c a s o los g randes s i s temas filosófi-
cos de la c u l t u r a o c c i d e n t a l n o h a n c u l m i n a d o s i e m p r e 
en la p r o p u e s t a de u n d e t e r m i n a d o o r d e n soc i a l , de u n 
d e t e r m i n a d o o r d e n pol í t ico? ¿No h a n s ido , a f i n de cuen -
tas , s i n o ideologías p a r a j u s t i f i c a r a g r u p o s de pode r y 
hace r a c e p t a r este p o d e r a qu ienes l o s u f r e n ? ¿ N o h a n 
s ido , también, poderosos i n t e n t o s p a r a a j u s t a r u n o r d e n 
soc ia l o p a r a c a m b i a r l o ? T o d a la lógica y la metafísica 
de Platón c u l m i n a en la República Idea l ; c omo las de Ar i s -
tóteles en u n a política que p r e p a r a el i m p e r i o a l e j a n d r i -
no . L a C i u d a d de Dios d e l a f r i c a n o san Agustín c u l m i n a -
rá en la justificación de u n o rden más a l t o y poderoso que 
e l de los Césares r o m a n o s . L a escolástica de l A q u i n o en 
u n o r d e n que t i ene p o r c e n t r o de este pode r a l a Ig l es ia . 
Descartes, diciéndonos que todos los hombres son iguales 
p o r la razón, p r e p a r a n d o así l a Declaración de los Dere-
chos de l H o m b r e que su rg en de la Revolución f rancesa . 
K a n t , preguntándose p o r l a h a b i l i d a d de u n a metafísica, 
y p e d e r o f r ece r las bases de u n o r d e n democrático, basa-
do en u n a ética, en e l que nad i e querrá p a r a e l o t r o n a d a 
que n o esté d i spues to a aceptar p a r a sí m i s m o . Hege l , ha-
c i e n d o c u l m i n a r t oda su metafísica, t oda su m e t a h i s t o -
r i a , en la idea de l i b e r t a d que l a Revolución f rancesa ha-
bía hecho s en t i r en los h o m b r e s de s u t i e m p o . M a r x , ha-
c i e n d o f i n c a r esta l i b e r t a d , n o en u n a abstracción c o m o 
expresión de u n a v o l u n t a d u n i v e r s a l , s i n o en e l h o m b r e 
c o n c r e t o que , c o n su acción, t r a n s f o r m a al m u n d o y l o 
hace su i n s t r u m e n t o . Comte , d a n d o las j u s t i f i c a c i ones de 
u n nuevo o r d e n soc ia l , p r o p i o de la nac i en te y p u j a n t e 
burguesía. Y, en n u e s t r o s ig lo, toda u n a filosofía que bus-
ca a c o m o d a r a l h o m b r e c o m o i n d i v i d u o , c omo l i b e r t a d , 
en u n m u n d o que , p o r o b r a de la acción de este h o m b r e , 
ha acabado p o r ena jenar lo . E n f i n , múltiples expres iones 
de ideologías que h a b l a n de l i n d i v i d u o y de su relación 
c o n la c o m u n i d a d que es también su n a t u r a l expresión; 
de u n o r d e n que, s i endo o b r a suya, acabará p o r s u b o r d i -
n a r l o , ena j enar l o , y de l a f o r m a de escapar a esta enaje-
nación p a r a hacer pos ib l e , a l m i s m o t i e m p o , la l i b e r t a d 
y l a c onv i v enc i a . 5N u e s t r o f i l o so f a r h a r ea l i z ado u n a operación semejan-
te, aunque ent re sus creadores n o aparezcan los n o m b r e s 
de u n Platón, Aristóteles, san Agustín, san to Tomás, Des-
car tes , Hege l , M a r x y o t r o s m u c h o s . U n a fi losofía t o m a -
d a de p r e s t ado , pe« j -enfocada consc i en te o inconsc i en -
t emen t e a l a solución de p r o b l e m a s semejantes a los que 
h a n p r e o c u p a d o a esos g randes fi lósofos, ¿es menos f i l o -
sofía p o r e l l o i o ¿es s i m p l e m e n t e d i s t i n t a ? F r a n c i s c o 
Mi ró Ouesada ha esc r i t o ; " U n o de los rasgos más desta-
cados de l a c u l t u r a o c c i d e n t a l es la relación que e n t r e sí 
g u a r d a n su filosofía y su política. Es ta relación ha s ido 
d e n o m i n a d a c o n f recuenc ia y en términos mode rnos ideo-
logía. Todos los grandes mov im i en t o s políticos de la Euro -
pa contemporánea han basado su política práctica (praxis) 
en u n t e r r e n o f i losófico, g e n e r a l m e n t e de carácter me l a -
físico. A h o r a b i e n , esta f o r m a de f u n d a m e n t a r filosófica-
m e n t e la polít ica parece ser p e c u l i a r de la c u l t u r a occ i -
d e n t a l " . 6 N o n iega Mi ró Quesada que se haya también 
expresado en l a Antigüedad, c omo indicábamos, sólo que 
es en l a c u l t u r a o c c i d e n t a l donde se hace pa t en t e la con-
c i enc i a de este hecho y, p o r ende, de su intención. Pues 
b i e n , Lat inoamérica n o hace s ino s egu i r esta l i n ea con-
v i r t i e n d o las filosofías que su rg en en E u r o p a en i n s t r u -
m e n t o s de s u preocupación política. N o crea u n a metafí-
-sica, p e r o a d a p t a las que h a n s ido c readas en esa c u l t u r a 
a s u r e a l i d a d polít ica y soc ia l y hace l o que el europeo 
1 Cf. mi libro Introducción a la filosofía, México, 1967. 
"El impacto de la metafísica en la ideología latinoamericana", An-
tología de la filosofía americana contemporánea (selección y prólogo 
de L. Zea). México. 1968, p. 175. 
34 LA FILOSOFÍA COMO ORIGINALIDAD LA FILOSOFÍA COMO ORIGINALIDAD 35 
c o n e l l a , esto es, las t r a n s f o r m a en ideologías. L a t i n o a -
mérica es y a consc i en te de s u i n a u t en d e i d a d i n i c i a ! , d e ! 
hecbo de que u t i l i z a filosofías extrañas p a r a c r ea r la ideo-
logía p r o p i a de su o r d e n , de s u política.-Y, a l scr_corjs-
c iente , sabe que ha hecho de esas filosofías lo.que.en-rea-
]¡ó^dsóñ,~msirurncntos. Parec i e ran ecos de ajenas v idas , 
re f l e jos dé a lgo que le es extraño; p e r o en r e a l i d a d n o l o 
son . L o que surge, deba jo de las f o r m a s i m p o r t a d a s , es 
a l go que nada t i ene que v e r ya c o n l a r e a l i d a d que las ha 
o r i g i n a d o . Por e l l o e l europeo , u o c c i den ta l , verá en las 
expres i ones de su filosofía en Latinoamérica a lgo que íe 
resultará ajeno, desconoc ido , y que , en s u o r g u l l o s a pre-
tensión de a r que t i po un i ve rsa l , acabará p o r ca l i f i ca r como 
" m a l a s c op i a s " , c omo " i n f a m e s y absurdas i m i t a c i o n e s " . 
U n i n v e s t i g a d o r francés que rea l i zaba u n e s tud i o del po-
s i t i v i s m o en B r a s i l se encon t r aba con que nada tenía que 
ver d i c h a filosofía c o n lo que en esc país se l l a m a b a pos i -
t i v i s m o . Como nada t i ene que v e r —desde este p u n t o de 
v i s t a — el l i b e r a l i s m o l a t i n o a m e r i c a n o con el l i b e r a l i s m o 
inglés o francés en que supone haberse i n s p i r a d o . Los la-
t i n o a m e r i c a n o s , d i ce Mi ró Quesada, cada vez más cons-
c i en tes de la f o r m a u t i l i t a r i a que h a t o m a d o la fi losofía 
o c c i d e n t a l , t r a t a n a h o r a de m o s t r a r la relación que esas 
filosofías g u a r d a n con su r ea l i dad . Una relación en la que 
la r e a l i d a d se i m p o n e a l a metafísica i m p o r t a d a . De la 
i n a u t e n t i c i d a d o r i g i n a l se pasa a la a u t e n t i c i d a d de la-asi-
.nylación. ¿Cuál es la d i f e renc ia en t re la relación que guar-
da l a metafísica europea c o n l a praxis eu ropea y l a que 
esta m i s m a filosofía g u a r d a con l a praxis l a t i n o a m e r i c a -
na? E n ¡a c u l t u r a o c c i d e n t a l — d i c e e l f i lósofo p e r u a n o -
l a fiTosófia se a n t i c i p a a la acción, l a f u n d a m e n t a , l a j u s -
t i f i c a . E n Latinoamérica p r i m e r o es l a acción y luego, l a 
justificación.de esta acción. Ufra7T_Tifóp~57crea las f i l oso-
fías que c omo ideologías s i r v a n p a r a la destrucción o la 
creacción de u n nuevo o r d e n ; la o t r a , Latinoamérica, se 
lanza a la acción y, a l unísono c o n la m i s m a , t r a t a de en-
c o n t r a r la filosofía que la j u s t i f i q u e ; no neces i ta c r ea r l a , 
le bastará t o m a r l a de p r e s t ado . Ayer , p a r a a p r o v e c h a r l a 
c o y u n t u r a política que l a h i s t o r i a europea le p r e s en ta 
p a r a emanc ipa r s e de la metrópoli i b e ra ; después p a r a es-
tab lecer u n o rden , u n a vez que u n o de los grandes conten-
d i en tes de la l u c h a en t r e e l c o n s e r v a d u r i s m o y e l l i b e r a -
l i s m o h a n t r i u n f a d o . Después, p a r a j u s t i f i c a r s u acción 
a n t i i m p e r i a l i s t a , esto es, n o sólo p a r a e m a n c i p a r s e men -
t a l m e n t e , s ino económica y c u l t u r a l m e n t e . " L o que nos 
in t e r esa c o n c r e t a m e n t e — d i c e M i r ó Quesada refiriéndo-
se a E u r o p a — es el hecho de que, c u a l q u i e r a que sea la 
relación esenc ia l de la ideología con l a e s t u c t u r a de c la-
se, la fi losofía c r eada p o r la m e n t e o c c i d e n t a l c o n d u j o a l 
p e n s a m i e n t o n a t u r a l e i n e v i t ab l emen t e hac i a u n c o m p r o -
m i s o c o n l a acción, razón por la c u a l l a metafísica se cons-
tituyó en base esencia l de l a praxis política, " ^ n - A m é r i -
c a X a t i n a , agrega, sucedió l o c o n t r a r i o . " L a praxis políti-
ca buscóacogerse-a c u a l q u i e r d o c t r i n a metafísica, o p o r 
l ómenos filosófica, p a r a j u s t i f i c a r s e . E n genera l , la p o l i -
t i c a no derivará teóricamente de l p e n s a m i e n t o filosófi-
co, s ino más b ien, buscando justificación, se refugiará en 
u n a d e t e r m i n a d a d o c t r i n a filosófica. E n los casos en que 
la acción política parece a n t i c i p a d a p o r u n a base filosó-
f i c a p r e v i a , c omo podría ser en el m o v i m i e n t o indepen-
d e n t i s t a y, en a l gunas ocasiones, el m a r x i s t a , se hace pa-
t en t e u n a distorsión teórica, p r o d u c i d a n o sólo p o r u n a 
l i m i t a d a comprensión de las d o c t r i n a s básicas, s ino so-
b r e t o d o p o r e l hecho de q u e las teorías aparecen impues -
tas p o r l a m o d a eu ropea y n o han s ido el p r o d u c t o de la 
creación rac i ona l que correspondía a l d e s a r r o l l o n a t u r a l 
de u n a c o l e c t i v i d a d . " 7 
De allí que a l acuc ioso i n v e s t i g ado r de . l a filosofía, ya 
sea eu ropeo o l a t i n o a m e r i c a n o — a q u e l que n o busque en 
las expresiones del pensamiento l a t i noamer i cano s ino una 
relación de semejanza—, no encuen t r e en estas expres io -
nes s ino d i s to rs i ones , ma las copias, incomprensión y, con 
e l l o , lo que c o n s i d e r a u n grave s i gno de i n m a d u r e z . O t r o 
h a s Ído^LpuntQ_ie_y is iade qu ienes n o b u s c a n la seme-
j a n z a s i n o l a relación que esta filosofía, o filosofías i m -
po r t adas , g u a r d a n c o n la r e a l i d a d l a t i n o a m e r i c a n a . Es t o 
es, la f o r m a c omo aquéllas, consciente o inconsc ientemen-
te, son adaptadas a ésta. T¡iJ__ha_s_do,i n s i s t i m o s , la_preo-
cupación e n c a m i n a d a a hacer u n a h i s t o r i a de las ideas 
de-estáSmerica. D e n t r o de este h o r i z o n t e de c o n o c i m i e n -
tosTTóaTstorsionado, la deformación, el ser u n a m a l a co-
p ia , expresan l a r e a l i d a d a la cua l han s ido útiles estas 
filosofías. S u recor te , su adaptación, d i c en más de l h o m -
b r e y l a r e a l i d a d que los hacen pos ib les , que de l h o m b r e 
' Op. til., p. 188. 
36 LA F I L O S O F I A C O M O O R I G I N A L I D A D LA F íLOSOFjA C O M O O R I G I N A L I D A D 37 
y la r e a l i d a d que los c r e a r o n . E l h o m b r e de esta Amér ica 
se "expresa a sí m i s i n o , y expresa su r e a l i d a d , en l a adop-
ción r ea l i zada . Puede t o m a r u n a filosofía que esté de 
m o d a c o m o i n s t r u m e n t o p a r a a d a p t a r l a a su r e a l i d a d ; 
p e r o esta m i s m a r e a l i d a d le hará consc i en te l a p o s i b i l i -
d a d de adaptación de la m i s m a . Allí está, si t o m a m o s u n o 
de l os e j emplos de Mi ró Quesada, l a I lustración. U n a f i -
losofía ¿e m o d a en l a E u r o p a de f ines del XVLTJ y p r i n c i -
p ios de l X IX ; en E u r o p a y en la m i s m a Latinoamérica p o r 
o b r a y g r a c i a del régimen borbón que h a b i a p e r m i t i d o 
s u expansión en sus d o m i n i o s a través de g r u p o s c u l t o s . 
U n a filosofía que se d i s cu t e en salas de soc i edad a n i m a -
das, m u c h a s veces, p o r h e r m o s a s a n f i t r i o n a s , t a l y c o m o 
sucedía también en E u r o p a . L o m i s m o o c u r r e en l a Nue-
va España que en la N u e v a Granada , que en Perú y las 
p r o v i n c i a s p latenses . ¿Fueron estas t e r t u l i a s y la f i l o so -
fía d i s c u t i d a las que o r i g i n a r o n la rebel ión de indepen-
denc ia? No, s i m p l e m e n t e fue la c o y u n t u r a o f r e c i d a p o r 
Napoleón I al de ja r s in cabeza el I m p e r i o ibero , l o m i s -
m o en España que en P o r t u g a l . U n v ie jo m a l e s t a r af loró 
con e l lo y explotó has ta alcanzar la independencia . U n ma-
les tar que h u b i e r a exp l o tado c o n o s in esas t e r t u l i a s y sus 
filosofías. E l c r i o l l i s m o que encabezó estas rebe l i ones en 
n o m b r e de u n a filosofía c o m o l a I lustración p r o n t o sen-
tirá en ca rne p r o p i a lo a c c i d en ta l , l o i n s t r u m e n t a l , que 
esta f i losofía e r a en Latinoamérica. Una r e a l i d a d más 
b r o n c a , v i o l en ta , se hará s e n t i r de i n m e d i a t o has ta d i v i -
d i r a los p u e b l o s independ i zados . E n México, las hues tes 
que s i guen a H i d a l g o y a sus i l u s t r a d o s generales nada 
tendrán que ver con la temática i l u s t r a d a . P r o n t o o t r o s 
a r u p o s socia les, con o t r a s j u s t i f i c a c i o n e s fi losóficas, se 
harán o i r y s en t i r . Y lo m i s m o podemos dec i r del o t r o ex-
t r e m o de esta América y, c o n el lo , de su t o t a l i d a d , Argen-
t i n a , en la que los I l u s t r a d o s —allí está Rívadavia— ve-
rán sacudidos sus ideales p o r el b r o t e de u n a r ea l i dad que 
se m u e s t r a con t oda b r u t a l i d a d en el d o m i n i o a l canzado 
p o r u n Rosas. También aquí surgirán o t r a s j u s t i f i c a c i o -
nes f i losóficas m o n t a d a s s o b r e la r e a l i d a d , p e r o será la 
r e a l i d a d la que las j u s t i f i q u e y a p r o p i e . De esta situación 
ya e r a c l a r a m e n t e consc i en te u n I l u s t r a d o y u n l i b e r a l 
c o m o l o fue Andrés Be l l o . " A r r a n c a m o s el c e t r o a l mo-
na r ca —decía—, pe ro no al espíritu español: nues t ros con-
gresos obedec ieron, s in sen t i r l o , a insp i rac iones góticas. . . 
has ta n u e s t r o s g u e r r e r o s a d h e r i d o s a u n fue ro espec ia l , 
que está en p u g n a c o n el p r i n c i p i o de la i g u a l d a d ante la 
ley, r e v e l an el d o m i n i o de las ideas de esa m i s m a España 
cuyas bande ras h o l l a r o n . " N o en ba lde España hab i a i m -
puesto c u a t r o siglos de d o m i n i o c r eando u n a r e a l i d a d que 
n o iba a ser b o r r a d a de cua jo . Es ta m i s m a r e a l i d a d , l le-
vada a sus máximas consecuenc ias , había e x i g i d o y he-
cho pos ib l e la r u p t u r a c o n la metrópol i . Una b a n d e r a ex-
traña había s ido c n a r b o l a d a p o r gue r r e r o s h i spanos en 
Amér ica p a r a e n f r e n t a r s e a los g u e r r e r o s h i spanos de la 
metrópol i ; u n a b a n d e r a extraña que sólo podría sernos 
p r o p i a en la m e d i d a en que se le pudiese a d a p t a r a la rea-
l i d a d de esta pa r t e de América. D ice el m i s m o Be l l o ; " E n 
n u e s t r a revolución, la l i b e r t a d e ra u n a l i ado e x t r a n j e r o 
que combatía bajo el e s t a n d a r t e de la I n d e p e n d e n c i a y 
que , a u n después de la v i c t o r i a , ha t en ido que hacer n o 
poco p a r a conso l i da r s e y a r r a i g a r s e . " U n a idea, u n a f i l o -
sofía que habría de a d a p t a r a la d u r a r ea l i dad ibérica que 
habíamos heredado . " L a o b r a de los g u e r r e r o s está con-
sumada ; la de los l eg is ladores n o lo estará m i e n t r a s no 
se efectúe u n a penetración de la idea i m i t a d a — d i c e Be-
l l o — , de l a idea advenediza , en los d u r o s y tenaces mate-
r i a l e s ibér icos. " N o tardaría esa r e a l i d a d en d a r razón 
a l m a e s t r o venezo lano que ya veía cómo, m i e n t r a s " e l 
p r i n c i p i o extraño producía p r o g r e s o s " , e l o t r o , " e l n a t i -
vo, d i c t a d u r a s " . s M e d i o s i g l o de luchas i n t e s t i nas mos-
t r a r ían_lo_ d i fie i1 y cas i i m p o s i b l e que es la adopción de 
una filosofía extraña si la m i s m a no es t r ans f o rmada , con-
v e r t i d a é n u n i n s t r u m e n t o ideológico a l s e r v i c i o de la 
reálTdarlT^i-cuTo e j emp lo de Mi ró Quesada, el m a r x i s m o , 
vemos ya cómo a l canza n o sólo una interpretación l a t i -
n o a m e r i c a n a s ino que es a d a p t a d o a la r e a l i d a d p r o p i a 
de esta América. E j e m p l o teórico de este hecho lo es el 
m a r x i s m o de José Ca r l o s Mariátegui; de la praxis lo es 
el m a r x i s m o de u n Ernes t o C u e v a r a y u n F ide l Cas t r o . 9 
¿Quiere_e_sto dec i r que la filosofía europea y occ iden-
t a l nos. es extraña? Por supues t o que n o . Y n n l n es_pnr-
q u g Amér ica L a t i n a , a l i g u a l que el r e s t o del m u n d o no 
o c c i d e n t a l , ha s ido ob j e t o de incorporación.a este m u n -
do, Y-*emo-obje io de i n corporación,-sometido: y por ende 
fl Cí. mi libro El pensamiento latinoamericana. 
Cí. mi Libro _n preparación Dialéctica.. . 
38 LA FILOSOFLA COMO ORIGINALIDAD LA FILOSOFÍA COMO ORIGINAL! DAD 39 
sus expres iones , en t r e el las su c u l t u r a y, p o r supues to , 
su filosofía. La filosofía o c c i d e n t a l n o es extraña, ya que 
en e l l a y p o r e l la el h o m b r e o c c i d e n t a l j u s t i f i c a su expan-
sión y s u d o m i n i o . I_a cxpansióñjLcÍojninic__^ 
n u e s t r o s pueb l o s i n c o r p o r a d o s a este m u n d o en c a l i d a d 
de s u b o r d i n a d o s . L a filosofía de ese mundo-es,-también, 
en m u c h a s f o r m a s , n u e s t r a , Pero n o n u e s t r a en el n i v e l 
y la a c t i t u d en que lo es p a r a e l d o m i n a n t e m u n d o occ i -
d e n t a l , s ino en el que nos es p r o p i o . Y, p o r supues t o . no_ 
nos es p r o p i o u n p e n s a m i e n t o f i losóf ico, que j u s t i f i c a e l 
d o m i ñ i o ü n o o t r a s expres i ones de l m i s m o , aque l l a s que 
originará, p o s t e r i o r m e n t e , e s t e ' dom in i o . U n d o m i n i o , ya 
l o a n t i c i p am o s , que se r ea l i za en n o m b r e de va l o r e s que 
se supone c u e n t a n p a r a t odos los h o m b r e s . E l Occ iden t e 
h a hecho expresa u n a filosofía que p o r sus m e t a s se p r e -
senta c o m o u n i v e r s a l . U n a filosofía que h a b l a y actúa en 
n o m b r e de l H o m b r e , en n o m b r e de la H u m a n i d a d . C l a r o 
es que este H o m b r e parece no t ener o t r a encarnación que 
la de l que la enarbo la . Pero a l e n a r b o l a r l a hace, también, 
pos ib l e l a conc i enc ia que de su p r o p i a h u m a n i d a d t oma-
rán o t r o s h o m b r e s , aque l l os que son ob j e t o de ap rop i a -
ción de l supues to H o m b r e . E l c o n q u i s t a d o y d o m i n a d o 
e n c u e n t r a su h u m a n i d a d s in t i endo y res is t i endo la h u m a -
n i d a d e xpans i va de l c o n q u i s t a d o r y d o m i n a d o r . E n este 
sen t ido , l a c u l t u r a o c c i d e n t a l y , c o n la c u l t u r a , la f i l oso-
fía o c c i d e n t a l , han dado a los d o m i n a d o s conc i enc ia de 
su h u m a n i d a d . Los l a t i n o a m e r i c a n o s ayer, a l i n i c i a r s u 
i n d e p e n d e n c i a f r en t e a l i m p e r i o ibérico, r e c l a m a r o n su 
de r e cho a ser l i b r e s y a ser cons ide rados c omo h o m b r e s 
en t r e hombres , e n a r b o l a n d o la filosofía de l a Ilustración, 
la fi losofía que h a b l a b a de la i g u a l d a d de todos los h o m -
bres . C o m o a h o r a e n a r b o l a n e l m a r x i s m o , también c r i a -
t u r a de la filosofía occ iden ta l . Y c o n Latinoamérica l o ha-
cen o t r o s pueb los n o occ identa les , r e c l amando , también, 
sus derechos a la l i b e r t a d , a l a i n d e p e n d e n c i a n o sólo po -
lítica s i n o económica, y lo hacen en n o m b r e de l h o m b r e , 
de la h u m a n i d a d c onc r e t a y desenajenada de que h a b l a 
M a r x . La t i noamer i c anos , asiáticos y a f r i canos h a b l a n , n o 
c o m o ecos, n o c omo re f l e jos de ajenas v idas , s ino a n o m -
b r e p r o p i o , reclamando a l Occ idente l o s x a l ¿ ^ q u e _ _ s u 
filosofía ha p r e s en t ado c o m o un i ve r sa l e s . Es t o es, hace 
de esa filosofía, aí a s u m i r l a ~ y n a c e r l a p r o p i a , u n a autén-
t i ca filosofía un i ve rsa l , del H o m b r e y p a r a e l h o m b r e , con-
ced i endo esta c a l i d a d a t o d o h o m b r e . N o se acepta l a 
interpretación o c c i d e n t a l de que e x i s t a n H o m b r e s y sub-
H o m b r e s , n o se acepta l a H u m a n i d a d y la i n f r a h u m a n i -
dad . Y p a r a r e c l a m a r t odo esto se e n a r b o l a n las ideas que 
esa filosofía h a o r i g i n a d o h a c i e n d o de e l las a lgo p r o p i o , 
ra fes l a expresión más legítima de adopción y adaptación. 
E n esta a c t i t u d se e n c u e n t r a el m e o l l o de l a a u t e n t i c i d a d 
^-QÓginahdád que t a n t o p a r e c e n p r e o c u p a r a n u e s t r o s 
f i lósofos. Es t o es, en e l d e r e cho n o ya a c o p i a r s ino a ha-
cer p r o p i o s va lo res que se p r e s e n t a n c o m o un i ve r sa l e s 
y, p o r ende, a l a lcance de t odo h o m b r e y p a r a la j u s t i f i -
cación de t oda h u m a n i d a d , s in que en e l l o tenga nada que 
v e r la situación económica, soc ia l , c u l t u r a l o r a c i a l . 
As i , pues , no_s£_irata de e l u d i r . como_iamj>oco de ¡roL_. 
* a r y c n p " » - a la fi losofía o c c i d e n t a l p a r a d a r o r i g e n a 
u n a filosofía que sea p r o p i a de esta América. Se t r a t a , 
p u r a y s imp l emen t e , de hacer lo que ya aconse jaba A lber -
d i , esto es, se j ecc j f lna jvadap iar , la expresión de la f i loso-
fía o c c i d e n t a l que m e j o r convenga a nues t r a s necesida-
des, a n u e s t r a r e a l i d a d . Es t o es, a cep ta r consc i en t emente 
l o que , de u n a m a n e r a a veces inconsc i en te , se h a hecho 
desde los m i s m o s i n i c i o s de n u e s t r a incorporación c o m o 
a m e r i c a n o s a l a h i s t o r i a del m u n d o o c c i d e n t a l ; desde e l 
m i s m o m o m e n t o en que , c o m o indígenas, se i n i c i a nues-
t r a incorporación y, c o m o occ identa l es , la continuación 
de esa h i s t o r i a en n u e s t r a h i s t o r i a . L a occidentalización 
del m u n d o entero es u n hecho, independ ientemente de que 
sean los occ identa les m i s m o s los últimos en en te ra rse de 
que sus creaciones son ya b ienes un ive rsa l es y de que sus 
va lo res son ya p r o p i e d a d de l m u n d o que c o n s u expan-
sión h a n o r i g i n a d o . Y d e n t r o de esta i n e l u d i b l e occ iden-
talización Latinoamérica h a s ido e l p r i m e r c on t inen t e en 
s u f r i r n o sólo la expansión s i n o también los c on f l i c t o s 
ideológicos que ta l expansión ha or i g inado . Conf l i c tos que 
sólo resue lve la conc i enc ia de la h u m a n i d a d de sus h o m -
bres y, c o n e l lo , también l a de que nada de l o h u m a n o le 
es o puede ser a jeno. E n este s e n t i d o Latinoamérica se 
a n t i c i p a , e n m u c h o t i e m p o , a u n a expe r i enc i a q u e ya es 
p r o p i a de o t r o s pueb los n o occ identa l es pe ro también 
ob l igados a occ identa l izarse. "Latinoamérica — d i c e F ran -
c isco M i r ó Quesada— p o r su p r o p i a formación c u l t u r a l 
encontrábase ya l o su f i c i en t emen t e occ iden ta l i zada p a r a 
p o d e r escapar de u n p roceso a l que n i s i q u i e r a las nac io -
i 
40 LA FILOSOFÌA COMO ORIGINALIDAD 
nes más e s p i r i t u a l m e n t e a le jadas d e l Occ iden t e h a n po-
d i d o escapar. Latinoamérica t i ene p o r e l c o n t r a r i o l a ven-
taja sobre esas nac iones en el hecho de que h a b i e n d o s ido 
a s i m i l a d a , a u n q u e fuese excéntricamente, a la c u l t u r a 
o c c i d e n t a l , es pos ib l e que a lcance antes que o t r a s las raí-
ces esenciales de la m i s m a . La c u l t u r a occ iden ta l h a crea-
do i n s t r u m e n t o s conceptuales de v a l o r u n i v e r s a l , los cua-
les p u e d e n a y u d a r a u n o a e n f r e n t a r c u a l q u i e r r e a l i d a d , 
c u i d a n d o t a n sólo de que la esenc ia de ésta sea deb ida-
m e n t e c o m p r e n d i d a . Pues sólo u n a comprensión que l le-
gue a la esenc ia última de las cosas permit irá m a n e j a r 
e l g i gantesco y f l e x i b l e a p a r a t o de la c u l t u r a o c c i d e n t a l , 
aplicándolo a las p e cu l i a r e s c i r c u n s t a n c i a s de n u e s t r a 
p r o p i a c u l t u r a . Y será a través de esta aplicación que sur ja 
necesar i amente u n a p o s t u r a o r i g i n a l de d i s t i n t i v a au ten -
t i c i d a d . " 1 0 
E s t o es, i n s i s t i m o s , se reconoce-e 1 h e cho de la_oeciden-
talización de Latinoamérica y e l res to de l m u n d o , . j ^ o o n 
"eTjoTTambién de l a universalización de l a f i loso f ja^occ i -
c i en ia l . L o eme n o se reconoce es.Ig^situaciánjue, d e n t r o 
de este m u n d o , se señala _a_pueblos_y hqmb.re^c jamo los 
nues t ros . Se acéptala ex is tenc ia de u n a histor iai e n j a que 
l o no_pccid_entalno_ t i ene p o r q u é segu i r _ teniendo_un pa-
" p e ! de subordinación. R e c o n o c i d o este hecho, se le acep-
t a y e d n t i n u a ía m a r c h a d e n t r o de u n a h i s t o r i a que ya es 
común, pe ro en la c u a l to_dosJosiiomb-resJeberán.J.ener 
e l l u g a r que c o r r e sponde a s u d i g n i d a d de h o m b r e s . U n a 
d i g n i d a d pi-ócTamadá p o r l a filosofía o c c i d e n t a l , n o p a r a 
u n d e t e r m i n a d o t i p o de h o m b r e s ino p a r a t o d o h o m b r e . 
E l h o m b r e que se c a r a c t e r i z a c o m o t a l , n o p o r t ene r u n 
d e t e r m i n a d o c o l o r de p i e l , o p o r per tenecer a u n d et e r m i -
n a d o g r u p o soc ia l , o p o r habe r n a c i d o en u n a d e t e r m i n a -
d a región de l m u n d o que r e su l t a n o ser la de la metrópoli 
i m p e r i a l , s ino p o r ser, s i m p l e m e n t e , u n h o m b r e , esto es, 
p o r poseer l o q u e es cohtún a t odos , l o que Descartes , pa-
d r e y c r eado r de l enunc i ado sobre los Derechos de l H o m -
b r e , l l a m a b a razón y o t r o s fi lósofos espíritu. Y, aceptada 
esta situación, a c tua r , y a c o m o a c t o r y no c o m o ob je to , 
en la continuación de la h i s t o r i a que el i m p a c t o occ iden-
t a l unlversalizó, pero que ha dejado de ser occ identa l p a r a 
ser, s i m p l e m e n t e , h i s t o r i a de l H o m b r e . 
Op. cri., p. 189. 
LA FILOSOFÍA COMO ORIGINALIDAD 41 
L a filosofía_occidental habló d e l H o m b r e , pero , a l pa-
-C£££_r.i_no de los h o m b r e s . Ésta será ob j e t o de o t r a faena, 
de u n a faena filosófica más a c t u a l , contemporánea. An-
tes de esto, antes de que el Occ iden t e fuese s a c u d i d o p o r 
dos t r e m e n d a s g u e r r a s y an tes de que los h o m b r e s de 
o t r o s pueblos le rec lamasen — c o n las a rmas en la m a n o -
u n a h u m a n i d a d que les regateaba, el Occidente.habló de 
H o m b r e , p e ro .hac i endo de esta i dea "S feo a b s t r a c t o . " T a n 
a b s t r a c t o que el H o m b r e , a u n p u d i e n d o ser c u a l q u i e r 
h o m b r e , n o e ra n i n g u n o en conc r e t o . Es t o fue así en es-
pec i a l d e n t r o de l más e x t r a o r d i n a r i o s i s t ema c r eado p o r 
esta f i losofía eñ l a m o d e r n i d a d , la f i losofía de Hege l . E l 
h o m b r e c o m o espíritu; pe ro n o c o m o u n espíritu concre -
to , s ino c o m o a lgo p o r r ea l i z a r , a lgo que deberían hace r 
t odos los h o m b r e s conc re tos , t odos los h o m b r e s m o r t a -
les. I n s t r u m e n t o s , a f i n de cuentas , de u n a idea que , a u n 
s i endo a b s t r a c t a , podría e n c a r n a r en u n d e t e r m i n a d o 
h o m b r e , en u n d e t e r m i n a d o p u e b l o . I d ea de l o h u m a n o 
que j u s t i f i c a b a , n o sólo en Hege l s ino en t o d a l a fi losofía 
m o d e r n a que le antecede y le continúa, e l d o m i n i o de u n 
h o m b r e , excepción hecha de u n K i e r k e g a a r d , s u antípo-
da de u n N ie t zsche y de su i n v e n t o r , K a r l M a r x . Pese a 
que este últ imo h a s ido i n t e r p r e t a d o en los m i s m o s tér-
m i n o s a b s t r a c t o s en que había caído el hege l ian ismo._EI 
h o t n b r e c o m o abstracción q u e t conteniéndola t odos los 
h o m b r e s , ño contenía a n i n g u n o . U n a filosofía que j u s t i -
f i c aba t oda clase de expans iones y t oda subordinación, 
c omo vías p a r a l a supues ta humanización de la H u m a n i -
dad . G r u p o s de h o m b r e s que se c o n s i d e r a b a n agentes de 
lo h u m a n o y en su n o m b r e ap l a s t aban t oda expresión de 
h u m a n i d a d que n o fuese la que e l los r ep resen taban . Es t o 
es, u n a h u m a n i d a d concre ta , t an conc r e t a c omo t o d a h u -
man idad , que se imponía a o t ras human idades i gua lmen t e 
concretas, exigiéndoles — c o m o p r e t e x t o — r ind iesen cuen-
ta de esa su h u m a n i d a d . Una h u m a n i d a d que, en abs t rac -
to, a fuerza de ser lo acababa p o r ser expresión de los con-
c re tos intereses de qu ienes se c o n s i d e r a b a n a sí m i s m o s 
expresión de lo h u m a n o p o r exce lenc ia . 
" U n o de los g randes a con t e c im i en t o s de la c u l t u r a oc-
c i d e n t a l contemporánea — d i c e M i r ó Quesada— h a s ido 
el d e s c u b r i m i e n t o de que la p a l a b r a h o m b r e n o s i gn i f i c a 
nada si n o se r e l a c i o n a c o n u n a situación d e t e r m i n a d a . 
H o m b r e , ser h u m a n o , y todas las frases que pueden cora-
42 L A F I L O S O F Í A C O M O O R I G I N A L I D A D 
ponerse t en i endo como su je to estos términos, ca recen de 
s en t i do en a b s t r a c t o . " U n a abstracción a la c u a l darían 
s en t i do r e a l h o m b r e s conc re t os en función de sus in t e r e -
ses. " L a ideología enc i c l oped i s t a es u t i l i z a d a p o r u n g r u -
po de c r i o l l o s , descendientes de los españoles —ag rega 
Mi ró Quesada al r e f e r i r s e a Latinoamérica—, que ocu-
paban u n a situación p r i v i l e g i a d a en n u e s t r a e s t r u c t u r a 
s o c i a l . " " A l h a b l a r de L i b e r t a d , de I g u a l d a d y de F ra t e r -
n i d a d , los r e v o l u c i o n a r i o s c r e en c o n t oda su a l m a que ha-
b l a n de l a l i b e r t a d , de l a i g u a l d a d y de l a f r a t e r n i d a d de 
todos , c r i o l l o s , mest i zos , i n d i o s y n e g r o s . " Pero no h a y 
t a l , c o m o n o hay t a i cuando e l eu ropeo h a b l a b a también 
de estos va lores . Po rque son va lo res que, si b i e n se enar-
b o l a n en n o m b r e de l H o m b r e , sólo t i e n e n s en t i do p a r a 
u n d e t e r m i n a d o g r u p o de h o m b r e s . G r u p o de~~hombres 
q u e n o están d i spues tos a" r e conoce r estos m i s m o s dere-
chos, estos m i s m o s va lo res en h o m b r e s que t e n g a n i n t e -
reses d i s t i n t o s , o que , de a l g u n a f o r m a , se o p o n g a n a los 
suyos, l imitándolos o enfrentándolos, " . . . las p a l a b r a s 
sólo t i enen s en t i do p a r a los que i m p u l s a n el m o v i m i e n -
t o " . " L a s g rand iosas y s u b l i m e s pa l ab ras p r o n u n c i a d a s 
en n u e s t r o s m o v i m i e n t o s de i ndependenc i a sólo t i e n e n 
s en t i do p a r a u n a minoría. Pero qu ienes las e m p l e a n es-
tán convenc idos de que l l e n a n a t odos sus c o m p a t r i o t a s . " 
¿Cuál es e l r e s u l t a d o de esta abstracción? "Se r ea l i za así 
u n a revolución abs t r a c t a , se c r ea u n país a b s t r a c t o , u n 
g o b i e r n o abs t r a c t o , u n a ley abs t rac ta , todo en función de 
u n h o m b r e abs t r a c t o . N u e s t r a r e a l i d a d es, ab initio, u n a 
r e a l i d a d desgar rada , u n a r e a l i d a d e sc ind ida en dos po r -
c iones , u n a pequeña, l u m i n o s a y l l ena de p a l a b r a s sono-
r a s , y o t r a i nmensa , sombría, s i l e n c i o s a . " " 
E l m i s m o d e s g a r r a m i e n t o , la m i s m a división en t r e l o 
h u m a n o c reado p o r l a c u l t u r a o c c i d e n t a l en su relación 
c o n pueb los n o occ identa les . Una abstracción que se hace 
c o n c r e t a en función de sus intereses , los in tereses de los 
h o m b r e s conc re t os que la f o r m a n , pe ro que es sólo eso, 
abstracción, en relación con hombres a los cuales h a asig-
n a d o o t r a función, la de ob je tos , de i n s t r u m e n t o s t a l y 
c o m o lo expresaba Toynbee . L a f i losofía o c c i d e n t a l asu-
m i d a n o ya como u n c o n j u n t o de áT)straccíoñé?smo como 
expresión de u n a r e a l i d a d c o n c r e t a , la de u n d e t e r m i n a -
1 1 " E l Perú como doctrina". Antología.... p. 193. 
L A F I L O S O F Í A C O M O O R I G I N A L I D A D 43 
do g r u p o de h o m b r e s , p e r o también c o m o expresión de 
la r e a l i d a d de l h o m b r e , de l h o m b r e que este g r u p o de 
h o m b r e s e n c a m a , dará a o t r o s g r u p o s sociales, a o t r o s 
pueb los , a o t r o s h o m b r e s ; a los c o n t e m p l a d o s sólo abs-
t rac tamente en esa filosofía, el i n s t r u m e n t o p a r a expresar 
a su-vez su p r o p i a humanidad" . "Cha h u m a n i d a d c o n c r e t a 
y. par-£oncreta Lcon_caracteres d e t e r m i n a d o s , d i s t i n t o s 
r j e r o n c 3 n d e i ^ m a d o s j d i s t i n t o s que l o h u m a n o deje 
de ser común; c e l l o s . L a conc i enc i a deu n a h u m a n i d a d 
que n o t i ene que ser, c o m o pensaba Hege l , u n eco o u n 
ref le jo de ajena v ida , s ino la expresión de su concre ta v i da 
de h o m b r e s .