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QUESTÕES POLÍTICA ARISTÓTELES HOBBES ROUSSEAU LOCKE

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ESCOLA ESTADUAL JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA
Atividades de fixação – Filosofia Política / Aristóteles, Hobbes,
Rousseau e Locke
2°BIMESTRE
C. Curricular: FILOSOFIA 3º Ano Prof (ª): MARTA
1. (Uea 2014) A sabedoria do amo consiste no emprego que ele faz dos seus escravos; ele é senhor, não tanto
porque possui escravos, mas porque deles se serve. Esta sabedoria do amo nada tem, aliás, de muito grande ou de
muito elevado; ela se reduz a saber mandar o que o escravo deve saber fazer. Também todos que a ela se podem
furtar deixam os seus cuidados a um mordomo, e vão se entregar à política ou à filosofia.
(Aristóteles. A política, s/d. Adaptado.) 
O filósofo Aristóteles dirigiu, na cidade grega de Atenas, entre 331 e 323 a.C., uma escola de filosofia chamada de
Liceu. No excerto, Aristóteles considera que a escravidão 
A) é um empecilho ao florescimento da filosofia e da política democrática nas cidades da Grécia. 
B) permite ao cidadão afastar-se de obrigações econômicas e dedicar-se às atividades próprias dos homens livres.
C) facilita a expansão militar das cidades gregas à medida que liberta os cidadãos dos trabalhos domésticos. 
D) é responsável pela decadência da cultura grega, pois os senhores preocupavam-se somente em dominar os
escravos.
E) promove a união dos cidadãos das diversas pólis gregas no sentido de garantir o controle dos escravos.
2. (ENEM 2009 Reaplicado) Segundo Aristóteles, ―na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada
de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses
tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os
aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das
atividades políticas.
 VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994. 
O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania 
A) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época
fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar. 
B) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política
profundamente hierarquizada da sociedade. 
C) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da
pólis a participarem da vida cívica.
D) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às
atividades vinculadas aos tribunais.
E) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para
resolver os problemas da cidade.
3. “Leviatã é um terrível monstro marinho citado na Bíblia, não havendo na Terra nenhum ser que a ele se compare
em força, poder e sabedoria, curvando-se, então, todas as criaturas à sua imensidão. Com a escolha desse
personagem bíblico, Hobbes pretende sublinhar o poder absoluto do Estado sobre os homens.” Para que o homem
não se torne “o lobo do homem”, para que todos não se voltem contra todos, Hobbes propõe que os indivíduos
deleguem ao Estado o poder de obrigar as pessoas a honrarem seus pactos e a manterem a paz, através da força e
da coerção. 
Para Hobbes, a função do Estado é 
A) defender o direito dos grupos privilegiados que o compõem. 
B) ficar acima dos indivíduos, tornando-se indiferente aos seus pactos. 
C) fazer com que os indivíduos se voltem uns contra os outros para que os mais fortes sobrevivam. 
D) garantir a harmonia social através da violência legitimada. 
E) manter o direito natural dos indivíduos em busca de uma sociedade autônoma.
4. Leia os textos de Jean Jacques Rousseau e Thomas Hobbes. 
Texto 1: 
“Suponhamos os homens chegando àquele ponto em que os obstáculos prejudiciais à sua conservação no estado
de natureza sobrepujam, pela sua resistência, as forças que cada indivíduo dispõe para manter-se nesse estado.
Então, esse estado primitivo já não pode subsistir, e o gênero humano, se não mudasse o modo de vida, pereceria.
Ora, como os homens não podem engendrar novas forças, mas somente unir e orientar as já existentes, não têm
eles outro meio de conservar-se senão formando, por agregação, um conjunto de forças, que possa sobrepujar a
resistência, impelindo-as para um só móvel, levando-as a cooperar em concerto”. 
(Rousseau, “Do Contrato Social”) 
Texto 2: 
“A partir dessa igualdade de habilidade, surge a igualdade de esperança na atingência dos nossos fins. E, portanto,
se quaisquer dois homens desejam a mesma coisa, de que, no entanto, não podem ambos gozar, eles se tornam
inimigos e, no caminho rumo ao seu fim (que é, acima de tudo, a sua própria conservação e, às vezes, é somente o
seu prazer), tentam destruir ou subjugar um ao outro. E a partir disso, pois, vem a acontecer que, onde um invasor
não tem mais nada a temer do que o poder individual de um outro homem, se alguém planta, semeia, constrói ou
possui um assento conveniente, pode-se provavelmente esperar que os outros venham preparados, com forças
unidas, para despossá-lo e destituí-lo não apenas do fruto do seu trabalho, mas também da sua vida ou liberdade. E
o invasor, por sua vez, encontra-se no mesmo perigo com relação a outros”. 
(Hobbes, “Leviatã”) 
Com base nos trechos acima, é correto afirmar, respectivamente: 
A) Para Rousseau, o contrato social evitaria a guerra de todos contra todos e, para Hobbes, todos os homens vivem
em harmonia no estado de natureza. 
B) Para Rousseau o homem é, em seu estado natural, escravo de suas próprias necessidades; para Hobbes no
estado natural ‘o homem é lobo do homem’. 
C) Para Rousseau o contrato social é fruto da opressão de poucos sobre muitos; para Hobbes, o contrato social é a
legitimação da liberdade já encontrada no estado natural. 
D) Para Rousseau, o homem vive em harmonia no estado natural; para Hobbes, o homem é lobo do homem no
estado de natureza. 
E) Para Rousseau o contrato social legitima o governante como soberano; para Hobbes o contrato social legitima o
povo como soberano.
5. Leia o trecho: 
“O grande e principal objetivo, portanto, da união dos homens em estados e de colocar- se sob governo é a
preservação da sua propriedade. E, para isso, no estado de natureza há muitas coisas que não estão à altura”. 
(John Locke, “Segundo Tratado Sobre o Governo”) 
Para Locke, a propriedade privada trata-se de uma propriedade natural que, não obstante, não pode ser fruída em
segurança no estado de natureza. Diferentemente de Hobbes, no entanto, o contrato social em Locke: 
A) Nunca pode ser revogado. 
B) Justifica a atribuição de um poder absoluto. 
C) Pode ser revogado pelo povo. 
D) Empresta aos súditos o direito à propriedade privada. 
E) Tira os homens do estado de natureza mediante um contrato social.
6. A passagem do estado de natureza à sociedade civil se dá por meio de um contrato social, pelo qual os indivíduos
renunciam à liberdade natural e à posse natural de bens, riquezas e armas e concordam em transferir a um terceiro
– o soberano – o poder para criar e aplicar as leis, tornando-se autoridade política. O contrato social funda a
soberania.
Para Locke a principal função do Estado no Contrato Social SERIA 
A) induzir os homens pelo medo e repressão, a honrar seus pactos, mantendo a paz. 
B) instituir o poder fundado pelo uso da força. 
C) destituir poderes legítimos sob a direção da vontade geral. 
D) garantir a propriedade privada, fruto do trabalho humano, como direito natural. 
E) instituir a política como arte modeladora dos interesses comuns.
7. (UFU 2013) Porque as leis de natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer
aos outros o que queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum podercapaz de levá-las
a ser respeitadas, são contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o
orgulho, a vingança e coisas semelhantes.
HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 103.
Em relação ao Estado, Hobbes considera que: 
A) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce com o advento do contrato social deve assiná-lo, para
submeter-se aos compromissos ali firmados. 
B) A condição natural do homem é de guerra de todos contra todos. Resolver tal condição é possível apenas com
um poder estatal pleno. 
C) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação do Estado deve servir como instrumento de
realização da isonomia entre tais homens.
D) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O homem não deve se submeter de bom grado à
violência estatal. 
8. “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é
meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias
e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado
a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de
todos e que a terra não pertence a ninguém!’”. (ROUSSEAU, Jean- Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade
entre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Rousseau, é correto afirmar:
A) A desigualdade é um fato natural, autorizada pela lei natural, independentemente das condições sociais
decorrentes da evolução histórica da humanidade.
B) A finalidade da instituição da sociedade e do governo é a preservação da individualidade e das diferenças
sociais.
C) A sociabilidade tira o homem do estado de natureza onde vive em guerra constante com os outros homens.
D) Rousseau faz uma crítica ao processo de socialização, por ter corrompido o homem, tornando-o egoísta e
mesquinho para com os seus semelhantes.
E) Rousseau valoriza a fundação da sociedade civil, que tem como objetivo principal a garantia da posse privada da
terra.
9. ( UEL 2006) “Um povo, portanto, só será livre quando tiver todas as condições de elaborar suas leis num clima de
igualdade, de tal modo que a obediência a essas mesmas leis signifique, na verdade, uma submissão à deliberação
de si mesmo e de cada cidadão, como partes do poder soberano. Isto é, uma submissão à vontade geral e não à
vontade de um indivíduo em particular ou de um grupo de indivíduos.” (NASCIMENTO, Milton Meira. Rousseau: da
servidão à liberdade. In: WEFFORT, Francisco. Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. p. 196.) Com base
no texto e nos conhecimentos sobre a legitimidade do poder do Estado em Rousseau, é correto afirmar:
A) A legislação que rege o Estado deve ser elaborada por um indivíduo escolhido para tal e que se tornará o
soberano desse Estado.
B) A liberdade de uma nação é ameaçada quando se confere ao povo o direito de discutir a legitimidade das leis às
quais está submetido.
C) Devido à ignorância e ao atraso do povo, deve-se atribuir a especialistas competentes o papel de legisladores.
D) A legitimidade das leis depende de que as mesmas sejam elaboradas pelo conjunto dos cidadãos, expressão da
liberdade do povo.
E) A vontade do monarca, cujo poder é assegurado pela hereditariedade, deve prevalecer na elaboração das leis às
quais se submetem os cidadãos.
10. “A liberdade natural do homem deve estar livre de qualquer poder superior na terra e não depender da vontade
ou da autoridade legislativa do homem, desconhecendo outra regra além da lei da natureza. A liberdade do homem
na sociedade não deve estar edificada sob qualquer poder legislativo exceto aquele estabelecido por consentimento
na comunidade civil (...).” (LOCKE, J. Segundo Tratado sobre o Governo Civil. Trad. De Magda Lopes & Marisa L. Da Costa. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1994. p. 95)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema da liberdade em Locke, considere as seguintes afirmativas:
I. No estado civil as pessoas são livres porque inexiste qualquer regra que limite sua ação.
II. No estado pré-civil a liberdade das pessoas está limitada pela lei da natureza.
III. No estado civil a liberdade das pessoas edifica-se nas leis estabelecidas pelo conjunto dos membros
dessa sociedade.
IV. No estado pré-civil a liberdade das pessoas submete-se às leis estabelecidas pelos cidadãos.
Quais das afirmativas representam o pensamento de Locke sobre liberdade?
A) Apenas as afirmativas I e II.
B) Apenas as afirmativas I e IV.
C) Apenas as afirmativas II e III.
D) Apenas as afirmativas II e IV.
E) Apenas as afirmativas III e IV.
11. (UEL 2005) “Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ninguém
pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento. A única
maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitações da sociedade civil é
através do acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida
confortável, segura e pacífica uns com os outros, desfrutando com segurança de suas propriedades e melhor
protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade”. (LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil. Trad. de Magda
Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p.139.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir.
I. O direito à liberdade e à propriedade são dependentes da instituição do poder político.
II. O poder político tem limites, sendo legítima a resistência aos atos do governo se estes violarem as condições do
pacto político.
III. Todos os homens nascem sob um governo e, por isso, devem a ele submeter-se ilimitadamente.
IV. Se o homem é naturalmente livre, a sua subordinação a qualquer poder dependerá sempre de seu
consentimento.
Estão corretas apenas as afirmativas:
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.
12. (UEL 2004) “Não sendo o Estado ou a Cidade mais que uma pessoa moral, cuja vida consiste na união de seus
membros, e se o mais importante de seus cuidados é o de sua própria conservação, torna-se-lhe necessária uma
força universal e compulsiva para mover e dispor cada parte da maneira mais conveniente a todos. Assim como a
natureza dá a cada homem poder absoluto sobre todos os seus membros, o pacto social dá ao corpo político um
poder absoluto sobre todos os seus, e é esse mesmo poder que, dirigido pela vontade geral, ganha, como já disse,
o nome de soberania.” (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. Trad. de Lourdes Santos Machado. 3.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1994.
p. 48.)
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre os conceitos de Estado e Soberania em Rousseau, é
correto afirmar:
A) A soberania surge como resultado da imposição da vontade de alguns grupos sobre outros, visando a conservar
o poder do Estado.
B) O estabelecimento da soberania está desvinculado do pacto social que funda o Estado.
C) O Estado é uma instituição social dependente da vontade impositiva da maioria, o que configura a democracia.
D) A conservação do Estado independe de uma força política coletiva que seja capaz de garanti-lo.
E) A soberania é estabelecida como poder absoluto orientado pela vontade geral e legitimado pelo pacto social para
garantir a conservação do Estado.
13. (UEL 2012) Leia os textos a seguir.
A única maneira de instituir um tal poder comum é conferir toda sua força e poder a um homem ou a uma
assembleia de homens. É como se cada homem dissessea cada homem: Cedo e transfiro meu direito de governar-
me a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires a ele teu direito,
autorizando de maneira semelhante todas as suas ações. Feito isso, à multidão assim unida numa só pessoa se
chama Estado.
(Adaptado de: HOBBES, T. Leviatã. Trad. de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril
Cultural, 1974. p.109. Coleção Os Pensadores.)
O ponto de partida e a verdadeira constituição de qualquer sociedade política não é nada mais que o consentimento
de um número qualquer de homens livres, cuja maioria é capaz de se unir e se incorporar em uma tal sociedade.
Esta é a única origem possível de todos os governos legais do mundo. (Adaptado de: LOCKE, J. Segundo tratado
do governo civil: ensaio sobre a origem, os limites e os fins verdadeiros do governo civil. Trad. de Magda Lopes e
Marisa Lobo da Costa.
Petrópolis: Vozes, 1994. p.141. Coleção Os Pensadores.)
A partir da análise dos textos e dos conhecimentos sobre o jusnaturalismo e contratualismo no que
se refere à instituição do Estado, explique as diferenças entre o contrato proposto por Hobbes e o
proposto por Locke.
14. (UEL 2009) Leia o seguinte texto de Hobbes e responda à questão:
Texto IV
A maior parte daqueles que escreveram alguma coisa a propósito das repúblicas o supõe, ou nos pede ou requer
que acreditemos que o homem é uma criatura que nasce apta para a sociedade. Os gregos chamam-no zoon
politikon; e sobre este alicerce eles erigem a doutrina da sociedade civil [...] aqueles que perscrutarem com maior
precisão as causas pelas quais os homens se reúnem, e se deleitam uns na companhia dos outros, facilmente hão
de notar que isto não acontece porque naturalmente não poderia suceder de outro modo, mas por acidente.
[...]
Toda associação [...] ou é para o ganho ou para a glória – isto é, não tanto para o amor de nossos próximos, quanto
pelo amor de nós mesmos. [...] se fosse removido todo o medo, a natureza humana tenderia com muito mais avidez
à dominação do que construir uma sociedade. Devemos, portanto, concluir que a origem de todas as grandes e
duradouras sociedades não provém da boa vontade recíproca que os homens tivessem uns para com os outros,
mas do medo recíproco que uns tinham dos outros.
(HOBBES, T. Do Cidadão. São Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 28-29; 31-32.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento político hobbesiano, é correto
afirmar.
A) Hobbes reafirma o postulado aristotélico de que os homens tendem naturalmente à vida em sociedade, mas que,
obcecados pelas paixões, decaíram num estado generalizado de guerra de todos contra todos.
B) O estado de guerra generalizada entre os homens emerge, segundo Hobbes, da desigualdade promovida pela lei
civil e pelo desejo de poder de uns sobre os outros.
C) A idéia de que o estado de guerra generalizada ocorre com o desaparecimento do estado de natureza, onde
todos os homens vivem em harmonia, constitui o fundamento da teoria política de Hobbes.
D) Segundo Hobbes, para restaurar a paz que existia no estado de natureza, os homens sujeitam- se, pelo pacto, a
um único soberano para subtrair-se ao medo da morte e, por sua vez, garantir a autopreservação.
E) Segundo Hobbes, à propensão natural dos homens a se ferirem uns aos outros se soma o direito de todos a
tudo, resultando, pela igualdade natural, em uma guerra perpétua de todos contra todos.
15. (UEL 2011) Leia o texto a seguir. Locke divide o poder do governo em três poderes, cada um dos quais origina
um ramo de governo: o poder legislativo (que é o fundamental), o executivo (no qual é incluído o judiciário) e o
federativo (que é o poder de declarar a guerra, concertar a paz e estabelecer alianças com outras comunidades).
Enquanto o governo continuar sendo expressão da vontade livre dos membros da
sociedade, a rebelião não é permitida: é injusta a rebelião contra um governo legal. Mas a rebelião é aceita por
Locke em caso de dissolução da sociedade e quando o governo deixa de cumprir sua função e se transforma em
uma tirania.
(LOCKE, John. In: MORA, J. F. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001. V. III. p. 1770.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre John Locke, é correto afirmar:
I. O direito de rebelião é um direito natural e legítimo de todo cidadão sob a vigência da legalidade.
II. O Estado deve cuidar do bem-estar material dos cidadãos sem tomar partido em questões de matéria religiosa.
III. O poder legislativo ocupa papel preponderante.
IV. Na estrutura de poder, dentro de certos limites, o Estado tem o poder de fazer as leis e obrigar que sejam
cumpridas.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
B) Somente as afirmativas I e III são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
16.(UFU 2009) Leia o texto abaixo e assinale a alternativa correta.
“É evidente que, durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum que os mantenha subjugados,
eles se encontram naquela condição que é chamada de guerra; e essa guerra é uma guerra de cada homem contra
cada outro homem.” 
Hobbes in BOBBIO, Norberto. Thomas Hobbes. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1991. p. 35.
A) Para Hobbes, a guerra é uma situação anterior ao estado de natureza.
B) Hobbes associa, em suas reflexões, a situação de guerra e o estado de natureza.
C) Um poder comum, segundo Hobbes, mantém os homens no estado de natureza.
D) Em Hobbes, a guerra de todos contra todos é compatível com um poder comum.
17. (UFU 2007) Partindo do modelo de comunidade originária, John Locke descreve os pressupostos de sua teoria
da propriedade. É um dever do homem se conservar e, portanto, preservar a sua vida. Esta tese pressupõe que
todos os indivíduos racionais são proprietários de sua própria pessoa e, em conseqüência disso, do trabalho de
suas mãos, da energia gasta no processo de apropriação e transformação dos recursos naturais. Mais exatamente,
o fundamento irredutível da propriedade é a propriedade de si mesmo, de sua própria pessoa, e do trabalho que
essa pessoa realiza. Em conformidade com o pensamento de Locke, assinale a alternativa correta.
A) A propriedade determina o início das desigualdades morais entre os homens e o declínio da civilização.
B) O pacto social institui o direito de propriedade nas sociedades que já estão politicamente constituídas.
C) A propriedade é fruto do esforço humano e deve garantir a liberdade dos indivíduos.
D) O detentor da soberania absoluta é responsável pela distribuição do direito à propriedade aos cidadãos de um
determinado corpo político.
18. “Sabemos que Hobbes é um contratualista, quer dizer, um daqueles filósofos que, entre o século XVI e o XVIII
(basicamente), afirmaram que a origem do Estado e/ou da sociedade está num contrato: os homens viveriam,
naturalmente, sem poder e sem organização – que somente surgiriam depois de um pacto firmado por eles,
estabelecendo as regras de comércio social e de subordinação política.”
 (RIBEIRO, Renato Janine. Hobbes: o medo e a esperança. In: WEFFORT, Francisco. Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. p. 53.)
Com base no texto, que se refere ao contratualismo de Hobbes, considere as seguintes afirmativas:
I. A soberania decorrente do contrato é absoluta.
II. A noção de estado de natureza é imprescindível para essa teoria.
III. O contrato ocorre por meio da passagem do estado social para o estado político.
IV. O cumprimento do contrato independe da subordinação política dos indivíduos.
Quais das afirmativas representam o pensamento de Hobbes?
A) Apenas as afirmativas I e II.
B) Apenas as afirmativas I e III.
C) Apenas as afirmativas II e III.
D) Apenas as afirmativas II e IV.
E) Apenas as afirmativas III e IV.
19. (UFPA 2011) “A soberanianão pode ser representada pela mesma razão por que não pode ser alienada,
consiste essencialmente na vontade geral e a vontade absolutamente não se representa. (...). Os deputados do povo
não são nem podem ser seus representantes; não passam de comissários seus, nada podendo concluir
definitivamente. É nula toda lei que o povo diretamente não ratificar; em absoluto, não é lei.”
(ROSSEAU, J.J. Do Contrato social, São Paulo, Abril Cultural, 1973, livro III, cap. XV, p. 108-109)
Rousseau, ao negar que a soberania possa ser representada preconiza como regime político:
A) um sistema misto de democracia semidireta, no qual atuariam mecanismos corretivos das distorções da
representação política tradicional.
B) a constituição de uma República, na qual os deputados teriam uma participação política limitada.
C) a democracia direta ou participativa, mantida por meio de assembleias frequentes de todos os cidadãos.
D) a democracia indireta, pois as leis seriam elaboradas pelos deputados distritais e aprovadas pelo povo.
20. Analise o gráfico feito a partir de uma pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre a
confiança dos brasileiros em relação ao sistema de Segurança Pública. Em seguida, analise a imagem que ilustra a
realidade exposta no gráfico.
 
O filósofo Thomas Hobbes imaginou como seria a vida do homem sem o poder do Estado. Sem a força de um poder
coercitivo o homem obedeceria apenas aos seus próprios interesses pessoais, seu instinto de sobrevivência.
Hobbes denomina esse contexto hipotético como estado de natureza, em que o homem viveria de forma insegura,
pois estaria ameaçado por todos e seria, ao mesmo tempo, uma ameaça para todos. Analisando o gráfico e a
imagem, tendo como premissa a concepção de Hobbes sobre a relação entre a ausência do Estado e o estado de
natureza, infere-se que, no Brasil, essa relação está ligada à: 
A) ausência da repressão. 
B) ineficiência do Estado em garantir a segurança pública.
C) confiança das pessoas no Estado, verificado em todas as regiões brasileiras.
D) aglomeração excessiva de pessoas e excessos no uso de álcool, no carnaval.

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