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ESCOLA TÉCNICA MUNICIPAL DE SETE LAGOAS CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM ENFERMAGEM CIRÚRGICA SETE LAGOAS – MG Introdução O conteúdo desta apostila refere-se ao componente curricular enfermagem Cirúrgica, para os alunos do curso Técnico de Enfermagem. O objetivo deste trabalho é capacitar os alunos de modo que ao final deste estudo os mesmos estejam interados acerca dos cuidados de enfermagem nas fazes do pré-operatório, intra-operatório, com ênfase nos cuidados de enfermagem no pós-operatório de algumas cirurgias mais comuns. Os tipos de anestesias e complicações decorrentes do ato anestésico cirúrgico e dos cuidados visando a prevenção e a correção destas complicações também serão abordadas neste curso. Com a esperança de que os objetivos deste estudo sejam alcançados, desejo a todos os alunos bom êxito! Tratamento Cirúrgico O tratamento cirúrgico é uma das formas terapêuticas utilizadas pela medicina no tratamento das doenças. Cirurgia ou operação: é o tratamento de doenças, lesões ou deformidade externa e/ou interna, com o objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema físico. * É realizada na sala de cirurgia do hospital e em ambulatório ou consultório (quando o procedimento for considerado simples). Classificação do Tratamento Cirúrgico A cirurgia pode ser classificada quanto a: momento operatório, finalidade da cirurgia a ser realizada e potencial de contaminação. Momento operatório(Dependendo do risco de vida) -Emergência: É quando a cirurgia (paciente) requer atenção imediata para salvar a vida ou preservar a capacidade funcional de uma parte do corpo. Indicação para cirurgia que deve ser realizada sem demora. Ex.: hemorragia interna, fratura de crânio, ferimento por armas de fogo, queimaduras intensas; -Urgência: É quando a cirurgia (paciente) requer pronta atenção e/ou providências dentro de 24 a 48 horas. Ex.: abdome agudo, extirpação de uma neoplasia maligna, cálculos renais ou uretrais; -Necessária:É quando o paciente precisa ser operado (indicação cirúrgica). Podendo ser planejada. Ex.: hiperplasia da próstata, distúrbio da tireóide; -Programada ou Eletiva: É uma cirurgia completamente programada de acordo com a preferência do paciente. É uma indicação cirúrgica, mas não submissão à cirurgia não apresenta “catástrofe”. Ex.: varizes de membros inferiores, reparo de cicatrizes, reparo vaginal, herniorrafia; -Opcional: Équando a cirurgia é optativa por ser de preferência pessoal do cliente. Ex.: cirurgias plásticas. Finalidade: -Diagnóstica ou Exploratória: Realizada para confirmação do diagnóstico; utilizada para visualizar as partes internas e/ou realizar biópsias. Ex.: laparatomia exploradora, biópsia de tumor da mama; -Curativa: É quando corrige alterações orgânicas. Ex.: retirada da amígdala inflamada; -Reparadora: É quando da reparação de múltiplos ferimentos. Ex.: enxerto de pele; -Reconstrutora ou Cosmética: É quando se processa uma reconstituição (Ex.: plástica, para modelar o nariz) ou restabelece a capacidade funcional ou aspecto externo de tecidos traumatizados (Ex.: fixação interna de fraturas); -Paliativa: É quando se necessita corrigir algum problema, aliviando os sintomas da enfermidade, não havendo cura. Ex.: colostomia ou abertura de orifício artificial para saída de fezes sem recessão do tumor intestinal. Potencial de Contaminação O número de microorganismos presentes no tecido a ser operado determinará o potencial de contaminação da ferida cirúrgica. Classificadas em: -Limpas: realizadas em tecidos estéreis ou de fácil descontaminação, ausência de processo inflamatório local, sem penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário, em condições ideais de sala de cirurgia. Cirurgias eletivas com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem. Ex.: cirurgia de ovário; -Potencialmente Contaminadas: realizadas em tecido de difícil descontaminação, na ausência de supuração local, com penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Cirurgia com critérios de limpa, mas com drenagem. Ex.: redução de fratura exposta -Contaminadas: realizada em tecidos recentemente traumatizados e abertos, de difícil descontaminação (colonizados por flora bacteriana abundante), com processo inflamatório, mas sem supuração. Na presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção ou grande contaminação a partir do tubo digestivo, presença de obstrução biliar ou urinária Ex.: apendicite; -Infectadas: realizada em qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso, supuração local, tecido necrótico, feridas traumáticas sujas. Ex.: cirurgia do reto e ânus com pus. Classificação das Cirurgias Por Nível de atenção -Nível l Pessoal - Cirurgião e auxiliar de enfermagem; Tipo de anestesia - Infiltração de tecidos; Equipamentos e materiais - básicos; Hospitalização - horas de cirurgia. -Nível II Pessoal - anestesiologista, cirurgião, auxiliar de enfermagem; Anestesia - geral – bloqueio de nervos, infiltração; Equipamentos e materiais – básico e auxiliar; Observação em SRPA (sala de recuperação pós- anestésica) – horas de hospitalização. -Nível III Pessoal - anestesiologista, cirurgião, cirurgião auxiliar, auxiliar de enfermagem; Anestesia - geral; bloqueio de nervos; Equipamentos e materiais – básico e auxiliar; Hospitalização - dois dias em média. -Nível IV Pessoal - anestesiologista, cirurgião, cirurgião auxiliar, auxiliar de enfermagem; Anestesia - geral; Equipamentos e materiais – básico e auxiliar; Hospitalização – cinco dias ou mais. O Paciente Cirúrgico As cirurgias provocam alterações estruturais e funcionais no organismo do cliente, que precisará de algum tempo para se adaptar às mesmas. É comum o tratamento cirúrgico trazer benefícios à qualidade de vida da pessoa, mas é importante compreendermos que o tratamento cirúrgico sempre traz um impacto ‘ positivo ou negativo’ tanto no aspecto físico como nos aspectos psicoemocionais e sociais. As reações emocionais guardam relação direta com o “significado” que o cliente e seus familiares atribuem à cirurgia, sendo a ansiedade pré- operatória a mais freqüente. Por isso, a cirurgia e os procedimentos diagnósticos podem representar uma invasão física, emocional e psicológica – em algumas cirurgias (amputação da perna) uma invasão social, obrigando mudanças no estilo de vida. A enfermagem vê buscando formas mais qualificadas de atendimento ao paciente cirúrgico, reconhecendo que o ser humano não é apenas um ser biológico, mas também psíquico; ambos interagem e são parte do todo. A Assistência de Enfermagem procura atender os domínios psicobiológicos, psicossocial e psicoespiritual. Fatores que interferem no Tratamento Cirúrgico -Aspectos psicossociais e psicoemocionais: A hospitalização e o ato cirúrgico põem em risco à autonomia, a criatividade, a auto- estima, e a segurança. O cliente geralmente apresenta temores específicos como: medo da anestesia, da alteração da imagem corporal e fisiológica, do desconhecido, da dor e medo da morte. As alterações mais encontradas são: aumento da freqüência cardíaca e da respiratória, aumento da sudorese, boca seca, diarréias, hiperatividade, afastamento, agressão verbal, ou física e choro. A manutenção ou crescimento de ansiedade aumenta a probabilidade de ocorrência de retenção urinaria, de insônia, e de anorexia; aumentado a dosagem de anestésico e analgésico. A equipe de enfermagem deve estar atenta para detectar, precocemente os temores e alterações apresentadas pelo paciente com o objetivo de melhor atende-lo. Para reduzir o estresse emocional a equipe de enfermagem deve: individualizar i paciente, ouvir com atenção, esclarecer dúvidas (se necessário recorrer ao profissional competente), proporcionar a assistência espiritual (leitura da bíblia, de orações), proporcionar recreação com rádio, televisão, leituras, jogos e estimular a participação da família no tratamento. - Fatores Econômicos:O tratamento cirúrgico é caro (gastos com a cirurgia, exames e medicamentos) e de difícil acesso, apesar das instituições públicas fornecerem este tipo de tratamento, a procura é bem maior que a oferta. Alguns falecem antes de receber p tratamento e outros ficam mais debilitados, pois a espera é longa. - Fatores Políticos: A política do Brasil tem privilegiado a assistência curativa, que é cara e não resolve as causas dos problemas de saúde. A maior parte das patologias cirúrgicas poderia ser evitada ou controlada. - Aspectos Físicos: O trauma cirúrgico lesa, tecidos, órgãos e vasos sanguíneos, provocando menor mobilidade, alterações hormonais, hídricas, peristálticas, dor, etc. Fatores de Risco Cirúrgico Os efeitos da cirurgia sobre as necessidades básicas podem ser agravados mediante alguns fatores que afetam a capacidade de o individuo reagir à cirurgia ou a cicatrização do ferimento, fatores estes denominado de risco cirúrgico. Risco Cirúrgico: é toda possibilidade de perigo ou dano que ocorre com um paciente, candidato à cirurgia, em decorrência de diferentes fatores que possam afetá-lo no pré, no trans e/ou no pós-operatório. Fatores de riscos atribuídos a paciente Condições Físicas - Idade: dentro das diferentes faixas etárias, os indivíduos situados nos extremos estão sujeitos a um risco cirúrgico maior (crianças e idosos). - Sexo: a pessoa do sexo masculino costuma se abater muito, do ponto de vista emocional, ao ficar doente, mas consegue se controlar mais facilmente, o que faz com que o risco cirúrgico seja menor. A mulher é mais sensível ao sofrimento, descontrola-se com facilidade e, por isso tem agravado o risco cirúrgico. A mulher grávida, em especial, tendo em vista as alterações emocionais, físicas e hormonais, apresenta um risco muito maior. - Estado Físico: afecção responsável pela indicação cirúrgica, estado nutricional (desnutrido ou obeso); afecções associadas (pacientes anêmicos, desidratados, portadores de afecção cardiovascular, respiratória, digestiva, renal, endócrina, metabólica, ou traumatismo crânio-encefálico); alergia a medicamentos (torna-se necessária a utilização de medidas dessensibilizantes com orientação de especialistas). Condições emocionais A reação emocional de um paciente frente à indicação do tratamento cirúrgico é imprevisível e está na dependência de seu nível cultural e da maneira como foi informado sobre a necessidade desse tratamento. Quanto mais humilde e desprovido de cultura é o paciente, mais docilmente aceita a proposta cirúrgica. A aceitação ao tratamento cirúrgico, apesar dos temores, está geralmente relacionada à confiança que o cliente deposita na equipe profissional e na estrutura hospitalar, daí a importância de estarmos atentos ao tipo de relação interpessoal que especificamente temos com esse cliente. O atendimento do cliente cirúrgico é feito por um conjunto de setores interligados, como o pronto-socorro, ambulatório, enfermaria clinica ou cirúrgica, centro cirúrgico (CC) e a recuperação pós-anestésica (RPA). Todos estes setores devem ter um objetivo comum: proporcionar uma experiência menos traumática possível e promover uma recuperação rápida e segura ao cliente. O ambulatório ou pronto-socorro realiza a anamnese, o exame físico, a prescrição do tratamento clínico ou cirúrgico e os exames diagnósticos. A decisão pela cirurgia, muitas vezes, é tomada quando o tratamento clínico não surtiu o efeito desejado. O cliente pode ser internado um ou dois meses dias antes da cirurgia, ou no mesmo dia, dependendo do tipo de preparo que a mesma requer. O cliente do pronto-socorro é diretamente encaminhado ao centro cirúrgico, devido ao caráter, geralmente, de emergência do ato cirúrgico. Centro cirúrgico é o setor destinado às intervenções cirúrgicas e deve possuir a recuperação pós-anestésica para prestar a assistência pós-operatória imediata. Após a recuperação anestésica, o cliente é encaminhado à unidade de internação, onde receberá os cuidados pós-operatórios que visam prevenir a ocorrência de complicações. Sala Cirúrgica Foco fixo ou central Foco fixo com a manopla Exemplos de cirurgias classificadas pelo seu potencial de contaminação Limpas Artroplastia do quadril Cirurgia cardíaca Herniorrafia de todos os tipos Neurocirurgia Procedimentos cirúrgicos ortopédicos (eletivos) Anastomose portacava espleno-renal e outras Mastoplastia Mastectomia parcial e radical Cirurgia de ovário Enxertos cutâneos Esplenectomia Vagotomia superseletiva (sem drenagem) Cirurgia vascular Potencialmente Contaminada Histerectomia abdominal Cirurgia das vias biliares sem estase ou obstrução biliar Cirurgia gástrica e duodenal em pacientes normo ou hiperclorídricos Feridas traumáticas limpas – ação cirúrgica até de horas após o traumatismo Colecistectomia + colagiografia Vagotomia + operação drenagem Cirurgias plásticas prolongadas com circulação extracorpórea Contaminadas Cirurgia de cólons Debridamento de queimaduras Cirurgias das vias biliares em presença de obstrução biliar Cirurgia intranasal Cirurgia bucal e dental Fraturas expostas com atendimento após dez horas Feridas traumáticas com atendimento após dez horas de ocorrido o traumatismo Cirurgia de orofaringe Cirurgia do megaesôfago avançado Coledocostomia Anastomose bílio-digestiva Cirurgia gástrica em pacientes hipoclorídricos (câncer, úlcera gástrica) Cirurgia duodenal por obstrução intestinal Cirurgia do reto e ânus com pus e conteúdo de cólon Nefrectomia com infecção Presença de vísceras perfuradas Colecistectomia por colecistite aguda com empiema Exploração das vias biliares em colangite supurativa Especialidades Cirúrgicas e Terminologia Cirúrgica Terminologia são os termos adotados pelos profissionais de saúde, e que são derivados, na maioria das vezes por elementos gregos e latinos. Relação dos elementos de origem greco-latinos empregadas na área cirúrgica: O primeiro elemento se refere ao órgão, aparelho ou parte do corpo humano Um exemplo: Nefropexia – Nefro= Rim + pexia = Fixação => Fixação dos Rins Primeiro Elemento Significado Primeiro Elemento Significado Adeno Angio Artro Blefaro Cisto Colecisto Colo Colpo Entero Flebo Gastro Hepato Histero Glândula Vaso Articulação Pálpebra Bexiga Vesícula Colon Vagina Intestino Veia Estomago Fígado Útero Laparo Abdominal Laringo Nefro Neuro Oftalmo Ooforo Orqui Osteo Oto Procto Rino Salpindo Traqueo Cavidade Cavidade abdominal Laringe Rim Nervo Olho Ovário Testículo Osso Ouvido Reto Nariz Trompa Traqueia Segundo elemento Significado Ectomia Pexia Plastia Ráfia Scopia Stomia Tomia Remoção parcial ou total Fixação de um órgão Reconstituição estética ou reparadora Sutura Ato de ver e observar Comunicação entre dois órgãos ocos e a pele Corte Principais nomes de procedimentos cirúrgicos em que o segundo elemento da composição é ecotmia (remoção): Procedimento Para remoção de Apendicectomia Cistectomia Colecistectomia Colectomia Embolectomia Esofagectomia Esplenectomia Facectomia Gastrectomia Hemorroidectomia Hepatectomia Histerectomia Lobectomia Mastectomia Miomectomia Nefrectomia Ooforectomia Pancreotectomia Pneumectomia Prostatectomia Retossigmoidectomia Salpingectomia Simpatectomia Tireoidectomia Apêndice Bexiga Vesícula biliar Cólon Êmbolo Esôfago Baço Cristalino Estômago Hemorróidas Parte do fígado Útero Parte do pulmão Mama Mioma Rim Ovário Pâncreas Pulmão Próstata Reto e sigmóide Trompa Segmentos selecionados do sistema nervoso Simpático Tireóide Nomes de procedimentos terminados em pexia (fixação): Procedimento Para fixação de Cistopexia Histeropexia Nefropexia Retinopexia Orquiopexia ou orquidopexia Bexiga Útero Rim Retina Testículo Nomes de procedimentos terminados em plastia (reconstituição): ProcedimentoPara reconstituição de Blefaroplastia Mamoplastia Piloroplastia Queiloplastia Rinoplastia Ritidoplastia Salpingoloplastia Pálpebra Mama Piloro Lábio Nariz Face Trompa Nomes de procedimentos terminados em rafia (sutura): Procedimento Para sutura de Blefarorrafia Colporrafia Gastrorrafia Herniorrafia Osteorrafia Palatorrafia Perineorrafia Tenorrafia Pálpebra Vagina Estomago Hérnia Osso Fenda palatina Períneo Tendão Nomes de procedimentos com o segundo elemento terminado em scopia (observação): Procedimento Para observação de Artroscopia Broncoscopia Cistoscopia Colonoscopia Colposcopia Endoscopia Esofagoscopia Gastroscopia Laringoscopia Laparoscopia Retosigmoidoscopia Ureteroscopia Uretroscopia Articulação Brônquios Bexiga Cólon Vagina Órgãos internos Esôfago Estomago Laringe Cavidade abdominal Reto e sigmóide Ureter Uretra Nomes de procedimentos que têm como segundo elemento stomia (comunicação entre dois órgãos ocos e entre um órgão e a pele): Procedimento Órgão em comunicação com a pele Cistostomia Colostomia Gastrostomia Jejunostomia Traqueostomia Bexiga Cólon Estomago Jejuno Traquéia Nomes de procedimentos cujo segundo elemento de formação e tomia (corte): Procedimento Corte do (a) Episiotomia Laparotomia Toracotomia Traqueotomia Ureterotomia Vasectomia Vulva Abdome Tórax Traquéia Ureter Canal deferente Outros termos de uso freqüente na área cirúrgica Procedimento Significado Amputação Anastomose Biopsia Cauterização Cesariana Circuncisão Cistocele Curetagem uterina Deiscência Dissecação Enxerto Evisceração Excerese Fístula Incisão Hérnia Litíase Paracentese Prolapso Ressecção Retocele Toracocentese Varicocele Remoção de uma parte do corpo Conexão de dois órgãos tubulares Remoção de um tecido vivo para exame Destruição de tecido por meio de agente cáustico ou de calor através do bisturi elétrico Retirada do feto através de incisão na parede abdominal e no útero Ressecção da pele do prepúcio que cobre a glande Hérnia da bexiga por defeito musculatura do períneo Raspagem e remoção do conteúdo uterino Separação dos bordos previamente suturados de uma ferida Corte ou separação do tecido do corpo Transplante de órgão ou de tecido Saída de vísceras de sua cavidade Extirpação cirúrgica Passagem anormal que liga um órgão, cavidade ou abscesso a uma superfície interna ou externa do corpo Corte Saída total ou parcial de um órgão do espaço que o contém Cálculo Denominação genérica de punção para esvaziamento de cavidade Queda de órgão, especialmente quando este surge em um orifício natural Remoção cirúrgica de parte de um órgão Hérnia de parede do reto por defeito na musculatura do períneo Punção cirúrgica na cavidade torácica Veias dilatadas no escroto Introdução à Enfermagem em Centro Cirúrgico Estrutura organizacional da Unidade de Centro Cirúrgico Centro Cirúrgico - Conceito: é uma unidade especializada de um hospital, construída por mais de uma sala de cirurgia, destinada à realização de procedimentos de qualquer natureza, que venham requerer intervenção cirúrgica, como a recuperação pós-operatória imediata. - Objetivos: Prestar assistência integral ao paciente cirúrgico em todo perioperatório; Proporcionar recursos humanos e materiais para que o ato cirúrgico seja realizado dentro de condições ideais, técnicas e assépticas; Favorecer o ensino a fim de contribuir para a formação e aperfeiçoamento de recursos humanos; Propiciar condições favoráveis ao desenvolvimento de pesquisas, no sentido de aprimorar o conhecimento técnico-científico e melhorar a assistencia prestada. - Localização: a UCC deve ocupar uma área independente da de circulação geral, ficando livre do trânsito de pessoas e materiais estranhos ao serviço, devendo ser acessível às enfermarias cirúrgicas. * A UCC é considerado área crítica: são os ambientes onde existe risco aumentado de transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos de risco, ou onde se encontram paciente com sistema imunológico deprimido - Estrutura Física: Elementos da UCC - Vestuário Masculino e Feminino:devem ser localizados na entrada do CC; conter armários e sanitários anexos com chuveiros * Os profissionais só podem ter acesso ao interior da UCC após a troca de roupas em uso por uniformes próprio e privativo para o local; são eles: calça comprida, túnica, gorro, propés, e máscara. Sala Administrativa ou Posto de Enfermagem: destinada ao controle administrativo da unidade, concentrando a chefia de enfermagem e a secretária. Área de recepção do Paciente: recepcionar e transferis pacientes da maca provenientes da unidade de internação para o CC. Sala de Espera: área destinada aos familiares ou acompanhantes do paciente, deve ser provido de poltronas com assentos confortáveis e sanitários anexos. Área de Escovação ou lavabos: prevê-se um lavabo com 02 torneiras para cada 02 salas de cirurgias; as torneiras devem ser especiais, abri-las e fechá-las sem o isso das mãos; os tanques devem ser instalados numa altura em média de 90 cm para favorecer a mecânica corporal. * Neste local devem ser colocados os recipientes para escova e solução anti-séptica. Sala de Estocagem de Material Esterilizado Sala de Reserva de Medicamentos e Soluções Sala de Material de Limpeza Sala de Expurgo:destinado a receber e lavar o material usado na cirurgia. * Este local deve possuir um recipiente com sistema de descarga para desprezar as secreções dos frascos dos aspiradores; * Dependendo da planta física, a área de expurgo da CC é a mesma da Central de Materiais Esterilizados. Sala para Guardar Aparelhos e Equipamentos: ex.: Bisturi elétrico, aspirador portátil, focos auxiliares, unidade móvel de Raios-X, suporte de soro e outros. Copa Sala de Estar para Funcionários e para Relatórios Médicos Sala de Recuperação Pós Anestésica Sala de cirurgia ou operação Sala de Cirurgia ou Operação * Área destinada à realização de intervenções cirúrgicas e endoscópicas * Preconizam-se 02 salas para cada 50 leitos n ao especializados ou para cada 15 leitos cirúrgicos. - Área Física:o tamanho da sala cirúrgica varia de acordo a especialidade da cirurgia, da quantidade de equipamentos utilizados e da facilidade de circulação doscompomentes das equipes dentro da sala Cirurgia Geral: (herniorrafia, tireoidectomia, laporoscopia) 25m² Cirurgias Especializadas: (neurológica, cardiovascular e ortopédica) 36m² Cirurgias de Pequeno Porte: (oftalmológica) 20m² - Forma: as salas podem ser retangulares, quadradas ou circulares. -Características das Paredes: Devem ser de cantos arredondados em todas as junções (parede com teto, parede com piso e parede com parede) para facilitar a limpeza. * Devem ser revestidas de material resistente, superfície lisa e lavável, cor neutra e fosca para não emitir reflexos luminosos. -Características do piso: deve ser de material condutivo para proteger o ambiente contra descarga de eletricidade estática gerada durante o ato cirúrgico. * De superfície lisa e de fácil limpeza - Características das Portas: devem ser amplas, a fim de permitir a passagem de macas, serem revestidas de material lavável, cor neutra e fosca, com cantos protegidos por aço inoxidável para prevenir de danos por possíveis esbarrões de maca etc. * Ser providas de visor facilitando visualizar o interior da sala sem a necessidade de abri-la durante o ato cirúrgico. - Características das Janelas:devem ser localizadas de modo a espalhar luminosidade em todo o ambiente, ser do tipo basculante, vidro fosco e telada. Equipamentos e Materiais de uma Sala de Cirurgia - Equipamentos Fixos:armário embutido, negatoscópio, foco central, ar condicionado; -Equipamentos Móveis: mesa cirúrgica, mesa auxiliar, mesa para instrumental, suportes de braço; - Equipamentos Utilizados para a Sala de Cirurgia: pacotes de aventais,campo simples ou duplo impermeável, compressas, cuba rim e outros. * A equipe de enfermagem do CC deve zelar para os equipamentos e materiais utilizados na sala cirúrgica sejam mantidos em perfeitas condições de uso e repostos em quantidades suficientes para assistir adequadamente o paciente, e facilitar a dinâmica de funcionamento da unidade. Membros da equipe cirúrgica - Equipe de anestesia - Equipe cirúrgica: é constituída por cirurgião, assistente, e instrumentador * O instrumentador pode ser integrante da equipe de enfermagem e se responsabiliza pelo preparo da mesa, fornecimento de instrumentos, matem a mesa em ordem e deve estar atento para que não falte nenhum material. É de sua competência prever o material necessário à cirurgia e separar os instrumentos após o uso. - Equipe de Enfermagem: enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem. Atribuições da Equipe de Enfermagem Enfermeiro Receber o plantão e realizar as atividades administrativas e assistenciais; Providenciar o transporte do paciente para o centro cirúrgico; Coordenar as atividades assistenciais prestadas pelos componentes da equipe de enfermagem; Execução a avaliação de programas de ensino, atualizações e pesquisas; Controlar, diariamente, os gastos de entorpecentes e psicóticos. Elaborar o programa ou mapa operatório para o dia seguinte, com base nos pedidos de cirurgia recebidos; Supervisionar a limpeza diária e semanal da sala de cirurgia e demais elementos da planta física do Centro Cirúrgico; Realizar a visita pós-operatória; Atuação na prevenção da infecção da feriada cirúrgica, medidas necessárias: - Avaliar o preparo físico no pré-operatório; - Certificar da incidência de infecção da ferida operatória, bem como do agente casual; - Exigir o uso correto de roupas privativo no CC de todos os profissionais; - Controlar o numero de pessoas na sala – CC - Propiciar exame médico e laboratorial periódico dos componentes da equipe de enfermagem; - Preparar e armazenar o material esterilizado em local apropriado; - Avaliar periodicamente as condições de uso dos instrumentos e equipamentos; - Fazer pesquisa bacteriológica periódica no ambiente, bem como avaliar a qualidade dos produtos químicos usados na limpeza e desinfecção do local; - Desenvolver trabalhos conjunto com a comissão de controle de infecção hospitalar. Técnico em Enfermagem Auxiliar o Enfermeiro, sempre que necessário; Verificar o estado de conservação e funcionamento dos aparelhos e equipamentos, solicitando concerto ou troca imediata; Controlar estoque de material esterilizado e as respectivas datas de esterilização; Responsabilizar-se pela identificação e encaminhamento das peças cirúrgicas aos laboratórios especializados; Exercer as atribuições de circulante, quando necessário. Auxiliar de Enfermagem ou Circulante - Montagem de uma sala cirúrgica: Ler com atenção o pedido de cirurgia, observando o material e aparelhos a serem utilizados; Verificar a limpeza do piso e das paredes; Equipar a sala com aparelhos solicitados; Remover pó dos equipamentos com tecido embebido em álcool a 70%; Testar o funcionamento dos aparelhos elétricos, inclusive os focos, luz, aspirador, etc.; Verificar se o lavabo esta equipado para uso, e lavar as mãos; Revisar o material existente na sala, completar o que falta e providenciar o específico; Verificar as medicações e os impressos; Equipar a mesa da anestesia e colocá-la a cabeceira da mesa cirúrgica; Colocar os pacotes de campos e de aventais, as luvas e a caixa instrumental e, local acessível; Preparar soro e a bandeja anti-sepsia; - Cuidados após cirurgia simples: Desligar o foco e aparelhos elétricos; Remover os campos e pinças que estão sobre o paciente; Transferir o paciente para a maca; Providenciar o transporte do paciente, encaminhando-o com o prontuário completo; Separar roupa utilizada na cirurgia e encaminhar; Separar o material de vidro, cortante, borracha e instrumentais. As pinças devem ser abertas; Encaminhar a peça anatômica identificada; Instrumentador Cirúrgico - Antes da cirurgia: Escovação completa das mãos, coloca o avental, calçar as luvas; Colocar os campos na mesa de instrumentos do medico e organizar os instrumentos; Colocar as lâminas nos cabos de bisturi; Contar as compressas, arrumar os fios; Manter a mesa em ordem, sem desarrumá-la ao manusear-los; Apresentar os campos e as pinças ao cirurgião, seguindo- em qualquer lado da mesa que ele escolher; Colocar o restante do campo conforme exigir o procedimento; -Durante a Cirurgia: Observar o campo e procurar antecipar-se às necessidades do cirurgião. Manter duas compressas limpas sobre o campo; Se as compressas forem acrescentadas durante a cirurgia, deveram ser contadas; Descartar as compressas sujas; Manter o campo limpo; Limpar o sangue dos instrumentos utilizados; Manter as mãos livres; Pedir os suprimentos com calma; Ser preciso e estar alerta, trabalhar rapidamente, sem sacrificar a precisão e a técnica; - Após o termino da cirurgia: Retirar as compressas sujas da mesa; Separar as compressas limpas das sujas e certificar da existência de todas; Observar todos os campos, e instrumentos utilizados, certificando da existência de todos; Preparar-se para a próxima cirurgia. Atividade de Fixação Texto: Introdução à Enfermagem em centro Cirúrgico Defina Centro Cirúrgico. Cite os elementos essenciais de uma unidade de centro cirúrgico. Classifique os elementos de uma unidade de centro cirúrgico de acordo com sua restrição. Qual a forma mais comum da sala de cirurgia? Cite como devem ser as paredes. Como pode ser a ventilação na sala de cirurgia? Equipes que Trabalham em um Centro Cirúrgico Quatro equipes prestam assistência direta em um centro cirúrgico. Elas devem atuar harmoniosamente e de forma integrada para propiciar um ato cirúrgico eficiente e seguro para o paciente. Equipe de Anestesia Composta por médicos e anestesistas - Funções da Equipe: Prescrever medicação pré-anestésica; Planejar e executar a anestesia; Controlar o paciente durante e após o ato cirúrgico Equipe Cirúrgica É a responsável pela realização do ato cirúrgico. -Componentes: Médico cirúrgico; Um ou mais médicos auxiliares (dependendo da cirurgia); Instrumentador (pode ser um médico ou membro da equipe de enfermagem) Equipe de Limpeza Do próprio hospital ou de serviço terceirizado. Esta equipe sempre trabalha sobre a supervisão técnica do enfermeiro. Equipe de Enfermagem -Componentes: Enfermeiro Técnico de enfermagem e Auxiliares de enfermagem (assumem funções de circulante de sala e instrumentador) Escriturário – é o responsável pelo trabalho burocrático, como por exemplo, datilografia e a distribuição dos programas de cirurgia. O pessoal que trabalha dentro do centro cirúrgico deve apresentar boas condições de saúde. É obrigatório uso de uniforme privativo (macacões, gorros, máscaras, propés, que são usados sobre sapatos). - Atribuições da Equipe de Enfermagem Enfermeiro Provê a unidade com pessoal, materiais e equipamentos necessários para o trabalho; Planeja o trabalho na unidade de centro cirúrgico; Supervisiona o trabalho do pessoal de enfermagem; Realiza treinamentos (educação continuada) com a equipe; Coordena e supervisiona a assistência prestada ao paciente no transoperatório, executando-a sempre que houver necessidade. Circulante de Sala Montagem da sala de operações Tomar conhecimento sobre as scirurgias programadas para sua sala, bem como dos horários e equipamentos ou materiais especiais necessários; Conferir a limpeza da sala, que geralmente é feita na véspera da cirurgia; Arrumar a sala, provendo-a de materiais e equipamentos necessários à operação; Remover o pó dos equipamentos expostos e das superfícies, utilizando uma compressa com álcool a 70%%; Testar as luzes ou aparelhos a serem utilizados (foco, pontos de gases, aspiradores, etc.); Regular a temperatura da sala; Verificar se o lavaboestá adequado para a realização da anti-sepsia das mãos e antebraços da equipe; Revisar materiais existentes na sala tais como, medicações, anti-sépticos e impressos completando o que tiver faltando; Providenciar material específico de cada cirurgia; Colocar o pacote de campos e aventais, as luvas e a caixa de instrumentos em local acessível para que seja utilizado no momento adequado; Preparar soro morno se necessário; Equipar o carro de anestesia e colocá-lo à cabeceira da mesa cirúrgica; Abrir pacotes de materiais estéreis durante a cirurgia. Auxilio ao Instrumentador Ajuda o instrumentador a vestir o avental ou capote, e a calçar luvas estéreis; Colaborar na montagem das mesas auxiliares, fornecendo materiais estéreis e soluções necessárias, dentro dos princípios de assepsia que são: - Manter certa distância da mesa do instrumentador quando for lhe oferecer material; - Evitar tocar na parte interna das tampas das caixas abertas; - Utilizar pinça estéril para retirar os instrumentos de caixas ou cubas; - Utilizar técnica adequada para o funcionamento de soluções anti-sépticas, como álcool iodado, e de outros líquidos, como soro fisiológico, depositando-os em cuba redonda pequena; - Oferecer materiais utilizando técnicas corretas (as citadas acima, técnica para oferecer um fio de sutura, por exemplo). Assistência ao paciente Receber o paciente no centro cirúrgico e identificá-lo; Verificar se foram feitos os devidos preparos pré-cirúrgicos; Colocação de camisola do paciente (parte aberta para trás); Retirada de jóias, próteses e esmalte de pelo menos uma das unhas; Verificar no prontuário anotações referentes ao pré-operatório como medicação pré-anestésica, sinais vitais, problemas alérgicos, e condições físicas e emocionais do paciente; Observar se os exames realizados no pré-operatório estão anexados ao prontuário, incluindo aqueles específicos, como eletrocardiograma, radiografias, tomografias, etc. Oferecer apoio psicológico ao paciente já na sala de operação, enquanto aguarda ser anestesiado, para aliviar o medo e a insegurança. Não o deixe sozinho. Auxilio ao anestesista Posicionar o paciente de acordo com o tipo de anestesia que irá receber. Nesse momento é essencial orientar o paciente e apoiá-lo psicologicamente, par obter sua colaboração; Você deve saber que não é competência do circulante, substituir o anestesista na administração de medicamentos ou de algum anestésico. Atendimento Cirúrgico Auxiliar a equipe cirúrgica a vestir o capote ou avental, amarrando as tiras do decote e do cinto e depois, oferecendo as luvas; Posicionar o paciente em posição adequada de acordo com o tipo de cirurgia, tomando os devidos cuidados para evitar complicações decorrentes de posicionamento inadequado tais como, compressão de nervos, problemas circulatórios, e queimaduras por fricção; É muito importante que o circulante conheça as principais posições cirúrgicas; Prender o paciente firmemente na mesa, tendo o cuidado de não comprimir vasos e nervos; Descobrir a área operatória e oferecer anti-sépticos à equipe cirúrgica; Colocar a laca neutra do bisturi elétrico, caso ele vá ser usado na panturrilha do paciente ou em outra região conforme a cirurgia. Alguns cuidados devem ser seguidos: - Não deixe que o paciente fique em contato com partes metálicas da mesa de cirurgia; - Limpar a pele do paciente no local de colocação da placa, deixando-a desengordurada e seca; - Coloque gel condutor na placa e fixe-a no paciente o mais próximo possível do local da cirurgia, porém afastada de eletrodos como os usados na monitorização cardíaca; - Evitar que a placa seja molhada durante o preparo do campo cirúrgico, como também durante a operação. A falta desses cuidados pode ocasionar queimaduras graves na pele do paciente. Fixar campos cirúrgicos ao arco de necrose ou entre suporte de soros para formar a tenda (barraca) que separa o campo de ação do anestesista; Ligar o bisturi elétrico e o aspirador; Colocar baldes de lixo próximo ao cirurgião e ao assistente; Ligar foco cirúrgico direcionando-o para o campo operatório. Durante a realização da cirurgia Permanecer na sala, atento a todas as solicitações de materiais e também ao funcionamento de aparelhos; Acondicionar a peça anatômica retirada para exame identificá-la por escrito e providenciar seu encaminhamento para o serviço de patologia. O mesmo deve ser feito com secreções, lavados gástricos e brônquicos destinados a exames laboratoriais; Zelar pela limpeza, colocando imediatamente solução desinfetante (por exemplo, água sanitária) sobre locais eventualmente contaminados por sangue, pus ou outros fluidos corpóreos. Depois de 10 minutos, limpar estes locais com solução desinfetante, utilizando para isto pinça ou as mãos enluvadas; Fazer s anotações na folha de gastos, de acordo com as normas administrativas do hospital. Após o termino da cirurgia Desligar o foco e os aparelhos elétricos, afastando-os da mesa cirúrgica; Auxiliar o médico no curativo da incisão cirúrgica; Transferir o paciente para a maca após a orientação do anestesista, observando a permeabilidade de escalps, drenos e sondas; Providenciar o transporte do paciente para a unidade de recuperação pós-anestésica ou para a unidade de origem, acompanhado do prontuário completo; Retirar da sala todo instrumental usado na cirurgia e encaminhá-lo para expurgo para posterior esterilização se for o caso, descartar os materiais de uso individual contaminado; Desocupar a sala, encaminhando a roupa à lavanderia. Solicitar logo após a limpeza do local. Instrumentador - técnico ou auxiliar atuando com instrumentador Verificar para que sala de operação está escalado e em que tipo de cirurgia irá atuar; Informar-se quanto aos tipos de fios, agulhas e materiais especiais a serem utilizados; Executar o preparo das mãos e dos antebraços, vestir o avental esterilizado e calçar luvas cirúrgicas; Dispor de instrumental, campos, gazes e fios nas mesas auxiliares, seguindo a técnica padronizada; Estar pronto e ter tudo preparado antes de começar a operação, para evitar atrasos; Colocar à disposição do cirurgião, antes do início do procedimento cirúrgico o material para anti-sepsia da região operatória e auxiliar na colocação dos campos; Passar os instrumentos, zelando constantemente pela total assepsia do ato cirúrgico. É muito importante por exemplo, cuidar para que a mesa do instrumental não seja contaminada pelas costas dos integrantes da equipe ou por instrumentos que á tenham entrado em contato com partes do intestino; Evitar a falta de compressas de gazes, fios e outros materiais, solicitando reposição ao circulante com a devida antecedência; Zelar pela peça anatômica retirada do paciente identificando-a verbalmente e entregando ao circulante, que irá encaminhá-la para exame; Desmontar a mesa separando o material contaminado do limpo, ao término da operação. Atividade para Fixação Texto: Equipes que Trabalham no Centro Cirúrgico Cite quais são as equipes que trabalham no Centro cirúrgico. Qual profissional é responsável pelo planejamento do trabalho na unidade de centro cirúrgico? Cite que funções você considera mais importantes de responsabilidade do circulante de sala. Descreva de maneira resumida como é a assistência prestada pelo técnico ou auxiliar de enfermagem ao paciente no Intra-operatório. De que forma o pessoal da enfermagem pode auxiliar o anestesiologista? Que cuidados devem ser tomados em relação à colocação da placa do bisturi elétrico? Descreva de forma resumida o papel do circulante de sala durante a realização da cirurgia. Descreva de forma resumida as funções do técnico ou auxiliar de enfermagem atuando como instrumentador. Humanizando o preparo do Cliente para a Cirurgia Como o estado emocional pode interferir diretamente na evolução pós-operatória, é importante que o cliente receba orientação sobre exames, a cirurgia, como retornará da mesma e os procedimentos do pós-operatório, bem como esclarecimentosobre a sua importância na cooperação. Para transmitir uma sensação de calma e confiança, a equipe de enfermagem deve manter uma relação de empatia, ou seja, colocar-se na posição do outro, sem críticas ou julgamentos – o que muitas vezes ajuda a compreender seus medos e inseguranças, possibilitando uma relação interpessoal de respeito e não de autoridade. Além disso, possibilita certa tranquilidade, favorecendo o entrosamento do cliente e família com o ambiente hospitalar, o que interfere beneficamente nas condições para a cirurgia. Com relação ao cliente, é importante lembrar que a comunicação não verbal (o olhar, a voz, a postura do cliente) também comunica suas necessidades; portanto, ao buscarmos entender estes sinais teremos maiores condições de melhor compreendê-lo. Ao prestar orientações pré-operatórias, a equipe de enfermagem deve esta atenta o fato de que as necessidades de um cliente são diferentes das de outros. O momento mais adequado para o cliente e família receberam orientações e participarem do processo de aprendizagem é quando demonstram interesse pelas informações, revelada muitas vezes através de perguntas ou busca da atenção da equipe de enfermagem. Quanto ao aspecto fé, a equipe de enfermagem pode providenciar assistência religiosa, desde que solicitada pelo cliente ou família. Alem disso, é possível conceder ao cliente a permissão para o uso de figuras religiosas. Por exemplo, presas ao lençol da maca, sem que isso prejudique os cuidados durante o intra ou pós-operatório. Período Perioperatório O cliente recebe assistência de enfermagem em todos os períodos: pré, trans e pós-operatório. Pré-operatório Período que abrange desde o momento pela decisão cirúrgica até a transferência do cliente para a mesa cirúrgica. É dividido em Mediato e Imediato: - Pré-operatório mediato: É o período de tempo que ocorre desde a indicação da cirurgia até o dia anterior à mesma(24 horas antes do ato cirúrgico). - Pré-operatório imediato: É o período de tempo que ocorre da véspera da cirurgia (às 24 horas anteriores ao ato cirúrgico) até a chegada do paciente no Centro Cirúrgico. - Objetivos: Proporcionar ao paciente as melhores condições físicas e emocionais possíveis; Minimizar a sua ansiedade, a fim de contribuir para a diminuição do risco cirúrgico e prevenção de complicações pós-operatórias; Ensinar ao paciente e família medidas de recuperação, para aumentar a sua autoconfiança e facilitar a prática do autocuidado no pós-operatório. - Assistência de Enfermagem prestada ao paciente no pré-operatório mediato: Avaliação clinica do paciente para conduzi-lo ao ato anestésico-cirúrgico, nas melhores condições possíveis; Avaliação nutricional (observar a aceitação da dieta: a má nutrição interfere na cicatrização da ferida operatória, possibilita a ocorrência de infecção, aumenta o repouso no leito e o tempo de hospitalização); Avaliação laboratorial (colher material para exames: urina e fezes – para detectar alguma infecção, pois deverão ser tratadas no pré-operatório para prevenir complicações cirúrgicas); Ensinar ao paciente as medidas preventivas de complicações pós-operatórias como: exercícios respiratórios, de flexão, e extensão para as pernas e pés, virar-se de lado e sair do leito, deambular precocemente, fazer uso da comadre/papagaio no leito; Informar ao paciente e família sobre o procedimento cirúrgico a ser realizado, bem como das alterações físicas decorrentes do mesmo; Atender psicologicamente o paciente, chamando-o pelo nome, ouvindo-o, colaborando para sua adaptação hospitalar e esclarecendo dúvidas; Promover a recreação – importante para o equilíbrio emocional; Promover assistência espiritual – a fé traz esperança e segurança e, assim diminui a ansiedade (respeitar a religião do paciente); Verificar sinais vitais e outros procedimentos (de acordo com a prescrição médica). Atuando na prevenção de complicação no Pré-operatório O preparo físico do cliente é importante para o bom andamento do ato cirúrgico, bem como para evitar complicações posteriores ao mesmo. Evitar estas complicações requer alguns cuidados de enfermagem específicos relacionados com o preparo intestinal, vesical e da pele alémde uma avaliação da equipe, do ambiente e do cliente para prevenir a ocorrência de infecção. - Prevenindo Infecção Em vista da maior incidência de infecções hospitalares nos clientes cirúrgicos, o pessoal de enfermagem pode contribuir para sua prevenção utilizando uniformes limpos e unhas curtas e limpas, lavando as mãos antes e após cada procedimento, respeitando as técnicas assépticas na execução dos cuidados, oferecendo ambiente limpo e observando os sinais iniciais de infecção. A ocorrência ou não de infecção no pós-operatório depende de vários fatores, mas principalmente da quantidade e virulência dos microorganismos e da capacidade de defesa do cliente. O uso de esteróides, desnutrição, neoplasias com alterações imunológicas e clientes idosos ou crianças pequenas são fatores de risco de infecção no pós-operatório devido à redução na capacidade imunológica. Outros fatores são o diabetes melittus, que dificulta o processo de cicatrização; a obesidade, em vista da menos irrigação sanguínea do tecido gorduroso; o período pré-operatório prolongado, que faz com que o cliente entre em contato maior com a flora hospitalar; e infecção local ou fora da região cirúrgica, que podem causar contaminação da ferida operatória. O risco de infecção cirúrgica pode ser diminuído quando se trata ou compensa as doenças e os agravos que favorecem a infecção, tais como a obesidade, focos infecciosos, presença de febre e outros. Também no pré-operatório imediato alguns cuidados são implementados, tais como banho com anti-sépticos específicos (clorexidine ou solução de iodo PVPI) na noite anterior e no dia da cirurgia, tricotomia, lavagem intestinal, retirada de objetos pessoais, próteses e outros. - Esvaziamento intestinal: Diminui o risco de liberação do conteúdo intestinal durante a cirurgia, provocado pelo efeito de medicamento relaxante muscular e evita traumatismo acidental de alças intestinais nas cirurgias abdominais ou pélvicas; O preparo intestinal pode ser realizado mediante a utilização de laxativos, lavagem intestinal ou enteroclisma (é a introdução de líquido – volume Maximo de 2000 ml – no intestino através do ânus ou da boca da colostomia, com o objetivo de promover o esvaziamento intestinal) ou ambos; Este preparo deve ocorrer entre 8 a 12 horas antes do ato cirúrgico; A solução pode vir pronta para o uso individual (enemas – é a aplicação de no máximo 500 ml de substância, contraste radiológico, medicamento pelo reto) ou ser preparada pela enfermagem de acordo com a prescrição medica, antes de ser aplicada deve ser aquecido, apara ficar morna; As soluções mais prescritas são as soluções fisiológicas ou água acrescida ou não de glicerina ou vaselina, cloreto de potássio (para não ocorrer hipopotassemia nas lavagens frequentes) e neomicina ( para destruir microorganismos entéricos). - Realizando a lavagem intestinal: A numeração das sondas retais deve ser relacionada de acordo com a idade e sexo do cliente, sendo de 14 a 20 para crianças e adolescentes, de 22 a 24 para mulheres, e 24 a 26 para homens, sendo utilizadas com lubrificante. Os frascos com soluções prontas dispensam o uso da sonda retal. O procedimento pode ser realizado no próprio quarto do cliente ou em sala apropriada desde que promova a privacidade do cliente; Antes de iniciar o procedimento, a cama deve ser forrada cm impermeável e lençol móvel; Para facilitar a entrada e o trajeto a ser percorrido pelo liquido do enteroclisma, o mesmo deverá ser introduzido seguindo os contornos anatômicos; O cliente é deitado em decúbito lateral esquerdo, com o corpo ligeiramente inclinado para frente e apoiado sobre o tórax, tendo sua perna direita flexionada e a apoiada ligeiramente na esquerda; Antes da introdução da sonda, o cliente deve ser orientado para relaxar a musculatura anal,inspirando e prendendo a respiração. Introduza o enteroclisma. Para que a lavagem tenha melhor efeito, recomenda-se que o cliente tente reter o liquido da lavagem por cerca de 15 minutos. Caso haja dificuldade para a introdução da sonda, deve-se verificar as prováveis causas: contração retal involuntária perante a introdução de corpo estranho, medo da dor, dobra da sonda e outras intercorrências. - Prevenindo complicações anestésicas A manutenção do jejum de 6 a 12 horas antes da cirurgia, objetiva evitar vômitos e prevenir a aspiração de resíduos alimentares por ocasião da anestesia. É importante que tanto o cliente como seus familiares tenham conhecimento deste cuidado, para que possam entender o motivo e efetivamente cumpri-lo. O medicamento pré-anestésico (MPA) é prescrito pelo anestesista com os objetivos de reduzir a ansiedade do cliente, facilitar a indução anestésica e a manutenção da anestesia, bem como diminuir tanto a dose dos agentes anestésicoscomo as secreções do trato respiratório, sempre lembrando a necessidade de verificação da existência de alergia. Na noite que antecede a cirurgia, visando evitar a insônia do cliente, pode ser administrado um medicamento tranquilizante. Administra-se o MPA cerca de 45 a 60 minutos antes do inicio da anestesia. Todos os cuidados pré-operatórios devem ser realizados antes de sua aplicação, porque após a sua aplicação o paciente permanecerá na maca de transporte, devido ao estado de sonolência. Os MPA mais comuns são: Opiáceos: que provocam analgesia e sonolência, sendo normalmente prescrito para pacientes que apresentar dor antes da cirurgia. O principal medicamento é a meperidina (Dolantinaâ, Demerolâ); Benzodiazepínicos: apresentam ação ansiolítica e tranquilizante, bem como efeito sedativo, miorelaxante, e anticonvulsivante. Os principais medicamentos são o diazepan (Dienpaxâ, Valliumâ) e o midazolan (Dormonidâ). O diazepan injetável não pode ser administrado com outros medicamentos em vista da possibilidade de ocorrer precipitação; Hipnóticos: provocam sono ou sedação, porém sem ação analgésica, sendo os principais o fenobarbital (Luminalâ, Gardenalâ) e o midazolan (Dormonidâ) Neorolépticos:diminuem a ansiedade, a agitaão e a agressividade. Os principais medicamentos são a clorpromazina (Amplictilâ) e a prometazina (Fernegagnâ). Os medicamentos hipnóticos, neurolépticos, benzodiazepínicos e opiáceos, utilizados como pré-anestésico, são de uso controlado, daí a necessidade de se guardar as ampolas vazias, para posterior reposição pela farmácia. É muito comum que o cliente sem horário de cirurgia predeterminado receba o MPA momentos antes de ser encaminhado para o CC. Isso evita que fique sonolento e sofra queda acidental, e que o efeito do MPA acabe antes da chamada para a CC, perdendo assim sua verdadeira função. -Indução anestésica: é a fase inicial, na qual o cliente passa do estado de consciência para o de inconsciência. - Esvaziamento da Bexiga: Recomenda-se seu esvaziamento espontâneo antes do pré-anestésico, para prevenir a distensão vesical durante o ato cirúrgico; Em cirurgias que a bexiga necessite ser mantida vazia, ou naquelas de longa duração, faz-se necessário passar a sonda vesical de demora, por meio do qual será permitida a monitorização do fluxo urinário durante o decorrer da cirurgia e permite prevenir o trauma de bexiga, bem como favorece r os órgãos da cavidade pélvica, é recomendado que o cateterismo vesical seja realizado no centro cirúrgico, devido às condições assépticas existentes. - Preparo da Pele: O banho e a rigorosa limpeza da região onde será feita a incisão cirúrgica devem ser realizadas para diminuir a possibilidade de contaminação; De acordo com o tipo de cirurgia, o cliente pode necessitar ser encaminhado para a cirurgia sem pêlos na região operatória, sendo necessária uma tricotomia da região, onde será feita a incisão cirúrgica e a anti-sepsia da pele do local e adjacências; *Tricotomia: consiste na retirada dos pêlos através da raspagem da pele ou do couro cabeludo, com o objetivo de diminuir os riscosde infecção e facilitar o manuseio e visualização da área a ser trabalhada; Existem controvérsias se a tricotomia aumenta ou diminui o potencial de infecção da ferida operatória. Por esse motivo, recomenda-se que sua realização ocorra o mais próximo possível do momento da cirurgia (no máximo 2 horas antes) ou no próprio centro cirúrgico, em menor área possível e com método menos agressivo; Também há controvérsias em relação às áreas da tricotomia, que variam conforme as técnicas e tecnologias usadas no processo cirúrgico. Entretanto existem cirurgias nas quais a tricotomia e absolutamente necessária, como as cranianas. Exemplos: -Cirurgia Craniana: raspa-se o couro cabeludo total ou parcialmente, e o pescoço. Nas cirurgias de pescoço, deve-se incluir e as axilas; -Cirurgia Torácica: raspam-se os pêlos do tórax anterior e posterior até a cicatriz umbilical, podendo-se estender tal processo até a axila e região inguinal; - Cirurgia Cardíaca: as áreas a serem raspadas são o tórax, metade do dorso, punhos, dobras dos cotovelos e região inguinal, acrescentando a faixa interna das coxas, quando das cirurgias de vascularização do miocárdio; - Cirurgia Abdominal: recomenda-se a tricotomia da região mamária até a região pubiana anterior (posterior no caso de cirurgias renais), nas cesáreas e cirurgia abdominal via baixa, raspa-se a região pubiana; - Cirurgia dos Membros: raspa-se o membro a ser operado, acrescentando ou não a região axilar e pubiana. Atenção: -Antes de iniciar a tricotomia em áreas de grande pilosidade, recomenda-se cortar o excesso de pêlo com uma tesoura; -Quando realizada com barbeador, deve-se esticar a pele e realizar a raspagem dos pêlos no sentido do crescimento dos mesmo, tendo-se cuidado de não provocar arranhaduras na pele; - o uso de depilatório tem sido utilizado em algumas instituições, mas apresenta a desvantagem de, em algumas pessoas provocar reações alérgicas e deixar a ele avermelhada (a forma de utilização varia de acordo o com fabricante) - Existem ainda aparelhos que ao invés de rasparem o pêlo, cortam os mesmos rentes à pele, evitando escoriações e diminuindo risco de infecção. -Modificação da dieta e jejum antes da cirurgia: Deve ser realizada esta medida, dada a necessidade de que o estomago esteja isento de alimentos, no momento da cirurgia, para prevenir vômitos, aspiração do conteúdo gástrico, que pode ser alterado por fatores, tais como: - O estresse: que diminui ou inibe a atividade do estômago; - A quantidade de alimentos ingeridos: que se muito grande contribui para retardar o esvaziamento gástrico; - A composição química dos alimentos (o tempo do esvaziamento gástrico após ingestão desses alimentos): líquidos hipertônicos (água, chá) se dão por volta de 2 horas, carboidratos 3 horas, e de proteína e líquidos entre 4 a 6 horas. - Além destes, alguns medicamentos utilizados (atropina): causam a diminuição da motilidade gástrica. Dar esclarecimentos ao paciente sobre a necessidade de modificações da dieta, observar e anotar a sua aceitação, orientar a manutenção do período de jejum exigido. - Higiene Corporal: A higiene do corpo, cabelos e cavidade oral, no pré-operatório imediato, é importante para diminuir a quantidade de microrganismos da superfície da pele, com isto, reduzir o risco de infecção da ferida cirúrgica. Encaminhar o paciente para a higiene corporal completa e promover meios para a higiene do acamado, pouco antes de levá-lo à Unidade de Centro Cirúrgico. - Remoção de próteses dentárias e outras, jóias, esmalte e maquiagem: Estes cuidados se justificam pelas seguintes razões: Próteses Dentárias: deve ser removida, dada a possibilidade de deslizarem para as vias aéreas inferiores, durante a indução anestésica. Jóias e adornos: as jóias (aliança e outros), bem como os adornos (grampo, prendedores de cabelo e outros) devem ser removidos para evitar a perda e possível queimadurarelacionada ao uso de bisturi elétrico alterado. Esmalte e maquiagem: estes devem ser removidos, porque impedem a observação dos sinais e distúrbios na perfusão tissular. Atenção: Vale destacar que as próteses e objetos de valor pertencentes ao paciente devem ser guardados em locais seguro, e a devolução garantida logo que este apresente condições de recebê-los. - Controle dos sinais vitais: Controlar os sinais vitais antes de administrar a medicação pré-anestésica (os medicamentos pré-anestésicos e o estresse causado pela proximidade do ato cirúrgico, são fatores que causam alterações nos sinais vitais). Verificar os sinais vitais e sintomas existentes antes e após ministrar a medicação pré-anestésica, registrá-los no prontuário do paciente e notificá-los à equipe cirúrgica. - Vestir camisola e gorro próprios do Centro cirúrgico: Ajudar o paciente a vestir-se, proteger-lhe os cabelos com a touca e auxiliá-lo na passagem da cama para a maca; Providenciar a limpeza arrumação da unidade para receber o paciente pós-operatório; Encaminhar os familiares do paciente à sala de espera do Centro Cirúrgico, onde devem ser informados sobre o transcorrer da cirurgia e o tempo de permanecia na Recuperação Pós-anestésica. Procedimentos realizados no Centro Cirúrgico No momento de encaminhar o paciente ao CC, deve-se observar e comunicar quaisquer anormalidades em relação aos preparos prescritos no pré-operatório, o paciente deve ser deitado na maca e encaminhado ao CC com a documentação completa: exames e prontuário. Transportando o Cliente O transporte do cliente é executado pelo pessoal da unidade de internação ou do CC, a critério de cada instituição. O transporte do cliente deve ser feito em maca provida de colchonete confortável, grades laterais e rodas em perfeitas condições de funcionamento ou em cadeira de rodas, mas para prevenir acidentes como queda recomenda-se que para o cliente sonolento devido a ação da medicação pré-anestésica e/ou após a cirurgia, não seja feito em cadeiras de rodas. O centro cirúrgico deve dispor de elevador privativo, o que diminui os riscos de contaminação e infecção cirúrgica, agiliza o transporte e propicia conforto, segurança e privacidade ao cliente. Cuidados a serem realizados: - A maca ou cadeira de rodas deve estar forrada com lençol e situada próxima a cama, para facilitar a transferência do cliente e evitar acidentes, cobri-lo com lençol ou cobertor; -Empurrar a maca ou cadeira de rodas com cuidado, e estar atento para observar alguma anormalidade (palidez, sudorese, dificuldade respiratória, etc.), deve ser transportado de modo a visualizar o trajeto de frente, PA Ra evitar desconforto. - Verificar se o soro, sondas, drenos e outros equipamentos que se fizerem necessários estão livres de tração; - verificar se o paciente já recebeu os cuidados do período pré-operatório imediato e se o prontuário está completo, inclusive com exames e radiografias. Colocá-los, a seguir, sob o colchão da aça; - Ajudar o paciente da cama para a maca; - Conversar com o paciente, procurando encorajá-lo, caso manifeste algum receio, ou respeitar seu silêncio. É importante observar o alinhamento correto das partes do corpo durante o transporte e, nos casos de clientes com venóclise ou transfusão sanguínea, deve-se adaptar à maca ou à cadeira de rodas o suporte apropriado, posicionando corretamente o frasco de solução venosa, cateteres, drenos e equipamentos. Durante o trajeto, conversar e encorajar o cliente, ou respeitar seu silêncio Princípios de Assepsia Cirúrgica Em todas as fases da experiência cirúrgica, a principal prioridade é prevenir complicações para o paciente cirúrgico, o que inclui protegê-lo de infecção. A possibilidade de infecção é notavelmente reduzida pela estrita aderência aos princípios de assepsia durante a preparação pré-operatória do paciente, durante o curso do procedimento cirúrgico e durante a cicatrização da ferida cirúrgica. Embora a cicatrização pós-operatória da ferida cirúrgica possa ser causada pela flora natural da pele ou por uma infecção preexistente, o pessoal da sala de operação tem a responsabilidade de realizar os princípios assépticos para minimizar este risco. Protocolos - Pré-operatório Todo material cirúrgico – instrumentais, agulhas, fios de suturas, vestimentas, luvas, campos e soluções - que possam vir a entrar em contato com a ferida cirúrgica e tecidos expostos deve ser esterilizado. Os cirurgiões e assistentes cirúrgicos devem realizar a degermação de suas mãos e braços com anti-sépticos de uso padronizado pela instituição; Os cirurgiões e assistentes cirúrgicos devem se paramentar com luvas e capotes estéreis, toucas cobrindo todo o cabelo, máscara vestida sobre o nariz e a boca para minimizar a entrada de bactérias do trato respiratório superior na ferida; e sapatilhas (propés) cobrindo os calçados; A área a ser operada deverá ser submetida a uma rigorosa assepsia com anti-sépticos, abrangendo uma área maior do que aquela requerida para exposição durante o ato da cirurgia; As demais partes do corpo do paciente deverão ser cobertas com campos estéreis. - Intra-operatório Durante a cirurgia, o pessoal que fez a degermação e encapotou-se e calçou luvas estéreis toca apenas nos objetos que forem esterilizados; As pessoas que não fizeram a degermação nem calçaram luvas estéreis se abstêm de tocar ou contaminar qualquer coisa que seja estéril. - Pós-operatório Após a cirurgia, a ferida é protegida de uma possível contaminação por meio de curativos cirúrgicos; A ferida infectada é tratada com antibióticos. Pode ser necessário o desbridamentos de tecidos desvitalizados, que contêm microrganismos. Controles Ambientais Deve Sr realizado meticulosa limpeza do chão e superfícies da sala de operações com água e sabão germicida. Limpeza concorrente pode ser feita utilizando solução anti-séptica no dia da cirurgia nas superfícies como mesa cirúrgica e mesas auxiliares e equipamentos; O equipamento de esterilização é inspecionado regularmente, para assegurar seu ótimo funcionamento; Os instrumentais são limpos e esterilizados em uma unidade próxima a sala de operações; Pacotes pré-embalados e esterilizados de cobertas, campos e soluções são utilizados. Regras básicas de Assepsia Cirúrgica - Geral Somente objetos estéreis podem entrar em contato com objetos estéreis; Se houver qualquer duvida quanto à esterilidade de um objeto (ou área), ele é considerado contaminado; O material estéril e de uso individual, ou seja, apenas para aquele paciente; Os materiais estéreis não utilizados devem ser descartados ou reesterelizados para serem usados novamente. - Pessoal O pessoal de instrumentação permanece na área do procedimento cirúrgico. Ao deixar a sala, perde o estado de pessoa estéril, e, antes de retornar deverá fazer novamente todo o processo de degermação e vestimenta do capote e enluvamento. Apenas a região anterior, da cintura a área do ombro, antebraço e luvas é considerado estéril; As mãos enluvadas devem estar à frente do corpo, a cima da cintura e abaixo dos ombros, Em algumas salas de operação um capote especial é usado para aumentar a área estéril; O circulante de sala permanece a uma distancia segura para evitar a contaminação da área estéril. Campos e cobertas Para a coberta da meã ou paciente, um campo estéril é utilizado, sendo posicionado da frente para trás; Somente parte superior do paciente ou da mesa que esta coberta e considerada estéril; As bordas dos campos que caem da superfície não são consideradas estéreis; Os campos estéreis são mantidos em posição pelo uso de pinças ou material adesivo. Os campos não são movimentados durante o procedimento cirúrgico. - Entrega dos Materiais Esterilizados Os pacotes são fechados de tal modo que possam ser facilmente abertos sem risco de contaminar os conteúdos; Materiais estéreis e soluções são colocados em uma área estéril ou entregues a uma instrumentadora de forma a manter sua esterilidade; As bordas dascobertas do pacote de matéria estéril ou as bordas externas dos frascos contendo soluções estéreis, não são consideradas estéreis; O braço não estéril do circulante de sala não deve se estender sobre a área estéril; Os objetos estéreis são jogados na direção de área estéril a uma distancia à uma área razoável da área estéril. - Soluções As soluções são desprezadas a partir de um ponto alto o suficiente para prevenir o toque acidental da cuba ou bacia receptora, mas não tão alto a ponto de produzir respingos. Quando uma superfície estéril se torna molhada ela fica contaminada. Atividade de Fixação Texto: Princípios de Assepsia Cirúrgica Cite fatores contribuintes para a redução da ocorrência de infecção cirúrgica. Cite fatores que podem ocasionar a infecção pós-operatória. Descreva de forma resumida os protocolos para o pré, intra e pós-operatório que devem ser seguidos. Descreva de forma resumida as regras básicas de assepsia cirúrgica geral e pessoal. Cite qual e a regra para os pacotes cirúrgicos Como devem ser desprezadas as soluções? Manuseio de Material Esterilizado Abertura de Pacotes Segurar o pacote afastado do corpo e soltar a ponta que esta afixada com adesivo, levando-a do lado oposto a quem está manuseando; Abrir, alternadamente, as pontas laterais do campo; Afastar a ponta do campo, próxima do conteúdo do pacote, segurando-o com uma das mãos e, com a outra, prender as pontas soltas, tendo cuidado de não contaminar a face interna do campo; A seguir depositar o conteúdo deste a mesa do Instrumentador. Os pacotes grandes, como os de aventais, campos e outros, devem ser abertos sobre uma mesa. Manuseio de Outros Materiais Frasco-ampola e ampola Abrir a seringa e a agulha e colocá-las sobre a mesa do instrumentador, observando a técnica de manuseio de material descartável; Desinfetar a tampa de borracha do frasco-ampola ou o gargalo da ampola com algodão embebido em álcool 70%; Apoiar o frasco-ampola ou a ampola, firmemente, entre o polegar e o indicador, para que o instrumentador possa introduzir a agulha na tampa de borracha ou na ampola; A seguir incliná-lo (a), ligeiramente abaixo, de modo que seu conteúdo possa ser aspirado. Outro modo de realizar este procedimento consiste em oferecer uma cúpula esterilizada ao instrumentador e depositar nela o conteúdo do frasco-ampola ou ampola. Tubo de pomada Remover a tampa do tubo, invertê-la e pressioná-la sobre a lâmina aluminizada que fecha a boca do tubo; Limpar as bordas da abertura com gaze esterilizadae desprezar a primeira porção fora; Pressionar o tubo, deixando cair a pomada sobre a gaze na mesa do instrumentador; Limpar, novamente, a boca do tubo com gaze esterilizada e fechá-lo. Material descartável Identificar o sinal indicatório (seta, pequeno corte e outros) onde deve ser feita a abertura da embalagem seguir as orientações oferecidas pelo fabricante, a fim de manuseá-lo com segurança. É importante observar, rigorosamente, os princípios de assepsia no manuseio de material esterilizado. Portanto alguns cuidados devem ser tomados na execução de procedimentos na sala cirúrgica, tais como: Estar certo de que lavou as mãos antes de iniciar os procedimentos; Manter certa distância da mesa do instrumentador ao oferecer o material; Passa sempre com a frente do corpo voltada para o local que concentre maiorquantidade de material esterilizado como é o caso da mesa do instrumentador, de aventais e campos; Não passar o braço e não falar sobre o material esterilizado aberto. Dobradura de campo Fenestrado Abrir o campo fenestrado sobre a mesa, tendo o lado direito para cima; Dobrá-lo, duas vezes, ao meio. De modo que as aberturas fiquem voltadas para o lado oposto ao do executante; Dobrá-lo, a seguir, ao meio, da esquerda para a direita e, depois, da direita para a esquerda; Fazer uma dobra, em sentido diagonal, na parte superior; Acondicioná-lo ou empacotá-lo por unidade, mantendo a dobra voltada para cima. Ao se acondicionarem os campos, deve-se ter o cuidado de colocá-los com as aberturas voltadas para o lado oposto ao do executante e as dobras para cima. Os campos, comumente usados, são encontrados emtamanhos diferentes. Narealização dos diversos procedimentos no Centro Cirúrgico, a equipe de enfermagem deve priorizar a segurança do paciente e de todo o pessoal, bem como a assistência a ser prestada, desde a vista pré-operatória, até a transferência do paciente para a Unidade de Internação. Dobradura de Campo Cirúrgico - Campo Cirúrgico Duplo Segurar o campo aberto com o lado direito para fora e dobrá-lo, ao meio, pela aproximação das mãos, segurando as duas pontas com a mão esquerda; Segurar a extremidade da dobra com a mão direita e dobrá-lo mais uma vez, de modo que a abertura fique voltada para o lado esquerdo; Dobrar mais uma vez, como anteriormente; Colocarna mesa o campo, com as aberturas voltadas para o executante; Dobrá-lo, agora, ao meio, da direita para a esquerda; Fazer girar o campo, colocando, então, as aberturas para a direita e dobrar a ponta dupla, em sentido diagonal; Redobrar o campo, agora, da direita para a esquerda, e dobrar a segunda ponta dupla também em sentido diagonal. - Campo Cirúrgico Simples Abrir o campo, segurando-o pelas extremidades, com o direito voltado para o executante, dobrar o meio pela aproximação das mãos, segurando as duas pontas com a mão esquerda; Repetir a dobradura, por mais duas vezes, e colocá-lo sobre a mesa com as aberturas voltadas para o executante; Dobrá-lo, ao meio, da direita para a esquerda; Girá-lo de modo que as aberturas fiquem voltadas para a direita; Dobrar, e sentido diagonal a primeira ponta e redobrar o campo da direita para a esquerda, e dobrar, no mesmo sentido, a outra ponta. Dobradura de Avental Os aventais, campos e compressas cirúrgicas são recebidos das lavanderias e encaminhados diretamente ao setor de preparo. Dependendo da rotina estabelecida na Instituição, estas roupas podem chegar à Central de Material já inspecionada, ou passarem por estes processos no setor de preparo. As roupas devem ser acondicionadas em campos de algodão e os pacotes, encaminhados à esterilização na autoclave a vapor saturado. A dobradura dos aventais, campos e compressas cirúrgicas segue uma técnica padronizada que objetiva facilitar o manuseio no momento de uso: - Avental Cirúrgico Abrir o avental, segurando-o pelas pontas superiores, tendo o lado direito para fora; Dobrá-lo ao meio, no sentido longitudinal, de modo que a abertura fique voltada para o lado esquerdo; Introduzir a mão esquerda na cava, fazendo a superposição dos ombros, e dobrar, pela segunda vez, em sentido longitudinal; A seguir, fazer correr a mão direita pelo avental e segurá-lo pelas duas extremidades; Estendê-lo sobre a mesa, tendo o decote voltado para o lado esquerdo e a abertura para o operador; dobrar mais uma vez em sentido longitudinal; Colocar a manga e os amarrilhos ao longo do avental; Dobrá-lo na metade, da direita para a esquerda e, a seguir, fazer uma segunda dobra da esquerda para a direita, mantendo as aberturas sempre para o lado do executante; Fazer girar o avental de modo que as aberturas fiquem para o lado direito e dobrar, em diagonal, as extremidades superiores, cuidando para que o amarrilho do decote fique sob a dobra; Colocar uma compressa dobrada em quatro, com a abertura para a direita, sobre o avental. Anestesiologia Conceito E a ciência que estuda as formas de suprimir a sensação de dor, Anestesia significa “sem dor”. A perda da consciência e da sensibilidade à dor são os mais importantes efeitos provocados pelos anestésicos no momento da anestesia, contudo, nem todo tipo de anestesia acarreta perda da consciência. Histórico Registros de dor e da tentativa de dominá-la vêm na história da humanidade desde a.C. O mais antigo registro do uso de anestésico está gravado em uma tabula de argila da Babilônia, por volta de 2250 a.C. A preparação de umcemento era utilizada para alívio da dor de dente. Os egípcios utilizavam preparações contendo vinhos e ópio submetidos a atos cirúrgicos. Os chineses utilizavam haxixe, os gregos, derivados de beladona, vinho e ópio. Como muitas vezes estes métodos falhavam, chegaram a usar manobras físicas para provocar perda da sensibilidade, o que na maioria das vezes resultava em óbito. (asfixia ou concussão cerebral) Entre 1771 e 1795, foram descobertos o óxido nitroso e éter na tentativa de anestesiar o paciente. Em 1846, um dentista “Dr. Willian Morton” recebeu autorização para anestesiar um paciente submetido a uma grande cirurgia no Hospital geral de Massachusetts; onde fez a primeira demonstração de anestesia cirúrgica na história. O clorofórmio foi estudado antes do éter, porém soube-se após algum tempo de graves problemas mentais que foram relacionados a seu uso. Em 1953, surge a anestesia por barbitúricos (tiopental), que são drogas eficientes para conseguir rapidamente a anestesia, por em com sérios riscos para o paciente. A partir de 1956, começou a utilizar o gás haloteno, sendo que maior parte dos gases usados atualmente tem como modelo este gás. Até hoje a dor constitui um grande problema para a classe médica, e continuamente muita pesquisas são feitas para desenvolver drogas que consigam controlar a dor sem prejudicar o organismo e sem oferecer tanto risco para o paciente. Anatomia e Fisiologia do sistema Nervoso O sistema nervoso existe para coordenar, dirigir e regular as funções de nosso organismo de maneira harmoniosa, mantendo-o íntegro e em homeostase. É por meio dele que os órgãos sensoriais estabelecem o contato do meio exterior com o interior do nosso corpo. A medula espinhal é um cordão nervoso alongado. É uma extensão do encéfalo e situa-se na região que vai da base do crânio, em que fica o bulbo, e termina num filamento inserido na base do cóccix. A medula localiza-se dentro da coluna vertebral e também é revestida pelas meninges. Da região cervical da medula, emergem os nervos que se dirigem aos membros inferiores. A função básica da medula é a condução de estímulos ao encéfalo (via sensitiva) e as respostas do encéfalo (via motora), para isso conta com 31 pares de nervos espinais mistos, que possuem fibras motoras e sensitivas. A medula espinhal é também responsável pelos aos reflexos. Há nervos que emergem do encéfalo e da medula espinhal. Os nervos ramificam e, graças à sua extensão, podem interligar-se a quase todas as células do corpo, integrando-as. Assim, dificilmente uma célula não está próxima de uma ramificação nervosa, enviando ou recebendo estímulos continuamente. Desta maneira, o SNP coloca o indivíduo em contato com o seu meio, recolhendo as sensações do ambiente e conduzindo os estímulos ao SNP, que se incumbe de fazer as interpretações e enviar as respostas. Essa divisão de trabalho ajuda a atividade de controle e coordenação do sistema nervoso sobre o nosso organismo, mas devemos lembrar que as glândulas (formadoras do sistema glandular e endócrino) auxiliam nesse trabalho básico, e os órgãos dos sentidos (cavidades nasais, pele, língua, olhos e orelhas) permitem que captemos os estímulos externos. Nervos & Assepsia Quem percebe e avalia a dor é o cérebro. Essa afirmação parece estranha, mas é real. O mecanismo da dor funciona a partir de um estimulo ext erno sobre os receptores de dor e terminações nervosas livres que enviam a mensagem ao cérebro que, após interpretar o estímulo, formula a resposta: “sentir dor”. Ao descobrir o mecanismo da dor o homem percebeu que, se de alguma maneira conseguisse impedir o estimulo ao cérebro, não sentiria dor. Determinadas substâncias químicas, quando injetadas em nosso corpo, impedem a transmissão do impulso elétrico pelas células nervosas, agindo como anestesias. Assim o cérebro não “sente dor”. Você sabia que... A dor A sensação de dor possui um papel especialmente importante na proteção de nosso corpo, ela dá notícia de praticamente todos os tipos de processos lesivos e produz as reações musculares apropriadas à remoção do corpo do contato com o estímulo lesivo. Diversos tipos de estímulos lesivos ca usam a dor, trauma dos tecidos, a isquemia – fluxo sanguíneo insuficiente -, o calor ou frio intenso, irritação química, etc. Acredita-se que, enquanto o tecido está sofrendo a lesão, ele libera alguma substancia de suas células que estimula as terminações nervosas da dor. A bradicinina tem sido especialmente citada como esse agente, embora ainda não exista comprovação .A troca de informação entre nossos órgãos é feita por uma rede nervosa. Todos os estímulos são recebidos por estruturas chamadas receptores. As mensagens são interpretadas e respondidas. Os efetores são músculos ou glândulas que realizam a resposta ao estímulo recebido. A transmissão dos impulsos nervosos é feita por meio de nervos que são estruturas como “fios” formados de neurônios. Os nervos distribuem-se pelo corpo inteiro estabelecendo comunicação entre o Sistema Nervoso Centra (SNC), os órgãos, os tecidos ou células, e os efetores (músculos ou glândulas). Os nervos que apenas enviam os estímulos ao sistema nervoso são chamados sensitivos ou aferentes. Outros, que transmitem estímulos dos centros nervosos aos efetores são denominados motores ou eferentes. Existem, ainda, os nervos mistos, nos quais encontramos dois tipos de fibras e que, portanto, transmitem impulsos sensitivos e motores. O sistema nervoso é um complexo circuito interligado e , para facilitar sua compreensão, comumente é subdividido em Sistema nervoso central (SNC), Sistema Nervoso Periférico (SNP) e Sistema Nervoso Autônomo (SNA). O Sistema nervoso central controla todas as informações, interpretando-as e enviando as respostas. Ele é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, que formam o neuroeixo ou eixo cérebro-espinal de nosso corpo. O encéfalo e a medula espinal são órgãos muito frágeis e, portanto, devidamente protegidos por um conjunto de osso (crânio e as vértebras) e ainda por membranas que impedem o atrito e o deslocamento desses órgãos. As membranas que revestem o SNC são as meninges: a duramáter, que fica e contato com os ossos do crânio e das vértebras; a aracnóide, camada intermediária; e, a pia-máter que está em contato direto com os órgãos do sistema nervoso. Além da sua função protetora, as meninges irrigam, por meio de seus vasos sanguíneos, os órgãos do sistema nervoso, nutrindo-os. Entre a aracnóide e a pia-máter circula um líquido cristalino, chamado liquor ou líquido cefalorraquidiano. Esse líquido, além de dar certa sustentação aos órgãos do SNC, também ajuda a protegê-los de eventuais choques mecânicos (batidas). Ao conjunto de órgãos que fica na caixa craniana denominamos encéfalo e é a parte mais volumosa do sistema nervoso. O encéfalo é constituído pelo cérebro, cerebelo, ponte e bulbo. Com o cérebro, interpretamos o meio externo (graças aos estímulos capitados e enviados pelos órgãos dos sentidos) e enviamos as respostas motoras. Ele é responsável também pela inteligência, atos conscientes e sensibilidade. O cérebro ocupa a caixa craniana em quase sua totalidade e, no homem adulto, pesa em média 1300g. Pré-anestesia - Introdução: E importante preparar os pacientes clínica e emocionalmente para submeterem-se a um tratamento cirúrgico, considerando-se, a relação entre estresse emocional e complicações anestésicas e cirúrgicas. A fim de proporcionar aos pacientes melhores condições clínicas e emocionais para enfrentar o trauma anestésico-cirúrgico, são administradas drogas chamadas pré-anestésicos. Na escolha da droga (ou na combinação de drogas), o anestesiologista avalia condições físicas e clinicas dos pacientes. De um modo geral. Quanto mais grave e idoso e quanto menos ativo e robusto forem os pacientes, mais intensos serão os efeitos sedativos, tranquilizantes e analgésicos destes medicamentos. - Finalidade: Reduzir ansiedade. Promover sonolência/sedação. Promover amnésia no período cirúrgico.
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